terça-feira, março 18, 2008

 

O olhar de Jesus cura-me

Pedro negou uma primeira vez e não chorou, porque o Senhor não o olhou. Negou-o uma segunda vez e não chorou, porque o Senhor ainda não o tinha olhado. Negou-o uma terceira vez, Jesus olhou-o, e ele chorou, amargamente (Lc 22,62). Olha-nos, Senhor Jesus, para que saibamos chorar o nosso pecado. Isto mostra que mesmo a queda dos santos pode ser útil. A negação de Pedro não me fez mal; ao contrário, com o seu arrependimento, eu ganhei: aprendi a defender-me de um ambiente infiel…

Santo Ambrósio (cerca de 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja Comentário ao evangelho de S. Lucas

Comments:
PROIBIDO!

- Pablo Neruda -

Fica proibido chorares sem aprenderes,
Levantares-te um dia sem saberes o que fazer,
Teres medo de tuas lembranças.

Fica proibido não rires dos problemas,
Não lutares pelo que queres,
Abandonares tudo por medo,
Não converteres em realidade os teus sonhos.

Fica proibido não demonstrares amor,
Fazeres com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.

Fica proibido deixares os amigos,
Não tentares compreender o que viveram juntos,
Chamá-los somente quando necessitas deles.

Fica proibido não seres tu mesmo diante das pessoas,
Fingires que elas não te importam,
Seres gentil só para que se lembrem de ti,
Esqueceres aqueles que gostam de ti.

Fica proibido não fazeres as coisas por ti mesmo,
Não creres em Deus e fazeres teu destino,
Teres medo da vida e de seus compromissos,
Não viveres cada dia como se fosse um último suspiro.

Fica proibido sentires saudades de alguém sem te alegrares,
Esqueceres seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esqueceres teu passado e pagá-lo com teu presente.

Fica proibido não tentares compreender as pessoas,
Pensares que as vidas deles valem mais que a tua,
Não saberes que cada um tem seu caminho e sua sorte.

Fica proibido não criares tua história,
Deixares de dar graças a Deus por tua vida,
Não teres um momento para quem necessita de ti,
Não compreenderes que o que a vida te dá, também te tira.

Fica proibido não buscares a felicidade,
Não viveres tua vida com uma atitude positiva,
Não pensares que podemos ser melhores,
Não sentires que sem ti este mundo não seria igual.
 
CREIO

Creio nos anjos que andam pelo mundo,
creio na deusa com olhos de diamantes,
creio em amores lunares com piano ao fundo,
creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes;

creio num engenho que falta mais fecundo
de harmonizar as partes dissonantes,
creio que tudo é eterno num segundo,
creio num céu futuro que houve dantes,

creio nos deuses de um astral mais puro,
na flor humilde que se encosta ao muro,
creio na carne que enfeitiça o além,

creio no incrível, nas coisas assombrosas,
na ocupação do mundo pelas rosas,
creio que o amor tem asas de ouro. Amém.


Natália Correia
 
"Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor;
louvai-o, e bendizei o seu nome." Salmos 100:4


O QUE SE SEGUE FOI RELATADO EM PALESTRA DO RABINO ISSOCHER FRAND:


No mês de agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem sucedido empresário judeu, viajou para Israel a negócios.
Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George no centro de Jerusalém.
O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria,
Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo.
Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.
Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente. Mais do que agradecido,
Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.
Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s...
Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado. Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na fila.
Certamente ele ainda estava na pizzaria.
Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.
Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.
A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, sendo seis crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.
As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada.
Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma.
Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda.
Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.
Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo.
Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.
Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida.
O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava.
Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado.
Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida.
Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida. Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo.
Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.
Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias.Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.
Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila "
Mas não Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E ele sabia como retribuir um favor.
Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo - e deixou de ir trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia onze de setembro de 2001. Moshê não estava no seu escritório no 101º andar do World Trade Center Twin Towers.


"Jesus eu te adoro e preciso de ti, vem pra dentro do meu coração agora".
 
O AMOR E O SOFRIMENTO

Cardeal D. Eusébio Oscar Scheid
Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro

Numa caminhada quaresmal que, pouco a pouco, se intensifica, aproximamo-nos da Paixão do Senhor. Seu indizível sofrimento até à doação da própria vida – pois ela não lhe foi tomada, Ele mesmo a entregou – é prova do maior amor que alguém pode ter pelo outro. Amor e sofrimento encontram-se entrelaçados na obra salvífica de Jesus, assim como, também, ocorre nas vidas de todos nós.

Os capítulos 13 a 17 do Evangelho de São João relatam a despedida do Senhor. O Lava-Pés introduz uma seqüência de recomendações e palavras de consolo para os discípulos, enfim, de gestos reveladores de seu amor máximo por eles e... por todos nós: “Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou” (Jo 13,1).

Somos instados por Ele a repetir seus gestos: “Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós” (Jo 13,15), a fim de que cheguemos a compartilhar o Amor por excelência: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 15,12). Não é possível amar como Jesus amou, nós sabemos. Mas Ele nos pede, ao menos, o ideal de tentar fazê-lo ao seu jeito.

