sexta-feira, novembro 22, 2024
6ª feira da 33ª semana do Tempo Comum, S. Cecília (22 novembro)
Toma-o e come-o: no estômago, ele será amargo,
mas na boca, ele será doce
como o mel. (cf. Ap 10, 8-11)
Ter fé é pôr-se à escuta da vontade de Deus.
A escuta é um diálogo orante que precisa de purificação.
É preciso que o médico da verdade no retire a cera da teimosia
e a surdez da avareza e do desejo de poder,
para podermos fazer silêncio de coração aberto,
assimilarmos a doçura da sua Palavra
e sentirmos o incómodo de a interiorizarmos,
anunciando a vontade de Deus com fidelidade.
Todos somos chamados a ser profetas de Deus.
A formação que for só encher os alunos de saberes
que devem ser decorados, está condenada ao esquecimento
após o estresse dos exames,
onde se deve mostrar ser bom gravador.
Mesmo os trabalhos de investigação,
pela quantidade de informação presente na internet,
podem criar simples coletores que plagiam
e não novos cientistas, filósofos, teólogos, pesquisadores.
Só o saber que se assimila e compreende o porquê,
pode gerar novos mestres, inovadores e comprometidos.
Senhor, eis-me aqui a tentar comer a tua Palavra,
saboreando a novidade do sempre igual
e a fortalecer o desafio de ser Cristo,
presença profética que anuncia a paz da justiça
e denuncia a normalidade do egoísmo e da mentira.
Perdoa as vezes em que me reduzo a ser cassete que reproduz,
e a cumprir deveres e ritos para que os outros vejam,
sem assimilar a tua Palavra na minha vida com ardor profético
e comprometer totalmente com a verdade que anúncio.
S. Cecília, virgem e mártir, orai por nós.
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