sexta-feira, junho 28, 2024
6ª feira da 12ª semana do Tempo Comum, S. Ireneu
O rei da Babilónia deportou o resto do povo que
ficara na cidade. (cf. 2 Reis 25,1-12)
O povo da aliança vive exilado de Deus e da sua aliança.
Tem o templo e não o frequenta, tem a aliança e não a pratica,
tem Deus e não O adora nem glorifica, é um estranho na sua terra.
Por isso, Deus permite o exílio, a perda da liberdade,
a destruição do templo, a humilhação, um tempo de penitência.
Aos poucos, nas lágrimas do exílio, o povo vai descobrindo
que Deus veio com ele para o exílio, Ele está em toda a parte,
e a sua aliança permanece, só espera que o povo desperte,
volte para Ele, se converta e renasça das cinzas.
Às vezes vamos esvaziando o conteúdo e ficamos só com a vasilha.
Há matrimónios que vão diminuindo o diálogo,
generalizando as ausências, arrefecendo as manifestações de carinho…
e um dia são apanhados de surpresa pela revelação de uma traição,
pelo desabafo dum desejo de divórcio, pela separação.
Há cristãos que vão deixando a oração e a prática religiosa,
e vão ocupando a vida com trabalho, ócio e diversão,
e embora ainda se identifiquem como cristãos,
a sua vida não tem nada a ver com Cristo e a sua Igreja.
Há consagrados/as que vivem no convento,
mas reduziram o tempo consagrado ao Senhor ao mínimo;
vivem em comunidade, mas num individualismo frio;
usufruindo da hospedagem, mas não construindo a comunhão;
trabalhando em obras do instituto como simples funcionários…
E de repente, tudo parece vazio, só ficam as paredes!
Senhor, reconhecemos as nossa lepras que nos afastam da comunhão
e tornam as nossas vidas pouco atraentes e felizes.
Se quiseres podes curar-nos do nosso pecado,
das nossas ausências na Igreja, na sociedade e na família,
dos nossos refúgios no mundo virtual que nos exila do real.
S. Ireneu, homem de paz e de fé esclarecida,
intercede por nós, para que sejamos pedras vivas da Igreja,
alinhados pela Pedra Angular que é Cristo
e cimentados na unidade e na comunhão pelo Espírito Santo.
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