terça-feira, novembro 30, 2021
3ª feira, S. André, apóstolo
Vinde e segui-Me e farei
de vós pescadores de homens. (cf. Mt 4,18-22)
Na vocação não há acaso,
mas eleição.
João Batista indica a
André, Jesus que passa,
como o Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo,
André segue-O e Jesus
diz-lhe: vinde e vede onde moro.
Jesus passa pelo lago e
vê Simão e André, Tiago e João,
e diz-lhes: “vinde e
segui-Me e farei de vós pescadores de homens.”
Não foi por acaso que Jesus
passou por nós,
foi o seu amor e projeto
de nos salvar que o fez passar.
A Igreja é apostólica, convocada
e enviada
para anunciar Jesus
Cristo e ser a voz de Jesus, que chama:
“vinde e segui-O, sede seus
discípulos e missionários”.
O Batismo é o dom da salvação
que nos faz renascer dom,
o Crisma é o dom do
Espírito que nos guia como dom e missão,
a Eucaristia é o dom da Páscoa
que fortalece a partilha e a oferta,
a Reconciliação é o dom
da misericórdia que nos faz perdão,
o Matrimónio é o dom do
amor que nos faz comunhão,
a Ordem é o dom do
serviço que nos consagra para a missão,
a Unção dos Enfermos é o
dom da consolação no sofrimento.
Senhor, obrigado porque
nos escolhestes, chamastes
e nos achastes dignos de participar
na tua missão.
Ajuda-nos a deixar tudo
para Te seguir e anunciar,
fermentados pela tua
Palavra e exemplo.
S. André, pescador
inquieto do sentido e da salvação,
ajuda-nos a sair de nós
mesmos
e a arriscar a busca da
verdade e da redenção.
Que sejamos, cada vez
mais, uma Igreja discípula e missionária!
segunda-feira, novembro 29, 2021
2ª feira da 1ª semana do Advento
Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à
mesa, no reino dos Céus.
(cf. Mt 8,5-11)
A fé e a caridade abrem
as portas do Reino de Deus.
Somos povo de Deus, não
por estatuto, mas por eleição.
A salvação de Cristo é
uma graça não merecida,
mas só quando acolhida e
vivida se torna efetiva.
Jesus já está no meio de
nós e basta uma Palavra sua,
e a minha vida e a vida
por quem intercedo será salva.
O “Vem, Senhor Jesus” do
Advento é um apelo
à abertura da fé,
esperança e caridade de quem ora!
Vemo-nos, muitas vezes,
como coutos privados de Deus
e os outros, os que andam
por outros ritos religiosos,
como filhos bastardos e condenados
à perdição.
E depois surpreendemo-nos
com a devoção e a consagração,
com o amor e a
solidariedade, com a sabedoria e o perdão
que vemos naqueles de
quem não esperávamos frutos tão elevados.
Por outro lado,
constatamos que entre os que devíamos ter fé,
vemos secularização, entre
os que devíamos brilhar pelo amor,
vemos egoísmo e falta de
hospitalidade,
entre os que devíamos promover
a paz, vemos a guerra!
Senhor, eu e todos os
meus irmãos precisamos de ser curados.
Basta uma Palavra tua e todos
poderemos ter acesso à tua graça!
Cura-nos de uma vida paralisada,
fechada sobre nós mesmos,
incapaz de servir o amor
e a justiça, entregue ao capricho!
Ajuda-nos a viver este Advento
atentos ao próximo,
abertos à tua Palavra e
ao teu perdão,
com o coração leve e pés
de missão,
com mãos levantadas ao louvor
e estendidas à reconciliação!
domingo, novembro 28, 2021
1º Domingo do Advento
Vigiai e orai em todo o tempo, para que possais
comparecer diante do Filho do homem.
(cf. Lc 21,25-28.34-36)
Vigiar é estar atento,
tomar consciência,
precaver-se contra o que
afeta negativamente a vida,
tomar decisões que evitem
a repetição de erros.
Orar é buscar a Deus como
salvador,
entrar em diálogo com Ele,
escuta-Lo,
confiar Nele os nossos
passos e acolher a sua graça.
Este é o programa deste Advento
com vista à esperança do encontro
definitivo
da verdade do Amor!
A velocidade impede-nos
de refletir,
pois tudo se apresenta
com a urgência
de ser a oportunidade única
de pegar ou largar!
