quarta-feira, agosto 30, 2023
4ª feira da 21ª semana do Tempo Comum
Foi a trabalhar
noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, que vos pregámos o
Evangelho de Deus. (cf. 1 Tess 2,9-13)
A Palavra de Deus
não se vende,
oferece-se
gratuitamente como um pai alimenta os filhos.
A evangelização é
um ato de amor
que exige muito
esforço, entrega e trabalho do missionário
para que o dom distribuído
não pese a quem o acolhe.
É por isso que
Jesus é conhecido como “carpinteiro”,
Paulo “fabricante
de tendas”,
o missionário “trabalhador
da messe do Senhor”.
Ser missionário não
é uma função ou um trabalho,
mas uma forma de
ser e estar na vida do trabalho.
Há uma forma de
ver o sacerdócio e a consagração religiosa,
como um estatuto
social de quem não trabalha,
não suja as mãos
com trabalhos manuais,
não tem que pensar
como merecer o pão de cada dia,
mas apenas reza,
pratica atos litúrgicos e sacramentais.
O perigo deste
ideal de vida é tomar uma identidade
de funcionário do
religioso, de senhor que é servido,
de amigo de benfeitores
de posses e generosos,
de olhar mais para
as mãos dos fiéis
do que para os
corações perdidos dos pecadores.
Por outro lado, há
sacerdotes e consagrados animados pelo Espírito,
que trabalham em
exclusividade pela evangelização,
que tanto sabem
pregar a Palavra de Deus como cavar um jardim,
dar testemunho do
Evangelho como gerir um centro social.
Senhor, ajuda-nos
a ser servos da Palavra de Deus,
animados pelo
Espírito e impelidos pelo amor ao outro.
Liberta-nos de uma
vida de funcionário do religioso,
que só pensa no
seu bem estar e reduz a vida a alguns deveres.
Livra-nos da
incoerência entre o que se prega e o que se vive,
da hipocrisia de
querer parecer o que se não é.
Ateia em nós a
paixão pela tua missão,
a compaixão pelos
que andam perdidos e sem rumo,
a alegria de dar
de graça o dom da fé que recebemos de graça.
Ajuda-nos a ser
teus amigos e colaboradores,
animados pela
vontade de Te fazer conhecido e amado,
e assim possam
encontrar em Ti o caminho da salvação.
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