quarta-feira, julho 31, 2024

 

4ª feira da 17ª semana do Tempo Comum, S. Inácio de Loiola

 



Quando apareciam as vossas palavras, Senhor, eu tomava-as como alimento. (cf. Jer 15, 10.16-21)

 

A palavra do Senhor toca fundo no mistério da vida.

É como um tesouro que se descobre no campo do dom,

que é preciso comprar e aprofundar com a alegria do encontro.

No entanto, a palavra de Deus é um alimento doce na paladar,

mas exigente e transformador quando assimilado,

porque nos faz ver o lado bom que falta

e nos deixa sós a lutar pela justiça e a verdade da aliança.

Esta é a condição do profeta e do Filho de Deus,

cheios de luz e de alegria por dentro,

mas perseguidos e rejeitados pelas trevas que o circundam.

 

A condição do discípulo de Jesus é de amar a todos,

mas nem sempre concordar nem benzer tudo o que se faz.

É a condição de um amigo incómodo,

que não pactua com a mentira nem com a injustiça,

porque a palavra de Deus e o Espírito Santo,

o faz ser fiel ao que discerne de justo e bom para todos

e não para o que toda a gente faz, nem a moda o pressiona.

É a condição de alguém que se guia pela bússola da vida

e encontrou em Jesus o rumo que procurava,

e sente a alegria de servir e de cuidar da vida como missão,

principalmente a que se junto dos que são frágeis.

 

Senhor, obrigado pelo alimento da tua palavra,

pela luz que nos ajuda a descobrir a verdadeira pérola preciosa,

e pelo sonho de procurar na vida o tesouro que permanece.

Nesta busca, às vezes deixo-me tentar pela pressa e pelo cansaço,

custa-me suportar a solidão de ser diferente e dissonante,

deixo-me levar por fugas à verdade e à justiça

e custa-me deixar tudo para conseguir alcançar o que é importante.

S. Inácio de Loiola, acostumado ao discernimento da verdade,

ensina-nos a buscar sempre a glória de Deus e não a nossa,

as alegrias que permanecem e não as fáceis e efêmeras.



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