segunda-feira, setembro 30, 2019
2ª feira da 26ª semana do Tempo Comum – S. Jerónimo
Assim fala o Senhor do Universo: Sinto por Sião um amor ardente. (cf. Zac 8,1-8)
Deus é coração que arde de amor pela sua criação.
O Filho de Deus, o enlevo do coração do Pai,
faz-se menino e irmão para salvar o que anda perdido.
A sua mansidão e misericórdia eterna
fazem parte deste coração ardente de Deus,
que não desiste nem se cansa, não atemoriza nem condena,
servindo e dando a vida para que ninguém se perca!
O cristão é chamado a dar visibilidade a este Coração ardente!
A missão cristã nasce deste coração ardente,
deste desejo paciente e esperançoso que tudo faz
para salvar o outro, ensinando-o a amar a Cristo!
Cristo não é mais um passatempo ao lado de outros,
mas uma Pessoa viva que se faz companheiro,
que é preciso aprender a conhecer e a amar.
É impelidos pelo seu amor que fazemos da missão encontro,
diálogo, acompanhamento, testemunho, partilha.
Por isso, a intolerância, a violência, a pressa, a desistência…
não fazem parte dum coração ardente deste Fogo de Amor.
Senhor, louvado sejas, por esse fogo que não se extingue,
faça sol ou faça chuva, tendo acolhimento ou rejeição!
Sois sempre o mesmo que nos espera e nos anima!
É sempre a mesma Mão invisível que nos abraça e eleva,
nos perdoa e guia, nos envia e nos orienta!
S. Jerónimo, mestre e tradutor da Palavra de Deus,
dá-nos o gosto pela leitura e escuta orante da Bíblia!
domingo, setembro 29, 2019
26º Domingo do Tempo Comum – Dia Mundial do Migrante e do Refugiado
Ai daqueles que vivem comodamente… mas não os aflige a ruína de José. (cf. Am 6,1a.4-7)
Deus vive na sua morada santa sofrendo o nosso pecado.
Envia a sua Palavra e ilumina a injustiça,
num desassossego compassivo e misericordioso
que clama por solidariedade e fraternidade.
Aos que persistem na indiferença e comodismo egoísta,
Deus respeita a sua solidão incómoda na eternidade!
Não é Deus que nos condena, mas nós somos o que optámos!
A cidade cria anonimato e invisibilidade!
Todos correm de um lado para o outro,
sem laços de vizinhança, como árvores em movimento!
O mundo virtual e a televisão aproximam o mundo,
sentados comodamente no nosso sofá, sem sentidos
nem tempo para pensar abraços nem abrir as mãos.
Tudo é rápido, fragmentado, flash descontínuo,
que atinge apenas o conhecimento, mas não a consciência!
Assim é possível viver lado a lado em mundos paralelos!
Senhor, obrigado porque não abandonas a obra das tuas mãos,
mesmo quando Te damos as costas da nossa indiferença
e nos fechamos no nosso autismo cómodo e egoísta.
Louvado seja, ó Cristo, que de tanto amar Te consomes,
neste descer que eleva o pobre e carrega o fraco!
Louvado sejas, ó Espírito Santo,
Luz incansável que alarga o coração e o torna sensível,
pois a comunhão e a solidariedade é renascer em Deus!
Ajudai-nos, ó Deus Trindade, a acolher o migrante e refugiado!
sábado, setembro 28, 2019
Sábado da 25ª semana do Tempo Comum
Corre e vai dizer a esse jovem: Jerusalém deverá ficar sem muros. (cf. Zac 2,5-9.14-15a)
Deus quer habitar no meio do seu povo,
para ser uma muralha contra o mal
e um caminho que atrai todos os povos, sem exclusão.
Deus é comunhão que fraterniza a diferença,
alimenta a aliança, dá a vida pelos que lha tiram!
O que O move não é o medo, mas o amor,
não é o juízo, mas a misericórdia!
É difícil compreender esta linguagem com ouvidos egoístas!
O medo da invasão do outro,
tem levado à construção de muros e de muralhas.
O direito à propriedade privada
entrou em conflito com o bem comum!
Cresceram os condomínios fechados,
os bairros sectorizados, as barreiras nacionais e comerciais,
os muros que dividem povos e impedem a migração…
Estamos cada vez mais juntos e mais afastados uns dos outros!
Senhor, estás no meio de nós e não nos damos conta,
tão ocupados andamos com os nossos projetos e coisas!
Fizestes-Te um de nós e queres-nos a viver como irmãos,
mas o individualismo faz-nos surdos e cegos,
e o diálogo está a ser substituído pela defesa e o ataque,
a indiferença e o descuido, a solidão e o mutismo.
