domingo, março 31, 2024
Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor
Eles mataram-n'O, suspendendo-O na cruz. Deus
ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe
manifestar-Se.
(cf. At 10,34a.37-43)
A humanidade mata a vida, Deus ressuscita a vida.
Cortamos a relação com Deus e com o próximo,
quando pecamos e esquecemos ou contradizemos a aliança.
Deus ressuscita-nos em Cristo, pela evangelização,
pelos sacramentos do Batismo, do Crisma e da Eucaristia
e dá-nos a graça de recomeçarmos de novo,
de sermos pães ázimos, sem o fermento da malícia e do egoísmo.
Deus retirou-nos a pedra do sepulcro
e deu-nos a possibilidade de entrar no mistério da morte,
revelando-nos os sinais da ressurreição,
que só entrando no sepulcro e pela fé podemos compreender.
Deus continua a curar o mundo do fermento da morte.
Às vezes a humanidade demora a ressuscitar para a uma vida nova.
Em vez de três dias, persiste no erro da morte,
meses, anos e até séculos, alimentando a destruição e a guerra.
Umas vezes declara a guerra à vida de forma oficial e global,
outras vezes vai fermentando um combate à vida
como cultura de morte e de exclusão,
gerando um clima de medo, de ódio e indiferença à vida.
Mas Deus continua a proteger a vida, a salvar a verdade,
a promover a paz e a justiça, a distribuir o perdão,
a fazer ouvir a profecia nos aliados que aceitam ressuscitar.
Senhor, nesta manhã de Páscoa,
mais uma vez nos despertas para a esperança.
Já passaram tantas Páscoas e tantas mortes,
que parece que nos habituámos a esta espiral de pecado,
de vivermos nos sepulcros caiados para parecerem renovados.
Fomos batizados em Cristo, recebemos o Espírito Santo,
alimentamo-nos da Sagrada Escritura,
fazemos memória da Páscoa de Cristo,
confessamo-nos pecadores e consumimos misericórdia,
mas no dia seguinte regressamos ao sepulcro
e fechamo-nos no egoísmo e no ódio, numa vida de ilusão.
Dá-nos, Senhor, uma Páscoa nova, sem o fermento da malícia,
revelando na nossa vida que Cristo vive em nós!
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