Esta urgência procura
levar à dependência,
e quando se acorda e se
toma consciência do erro,
já está preso na armadilha
da dependência e do irremediável!
É assim com o cigarro, o álcool
ou outra droga, o jogo,
o sexo, o consumo, a
internet, a mentira, o roubo…
Senhor, às vezes parece
que tenho medo de parar,
com a desculpa de que não
ter tempo,
mas talvez seja mais com
o receio de constatar o sem rumo,
a desorganização, as
falhas, as decisões erradas, o vazio…
Ajuda-me, Senhor, a
aproveitar este Advento
para vigiar e orar, para silenciar
e escutar,
para confrontar a vocação
com a missão,
a aparência e a verdade
da minha vida.
sábado, novembro 27, 2021
Sábado da 34ª semana do Tempo Comum
Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos
corações se tornem pesados.
(cf. Lc 21,34-36)
Para subir ao alto, precisamos
de estar leves,
em comunhão de amor, livres
para entender,
felizes por seguir e
confiar Naquele que nos pode salvar.
A cegueira do impulso, a
surdez do egoísmo
e o desnorte da ambição
torna-nos o coração pesado,
que faz com que tudo o que
seja sair de nós, canse!
Daí a advertência: “tende
cuidado convosco,
parai para pensar e
perceber o círculo de morte em que viveis.”
No coração de cada um de
nós palpitam bons desejos,
mas na hora de agir custa-nos
optar, sentimo-nos pesados!
Devia estar mais com a
família, mas as preocupações da vida
fazem-me adiar a
gratuitidade de estar sem cronómetro.
Gostava de telefonar ou
visitar uma pessoa doente,
mas tenho tanto que fazer,
que vou combinar outro dia.
Gostava de ser mais piedoso
e de meditar mais,
mas quando me disponho,
estou sempre distraído
a pensar noutras coisas
que me preocupam.
Gostava de ser santo, mas
o ressentimento,
o desejo de poder e o
medo de sofrer, tornam-me incoerente…
Senhor Jesus, termina
hoje mais um ano litúrgico.
Tanta coisa adiada na
minha vida, tanto bem por fazer,
tanta coisa para arrumar,
tanto perdão por manifestar,
tanta escuta atenta do
outro para oferecer…
e o corpo a cansar-se, a necessitar
de uma revisão!
Ajuda-me, Senhor, a ter
cuidado comigo
para poder ter cuidado
com aqueles a quem queres cuidar.
Dá-nos um coração leve
para poder elevar-se,
embalado pela brisa suave
do amor, da fé e da esperança.
sexta-feira, novembro 26, 2021
6ª feira da 34ª semana do Tempo Comum
Olhai a figueira e as
outras árvores. (cf. Lc 21,29-33)
A criação é o livro onde
aprendemos a ler o Autor.
A contemplação da
natureza é uma forma de ouvir a Deus.
É entrar no caminho do “Reino
de Deus é semelhante a…”.
Nós somos ao mesmo tempo
surpreendidos pela natureza
e coautores que
condicionam o seu desenvolvimento.
Numa árvore lemos a interferência
do clima e da mão humana,
e a resiliência da
natureza que se vai adaptando.
Nas árvores vemos a
esperança de um Deus que nos ama!
Neste afã de consumir e
de enriquecer em pouco tempo,
vemos árvores a serem
abatidas e substituídas por pastagens,
monoculturas intensivas,
árvores de crescimento rápido,
mineração anárquica e
poluidora de solos…
E o que era
biodiversidade exuberante,
passa pouco a pouco a ser
deserto poeirento.
E as populações animais e
humanas perdem o seu chão,
e vagueiam em busca de
uma terra sem males.
Contemplar a natureza
revela o pecado e o cuidado,
a beleza e o desencanto, o
dinamismo de vida e o de morte!
Senhor da vida e da
esperança, cremos em Ti!
Somos paladar e esponja de embeber,
somos cobiça e
descontrole de possuir,
esquecendo que somos
todos irmãos,
natureza e humanos, obra
do mesmo Autor,
habitantes do mesmo
jardim ou caixote de lixo.
Ajuda-nos a sabedoria da
vida, o olhar penetrante,
a fraternidade confiante,
a esperança da harmonia,
a beleza do respeito, o
diálogo da purificação!
quinta-feira, novembro 25, 2021
5ª feira da 34ª semana do Tempo Comum
Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa
libertação está próxima. (cf.
Lc 21,20-28)
O curso da história é crístico,
é esperança,
porque o dinamismo do
amor divino fez-se tempo.