Vem Espírito Santo e ensina-nos a confiar,
a derrubar os muros de exclusão
e a proteger-nos a todos do egoísmo e da agressividade!
sexta-feira, setembro 27, 2019
6ª feira da 25ª semana do Tempo Comum – S. Vicente de Paulo
A glória deste novo templo será maior que a do antigo. (Ag 1,15b-2,9)
Deus não é prata e ouro, porque tudo lhe pertence:
o que brilha e o simples e sem beleza alguma.
A sua Glória é que dá glória ao templo,
não é o templo que glorifica a Deus!
O Filho de Deus é aliança em missão,
o Messias que se faz Templo e nos faz templo,
o Servo que dá a vida e é glorificado pelo Pai.
Nele refulge a glória de Deus dando dignidade ao pobre,
elevando o pequeno, purificando o pecador.
O ser humano vive dividido entre a saudade e o sonho.
Vê o presente à luz do passado
e custa-lhe aceitar o mistério do novo na sua crueza.
É o que Kant chamava os “a priori” que filtram o conhecimento!
Por isso, a verdadeira realidade, às vezes, torna-se invisível,
porque não brilha como antes nem cheira a ouro e prata!
A dignidade do outro anda muitas vezes camuflada,
a presença de Deus esconde-se no quotidiano!
É como a luz do holofote que não ilumina o gerador!
Senhor, esperança escondida no Crucificado inocente,
ilumina o nosso olhar com a fé da promessa
e a esperança na aliança, apesar das sandálias nos pés
e os calos do labor na reconstrução do novo Templo!
Espírito Santo, cura o nosso olhar
e defende-nos do brilho que encandeia,
para vermos o presente à luz da eternidade e da promessa!
S. Vicente de Paulo, olhar purificado pela caridade,
ensinar-nos a ver em cada pessoa mesmo nos sem beleza humana,
um filho de Deus, um irmão, o próprio Cristo!
quinta-feira, setembro 26, 2019
5ª feira da 25ª semana do Tempo Comum – S. Cosme e S. Damião
Este povo diz: ‘Não chegou ainda o tempo de se reconstruir o templo do Senhor’». (cf. Ag 1,1-8)
A ação criadora e redentora de Deus jorra do amor,
não depende de nós, mas o acolhimento desta graça sim!
É Ele quem toma a iniciativa de morar no meio do seu povo
e de enviar o seu Filho, o Emanuel,
mas depende de nós construir um espaço dedicado à oração,
consagrado para ser sinal desta presença e desta aliança,
ser pedra viva da Igreja e continuar a missão de Cristo.
Há sinais na nossa vida que manifestam as nossas prioridades!
Passar o dia apenas concentrado no próprio bem-estar,
na satisfação dos projetos pessoais, a construir ambições,
não dá espaço para meditar sobre a vida, dialogar com o Criador,
avaliar metas e resultados, cuidar do necessitado, amar!
Deus está sempre connosco, mas nós não lhe damos espaço,
nem tempo de antena e quando lha damos,
é como se fosse uma concessão,
como se fosse Ele a precisar de nós!
Estamos demasiado cheios de nós para haver espaço para Deus!
Senhor, és um Pai providente que nos dás a vida,
curas as nossas enfermidades, dás-nos a luz dos nossos passos,
fizeste-nos com a capacidade de pensar, dialogar e amar,
e nós comportamo-nos como crianças mimadas,
que viram as costas a quem os ama
e se comportam como reizinhos da casa e mal agradecidos!
Espírito Santo, ajuda-nos a esvaziar-nos de nós como Jesus,
para que possamos dar o primeiro lugar
ao amor do Pai e dos irmãos, e o façamos com convicção
e não forçados ou contrariados!
quarta-feira, setembro 25, 2019
4ª feira da 25ª semana do Tempo Comum
O nosso Deus iluminou os nossos olhos e deu-nos um pouco de vida na nossa escravidão. (cf. Esd 9,5-9)
Deus é salvação pela missão e a misericórdia.
Lembra-se de nós e cura o nosso pecado,
convocando-nos a voltar para Ele,
a reconstruir um lugar para o encontro e a conversão,
e nos envia em missão de evangelização e de libertação.
Não importa a quantidade, mas importa a fidelidade,
livre para partir, com o coração cheio de fé e de esperança.
É pelo amor a Cristo e ao próximo que partimos em missão!
O estilo de vida que levamos não é saudável,
por isso, precisamos de muitas medidas corretivas,
de meios evasivos, velocidade para não pensar!
