Diálogo Aberto

 

Será uma aliança perpétua. (cf. Gen 17,3-9)

 

Deus é fidelidade e amor que eleva as criaturas

à condição de parceiros de uma aliança eterna.

Abraão, nosso pai na fé, acolheu esta proposta de aliança

e fez da sua fé uma paternidade universal dos crentes.

Jesus retifica esta aliança perpétua,

não como crente apenas, mas como Filho de Deus,

como enviado pelo Pai a dar a vida pela salvação do mundo.

O Emanuel continua hoje a dizer-nos:

“Eu vos amo, abri o vosso coração a este amor”!

 

Hoje é difícil assinar um contrato para sempre.

Quase sempre são contratos a termo, condicionais,

precários, revogáveis, renegociáveis, cheios de cautelas…

É assim com as coisas e com as pessoas!

Por isso, a legislação empenha-se em facilitar

o fim dos contratos e em simplificar os divórcios.

Na vida consagrada e ordenada

também se assiste à mesma tendência de aligeirar

o “para sempre” e o “para toda a vida”,

mesmo quando é um sacramento que imprime caráter.

 

Senhor, Deus da aliança e da fidelidade,

obrigado porque não Te cansas de nós

e a tua misericórdia é infinita e generosa.

Assina-nos a aprender a mesma fidelidade

e a tornar mais sustentável o nosso amor,

para contigo, para com os outros e para com a criação.

Espírito Santo faz-nos recordar em cada segundo a aliança

e a vive-la em todas situações com a mesma fidelidade.