Enquanto brilhar a
cidade, luzir o ouro,
maravilhar o universo e o
poder desnortear,
não dá para ver o
Emanuel, Palavra silenciosa,
que nos acompanha como
oxigénio invisível.
O que é desgraça para
uns, poderá ser encontro
e hora de graça para os
que vivem da fé
e aproveitam a crise para
uma verdadeira conversão!
A velocidade em que
andávamos e as certezas que tínhamos,
foram travadas e
esfareladas por um simples vírus.
O “novo normal” é
assobrado pela demasiada confiança
e pelo descuido, com que
a imprudência nos precipita.
As mudanças climáticas
gritam por cuidado e conversão,
mas a ambição rápida e egoísta
aquece-nos a cabeça
e afunda-nos lentamente
num deserto salgado.
Precisamos de reaprender
a viver o dom!
Senhor Jesus, Companheiro
paciente e amigo de todas as horas,
na missão difícil de nos
salvares e nos levares a erguer a cabeça,
pois fomos criados para
sermos filhos de Deus
e não simples máquinas de
trabalho e de consumo.
Espírito Santo, Luz que
nos ajuda a ver o invisível
e a perceber o que
permanece e tem valor,
ajuda-nos a viver como
Jesus, como filhos de Deus,
até que Cristo seja tudo
em todos!
quarta-feira, novembro 24, 2021
4ª feira da 34ª semana do Tempo Comum, S. André Dung-Lac e companheiros
Assim tereis ocasião de
dar testemunho. (cf. Lc 21,12-19)
Sair de nós mesmos e anunciar
Cristo,
expõe-nos ao
contraditório e à perseguição.
O testemunho de vida,
quando a existência fala de Cristo,
cria resistência, mas purifica
a nossa fé e esperança.
Os mártires do Vietnam
tiveram ocasião
de professar com a vida
em Quem acreditavam.
As águas tépidas dum
cristianismo morno e tímido,
não criam ocasião de dar
testemunho diferenciador de Cristo!
Vivemos no Ocidente
afirmações corajosas de ideais religiosos,
de tendências sexuais, de
ideologias fundamentalistas,
de soluções psicológicas transformadoras,
de novidades consumíveis…
Vemos depois a Igreja de
Cristo muda e tímida,
fragilizada por
escândalos de alguns, identificados com o todo,
olhada, por isso, com
suspeita e desprezo.
Fala-se em
espiritualidade e meditação,
mas não necessariamente
cristã!
Senhor Jesus, cabe-nos a
nós dar testemunho de que estás vivo,
e somos chamados a dar
testemunho de Ti nesta sociedade.
Espírito Santo, ajuda-nos
a ser fiéis sem arrogância,
a dar testemunho de Jesus
por atração e não por obrigação.
Liberta-nos do medo e dos
respeitos humanos.
Purifica-nos do pecado e
de uma vida acomodada,
da incoerência e de uma
piedade injusta.
S. André Dang-Lac e
companheiros mártires,
rezai para que saibamos dar
um bom testemunho de Cristo!
terça-feira, novembro 23, 2021
3ª feira da 34ª semana do Tempo Comum
Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra. (cf. Lc 21,5-11)
A fragilidade anda misturada com a força,
a bondade com a maldade, a humildade com a arrogância,
a justiça com a injustiça, a fé com a desconfiança,
a vida com a morte, o tempo com a eternidade…
Em Jesus se manifesta a fragilidade e a força de Deus,
o abaixamento e a oferta de vida até ao sangue,
o amor incondicional e a recusa insensata da aliança,
a revelação e o escondimento do mistério de Deus.
Tudo passa, só Deus é eterno e fiel para sempre.
Às vezes falamos como se fossemos a verdade,
e gritamos, tentamos silenciar, usamos de violência!
Outras vezes trabalhamos até à exaustão,
lutamos por conquistar o poder e o domínio,
gloriamo-nos das nossas conquistas,
deixamos algumas vítimas pelo caminho…
e ao virar da esquina todo o império tem pés de barro
e basta uma pandemia ou um acidente ou o avançar da idade
e tudo se desmorona, como pó levado pelo vento!
Tudo passa, só o amor fiel e livre permanece!
Senhor da vida e da eternidade, és porta para o infinito,
janela de esperança, cátedra do sentido, verdade que auguro.
