quarta-feira, junho 22, 2022

 

4ª feira da 12ª semana do Tempo Comum

 


Acautelai-vos dos falsos profetas, que andam 

vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos 

ferozes. (cf. Mt 7,15-20)

 

A omnipotência de Deus veste-se de rotina,

harmonia, previsibilidade, providência invisível.

O Filho do Altíssimo vestiu-se de filho do carpinteiro,

tempo oculto, Nazaré periférica, pobreza e fragilidade.

E da humildade brota a palavra de autoridade,

do galileu contemplativo floresce profecia de misericórdia,

no Senhor revela-se o servo, no messias esconde-se um cordeiro.

Aquele que tem o poder de julgar, prefere ser pastor,

ser médico que cura, ser semeador de vida,

luz que conduz, pão que alimenta, fermento que leveda,

vida que se doa, inocente que se entrega pelos pecadores.

 

A aparência e a decoração ganhou estatuto de ser.

As olheiras maquilham-se, os cabelos brancos pintam-se,

as rugas disfarçam-se com cirurgias plásticas,

as obesidades tratam-se com esforços, medicamentos e dietas,

a pobreza e a ignorância encobre-se com fatos de gala…

A mentira e o boato apresentam-se como verdade,

criam-se falsos perfis nas redes sociais,

vende-se gato por lebre,

constroem-se narrativas para ver se alteram a verdade…

Vale a pena estar atento, discernir e acautelar-nos!

 

Senhor, a tua missão não é parecer, mas ser e dar frutos.

Ajuda-nos a investir na bondade do coração e dos frutos que damos.

e a desinvestir na aparência e na arte de representar.

E quando as pessoas nos elogiam a veste ou a aparência,

ensina-nos a buscar a beleza do coração que nos habita

e dos frutos com que vamos alimentando a esperança,

fortalecendo o amor e a fraternidade, e pacificando os medos.


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