quinta-feira, maio 26, 2022
5ª feira da 6ª semana da Páscoa, S. Filipe Néri
Daqui a pouco já
não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me.
(cf. Jo 16,16-20)
Deus revela-se e
esconde-se na natureza e na história,
na profecia e na
encarnação, morte e ressurreição do seu Filho,
na Igreja e nos
seus sacramentos, na santidade e nos ministérios…
Temos tudo para
crer, mas a verdade não se impõe,
por isso, a
liberdade pode continuar a não acreditar
e a fé prossegue a
sua busca peregrina de confiar sem ver!
É um mistério jamais
abarcado e possuído,
uma boa nova que
nos envolve com a sua presença,
nos toca e
alimenta com a sua palavra suave e luminosa,
nos levanta com a
sua mão misericordiosa
e nos envia a
anunciar a alegria de ser morada da Esperança.
Somos uma das
gerações mais alfabetizadas,
mas também somos uma
das gerações mais telecomandadas.
Gloriamo-nos de ter
liberdade para opinar,
para votar, para
escolher consumos, para viajar…
mas somos também a
geração que maiores dependências tem:
consumismos de
coisas, de serviços, de alimentos e bebidas,
de entretimentos,
de modas, de jogos…
Desistimos de
buscar crescer na fé da Igreja
e acabamos por
ficar reféns de crendices, magias, destinos, búzios,
cartas, amuletos,
gurus, fobias do invisível e ditas espirituais…
Senhor Jesus, que
Te revelas e Te escondes,
para exercitarmos
a busca e treinarmos a liberdade,
ajuda-nos a
aprofundar o que a velocidade não nos deixa ver
e a parar para tocarmos
o mistério de amor que nos envolve.
Talvez gostássemos
de acreditar num Deus que eu pudesse dominar,
por ritos e orações,
e domar ao serviço dos nossos sonhos e ilusões,
mas Tu continuas
livre e Senhor, a quem devemos escutar e seguir,
como quem segue o
amigo, sem saber o porquê das suas sugestões.
S. Filipe Néri,
apóstolo do amor e da alegria,
ajuda-nos a ser
hoje peregrinos duma fé adulta e pura,
que nos leve a ser
discípulos e missionários de Jesus.
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