sexta-feira, maio 27, 2022

 

6ª feira da 6ª semana da Páscoa

 



Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á 

em alegria. (cf. Jo 16,20-23)

 

O mistério Pascal contém em si morte e vida,

cruz e ressurreição, tristeza e alegria, fim e princípio.

O grão de trigo foi lançado à terra numa gravidez de esperança,

e, ao terceiro dia, nova madrugada raiou e a paz brotou,

na Igreja onde vive e gera novos filhos de Deus.

A alegria é da vida nova que nasce e que se faz promessa,

e supõe, no processo, carregar a nossa cruz e a dos outros,

como parteiros de um mundo novo, justo e fraterno!

 

Temos pressa de ser felizes e perseguimos a alegria

como um objetivo urgente e forçado presente.

Pelo caminho sofremos de ansiedade e medo de a não possuir,

fugimos ao parto que dá à luz na dor,

suprimimos etapas importantes de espera e amadurecimento

e depois admiramo-nos que a alegria não cria raízes

e sabe a pouco, pois não é sustentável e sabe a ressaca!

Por isso, a vida torna-se mais uma evasão do que uma conquista,

uma busca de diversão do que duma felicidade duradoura.

 

Senhor Jesus, reconheço que às vezes desejo nascer prematuro

e não aceito a espera do amadurecimento e a vida como um processo,

que passa pela fé, o amor incondicional e a esperança

num caminho de cristificação e purificação do egoísmo.

Desculpa as vezes em que procuro prazeres momentâneos

e não a alegria que permanece e gera flores de amor e de paz,

mesmo no inverno, na seca e no deserto!


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