A terra onde vivemos está febril e entupida de lixo;
optamos por uma vida cheia de aventuras,
mas tememos o virar da esquina;
vociferamos liberdade mas somos telecomandados;
Precisamos de um pouco de vida a sério na nossa escravidão!
Senhor, louvado sejas porque és amor misericordioso,
que não desiste nem se cansa das nossas rebeldias
em sermos fiéis à tua aliança e à tua vontade.
Que o teu Espírito nos guie e ilumine o caminho,
para que não andemos a fugir de Ti,
dos outros e de nós mesmos, com medo da verdade.
Faz de nós teus apóstolos, livres para partir em missão,
gozosos de colaborar na salvação da humanidade,
apesar de não passarmos de pecadores perdoados e amados!
terça-feira, setembro 24, 2019
3ª feira da 25ª semana do Tempo Comum
Levaram a construção a bom termo, segundo a vontade do Deus de Israel e a ordem de Ciro e de Dario, reis da Pérsia. (cf. Esd 6,7-8.12b.14-20)
Os membros do povo de Deus são aqueles que fazem a sua vontade.
É com eles que Deus pode contar para que o seu projeto avance.
O regresso do exílio da Babilónia e a reconstrução do templo
é obra de Deus, profetizada e animada pelos profetas,
mas também permitida e apoiada pelos reis da Pérsia.
Jesus, ao encarnar, tem laços de sangue com a sua família,
mas a sua Palavra gera discípulos que ouvem e vivem a sua missão.
Mais importante do que aquilo que determina a natureza,
é o que gera o coração e alimenta a mesma missão!
A fé dos nossos antepassados cria cultura e tradição,
mas a nossa fé é resposta pessoal e conversão à missão de Deus.
O templo pode estar construído pelos antepassados,
mas se os presentes não se reúnem nele, nem o reabilitam,
o templo fica vazio, abandonado, sem utilidade.
É por isso que muitos templos no centro de Europa
estão a ser alugados ou vendidos para outros fins!
A vida cristã assenta em convicções pessoais
e testemunho comunitário de missão
e não em pertenças de sangue ou de tradição cultural!
Senhor, a tua missão continua, mesmo quando eu desisto,
ajuda-me a ser o que sou: cristão, consagrado,
padre, missionário, discípulo e sócio do Verbo Divino.
Espírito Santo, ensina-nos a ler os sinais dos tempos,
a compreender que estás presente em todos
e nos podes interpelar pela boca de todos,
mesmo os que não são magistério da Igreja.
Ajuda-nos a não nos acomodarmos no que somos ou fomos,
mas a aceitar o desafio de nos tornarmos no que esperas de nós!
segunda-feira, setembro 23, 2019
2ª feira da 25ª semana do Tempo Comum – S. Pio de Pietrecilna
Quem de entre vós faz parte do seu povo? (cf. Esd 1,1-6)
Deus é aliança eterna que convoca o seu povo.
O Filho de Deus e o Espírito Santo são Palavra e Luz,
proclamada e inspirada que é para serem acolhidos,
assimilados e postos em prática, pois a luz é para iluminar,
o povo para louvar, a aliança para viver.
Somos chamados a ser pedras vivas do Templo do Senhor,
membros do Corpo de Cristo, sempre em conversão!
O sentido de pertença não pode ser apenas espacial:
ir à igreja, estar em casa, estar na empresa…
Podemos estar de corpo presente, mas de coração ausente,
focados na relação com o distante.
Que consequências traz para a nossa vida
afirmarmos que pertencemos à Igreja Católica?
Que fazemos com a Luz que recebemos no Batismo
e a Palavra e o Alimento que recebemos na Eucaristia?
Senhor, Palavra que convoca a viver em comunhão
e Luz que ilumina o caminho da aliança e da missão,
ajuda-nos a ser fieis na forma como escutamos e iluminamos.
Espírito Santo, que sopras onde queres e quando queres,
ensina-nos a discernir o sussurro da Vontade de Deus,
e a promover a formação de um povo
que seja Templo acolhedor e missionário do Deus vivo,
e lâmpada que ilumina a esperança e denuncia o pecado!
S. Pio de Pietrecilna, ajuda-nos a configurar com Cristo!
domingo, setembro 22, 2019
25ª domingo do Tempo Comum
Escutai bem, vós que espezinhais o pobre e quereis eliminar os humildes da terra. (cf. Am 8,4-7)
Deus quer salvar todas as pessoas
e é sensível ao que fazemos com os humildes e fracos.
Jesus vem para todos, mas de modo especial
para os que andam perdidos, doentes,
marginalizados, em pecado, sem esperança!
