sexta-feira, novembro 26, 2021
6ª feira da 34ª semana do Tempo Comum
Olhai a figueira e as
outras árvores. (cf. Lc 21,29-33)
A criação é o livro onde
aprendemos a ler o Autor.
A contemplação da
natureza é uma forma de ouvir a Deus.
É entrar no caminho do “Reino
de Deus é semelhante a…”.
Nós somos ao mesmo tempo
surpreendidos pela natureza
e coautores que
condicionam o seu desenvolvimento.
Numa árvore lemos a interferência
do clima e da mão humana,
e a resiliência da
natureza que se vai adaptando.
Nas árvores vemos a
esperança de um Deus que nos ama!
Neste afã de consumir e
de enriquecer em pouco tempo,
vemos árvores a serem
abatidas e substituídas por pastagens,
monoculturas intensivas,
árvores de crescimento rápido,
mineração anárquica e
poluidora de solos…
E o que era
biodiversidade exuberante,
passa pouco a pouco a ser
deserto poeirento.
E as populações animais e
humanas perdem o seu chão,
e vagueiam em busca de
uma terra sem males.
Contemplar a natureza
revela o pecado e o cuidado,
a beleza e o desencanto, o
dinamismo de vida e o de morte!
Senhor da vida e da
esperança, cremos em Ti!
Somos paladar e esponja de embeber,
somos cobiça e
descontrole de possuir,
esquecendo que somos
todos irmãos,
natureza e humanos, obra
do mesmo Autor,
habitantes do mesmo
jardim ou caixote de lixo.
Ajuda-nos a sabedoria da
vida, o olhar penetrante,
a fraternidade confiante,
a esperança da harmonia,
a beleza do respeito, o
diálogo da purificação!
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