segunda-feira, julho 29, 2024
2ª feira da 17ª semana do Tempo Comum, Santos Martos, Maria e Lázaro
E nós vimos e damos testemunho de que o Pai
enviou o seu Filho como
Salvador do mundo. (cf. 1 Jo 4,
7-16)
Deus surpreende-nos peregrino de nós,
que nos bate à porta como quem pede hospedagem.
Ele envia o seu Filho, fazedor de amigos,
que entra como Palavra e nos serve o sentido da vida,
por entre uma refeição e uma dormida.
É o Mestre que se faz mendigo de amor
nesta Betânia terreste que aponta para a cidade celeste.
Marta, Maria e Lázaro podem testemunhar
que o seu Amigo é a morada do Altíssimo
e a porta da vida, onde o amor verdadeiro se faz fonte.
A hospitalidade tem a porta fechada,
porque é desconhecido e pode ser malfeitor
ou pode ser aproveitador da nossa boa vontade.
A hospitalidade virou serviço de troca:
“hoje dou eu, amanhã deves dar tu,
porque a vida não custa só a alguns”!
A hospitalidade tem receção onde se paga,
não importa quem seja nem a que vem,
só interessa o cliente que é preciso fidelizar.
Mesmo que o cliente seja o Filho de Deus,
ninguém se vai dar conta nem beber nesta fonte.
Senhor, bendito sejas por seres mistério de amor,
que nos visitas, disfarçado de mendigo sem nome,
e nos queres dar aquilo que nos pedes com humildade.
Fica connosco e ensina-nos a permanecer em Ti,
como quem preenche o tempo com pedaços de eternidade
e, sem dar muitos passos, encontra a paz e o sentido da vida.
S. Marta, S. Maria e S. Lázaro, amigos íntimos de Jesus,
orai para que a nossa vida seja uma Betânia
acolhedora e disponível,
para que possamos experimentar a presença de Jesus
no migrante ou no mendigo que nos bate à porta,
no jovem ferido pelo desnorte de não encontrar,
na cabeça varrida do doente que não consegue orientar-se.
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