sexta-feira, outubro 21, 2022

 

6ª feira da 29ª semana do Tempo Comum

 



Porque não sabeis discernir o tempo presente? (cf. Lc 12,54-59)

 

A presença e ação de Deus é um mistério

que é preciso discernir, reconhecer.

É uma ação que nos repousa pela fidelidade,

a que chamamos leis da natureza,

mas é também uma ação que nos surpreende,

ao qual chamamos acaso, coincidência, surpresa.

Jesus é esta surpresa de Deus, que acontece sinal pobre

e nos interpela o sentido ou que nos passa ao lado.

 

O Concílio Vaticano II fala-nos dos “sinais dos tempos”

como um olhar cristão e profético da história.

Estamos a viver tempos muito interpelantes da globalização:

descobrimo-nos interligados na economia e na cultura,

confrontados pela diferença que nos bate à porta,

contaminados pelo mal dos vírus, da guerra e da poluição,

solidarizados para o bem e para o mal…

É um sinal dos tempos a implicação das opções pessoais

na saúde do planeta, na paz no mundo, na unidade da família,

no bom nome da Igreja, no sucesso da empresa e do clube…

A luz do Evangelho tem muito a dizer a este mundo e à Igreja!

 

Senhor, bendito sejas pela tua ação e presença na nossa história.

Espírito Santo, luz que discerne e interpela, questiona e converte,

ajuda-nos a renovar a nossa vida acomodada e egoísta,

a reencontrar o lugar da família quando todos trabalham,

a reformar a vida religiosa com o alento da profecia,

a converter a Igreja em sacramento de salvação.

Ensina-nos a despertar do sono em que vivemos

e a levantar para meditar e dar passos no acolhimento do Evangelho.



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