Conhecendo nossas fraqueza e incapacidade para atingirmos isto, Ele próprio as supre, pelo dom do Espírito Santo, a fim de completar seu ensinamento e sua obra: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16,13). Da mesma forma, apresenta-nos o Pai como Aquele que vai atender os nossos pedidos, desde que sejam feitos com fé e em nome do próprio Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo dará” (Jo 16,23).

Mediador da nossa comunhão com a Trindade, o Senhor institui a Eucaristia, onde nos manifesta sua presença real, e demonstra-nos, ainda uma vez, o seu amor, através da promessa da eternidade feliz: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar” (Jo 14,2). Eis uma das mais belas de suas promessas!

Continuando a meditar os textos de São João, encontramos a definição de que “Deus é amor”. O Evangelista repete-a por duas vezes na sua primeira Carta (cf. 1Jo 4,8.16). Ora, o amor exige correspondência. Esta é uma afirmativa tirada da experiência de nossa própria vida. Canta um hino ao Coração de Jesus: “Quem não retribuirá com amor, um amor tão gratuito e tão sublime?”. Criados à imagem desse Deus-Amor, trazemos em nós a capacidade de amar; ainda mais, trazemos a exigência do amor. Portanto, esta força inata é que nos impele a reconhecer a bondade e a beleza das criaturas. De outra forma, seríamos incapazes de admirá-las ou de nos sentirmos atraídos por elas.

O ser humano que se fecha ao amor é, verdadeiramente, digno de lástima, pois torna-se frustrado, mutilado, falho na realização daquele ideal que Deus concebeu para ele. Portanto, subsiste em nós um potencial de amor, que nos foi dado por Deus ao sermos criados. A partir deste dom, Deus quer que retribuamos o seu amor, colocando-o acima de todas as coisas, e o dediquemos também ao próximo.

Eis uma das nossas maiores dificuldades, pois o próximo varia de acordo com as circunstâncias em que nos encontramos. Além disto, ele não nos assegura o reconhecimento e a retribuição que recebemos de Deus. Entretanto, somos chamados a dedicar-lhe o mesmo amor de Cristo que, levado ao extremo, representou o derramamento do próprio sangue por todos nós, conforme sua iniciativa livre e gratuita. Assim, amar o outro apesar de suas imperfeições, talvez até mesmo por causa delas, dando a vida por ele, se necessário for, é o ato de maior heroísmo.

Um dos Cânticos da Liturgia das Horas, extraído do Apocalipse de São João, nos apresenta a figura do Cordeiro imolado, cujo sangue nos salva e no qual lavamos nossas vestes, simbolizando a purificação do pecado: “Porque fostes por nós imolado; para Deus nos remiu vosso sangue dentre todas as tribos e línguas, dentre os povos da terra e nações. O Cordeiro imolado é digno de receber honra, glória e poder, sabedoria, louvor, divindade!” (Ap 5,9.12).

Esse ato de amor de Cristo é intraduzível. É um amor pleno, porém doloroso, mesmo para Aquele que é Deus, pois assumiu a natureza para sofrer a Paixão. E aqui entramos no mistério do sofrimento, que nos toca muito de perto. Embora Cristo tenha carregado todo o sofrimento da humanidade na sua cruz, Ele jamais seria a causa disto. Nós é que o somos.

A herança de dor e morte, que todos compartilhamos, começou com a rejeição de Deus pelo ser humano, ainda nos primórdios da criação. Dali em diante, desencadeou-se uma avalanche de conseqüências, que têm marcado nossa história, ao longo dos tempos. Tornando-se propenso ao pecado, o ser humano tem sua mente ofuscada e a vontade enfraquecida para compreender e cumprir os desígnios divinos. Enfim, está sujeito à morte. O que seria a passagem natural de um estágio transitório de vida, para a bem-aventurança eterna, torna-se uma ruptura angustiante e dolorosa, muitas vezes associada à doença.

Elevando o olhar para Cristo, contemplamos nele o nosso mesmo sofrimento, porém assumido inocente e livremente, como cumprimento fiel da vontade do Pai e solidariedade para conosco: “Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua” (Lc 22,42).

Aquele que, sem deixar de ser divino quis ser um de nós, enfrentou o somatório das dores humanas, em toda a seqüência de torturas e humilhações que se seguiram: os falsos testemunhos e mentiras contra Ele, a injustiça de ser preterido em benefício de um malfeitor qualquer, sem ao menos um julgamento, as bofetadas e chicotadas, a coroação de espinhos e o manto, numa caricatura de veste real... Enfim, a terrível crucifixão, na qual o sofrimento físico foi mesmo superado pela avassaladora experiência das trevas espirituais causadas pelos nossos pecados.

Assim, meus caros leitores e leitoras, ao entrarmos no período do sofrimento de Cristo, estamos diante de um amor indizível: “Eis aqui uma prova brilhante do amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (Rm 5,8). E haveremos de lhe dar em troca, pelo menos, um amor sincero.