Ele quer libertar-nos da idolatria do lucro,
que cega a justiça, se aproveita da situação para explorar,
exclui a compaixão, trata as pessoas como números de produção.
O dinheiro, quando bem usado, é um instrumento
que facilita as trocas comerciais, dá valor ao trabalho,
favorece a solidariedade, promove o progresso.
Mas quando a ambição do lucro nos domina,
aparece a corrupção, o tráfico de pessoas e de estupefacientes,
a exploração do pobre e do refugiado, a pedofilia,
o roubo e a injustiça, a exclusão das pessoas improdutivas…
Quando a ambição me leva a ser predador, deixo de ser irmão!
Senhor, Pai-Mãe, cujo amor protege o mais fraco,
dá-nos um coração fraterno e compassivo,
para que nunca nos aproveitemos da situação
para humilhar ou explorar o mais fraco!
Liberta-nos da ambição desmedida,
que sacrifica tudo e todos, para gerar mais lucro.
Ajuda-nos a aprender a saber usar o dinheiro para fazer amigos:
dar trabalho ao pobre, apoiar o miserável,
promover o desenvolvimento dos países subdesenvolvidos,
evitar e combater a corrupção e a exploração.
Ajuda-nos a aproveitar todas as situações
para mostrarmos que somos irmãos e amigos!
sábado, setembro 21, 2019
S. Mateus, Apóstolo e Evangelista
A cada um de nós foi concedida a graça, na medida em que recebeu o dom de Cristo. (cf. Ef 4,1-7.11-13)
O nosso pecado revela a misericórdia de Deus.
Jesus prefere a misericórdia no coração e na missão
ao sacrifício ritual no Templo.
Ele vem como médico do que está enfermo,
inchado e obstinado, egoísta e autista.
O chamamento de Mateus, o cobrador de impostos,
revela o que nos podemos tornar pela graça de Cristo:
casa de evangelização, mesa de encontro e de salvação,
escritor de boas novas experimentadas,
amizade que faz bem aos amigos, porque os conduz a Cristo!
Jesus não chama alguém porque é bonzinho,
mas chama os que quer e quando quer
para os curar e fazer médicos da esperança.
A pastoral vocacional é também pastoral juvenil,
que trabalha líderes do mercado e até do mal,
para os fazer apóstolos da graça e testemunhos de Cristo!
Pelo caminho há muito trabalho de formação
e acompanhamento, de avanços e recuos,
mas foi assim que Pedro e Paulo, Mateus e Agostinho,
se fizeram apóstolos e aprenderam a dar a vida por Cristo!
Senhor, obrigado pelo chamamento que me fizeste,
pois entre tantos, fui conhecido, amado e curado e enviado!
Louvado sejas pela graça paciente e generosa
que brota incansável da eternidade do teu coração!
Ensina-nos a pastoral vocacional que pesca pecadores
e os forma discípulos e missionários,
anunciadores e escritores da boa nova do Evangelho.
S. Mateus, publicano feito apóstolo e evangelista,
ensina-nos a seguir Jesus neste mundo de mercado e de consumo.
sexta-feira, setembro 20, 2019
6ª feira da 24ª semana do Tempo Comum – S. André Kim Taegon e companheiros
Combate o bom combate da fé. (cf. 1 Tim 6,2c-12)
A fé supõe que queremos assumir o combate de Deus:
lutar contra o mal e a idolatria, amar incondicionalmente,
resistir à tendência de desistir de salvar os faltosos,
tornar a aliança eterna dando-se até ao sangue da própria vida!
Este é o bom combate de Jesus e das pessoas de Deus!
O bom combate supõe discernimento permanente
para que não envelheçamos na dependência e na destruição!
Quem não assume a vida como um combate,
fica à beira da estrada a ver os outros passar,
entretidos com comentários e murmurações,
sem nada contribuir para o mundo melhorar.
Mas há bons e maus combates!
Não é bom combate gastar o tempo em lutas de palavras,
em edificação de palácios construídos sobre a areia,
em guerras de destruição e de vingança!
É bom combate promover a paz e a justiça, louvara Deus,
educar para a verdade e a caridade, e anunciar a esperança!
Senhor, Deus dos exércitos da salvação e da misericórdia,
faz de mim um bom soldado,
que se deixa conduzir pelo teu Espírito
e toma como capitão o teu Filho, Jesus!
Espírito Santo, luz que ilumina o bom combate,
ajuda-nos a não perder tempo com vanglórias
e guerras inúteis, ou passatempos viciados,
mas a dar a vida pelo que permanece e o que edifica.
