segunda-feira, maio 04, 2020

 

2ª feira da 4ª semana do Tempo Pascal


O mercenário não se preocupa com as ovelhas. Eu sou o Bom Pastor. (cf. Jo 10, 11-18)

Deus, ao criar, não fabrica objetos de uso nem servos da criação,
faz criaturas à sua imagem e semelhança, e ama-os como filhos.
Como o pastor às suas ovelhas, olha-nos com amor,
conhece o nosso nome e a nossa maneira de ser,
preocupa-se com o que está doente, alegra-se o que está feliz,
procura as melhores pastagens, defende-nos dos perigos, 
expondo a sua vida para que o lobo não nos arrebate!
O mercenário e o padrasto não agem por amor, 
mas apenas por dinheiro ou por dever,
e em caso de perigo pensam em si e não nas ovelhas, por isso baldam-se! 

Na nossa relação com Deus, podemos portar-nos como filhos ou enteados,
como ovelhas amadas ou como rebanho anónimo em movimento!
O reboliço da cidade confirma esta identidade anónima de grãos de arreia,
que estão juntos e se amontoam, mas sem nada que os una!
A nossa fé cria comunhão, faz-nos Igreja,
mas que Igreja somos: areia na praia ao sabor das ondas
ou casa construída sobre a rocha que resiste firme às vagas?
Somos cristãos de circunstâncias ou apesar das circunstâncias?

Senhor, bom Pai e bom Pastor, que pensas e amas a todos,
ensina-nos a rezar o Pai-Nosso, acima de tudo com o coração.
Cristo, Filho do Pai Grande, foi por amor que desceste a nós,
Te misturaste connosco e, como Cordeiro, Te fizeste nosso Pastor,
ensina-nos o caminho do subir descendo, do amar sem medida,
do ser dom e ser vida, de ser louvor e oferta até dar a vida!
Maria, Mãe do bom Pastor, ajuda-nos a ser filhos e irmãos dedicados!


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