quinta-feira, setembro 26, 2024

 

5ª feira da 25ª semana do Tempo Comum, S. Cosme e S. Damião

 



Se de alguma coisa se disser: «Vede que isto é 

novidade», o certo é que já foi assim nos tempos 

que nos precederam. (cf. Co 1, 2-11)

 

Deus é um mistério de conhecido e de surpresa

que envolve a vida, com as suas leis da natureza e

alterações que chamamos coincidências felizes,

destino ou catástrofes naturais.

A fé faz-nos ver além do natural e penetrar no mistério

que dá sentido à vida e conhece o divino que entra na história.

Jesus é Alguém que tem algo de profético como Elias e João Batista,

mas é totalmente diferente dos profetas,

pois é o Filho de Deus que se fez homem nazareno.

 

Vivemos numa cultura que vende novidades

e que considera a religião uma antiguidade ultrapassada.

Há a novidade da moda, a novidade tecnológica,

a novidade ideológica, a novidade artística,

a novidade cultural, a novidade sociológica, a novidade espiritual…

Constatamos a novidade por meio dos “apriori”

do tempo e do espaço, como diria Kant.

Ou seja, há algo de novo no já conhecido,

que busca o essencial no circunstancial da mudança.

O surgimento da espiritualidade na modernidade

não será a mesma busca de sentido e de harmonia,

no meio da fadiga da velocidade em possuir e sentir,

que nos cega a comunhão e o horizonte de eternidade?

 

Senhor, reconheço que sois sempre o mesmo,

embora para mim sereis sempre novidade,

jamais alcançada, mistério inatingível.

Espírito Santo, dom da fé e do discernimento,

ajuda-nos a reconhecer a novidade de Deus,

sempre oculto e revestido de normalidade e humildade.

E ensina-nos a ser prudentes e sensatos

perante as novidades das estrelas cadentes,

que se cansam de permanecer

e tem necessidade de estar sempre a mudar o que parece.

S. Cosme e S. Damião, rogai por nós!



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