Diálogo Aberto

 

Bem-aventurada aquela que acreditou no 

cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte 

do Senhor. (cf. Lc 1,39-45)

 

O Advento, como todos os outros tempos litúrgicos,

é um mistério de fé da nossa história da salvação.

A fé deixa atuar, liberta-se para se deixar levar

na dança da festa que Deus faz connosco.

Maria escutou, inquiriu, faz silêncio, discerniu,

confiou e colocou-se à disposição do sonho de Deus.

Pôs-se a caminho, levando no coração o Caminho,

pois a sua missão agora é dar à luz Cristo ao mundo.

 

A nossa vida é um ato de fé e confiança:

obedecemos aos pais e professores porque confiamos,

votamos em determinado partido porque confiamos,

comprometemo-nos matrimonialmente porque confiamos,

seguimos uma vocação porque acreditamos que fomos chamados,

compramos determinado produto porque cremos que é bom,

entregamo-nos nas mãos de um médico porque confiamos…

Sem confiança não aprendemos, ficamos paralisados,

tememos até aqueles que nos querem ajudar, ficamos sós.

 

Senhor, eu confio em Vós, mas aumentai a minha fé.

Purificai-nos das falsas promessas, rápidas e fáceis,

que nos arrastam para o precipício da ambição míope,

nos adoecem a esperança e enfraquecem a capacidade de amar.

Maria, Senhora do caminho e da visitação, da fé e da missão,

ajuda-nos a sair de nós e a tornar-nos missionários leves,

voz que saúda paz e alegria, testemunho guiado pelo Espírito,

afetividade que aquece a solidão e conforta a amargura.