sábado, agosto 26, 2023

 

Sábado da 20ª semana do Tempo Comum

 



«Eu estou informado de tudo o que tens feito à tua sogra, depois da morte do teu marido» (Cf. Rute 2,1-3.8-11; 4,13-17)

 

Deus conhece o coração de cada um de nós,

a forma como tratamos o próximo e o amamos.

Deus não se fixa nas aparências e na representação teatral,

mas na verdade do amor que se esconde sob o rito,

a prática do preceito e a veste do sábio e benfeitor.

É a memória de um coração que rejubila,

não o registo dum polícia que persegue

nem um processo judicial dum juiz severo.

 

O verdadeiro amor não tem palco nem holofotes,

mas brota naturalmente dum coração bom e dedicado,

no silêncio do quotidiano, nas tarefas de cada dia,

na qualidade dos serviços prestados,

no cuidado das fragilidades e na oportunidade da partilha.

O nascimento de um bebé semeia generosidade,

entrega, cuidado, renuncia de si mesmo,

capacidade de compreensão de sorrisos e gemidos.

O contato com a pobreza ou a debilidade

estremece as entranhas e gera adoção do outro,

como filho ou como irmão, numa cumplicidade empenhada.

 

Senhor, Tu me conheces e sabes as minhas motivações.

Sabes que a minha fidelidade não é total

e que o meu amor não é puro, mas misturado;

apesar disso, chamaste-me pelo nome,

confiaste-me uma missão,

colocaste o tesouro da tua graça neste barro frágil.

Obrigado por este conhecimento do amor,

que nos cuida, protege e salva, sem desistências.

Dá-nos um coração bom como o teu!



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