S. André Kim Taegong e companheiros mártires da Coreia,
rogai para que sejamos cristãos valorosos e fiéis!
quinta-feira, setembro 19, 2019
5ª feira da 24ª semana do Tempo Comum
Não descuides o dom espiritual que recebeste. (cf. 1 Tim 4,12-16)
Nós somos dom recebido da Fonte da Vida.
O dom, para que continue a ser dom, precisa dar-se,
manifestar-se em amor, chorar o grão retido e não semeado.
O pecado é o descuido deste dom espiritual recebido.
O perdão é a purificação do dom no amor acolhido.
Os sacramentos são dons espirituais recebidos que é preciso cuidar,
para que a vida se torne amor e ação de graças,
testemunho e anúncio, fé e caridade, conversão permanente!
Cada sacramento participa no “Hoje da salvação”.
O Batismo é o dom espiritual que gera vida nova cada segundo.
O Crisma é o dom do Espírito que é preciso acolher cada instante.
A Eucaristia é alimento espiritual que é preciso receber e dar cada dia.
A Confissão é o dom do perdão que nos faz viver em paz e esperança.
A Ordem é o dom do serviço que nos faz amar com coração de pastor.
O Matrimónio é o dom do amor que se torna sinal do amor do Esposo.
A Unção do Doentes é o dom da consolação no sofrimento e na doença.
Senhor, obrigado por tantos dons espirituais recebidos,
por ser puro dom da tua graça e misericórdia.
Perdoa a tendência a fazer do dom uma posse para proveito próprio,
sem generosidade nem ardor missionário.
Ensina-nos a amar-Te para além do mínimo necessário,
a lavar-Te e perfumar-Te os pés com que nos visitas,
a beijar-te a misericórdia com que nos curas!
Ajuda-nos a cuidar dos dons espirituais recebidos!
quarta-feira, setembro 18, 2019
4ª feira da 24ª semana do Tempo Comum
É realmente grande o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne, justificado pelo Espírito. (cf. Tim 3,14-16)
O mistério da fé esconde-se na eternidade
e manifesta-se na história como nuvem que ilumina e protege!
Só quem tem coração de criança, sede de encontrar,
abertura à revelação, ouvido de discípulo,
e discernimento no olhar guiado pelo Espírito,
pode compreender a glória e a imanência de Deus,
a palavra e o silêncio de Deus,
o nosso pecado e a santidade de Deus!
A fé é sempre uma montanha onde já estamos,
mas cujo cume ainda não alcançamos!
Umas vezes as nuvens carregadas da vida
impedem-nos de ver com claridade onde está o cume,
outras, a claridade do Espírito faz-nos sentir a frescura do alto,
mesmo no calor do vale ao lado da fonte que nos sacia a sede!
O perigo é desistirmos de caminhar,
de buscar uma gruta que nos adormeça,
de nos prostrarmos perante uma representação do cume
e dizermos esta é a nossa meta, não vale a pena suar mais!
Senhor, descobrimo-nos a viver neste oceano de amor,
mas ainda não conhecemos a profundidade e a largura
deste mistério belo e grandioso onde nos movemos!
Abrimos a Bíblia e nela vemos a revelação de Deus
e o reflexo do ser humano, num barro animado pelo Espírito!
Olhamos para Jesus e o mistério nos atrai e mete medo,
entre a glória e a cruz, o encontro e o seguimento!
Que o Espírito Santo nos guie nesta aventura da fé!
terça-feira, setembro 17, 2019
3ª feira da 24ª semana do Tempo Comum
Conservem o mistério da fé numa consciência pura. (cf. 1 Tim 3,1-13)
Jesus é o Deus da vida a semear esperança.
Caminha connosco e chama-nos a caminhar com Ele,
pelo testemunho de fé, pelos ministérios na Igreja,
pelo testemunho de vida pessoal e familiar.
Cada cristão deve ser outro Cristo na história,
missão e entrega que gera vida pela graça do Espírito.
A Igreja é carismática e ministerial, fraterna e hierárquica.
Todos somos filhos amados por Deus e irmãos uns dos outros,
mas há ministérios diferentes que estruturam a comunidade.
O ministério não é uma honra, mas um serviço,
que deve ser feito com zelo, humildade e consciência pura.
Mas o testemunho coerente e contagiante é mais importante,
que os cargos, que as dignidades, que o protocolo!
O mau testemunho é um cancro na Igreja!
Senhor, que me chamaste a ser ministro na tua Igreja,
perdoa as vezes em que a vida contradisse a palavra anunciada
e ajuda-me a dar bom testemunho, a ser um Evangelho vivo.
