quinta-feira, dezembro 31, 2020
5ª feira, 7º dia da oitava do Natal
Foi da sua plenitude que
todos nós recebemos graça sobre graça. (cf. Jo,1-18)
A graça da nossa salvação
vem de Deus
e desce do Céu, por meio
do seu Filho, Jesus.
Ele é a luz verdadeira
que faz dar à luz os que Nele creem.
Em Jesus, abraçam-se o
Céu e a terra,
numa aliança eterna que
jorra graça sobre graça.
“Frateli tuti” no Céu e
na terra, se acolhermos Jesus!
Hoje termina um ano atípico,
aparentemente involutivo.
No entanto, foi um ano de
grandes progressos científicos,
de redescoberta do valor
da vida e de muita luta pela vida,
de tomada de consciência
do valor dos cinco sentidos
na relação e na
construção da comunhão.
Foi um ano de muitos
anticristos e falsos profetas,
mas também de muita
profecia verdadeira e solidária.
É possível resgatar a
graça no meio da desgraça!
Senhor, muito obrigado pelo
dom de mais um ano.
Obrigado pelo dom da saúde
e da amizade.
Obrigado pelo consolo da
fé e da esperança
no meio do medo, da
impaciência e do confinamento.
Ajuda-nos a continuar a
lutar e a proteger-nos
contra esta pandemia e
outras doenças que nos afetam,
sejam físicas, espirituais,
sociais e políticas.
Gratidão Te damos e misericórdia
Te pedimos!
quarta-feira, dezembro 30, 2020
4ª feira, 6ª dia da oitava do Natal
Ana começou também a
louvar a Deus e a falar acerca do Menino. (cf. Lc 2,36-40)
Jesus é o salvador do
mundo,
reconhece-Lo e permanecer
no seu amor,
é vencer o maligno,
anuncia-Lo como libertador!
Ana, a profetiza que
serve o Senhor, noite e dia,
pela ação do Espírito
Santo, reconhece este Menino
como o Messias esperado e
libertador de Jerusalém.
Natal é sempre um
reconhecimento e um anúncio de fé!
O que ficou deste Natal?
O que reconhecemos
ou o que lamentamos por
não ser igual ao antigamente?
Foi um Natal da saudade e
da ausência,
ou foi um Natal do novo,
do autêntico, do encontro profundo?
Entrámos na gruta de Belém
para adorar o Menino,
ou fizemos do presépio um
adorno sem lugar para o Menino?
Reconhecemo-Lo ou
passou-nos ao lado?
Ó meu Menino Jesus, ó meu
Menino tão terno,
bateste-nos à porta em
busca de um lugar para habitar,
escutamos-Te?,
Acolhemos-Te? Ainda não Te expulsámos?
Espírito Santo, luz que
nos faz ver a Luz e o caminho,
ajuda-nos a reconhecer o
Menino, o Emanuel resiliente!
Que a graça de Deus nos
acompanhe e nos guie
terça-feira, dezembro 29, 2020
3ª feira, 5º dia da oitava do Natal
O pai e a mãe do Menino
Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia.
(cf. Lc 2,22-35)
Deus é luz que ilumina a
verdade,
anima o percurso, aponta
a meta.
É uma luz que recorda o
mistério escondido,
espanta a normalidade do
que se vê,
escuta a luz que vem do
olhar do outro.
Maria e José são dois
peregrinos da luz
que trazem no colo o Fogo
do Amor!
A vida é um mistério
maravilhoso,
que por vivermos dentro dele,
nos escapa!
É o olhar da criança, do
poeta, do místico, do artista
que nos espanta, nos faz
despertar para a maravilha.
A visão utilitarista cega
e apropria-se da natureza,
que usa e transforma em
lixo, sem gratidão.
Senhor, como sois grande
na imensidão da criação,
na ternura transparente do
sorriso duma criança,
na beleza surpreendente
duma flor bela e perfumada.
Bendito sejas, pelas
vezes em que há relâmpagos de luz,
e a vida se surpreende habitada
e visitada,
e a esperança ganha
dimensão e compaixão.