Perdoa as vezes em que me perco
e me afasto da busca do que permanece,
encadeado pela ilusão do instante
que brilha como as estrelas cadentes!
Espírito Santo, guia-nos no discernimento da verdade,
e liberta-nos da ambição que cega o irmão
e a presença do Amor que nos salva e nos abraça,
como brisa suave que alenta e conduz!
segunda-feira, novembro 22, 2021
2ª feira da 34ª semana do Tempo Comum – S. Cecília
Todos eles deram do que
lhes sobrava; (cf. Lc 21,1-4)
O Pai não nos deu o que lhe
sobrava,
deu-se totalmente,
dando-nos o seu Filho e o seu Espírito.
O Filho, ao encarnar,
esvaziou-se para se tornar insignificante,
e, qual viúva pobre,
deu-se totalmente em palavras e vida.
O Espírito Santo,
comunhão de amor na Trindade,
não se deu por medida, mas
todo e a todos para sempre.
Um cristão é chamado a ir
para além das sobras!
A caridade vive das sobras!
A religião vive das
sobras nas esmolas,
no tempo dedicado à
oração e liturgia,
nas energias dedicadas à
missão.
Se não me apetece, ou
estou muito cansado ou ocupado,
hoje não rezo, não vou à
missa, não participo no grupo…
E quando damos só o que
sobra, a generosidade não abunda,
a alegria pesa, a
iniciativa tarda, a gratuitidade cobra-se.
Bom Deus, obrigado pelos
incontáveis dons que nos dás,
pela graça e misericórdia
infinitas que ofereces,
por estarmos escritos na
lista dos teus filhos amados.
Perdoa a nossa vida de
mínimos, que se limita ao dever
e acaba por dar apenas um
pouco do que sobra.
S. Cecília, virgem e mártir,
ensina-nos a amar Jesus
e a primeirar no amor, na
entrega e na missão.
domingo, novembro 21, 2021
34º Domingo do Tempo Comum – Dia Mundial da Juventude
É por ti que o dizes, ou foram outros que to
disseram de Mim? (cf. Jo 18,33b-37)
Jesus é Rei, porque deixa
o Pai reinar na sua vida
e oferece a sua vida para
que todos vivam como filhos de Deus.
O seu reino não é uma
questão de domínio nem de temor,
mas de verdade e de
liberdade na caridade incondicional.
O reino de Cristo é uma
experiência de escuta e de seguimento,
de obediência e de
missão, de fé e de esperança no Filho do Homem
que nos surpreende
durante a noite e nos abre ao amor.
Não é uma questão de simples
conhecimentos catequéticos,
de ouvir falar teólogos e
místicos, de citações famosas…
O reino de Cristo é uma
forma de viver aprendida com Ele,
pela ação do Espírito
Santo que nos faz palpitar com ardor,
e não uma moral de
costumes que nos é imposta como lei externa.
A realidade é que há
muitos cristãos que até participam na missa
e até militam em alguns
movimentos eclesiais,
mas seguem práticas e
valores que Cristo nunca praticaria.
É como se a vida se fragmentasse
entre público e privado,
entre Igreja e mundo,
devoção e profissão, verdade e mentira!
Pai santo, venha a nós o
vosso Reino e seja feita a vossa vontade,
não como mandamentos, mas
como imperativo de seguimento.
Espírito Santo, anima
este coração de mínimos
e ajuda-me a entregar-me
todo inteiro e em todo o tempo,
a viver como Jesus e
movido pela mesma missão.
Hoje vos peço de modo
especial pelos jovens,
para que não parem de Te
procurar, de buscar a sua vocação,
e sejam generosos e audazes
no teu seguimento e missão.
sábado, novembro 20, 2021
Sábado da 33ª semana do Tempo Comum
Aqueles que forem dignos, nasceram da
ressurreição, são filhos de Deus. (cf. Lc 20,27-40)
O Deus da vida quer-nos
vivos para sempre,
felizes na justiça,
fraternidade, fidelidade e amor.
Envia o Verbo Divino como
palavra que ilumina
e o Espírito Santo como
brisa suave que conduz,
pois a alegria do Criador
é ser Pai das criaturas.
Pelo Batismo nascemos da
ressurreição,
somos recriados filhos de
Deus em Jesus Cristo.
A morte revela se vivemos
como filhos de Deus!
Habituámo-nos a acordar
cada manhã
e pensamos que somos
senhores da vida.
