terça-feira, novembro 19, 2024

 

3ª feira da 33ª semana do Tempo Comum (19 novembro)

 



Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta, 

entrarei em sua casa. (cf. Ap 3, 1-6.14-22)

 

Deus caminha no meio de nós,

não como observador curioso ou antropólogo,

nem muito menos como polícia e fiscal.

Ele aparece como necessitado de guarida,

como estrangeiro ou refugiado,

que bate à nossa porta e nos chama a abrir a porta.

Jesus entra como visitador

e enriquece a nossa morada de salvação,

despertando a partilha e a fraternidade,

purificando o passado e abrindo a esperança do futuro.

 

Muitas vezes tratamos Deus como um necessitado,

que precisa da esmola das nossas orações e de rituais,

ofertas e sacrifícios, louvores e publicidade.

Mas Jesus prefere entrar na nossa vida

e que lhe demos todo o nosso ser e vontade,

para se sentar à nossa mesa

e iluminar-nos com a sua palavra

e alimentar-nos com o pão da esperança.

Abrir a porta a Jesus é descer dos nossos pedestais

e reconhecer a nossa indignidade, escolhida e amada por Ele,

que veio para salvar e não para cobrar impostos.

 

Senhor, na minha solidão, sinto-me visitado por Ti,

e bendigo-Te por não desprezares a minha morada,

só porque não sou perfeito nem verdadeiramente santo.

Entra, Senhor, e cura a minha condição de pequenez espiritual,

dá novo alento à minha existência e novo rumo ao que tenho,

para que a salvação possa entrar na minha casa e na minha vida.

Tira-me desta vida morna, sem compromisso com a tua missão,

numa mediocridade que se arrasta na rotina da vida.



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