Eu Te peço por todos os que têm responsabilidades na Igreja,
para que o interesse próprio não os corrompa
e sejam sempre impelidos pelo amor de Cristo!
Que o teu Espírito fecunde a nossa vida
e nos ajude a ser um bênção de vida e esperança,
onde quer que estejamos ou sejamos enviados!
segunda-feira, setembro 16, 2019
2ª feira da 24ª semana do Tempo Comum – S. Cornélio e S. Cipriano
Que os homens rezem em toda a parte, erguendo para o Céu as mãos santas, sem ira nem contenda. (cf. 1 Tim 2,1-8)
Deus escuta as súplicas do seu povo
e fica contente quando nos vê compassivos,
cheios de fé, interessados no bem e salvação de todos.
Não rezamos para que Deus se coloque do nosso lado,
em contendas e interesses clubistas,
mas para que Deus nos dê o que for justo,
perdoe a todos e nos ajude a trabalhar na sua missão.
Basta uma palavra de Cristo e aqueles por quem rezamos,
poderão ser salvos, curados, fortalecidos, iluminados!
A oração é um exercício de fé e de compaixão.
Fé, porque buscamos em Deus a rocha firme da nossa salvação.
Compaixão, porque somos movidos pelo amor de Deus por todos.
Rezamos, não para informar a Deus de certos problemas
ou de pessoas que andam perdidas e sem rumo,
como se Deus não soubesse disso tudo melhor que nós!
Ao rezarmos assim, com o coração confiante e cheio de amor,
Deus escuta em nós o eco do seu amor e estende a sua Mão,
porque o bem não se impõe, é preciso ser pedido, suplicado!
E quando entramos neste sintonia de sofrimento,
Deus vê em nós um colaborador da sua missão e escuta-nos!
Senhor, elevo para ti minhas mãos suplicantes
para melhor sintonizar com o teu Coração e a tua Missão.
Peço-Te por todos os que andam sem esperança nem rumo
e ajuda-me a ser a tua palavra e a tua presença junto deles.
S. Cornélio e S. Cipriano, pastores com coração do Pastor,
intercedei para que sejamos fieis à nossa fé e firme no testemunho!
domingo, setembro 15, 2019
24ª semana do Tempo Comum – Nossa Senhora das Dores
Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores e eu sou o primeiro deles. (cf. 1 Tim 1,12-17)
A justiça do Senhor é convite à conversão.
A recusa do ser humano à sua proposta misericordiosa
é dor de coração que ama o que falta!
Por isso, Jesus, o enviado do Pai a salvar os pecadores,
aparece como cordeiro que dá a vida, pastor, médico, irmão,
pão da vida, caminho de esperança, luz que ilumina,
mulher que busca o perdido, pai que acolhe o filho ingrato,
servo que lava os pés, mestre que liberta e cura,
parábola que faz pensar, palavra que conduz…
Para quem não ama verdadeiramente tudo está bem,
desde que cumpra o seu dever e vá fazendo o seu papel!
O cristão por dever e por tradição até pode ser praticante zeloso,
mas é incapaz de se preocupar com os que não conhecem
ou abandonaram a fé em Jesus, com os que andam em pecado,
com a injustiça estrutural, com a urgência da missão!
Contentam-se com o pequeno rebanho que vem à celebração
e não se preocupam nem fazem nada pelo grande rebanho afastado,
adormecido no seu egoísmo e ocupado apenas com o seu bem-estar!
Senhor, obrigado pelo dom da fé e pelo chamamento a servir-Te.
Ajuda-me sofrer contigo com os que andam perdidos,
e a agir como Tu para os recuperar e os convidar a voltar para Ti!
Liberta-nos da indiferença, da apatia e do funcionalismo,
que se limita a cumprir deveres, separa a fé da vida,
vive para si mesmo e não se compromete com a salvação dos outros.
Virgem Maria, coração que sofre com o seu Filho
as dores da ovelha perdida, ensina-nos a fazer o que podermos
para contribuir para a conversão dos que vivem ao nosso lado!
sábado, setembro 14, 2019
Exaltação da Santa Cruz
Todo aquele que for mordido e olhar para ela ficará curado. (cf. Num 21,4b-9)
Deus inventou a misericórdia para salvar o malfeitor,
a humanidade inventou a cruz para destruir o prevaricador.
A justiça de Deus salva o arrependido e o justo,
a justiça humana condena o injusto e muitas vezes o justo.
Mesmo quando a injustiça toca o Céu na terra,
o Filho de Deus continua obediente ao projeto de amor
e faz da cruz, que é sinal de morte, num sinal de aliança eterna!