Obrigado pelo mistério
deste Menino que nos visita!
segunda-feira, dezembro 28, 2020
2ª feira, 4º dia da Oitava do Natal – Santos Inocentes
Herodes vai procurar
o Menino para O matar. (cf. Mt 2,13-18)
Deus dá à luz a
vida, dando-nos a Luz da vida,
o Menino Filho de
Deus, um gemido que suplica por cuidado.
Natal é um apelo
ao coração, à humanização das relações,
pois a fragilidade
pede compaixão, olhar de irmão!
Os olhares
predadores dos Herodes de sempre,
veem na
fragilidade indefesa uma oportunidade para matar!
O que significa
hoje matar este Menino nos inocentes?
Cada novo ser,
mesmo em gestação, é um grito de vida,
um apelo aos mais
fortes: “cuida de mim, ajuda-me a viver”!
Há inocentes
indefesos que não tiveram sorte:
pais que fazem
aborto, abusadores sexuais pedófilos,
cuidadores
descuidados e agressivos, exploração infantil,
guerra e chacinas,
subdesenvolvimento…
Há pais e
educadores que não têm fé
e privam as
crianças de poderem optar por ter fé!
Senhor, dá-nos um
coração novo, sensível e amigo da vida,
protetor do
frágil, construtor de esperança.
José e Maria,
ensinai-nos a proteger o Menino
dos Herodes de
hoje que os querem matar ou explorar.
Santos Inocentes,
intercedei por nós,
para que o
testemunho da nossa vida fale mais do que as palavras!
domingo, dezembro 27, 2020
Domingo dentro da Oitava do Natal, Sagrada Família de Jesus, Maria e José
Maria e José levaram
Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor.
(cf. Lc 2,22-40)
Deus é família e quer-nos
comunhão de amor.
Deus escolheu dois
justos, Maria e José,
para acolherem o seu
Filho como “Filho do Homem”.
É a fé em Deus que faz a
diferença nesta família,
a alimenta o amor mútuo e
a faz viver com esperança.
Tudo é mistério maior
escondido na normalidade!
Hoje a família sofre
profundas mudanças e configurações.
Traz a marca da inserção
da mulher no trabalho assalariado,
os traços de uma cultura
onde tudo é efémero,
a suspeita de tudo o que
compromete para toda a vida.
O essencial é não
perdemos a oportunidade para crescer no amor,
para aprendermos a
perdoar e a dialogar,
para amassarmos a vida
com o fermento da fé em Deus.
Sagrada Família do Céu,
Pai, Filho e Espírito Santo,
que belo é ver-vos Pessoas
unidas
no mesmo amor e na mesma
missão!
Sagrada Família de Nazaré,
Jesus, Maria e José,
que unis o Céu e a terra
no mesmo abraço de aliança.
Ajudai-nos a viver em
comunidade e em Igreja,
e a fazer das nossas
famílias células de amor e de esperança!
sábado, dezembro 26, 2020
Sábado, 2º Dia da Oitava do Natal – S. Estêvão
Para dar
testemunho diante deles e das nações. (cf. Mt 10,17-22)
A gruta de Belém preanuncia
o “fora da cidade” do Calvário.
A manjedoura é um
sinal da cruz onde Jesus vai ser deitado.
O Menino envolto
em panos é o Justo na cruz elevado.
Adorar o Menino
nesta gruta de exclusão
é aceitar segui-Lo
nesta fragilidade bondosa que vence o mal.
Estêvão, primeiro
mártir, é um outro Cristo
na Boa Nova que
proclama, no perdão que suplica,
na vida que
oferece, na paz com que dá o último suspiro.
Natal não é um
sentimento contagiado por uma quadra,
que passa ao
terceiro dia, como se a exceção fosse a regra.
Amar a todos e a
amar sempre é o apelo mais gritante deste Bebé!
E ser cristão é
alimentar este espírito toda a vida,
com o azeite perfumado
do amor que ilumina e aquece,
com o pão
adocicado partilhado que fortalece,
com o vinho da
alegria que cria comunhão em festa,
com a palavra
oferecida que perdoa e evangeliza.
Ó meu Menino Jesus,
ao nosso cuidado por Deus entregado,
desculpa as lágrimas
por causa de nós derramadas,
neste desleixo à
volta de nós mesmos entretidos.
