terça-feira, junho 25, 2024
3ª feira da 12ª semana do Tempo Comum
Eu ouvi a oração que Me dirigiste acerca de Senaquerib. (cf. 2 Reis 19,9b-11.14-21.31-35a.36)
Deus escuta a nossa oração confiante
e conhece a nossa arrogância revoltante contra Deus.
Aos soberbos, Deus abate-os até ao chão
e fá-los reconhecer a sua condição de criaturas.
A porta estreita que nos leva à vida e à felicidade
é o amor ao próximo e a fidelidade ao Deus da vida.
Tudo o mais, é confiar na força da armas,
é arvorar-se no poder do currículo histórico
e pensar que se é invencível e eterno.
Basta uma doença ou cair nas malhas da justiça
para que a estrada larga da arrogância e da mentira onde andava
se tornar precipício e humilhação onde se cai.
Os projetos e os orçamentos são feitos na base dum historial.
É uma ciência que pode funcionar normalmente,
mas que depende do fator imprevisibilidade.
Assim o agricultor semeia na expetativa da colheita,
preparando tudo para obter os frutos que ambiciona,
mas não pode controlar o fator meteorológico.
O empresário investe e procura estratégias de sucesso,
investindo em novos equipamentos, em inteligência artificial,
em recursos humanos e em marketing… mas basta uma pandemia,
uma alteração na segurança e na paz, uma crise económica…
para que tudo se alterar e a economia arrefecer ou paralisar.
As alterações ambientais, fruto da ambição exploratória humana,
tornam ainda mais imprevisível o futuro
e deveriam fazer-nos pensar e ser mais cautelosos e humildes.
Senhor, tudo na vida é dom do vosso coração,
amassado e cozinhado pelo trabalho humano.
Às vezes, embriagados pelo sucesso e pela fama,
tomamos atitudes arrogantes, esquecendo a justiça e o bem comum,
embarcando na mentira, na corrupção, no furto e na violência.
É a estrada larga e pretensamente reta que conduz ao precipício!
Espírito Santo, ensina-nos a sabedoria do amor e da humildade,
que sabe ser grande no serviço e contido na ambição,
trabalhando por um mundo melhor, sem atropelar ninguém,
e sabendo escutar os gemidos dos mais frágeis
que encontramos no caminho.
Faz de nós obreiros da paz com joelhos confiantes!
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