Contemplando a Paixão, coloquemo-nos aos pés da cruz, invocando o sangue de Cristo “sobre nós e sobre nossos filhos” (Mt 27,25), em forma de bênçãos para nossa purificação e de nossas famílias. Que seu precioso sangue se derrame sobre nossa cidade, nosso país e todas as nações do mundo, especialmente aquelas onde a paz ainda não se realizou. Sobre aquelas que crescem como futuras potências econômicas, tais como China e Índia, que trilhem os caminhos do progresso passo a passo com o respeito à dignidade humana. Que possamos sonhar com a conversão desses povos à fé cristã, pelo extraordinário poder do amor e do sofrimento de Jesus!
 
QUEM TEM MEDO DE JOHN DEAR?

Maria Clara Lucchetti Bingemer, teóloga, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio


No último dia 24 de janeiro, em Santa Fé, Novo México, John Dear foi julgado culpado de desrespeitar os sinais e regulamentos de um prédio público federal estadunidense. Três meses antes, ele e outros cinco homens haviam sido detidos no escritório do senador Pete Domenici, quando tentavam por este ser recebidos e ouvidos.


John Dear foi condenado e se recusa a cumprir a penalidade, que inclui 40 horas de serviço comunitário, uma fiança e um período longo de liberdade condicional. No tribunal, declarou sua intenção de não cooperar com a sentença recebida e provavelmente será preso. Não será uma nova experiência. John Dear já conheceu o interior do cárcere 75 vezes. Esta não é, pois, a primeira nem a última vez em que dormirá atrás de grades, privado da liberdade.


Homem perigoso esse, tantas vezes punido pela lei? Tantas vezes reincidente? Qual é o crime deste que persiste em transgredir normas de segurança e nem sequer é esperto o bastante para fugir das conseqüências de seus atos? O que temem os que continuamente perseguem John Dear e o encarceram?


John Dear é um padre jesuíta, de 48 anos de idade, que há vários anos fez da não-violência e da luta pela paz o sentido maior de sua vida. Une a seu ministério sacerdotal uma intensa e constante atividade em prol da paz, que inclui conferências, pregação de retiros espirituais e protestos como esse que ocasionou sua prisão. Além disso, é fecundo escritor e autor de mais de 25 livros publicados pelas mais prestigiosas editoras dos Estados Unidos. Mantém igualmente uma coluna semanal no National Catholic Repórter, periódico católico americano de vasta circulação.


Naquele dia de outono, John Dear e seus companheiros queriam ser recebidos pelo senador Pete Domenici, para falar-lhe sobre o apoio por ele dado à guerra do Iraque. E por isso foi mais uma vez preso, como em tantas outras oportunidades em atos de desobediência civil não-violenta. Juntamente com outros ativistas de seu país organizou centenas de demonstrações contra a guerra e contra as armas nucleares em bases militares espalhadas pelo país. Indicado para o Prêmio Nobel da Paz pelo bispo anglicano Desmond Tutu, outro grande apóstolo da não-violência, Dear trabalhou igualmente com Madre Teresa de Calcutá e outros contra a pena de morte.


Quando detido por sua tentativa de abordar o senador para protestar contra a guerra, Dear foi interrogado sobre a compatibilidade de sua missão como padre jesuíta e seu envolvimento em atividades políticas daquela natureza. Testemunhou então sob juramento que sua missão como membro da Companhia de Jesus era “salvar almas, acabar com as guerras, libertar os pobres e construir o Reino de Deus, de justiça e paz.” Questionado pelo juiz onde se encontrava essa afirmação, respondeu citando os documentos das últimas Congregações Gerais de sua ordem religiosa.


Seguramente nosso prudente e cuidadoso olhar considera com suspeita e desconfiança esse homem meio louco, que se mete a protestar onde não é chamado e não resiste à prisão, mas recomeça insistentemente a atividade que novamente o levará a ela. Na verdade, John Dear é apenas alguém que deseja viver radicalmente o coração do Evangelho de Jesus Cristo em lugar de apenas pregar, falar e escrever sobre ele.
Sofrendo na carne as conseqüências de sua fé, este padre ainda jovem espera que seu testemunho contra uma guerra sem sentido conscientize governantes e povo de que estamos, como humanidade, nos aproximando de um perigoso ponto do qual não há mais retorno. A conseqüência pode ser nossa própria destruição, total e irreversível.


Os que temem John Dear e tratam de neutralizar sua palavra e seus atos sabem que ele tem razão ao dizer que a alternativa não é mais entre violência e não-violência. É, sim, entre violência e não-existência. Mas a partir do momento em que alguém como ele não se contenta em falar, mas começa a agir, já não pode ser deixado livre.


Graças a Deus John Dear não se impressiona muito com o que pode lhe acontecer. Muito maior lhe parece o tamanho da missão que Deus lhe deu. Sem dúvida, sua pessoa e sua vida são um bom tema de reflexão neste tempo de Quaresma e conversão. Sobretudo para nós, que vivemos em um país não diretamente implicado na guerra do Iraque, mas que mata o equivalente a uma guerra do Vietnam por ano na guerra do tráfico e do crime organizado.
 

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