S. Estêvão, discípulo
que é tal e qual o Mestre,
ensina-nos a
amadurecer na fé, na esperança e na caridade,
para que o Natal e
a Páscoa seja o caminho que seguimos!
sexta-feira, dezembro 25, 2020
6ª feira, Natal do Senhor
E o Verbo fez-Se carne e
habitou entre nós. Nós vimos a sua glória. (cf. Jo 1,1-18)
A aliança de Deus com a
criação atingiu a plenitude.
O amor tornou-se esponsal
e deu à luz um Filho,
que nasce nas margens do
não acolhimento,
como criança pobre numa
gruta de Belém!
Ele é o tesouro do Céu envolto
em panos
e deitado numa manjedoura
que devemos visitar de joelhos!
Natal é reencontrar a
árvore da vida, perdida pelo pecado.
Natal é redescobrir que o
essencial não são coisas,
mas as pessoas, a natureza,
o gemido que pede cuidado.
Natal é Luz que brilha de
esperança no cansaço da vida.
Natal é a glória de Deus
que nos surpreende cada dia.
Natal é celebrar o nosso
Batismo como filhos de Deus.
Ó meu Menino Jesus, ó
fruto tão belo jamais nascido,
como gostaria de colaborar
no teu descanso,
pela missão de continuar
a apontar para Ti, Salvador!
Há tantos presépios vivos
onde Te vejo retratado:
campos de refugiados e crianças
à deriva, a sonhar paraíso,
prisões apilhadas de
gente marcada pelo mal,
lares e hospitais
confinados com anemia de abraços,
casas friorentas sem a
animação dos amados!
Ó meu Menino, faz-me
Maria e José para Te cuidar!
quinta-feira, dezembro 24, 2020
5ª feira do Advento e vigília do Natal de Jesus
Graças ao coração
misericordioso do nosso Deus, que das alturas nos visita como sol nascente.
(cf. Lc 1,67-79)
A encarnação do Filho de
Deus, como Sol nascente,
é a manifestação do
coração misericordioso do nosso Deus.
Visita-nos para nos
iluminar,
permanece connosco para
nos salvar,
nasce menino frágil, para
aprendemos a dele cuidar
e sua missão continuar,
movidos pelo coração misericordioso!
Natal é luz do Céu que
revela o essencial: amar!
Com o aumento de casos de
pessoas contagiadas pelo Covid-19,
tem-se vindo a falar:
como salvar o Natal?
E “salvar o Natal” significa
poder haver encontro,
evitar passar esta noite
sozinho, haver festa familiar.
No entanto, alerta-se
logo que tem que ser um Natal diferente,
com menos gente reunida,
com ventilação de espaços,
sem toques nem
proximidades, bem desinfetado!
Talvez seja bom, “salvar
o Natal”, não esquecendo Jesus!
Senhor, bendito sejas
pelo teu Coração misericordioso,
que nos oferece de presente
o teu Filho muito amado,
em panos de ternura
embrulhado, pedindo colo de acolhimento!
Bendita sejas Maria e José,
casa de acolhimento,
que por nós cuidastes deste
Sol nascente,
que só os pobres e os
buscadores do mistério da vida,
podem ver a olho nu e
sentir o perfume de algo diferente!
quarta-feira, dezembro 23, 2020
4ª feira da 4ª semana do Advento
O pai pediu uma
tábua e escreveu: «O seu nome é João» (cf. Lc 1,57-66)
Deus é graça e
misericórdia, milagre de fecundidade.
A gestação de João
Batista durante nove meses,
fez que seus pais
renascessem na fé e na esperança.
Por isso, o nome
que dão ao filho na circuncisão,
é um hino de
louvor ao Deus vivo que lhes fez graça,
e não um hino aos
pais: “João é o seu nome”!
Os pais dão à luz os
filhos, mas os filhos também dão à luz os pais!
É na gestação que
os pais aprendem a amar o invisível,
a sentir o toque
dum ser que não conhecem e esperam com amor.
Aprendem que amar
nos desfoca de nós, nos sacrifica por,
nos leva a desejar
uma alegria maior que passa pela dor do parto.
Quando nasce,
continua a aprendizagem dum amor maduro:
tentar compreender
uma linguagem sem palavras,
respeitar uma
pessoa que é nossa e não nos pertence,
cuidar e acarinhar
após o cansaço de uma noite mal dormida!
