segunda-feira, dezembro 26, 2022
2ª feira da Oitava de Natal, S. Estêvão
Estêvão, cheio do Espírito Santo, viu a glória de Deus e Jesus de pé à sua
direita. (cf At 6,8-10; 7,54-59)
A glória de Deus é divina e eterna,
mas manifesta-se na terra: em Belém, em Nazaré,
em Jerusalém e até aos confins da criação.
O Menino, deitado numa manjedoura, triunfa na cruz
e está glorioso no Céu, como Cordeiro ressuscitado.
Estêvão vê essa glória quando dá testemunho de Jesus
e na entrega a sua vida, conduzido pelo Espírito Santo,
vence o amor, na aparente derrota da sua carreira!
O mistério da Encarnação só se entende à luz da Páscoa!
A glória humana só conhece sucessos humanos,
vitórias sobre os outros, saúde a toda a prova,
poder, fama, prazer, riqueza acumulada e consumida…
Toda esta glória está conjugada com ascensão social,
com estar a bem com todos, mesmo que seja mentira,
de projetar uma imagem de perfeição e fortaleza,
mesmo que sinta medo e vergonha das fragilidades,
de ter sabedoria para se defender e atacar a todos,
sentado no banco de juiz e de comentador autorizado.
Na glória humana a doença, o sofrimento e a morte,
são um fracasso que acaba muitas vezes no suicídio
assistido ou levado a cabo pelo próprio!
Senhor, dá-nos o teu Espírito e horizontes de fé,
para que saibamos ver a glória de Deus na história,
o presente de Deus neste Menino deitado numa manjedoura,
a vitória do amor no deserto do calvário,
o Deus Emanuel nos sinais da Igreja e dos sacramentos.
S. Estêvão, primeiro mártir e profeta da glória de Deus,
ajuda-nos a ser fortes na fé e no testemunho da missão,
mesmo que humanamente a nossa vida pareça simples,
sem glória nem poder, ou mesmo um fracasso.
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