sábado, fevereiro 19, 2022
Sábado da 6ª semana do Tempo Comum
As suas vestes
tornaram-se resplandecentes. (cf. Mc 9,2-13)
O Filho de Deus, ao
encarnar, revestiu-se de humanidade,
frágil, nazarena,
operária, marginal!
Jesus, ao renunciar ao
poder terreno e ao dirigir-se para Jerusalém,
reveste-se de servo
impotente, perante os poderes religiosos e políticos.
As suas vestes escondem a
beleza da filiação divina,
o resplendor do Senhor da
vida, o mistério do Deus-connosco.
No monte Tabor, Jesus
revela-se em oração,
com vestes de
ressuscitado, com resplendor de vencedor,
como cumprimento de toda
a Sagrada Escritura.
A veste protege do frio e
do sol, esconde a intimidade,
mas também revela a
simplicidade e a humildade,
a condição social e a
profissão, a festa e a depressão.
A veste é uma linguagem
que identifica uma época,
uma geração, um género, uma
cultura, um povo…
Umas vezes a vida é um
teatro
em que representamos o
que não somos,
outras vezes revela uma
identidade, transparece o ser.
Só o amor conhece o que a
veste esconde!
Senhor, que na oração Te
revelas proximidade e salvação,
perdoa as vezes em que
quero rezar sem subir ao monte,
quero despachar as rezas
para escapar
à intimidade, ao
encontro, à escuta e à transfiguração.
Principalmente nos momentos
de dor e de desencanto,
ajuda-me a ousar subir ao
monte e contemplar-Te,
resplandecente e Luz nas
trevas do desespero,
para que vida se oriente
pela inquietação:
“o que significa que
Cristo nos permite ressuscitar da morte?”
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