Senhor, tudo na
vida é graça e misericórdia,
pois jorra desse
manancial que faz brotar da dor a alegria.
Maravilhoso
mistério que nos faz crescer
e alarga o coração
autocentrado em nós mesmos.
Senhor, faz com
que tenhamos crescido com este Advento,
na capacidade de
amar e de em Ti esperar,
para que se revela
em nós o Menino a nascer!
terça-feira, dezembro 22, 2020
3ª feira da 4ª semana do Advento
O Todo-poderoso fez em
mim maravilhas, Santo é o seu nome. (cf. Lc 1,46-56)
O dom clama por gratidão
e louvor.
Ana suplica o dom do seu
filho Samuel,
e uma vez recebido, Ana
oferece-o ao Senhor!
A gratidão pela palavra é
confirmada pelo dom do seu tesouro!
Maria, olhada nos olhos
gratos e cheios de fé de Isabel,
rejubila no Senhor, que
faz maravilhas na sua humildade.
O dom faz parte
integrante da festa do Natal.
É o dom duma palavra, duma
mensagem de boas festas,
dum telefonema, duma
visita, duma partilha de dons,
dum presente amigo, de
uma oração, de um convite…
Independentemente de o
comércio se ter apropriado do Natal,
Natal é dom, Natal é amor
concreto, Natal é gratidão!
Senhor, bendito sejas
pela vida e por todos os dons que ela nos traz.
Bendito sejas pelo dom da
vocação e da missão,
por confiares neste barro
tosco as riquezas belas das tuas graças.
Maria, nossa Mãe querida
e Mãe de Jesus,
ajuda-nos neste Natal a
não esquecer o mais importante,
o teu Filho querido, que
nasceu para nos salvar!
segunda-feira, dezembro 21, 2020
2ª feira da 4ª semana do Advento
Quando Isabel ouviu a
saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio.
(cf. Lc 1,39-45)
A visita de Deus é uma
proximidade amorosa.
Os seus enviados sabem a
Deus, quando falam,
quando sentem, quando
servem, quando louvam.
O Sim de Maria encarna o
Sim fiel de Deus,
corre veloz pelas
montanhas, é a Boa-Nova de Jesus,
mesmo que ainda
invisível, sente-se a paz na sua saudação.
Advento é a expetação
alegre de uma visita Amiga!
Cada cristão é um
visitado e habitado por Cristo.
Se age em nome de Cristo,
nota-se no falar e no agir.
Se a presença dum cristão
traz alegria e paz,
amor e reconciliação, justiça
e cuidado…
então é um apóstolo de
Cristo, mesmo que não fale em Jesus!
Advento é tempo de partir
ao encontro do outro,
descentrados de nós,
movidos pelo amor!
Senhor, obrigado pela Tua
visita que é para ficar,
até que fecundados pelo Teu
Espírito,
sejamos um só em Ti e contigo.
Maria, Virgem fecundada
pela força do Altíssimo,
dá-nos a tua mão, neste pôr-nos
a caminho,
com Cristo no coração, fazendo
da nossa vida a Sua missão.
domingo, dezembro 20, 2020
4º Domingo do Advento
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não…?» (cf. Lc 1,26-38)
O Deus de tudo não
precisa de nada,
a não ser do nosso acolhimento
livre do dom.
Não precisa de casa,
porque é Ele quem nos faz morada.
Não precisa de ofertas, a
não do nosso amor e fidelidade.
Maria, na sua humildade,
deu tudo o que tinha,
deu o seu sim total, e,
por isso, o Espírito Santo
pode fecunda-la e fazer
da virgem Mãe!
Nós somos vocação e
missão, apelo a ser o que Deus quer!
Muitas vezes resistimos,
dizendo: “não posso”, “não sou capaz”.
Quando Deus chama um
casal de namorados
a comprometerem-se para
sempre, muitos respondem:
“não sabemos se conseguimos,
é melhor não casar”!
Quando um/uma jovem se
sente chamado a consagrar-se,
como religioso, religiosa
ou sacerdote, recua dizendo:
“não sei se sou digno nem
se serei capaz de ser fiel!”
A vocação também é
Advento, esperança na força de Deus!
