Diálogo Aberto

Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra. (cf. Jo 8,1-11)

 

Com Jesus a justiça é interpelação à conversão.

Por isso, a justiça não é sentença condenatória,

mas questionamento da própria consciência,

ternura misericordiosa, incentivo à santidade.

Quaresma não é tempo para julgar os outros,

mas para reconhecermos os nossos próprios pecados,

arrepender-nos deles, confessa-los

e fazermos um humilde propósito de emenda.

 

Quando nos olhamos, quase sempre nos vemos sem mancha,

sem pecados ou apenas umas coisitas sem importância.

Pelo contrário, quando olhamos os outros,

encontramos sempre defeitos, imperfeições, pecados,

dignos de reprovação, condenação, murmuração.

Por isso, para os outros usamos a crítica e a condenação,

para nós usamos a desculpa e a compaixão!

 

Senhor Jesus, quando me olho no espelho dos outros,

vejo-me justo e razoável, mas quando me comparo conTigo,

sinto-me pecador amado, discípulo infiel, vaso impuro.

Quanto tenho ainda de crescer na santidade!

Liberta-me do olhar sobranceiro, da língua condenatória,

da consciência sem valores, do coração endurecido.

E quando temos que ser entregues à justiça humana,

dá-nos juízes justos e humanos, empenhados em reabilitar.