terça-feira, março 22, 2022

 

3ª feira da 3ª semana da Quaresma

 


Servo mau, não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? (cf. Mt 18,21-35)

 

A compaixão nasce do amor perante a fragilidade.

A misericórdia sobrepõe-se à justiça e apaga a dívida.

Mas o que é bom para nós, como dom de Deus,

também é bom para os outros, como dom nosso.

Jesus veio-nos revelar o amor incondicional do Pai,

como Servo bom que nos lava no seu Sangue.

Também nós, pecadores perdoados, devemos perdoar

a quem nos ofende, nos magoa e nos desilude!

 

A nossa vida anda misturada de gestos de bondade

e de gestos vergonhosos que ferem e desiludem.

Somos projeto de santidade e rebento de maldade,

que apela à compreensão, ao louvor e ao perdão.

O melhor de Deus é que sempre nos espera

de braços abertos, sempre nos escuta e perdoa,

sempre nos dá mais uma oportunidade.

Mas Deus fica triste quando nos vê fragilidade espinhosa

a agir como juiz e a exigir do irmão plena perfeição.

 

Senhor, a tua bondade me desarma e me salva,

pois me amas, apesar de eu ser mar imprevisível,

que balança entre maré cheia e maré vazia,

entre tempestade e bonança, numa dinâmica instável.  

Ensina-me a aprender a ser bondade e compaixão,

a perdoar a quem me fere o coração,

pois sarar feridas é o caminho de salvação.


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