Senhor, obrigado porque
me chamaste a ser o que não sou,
a entregar toda a minha
vida a ser tua missão!
Sei que nem sempre tenho
sido o que esperas de mim,
mas também sei que cada
dia que confio e me entrego,
a missão é uma imensa
surpresa de fecundidade desconhecida!
Maria, poço escondido
donde jorra a fé e a entrega de si,
ensina-nos a confiar e a
deixar que o Espírito nos faça ser Cristo!
sábado, dezembro 19, 2020
Sábado da 19ª semana do Advento
Não temas, Zacarias,
porque a tua súplica foi atendida. (cf. Lc 1,5-25)
O tempo de Deus frutifica
a seu tempo.
A oração faz com que a
eternidade surpreenda o tempo,
e revele possível o
impossível e aparentemente tardio.
O milagre, como facto
extraordinário,
revela o milagre do dom e
da providência que é a normalidade.
A oração é confiar a Deus
a nossa impotência,
os nossos temores, as
nossas alegrias, os nossos planos.
Confiar não é manobrar,
mas é saber esperar,
deixar-se surpreender,
acreditar simplesmente.
Advento é abrir o coração
da fé à esperança
e acolher sem temor as surpresas
de Deus em mim!
Senhor, cada noite é um
repousar em Ti em paz,
pois a vida não depende
de nós e o despertar é uma esperança.
Ajuda-me a acolher o que
Te peço no tempo oportuno
e não no imediato que o
desejo e o temor me faz ansiar.
Torna a nossa vida
fecunda de amor e missão,
para que o dom da Tua novidade
nos possa surpreender!
sexta-feira, dezembro 18, 2020
6ª feira da 3ª semana do Advento
Ela dará à luz um Filho e
tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus. (cf. Mt 1,18-25)
O Criador nasceu rebento
dum casal diferente.
Ela virgem e noiva, Ele
noivo justo e bom.
Maria concebe por obra do
Espírito Santo.
José acolhe Maria e o Menino,
em obediência à promessa,
que se revela durante a
noite e se vive livremente.
É Natal e o Menino é da
descendência de David,
porque José acreditou e O
adotou como Filho!
Somos nós que damos o
nome aos filhos
e proporcionamos a união
da semente masculina e feminina,
mas o criador deste
processo maravilhoso do novo ser,
não é da autoria dos pais,
mas de Deus.
Por isso, a paternidade
ou maternidade do filho,
não é propriedade, mas
acolhimento de dom.
Os filhos precisam de ser
adotados pelos pais!
Jesus, neste Natal
queremos adotar-Te como Salvador.
A tua fragilidade de
Menino, embalado nas minhas mãos,
enquanto caminho na noite
da fé, faz-me grande
e deixa-me perplexo
perante tão grande responsabilidade!
S. José, Pai adotivo do Menino,
adota-me também a mim,
como teu filho querido,
nesta missão de seguir Jesus.
quinta-feira, dezembro 17, 2020
5ª feira da 3ª semana do Advento
Jacob gerou José, esposo
de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
(cf. Mt 1,1-17)
O Criador fez-se criatura
para fazer das criaturas filhos de Deus.
Tudo parece humano, mas
tem um plano divino que o sustenta,
um Amor que faz pulsar a
vida, curar a debilidade,
alimentar a esperança e
abrir à eternidade.
A genealogia de Jesus afinal
não é biológica,
mas nasce do amor (“José,
esposo de Maria”)
e da obediência da fé (“faça-se
em mim, segundo a tua vontade”).
Biologicamente somos
frutos da união de células dos nossos pais.
Esta conjugação dá-nos a aparência
física,
as forças e debilidades
do corpo e pouco mais,
o resto é educação,
ambiente, surpresa de caráter, dom de Deus!
O mistério da vida é
previsibilidade e surpresa,
herança e dom, que escapa
à biologia como ciência exata.
É por isso que numa
família todos somos parecidos e diferentes!
Senhor, obrigado pelos
meus pais e família,
pelos que me ensinaram a
ver a partir da fé
e a escutar a missão, que
é a razão última porque nasci.
É maravilhoso viver nesta
conjugação surpreendente,
entre o humano e o
divino, o pecado e a misericórdia,
a debilidade e a força, o
ser dom e o tornar-se missão!