Exaltar a Santa Cruz não é exaltar o sofrimento e a injustiça,
isso seria uma blasfémia e uma aberração.
Exaltar a Santa Cruz é dar graças a Deus pelo seu amor puro,
que é capaz de sobreviver ao sofrimento, à injustiça e à morte,
pois Deus não se deixa contaminar pelo pecador
e continua sempre fonte de amor, porta de salvação!
Olhar a cruz é ver-nos amados até no pecado,
é aprender a evitar a injustiça e a abraçar a misericórdia!
Senhor, contemplo-Te na cruz e vejo-me a teu lado,
como pecador arrependido que pede
que Te lembres de mim no teu Reino!
Contemplo a tua cruz e vejo as injustiças que praticamos,
um mundo a matar inocentes, a natureza a ser destruída,
os cristãos a serem perseguidos, a esperança a ser negada!
Ajuda-nos a levar, cada dia, a nossa cruz,
a sermos cireneus de quem a não pode levar
e a amar sempre, mesmo quando não somos amados!
sexta-feira, setembro 13, 2019
6ª feira da 23ª semana do Tempo Comum – S. João Crisóstomo
Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, Nosso Senhor. (cf. 1 Tim 1,1-2.12-14)
Deus é iniciativa de graça, misericórdia e de paz.
Jesus foi enviado aos pecadores e a todos quer salvar,
de modo especial aqueles que são cegos sem o saberem,
e querem guiar outros cegos, julgando-se mestres!
Todos somos pecadores, necessitados da ajuda do alto,
pessoas que até podemos estar bem intencionadas,
mas que acabamos por ser violentos, injustos e blasfemos!
O direito ao “eu acho” e ao “eu quero”
acaba por sobrepor-se à verdade e à justiça da realidade!
A história acaba por ser uma reconstrução do bem parecer
e não uma transmissão da verdade dos acertos e dos erros,
que faz do ser humano um peregrino da verdade
e um modelo de esperança
para quem procura, errou e ainda não encontrou!
A mentira acaba por prejudicar a busca do outro!
A perda do sentido do pecado acaba por dificultar a conversão!
Senhor, sei que erro muitas vezes
e me conduzo muitas vezes pela lógica da maioria,
neste jogo perigoso da construção da aparência
e da tentativa do escondimento das fraquezas que tenho.
Que o teu Espírito nos conduza pelo caminho do Caminho
e nos deixemos guiar por Aquele que é graça,
misericórdia e paz na prova crucificada do Amor!
S. João Crisóstomo, palavra eloquente que fala de Cristo,
roga por nós, para que sejamos bons evangelizadores!
quinta-feira, setembro 12, 2019
5ª feira da 23ª semana do tempo Comum – Santíssimo Nome de Maria
Tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus. (cf. Col 3,12-17)
Deus é sempre amor gratuito e misericordioso.
Acreditar em Jesus, revelação palpável deste amor,
é procurar segui-Lo na sua mansidão, na sua fidelidade,
na sua misericórdia, na sua generosidade,
na sua entrega de vida pela salvação do outro.
A vida do cristão é seguimento de Jesus,
quando reza na solidão, quando louva a Deus na comunidade,
quando sonha projetos e quando os concretiza,
quando convida alguém para a festa
e quando se empenha no trabalho, na política ou no desporto.
A relação recíproca pode tornar-se troca de favores bons ou maus.
A capacidade de perdoar brota quando se sai desta lógica de mercado.
A solidariedade desabrocha dum coração compassivo e bom.
Pelo contrário, a vingança sangra dum coração vitimado;
a indiferença espraia-se dum coração egoísta e cego;
o amuo sufoca o diálogo e vinga-se na não comunicação,
pois a palavra também é um dom, um sinal de amor.
É por isso que Deus, quando lhe viramos as costas,
nos envia a sua Palavra e se faz mão estendida que levanta!
Senhor, misericórdia como fonte de vida,
ajuda-nos a ser misericordiosos como Vós.
Nesta peregrinação, em que o caminho se faz caminhando,
ajuda-nos a curar as feridas que vamos fazendo uns aos outros,
por inabilidade na relação e no amor recíproco.
Ajuda os que nos querem mal e nos julgam inimigos,
para que vivam em paz e descubram a beleza da confiança,
do perdão, da compreensão, da solidariedade e da esperança.
Santo nome de Maria protege a santidade do nosso nome!
quarta-feira, setembro 11, 2019
4ª feira da 23ª semana do Tempo Comum
Fazei morrer o que em vós é terreno: imoralidade, impureza, paixões, maus desejos e avareza. (cf. Col 3,1-11)
A felicidade de Deus é ser fonte, que a tudo purifica e dá vida,
e não buraco negro que a tudo absorve e aniquila.
