quinta-feira, maio 23, 2024

 

5ª feira da 7ª semana do Tempo Comum

 



Levastes na terra uma vida regalada e libertina, cevastes os vossos corações para o dia da matança. (cf. Tg 5,1-6)

 

Jesus revela-nos que a verdadeira felicidade,

não é viver para si mesmo e todos ao seu serviço,

mas é viver para servir e amar,

tornando-se restaurador da esperança,

cozinheiro da fraternidade e da partilha,

médico de feridas do ressentimento e da inveja,

cirurgião que corrige malformações de percurso,

pedagogo que educa para a relação justa e pacífica.

Viver para si mesmo é desertificar a vida ao seu redor!

 

A obesidade é um das grandes doenças do presente.

O tipo de vida, de comida e de objetivos buscados,

diminui os movimentos dos pés e dos braços

e aumenta os movimentos dos dedos e da boca,

dos olhos e dos ouvidos,

e de tudo o que dá gosto aos sentidos

e estimula a imaginação, o sonho e a fruição.

A ambição de fruir e de dominar é tanta,

que parecemos animais de engorda

e máquinas de consumir sensações,

novidades e emoções, à custa de uma vida egoísta,

injusta, exploradora e sedentária.

Quem sofre com isso é o coração,

como órgão que alimenta este corpo parado e anafado,

e como sede do amor e de relações justas e fraternas.

 

Senhor, é bom ver-Te encarnado e saber

que o problema não é o corpo, mas o que fazemos com ele.

Espírito Santo, luz que nos mostra o caminho da vida em Jesus,

purifica o nosso coração de ambições consumidoras,

sem rumo e sem critério que não o prazer e o poder.

Liberta-nos de um olhar míope que apenas vê o umbigo

e gera narcisismo, injustiça e exploração,

numa vida desequilibrada, solitária e sedentária.

Ajuda-nos a recuperar a agilidade do gosto de fazer o bem

e da ascese e autocontrole dos sentidos e das emoções,

para que sintamos que não andamos à deriva

e o coração está bom e leve para trabalhar e para amar.



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