sexta-feira, dezembro 29, 2023
6ª feira da Oitava de Natal
Quem diz que está na luz e odeia o seu irmão
ainda se encontra nas trevas. (cf. 1 Jo 2,3-11)
Deus é luz que manifesta o segredo da vida: amar.
A encanação do Verbo Divino é a Luz feita Menino,
que veio para vencer as trevas do ódio e da indiferença,
e guiar-nos na arte do perdão e da justiça, da paz e da fraternidade.
Reconhecer neste Menino o nosso salvador
é seguir os seus passos e viver o seu Evangelho.
Como o velho Simeão, somos chamados a apresentar Jesus
como luz das nações que por todos quer dar a sua vida.
É pelo amor a Deus e a todos que seremos julgados.
A participação na Eucaristia põe à prova a nossa capacidade de amar,
de promovermos a reconciliação, de rezar pelos que nos ofendem.
Há muita gente que alimenta uma piedade religiosa
como ódios de estimação e desejos de vingança.
É como se aceitássemos ser normal amar a Deus
e odiar o irmão, numa condição de vida esquizofrénica.
A Eucaristia pede-nos a reconciliação no início,
na oração do Pai-Nosso
e no abraço da paz antes da comunhão,
como que a dizer: comungar o Corpo de Cristo
supõe que comunguemos primeiro o irmão.
Senhor, é mais fácil ser teu amigo do que dos irmãos,
pois Tu não nos ofendes nem desiludes;
pelo contrário, és um oceano de graça e misericórdia.
Ajuda-nos a encontrar no amor a luz que buscamos,
para que nos portemos como teus aliados
na arte de promover a paz e a reconciliação,
na iniciativa de servir o frágil e dependente.
Senhor, faz que o espírito de Natal
não seja volátil como o orvalho
que desaparece com a roupa velha da consoada.
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