quinta-feira, junho 27, 2024
5ª feira da 12ª semana do Tempo Comum
Ele praticou o que desagradava ao Senhor, como
tinha feito seu pai. (cf. 2 Reis 24,8-17)
Deus deixa cair a cidade que já não lhe pertencia.
O rei e o povo vivem em Jerusalém, ao lado do templo,
mas o seu coração já se tinha rendido ao outros deuses,
seguido outros mandamentos, de costas voltadas para Deus.
A seu reinado estava construído sobre a areia da injustiça
e da idolatria, e não sobre a fé e a prática da aliança de Deus.
A rocha da sua vida é a superficialidade e a vanglória,
por isso, o rei rendeu-se ao medo,
esquecendo Deus como sua Rocha e salvação!
A forma como vivemos é mais importante do que o lugar onde vivemos,
o grupo a que pertencemos, a ideologia em que militamos…
Posso viver ao lado dum santuário e não o frequentar,
estar casado e ter mentalidade e práticas de solteiro,
ser praticante de ritos e de orações, mas viver como todos,
ter feito votos de consagração a Deus, mas viver para mim mesmo…
A arte de representar é muitas vezes o adiar a autenticidade
e o esconder a verdade do que nos habita no mais profundo do ser.
Fragmentar a vida em compartimentos estanques
é a forma encontrada para separar a função e do desejo de ser.
Senhor, ajuda-nos a despertar para a mentira da nossa vida
e a confiar na porta estreita da tua aliança que nos faz ser humildes,
fieis, confiantes na tua Palavra, seguidores do amor como fonte.
Liberta-nos das palavras ocas de vida e de oração,
do funcionalismo religioso que se contenta com o dever,
do fundamentalismo insensível a dor e ao frágil,
da exclusão do diferente usando o Teu nome,
da incapacidade de perdão que condena o pecador.
Espírito Santo, faz de nós ouvintes da Palavra de Deus
que assentam a construção da sua vida na Rocha que é Cristo.
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