sexta-feira, abril 21, 2023
6ª feira da 2ª semana da Páscoa
Se esta obra vem
de Deus, não podereis destruí-la e correis o risco de lutar contra Deus. (cf. At 5,34-42)
A obra de Deus não
a podemos destruir.
Até podemos matar
o seu Filho, o seu Enviado,
mas o Senhor da Vida
dá-lhes vida nova, ressuscita-O.
A Igreja é obra de
Deus, já foi perseguida muitas vezes,
já teve diversos
cancros provocados pelos pecados internos,
mas ao “terceiro
dia” o Espírito Santo dá-lhe nova vida.
Às vezes estes “três
dias” duram anos e até séculos,
mas das cinzas tem
surgido a profecia, a santidade,
a audácia da
missão, a fortaleza do martírio,
o testemunho da
fidelidade, a ousadia criativa da caridade.
Por isso, as armas
do cristão não são o fundamentalismo
nem as guerras
ditas “santas”, mas o seguimento fiel de Cristo.
O mundo anda à
procura de saciar a sua fome de sentido e de paz.
Como resposta a
esta fome, vão surgindo teorias, movimentos,
grupos religiosos,
escolas, cursos, rituais, terapias…
No meio desta fome
sincera e profunda,
vão surgindo aproveitadores,
farsantes, artimanhas da emoção.
Na Igreja há novos
movimentos de espiritualidade,
uns que advogam
voltar atrás e rejeitam o Vaticano II,
outros que acham
que o progresso é ser igual ao mundo,
outros que
desistem da missão e se afastam deste mundo.
O que importa não
é o sucesso momentâneo,
mas a sustentabilidade
de um caminho que nos leva à conversão,
à missão, à mesa
da Palavra e da Eucaristia, à pratica da caridade,
à defesa da
justiça e da vida, à continuação da missão de Cristo.
Senhor, Pão da
vida, sacia-nos com a tua Palavra
e com a luz do teu
Espírito,
para que a nossa
vida se possa tornar “obra de Deus”,
participação na
tua missão redentora do mundo.
Dá-nos o dom da
fidelidade e a inquietação da autenticidade,
para que o que sonhemos
seja o sonho de Deus,
o que façamos seja
a missão de Deus,
o que falamos seja
Palavras de Deus.
Faz da tua Igreja
e nossa mãe, uma obra de Deus,
viva e
missionária, resplandecente humilde da santidade.
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