segunda-feira, abril 24, 2023

 

2ª feira da 3ª semana da Páscoa

 




Viram que o rosto de Estêvão parecia o rosto de um Anjo. (cf. At 6,8-15)

 

Estêvão estava cheio do Espírito Santo

e o seu rosto parecia o de Cristo,

no testemunho e na palavra,

nos sentimentos e nos comportamentos,

na entrega e na forma misericordiosa de morrer.

Vemos um homem como nós,

mas o seu rosto e comportamento diferem de nós,

surpreende-nos pela sua fé, esperança e caridade.

Há uma santidade que nos incomoda e interpela,

que é forte e fiel, e que a mentira quer abater.

 

O rosto é o espelho da alma e dos sentimentos.

Há um brilho nos olhos, um sorriso nos lábios,

uma serenidade sem tiques, uma escuta que interpela,

uma compaixão empática, uma resposta que cai fundo…

que fazem a diferença porque vêm dum coração acolhedor,

duma pessoa que inspira confiança,

e transparece paz, sabedoria, bondade, justiça.

Há também rostos aflitos, lágrimas em fonte,

olhos que se escondem, silêncios engasgados,

insultos defensivos e ofensivos, palavras que soam a oco.

E há rostos que tentam esconder o que são,

especializados na arte de representar e disfarçar.

 

Senhor Jesus, enche-nos com o teu Espirito,

para que o nosso rosto se pareça com o teu

e a incoerência e o pecado não Te traiam,

não missão de ser outro Cristo e de te anunciar.

E perante o falso testemunho e a injustiça,

ajuda-nos a não alterar o rosto nem a perturbar o coração,

pois acreditar em Ti e confiar na tua Páscoa

é jamais se deixar contaminar pelo ódio e a violência.

Dá-nos, Senhor, um rosto de fé e de esperança,

mesmo quando a água que jorra da caridade

é espezinhada e desperdiçada sem gratidão.



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