Por isso, adiamos a avaliação
da vida que levamos,
indiferentes à compaixão
e isolados no narcisismo,
tentamos apoderar-nos do
curso da vida,
manobrando, corrompendo,
violentando, ofendendo…
Felizmente há pessoas que
vivem o presente como eternidade,
e semeiam empatia e justiça,
distribuem perdão,
constroem pontes de
reconciliação,
dão a vida pela verdade e
a inclusão,
tornam-se uma bênção no
tempo, buscando a eternidade.
Senhor, compaixão eterna
por estes pobres peregrinos,
ajuda-nos a viver o dom
da vida com sentido de eternidade.
Espírito Santo, anima-nos
a querer e a ser para os outros,
aquilo que desejamos para
nós, hoje e na eternidade.
E aos consagrados, que
pelo voto de castidade
buscam ser sinal da vida
futura como filhos da ressurreição,
fortalece-os na
fidelidade e na alegria dessa missão.
Desperta-nos, Senhor,
para a verdade da nossa vida
e vem reinar em nós, ajudando-nos
a viver como filhos de Deus.
sexta-feira, novembro 19, 2021
6ª feira da 33ª semana do Tempo Comum
Jesus entrou no
templo. (cf. Lc 19,45-48)
O templo é casa de
oração, de escuta de Deus.
Temos a tendência
de profanar o templo com ídolos,
justificados por
motivos ditos sagrados!
Jesus entra no
Templo para o purificar e nele ensinar
a rezar ao Pai e a
renovar a aliança.
A nossa vida é um
templo vivo,
que precisa de purificação
permanente,
fechado à idolatria
e aberto a Jesus Cristo.
A idolatria tem
altares ao deus do prazer,
ao deus do poder e
ao deus do dinheiro.
Estes altares são
venerados pelo “eu” sacerdotal.
São estes cultos
que nos fazem ausentes,
mesmo quando
estamos no templo de corpo presente.
Gostamos de ter um
panteão de deuses
e procurar estar a
bem com todos,
segundo as
circunstâncias e interesses prementes.
Senhor Jesus, sumo-sacerdote
do Deus verdadeiro,
purifica-nos de
toda a idolatria que condiciona a nossa vida.
Ajuda-nos a
dedicar a nossa vida de coração inteiro,
sem divisões nem vassalagens
que bloqueiam o coração,
dispersam as
energias e desconcentram o foco.
Dá-nos, Senhor, o
dom da fidelidade e da pureza de coração,
para que o Evangelho
seja a luz da nossa vida!
quinta-feira, novembro 18, 2021
5ª feira, Dedicação das Basílicas de S. Pedro e S. Paulo
Jesus estendeu-lhe logo a
mão e segurou-o. (cf. Mt 14,22-33)
Jesus surpreende-nos com a
sua revelação e proximidade
e envia-nos em missão
para as outras margens de ventos contrários.
O barco da Igreja
balança, fustigada pelas ondas,
na noite escura do cansaço,
mas Cristo não nos abandona.
Caminha sobre as ondas na
penumbra a aurora
e traz-nos a sua paz e a
sua força.
Pedro também quer
caminhar sobre as ondas e avança,
mas olhar para si e as
suas forças faz vertigem,
e só a mão de Jesus o
impede de afundar!
Pedro e Paulo têm que
aprender a andar sobre as ondas da fé!
Os cristãos são chamados
a caminhar sobre as ondas da moda.
Perante a insegurança do
tempo presente,
muitos afundam-se nas
ondas do medo e agarram-se à boia do precário.
O compromisso fiel para
toda a vida do matrimónio
afundou-se na precariedade
da união à experiência,
até que resulte, até que
não surja outra mais forte.
A regular participação na
Igreja, afundou-se no factual,
quando me apetece ou há
justificação social.
A fé em Jesus Cristo,
como coluna vertebral de opções e valores,
afundou-se num consumismo
e idolatria de poder,
que vai gastando a vida e
gerando a moral das circunstâncias.
Senhor, salva-nos e
estende a tua mão para que não nos afundemos.
S. Pedro e S. Paulo,
apóstolos frágeis e confiantes,
ajudai-nos hoje, a
caminhar sobre as ondas como Jesus,
sem nos afundarmos no
pecado e no medo de ousar a missão.
Ensinai-nos a integrar a
diversidade de carismas e ministérios,
numa unidade de fé e de
missão, fortalecidos pela caridade,
que a celebração da
Eucaristia constrói na mesa das nações.