O Filho de Deus desce à terra para nos elevar ao Céu,
recriando-nos humanidade nova, animada por valores novos.
Quem procura ficar plenamente saciado na terra,
já não busca a recompensa e a plenitude no Céu.
Ser cristão é ser discípulo de Jesus, ser feliz à sua maneira.
A pessoa que vive dos impulsos e paixões,
não é livre, não se humaniza, mas animaliza-se.
Quando vejo o que se passa no meio universitário,
nas praxes e na “queima das fitas”
interrogo-me que saber superior é este?
Quando vejo a taxa de suicídio, o crescimento das dependência,
vidas que só são consumo incontrolado,
solidões no meio da multidão, interrogo-me que felicidade é esta?
Quando vejo a natureza em agonia e a ganância do mercado indiferente,
interrogo-me que desenvolvimento é este?
Senhor, olhando-Te morrendo de amor por nós,
reconheço que nada entendemos de felicidade
e a confundimos com busca de estímulos de prazer e de fama.
Que o teu Espírito nos ensine a viver livres
e fiéis ao teu projeto de salvação, à tua missão,
seguindo os passos d’Aquele que nos precede na oferta de si
e está sentado vitorioso à direita de Deus!
Liberta-nos da idolatria da avareza, do poder e do prazer!
terça-feira, setembro 10, 2019
3ª feira da 23ª semana do Tempo Comum
Uma vez que recebestes o Senhor Jesus Cristo, procedei em união com Ele. (cf. Col 2,6-15)
Deus escolheu-nos em Jesus para sermos salvos,
estarmos com Ele e Nele sermos enviados.
Chama-nos pelo nosso nome e entrega-nos o nome
de todo aquele que ainda não conhece a sua cruz redentora
para fazer de cada um de nós colaboradores da sua misericórdia.
A fé e a união com Jesus tem muitos predadores,
muitas propostas de outras seguranças falaciosas e humanas.
A tecnologia acentuou-nos a ideia de que somos auto suficientes.
Havendo dinheiro, tudo aparece disponível e acessível:
uma reserva no hotel ou no avião, uma compra on line,
uma refeição, um filme, um “amigo” virtual ou real, etc…!
A nível religioso também há receitas para tudo:
amuletos para ser feliz, para defesa de maus olhados,
orações poderosas para conseguir favores
e libertação de males espirituais…
Cristo, que supõe conversão e confiança no crucificado,
amor e perdão incondicional, caminhar na fé e missão contínua,
é muitas vezes abandonado ou adocicado para não custar tanto!
Senhor, obrigado por rezas por mim e me chamaste
a ser teu enviado, a colaborar na tua missão.
Ajuda-nos a ser fiéis ao teu Evangelho, sem adoçantes nem defesas,
na vivência da caridade e no anúncio evangelizador.
Espírito Santo, luz do discernimento e dom de sabedoria,
ajuda-nos a saber distinguir o bem do mal,
o verdadeiro seguimento de Jesus da idolatria falaciosa.
segunda-feira, setembro 09, 2019
2ª feira da 23ª semana do Tempo Comum – S. Pedro Claver
É para isso que eu trabalho, combatendo com o apoio da sua força. (cf. Col 1,24-2,3)
Jesus permanece no meio de nós,
atuante e compassivo, palavra silenciosa que eleva,
presença abençoadora, invisível e paciente.
Vive-Lo e anuncia-Lo é entrar neste trabalho do bem,
neste sofrer em benefício da salvação de todos,
nesta luta que reza e peregrina, sofrendo de amor por Cristo.
A missão é participar na paixão de Cristo!
A maioria das vezes trabalha-se para proveito próprio.
Mesmo quando se trabalha por outrém,
é em troca dum salário que se aplica em proveito próprio.
As próprias férias são para descansar da rotina
e esforço por se ter experiências novas.
Claro que há trabalhos voluntários que se fazem pelo bem do outro,
há entregas de vida que participam na paixão de marginalizados,
há tempos que se gastam a fazer companhia,
a escutar desabafos, a buscar juntos um caminho libertador!
Senhor, que Te esvaziaste de glória e Te fizeste servo,
para que todos tenhamos vida e vida em abundância,
ajuda-me a aprender a alegria de fazer o bem,
de ver os invisíveis da sociedade e de ficar ao seu lado!
Em tudo o que faça, ajuda-me a participar na tua paixão de amor,
na tua missão redentora, na tua presença compassiva.
S. Pedro Claver, apóstolo do escravos, ajuda-nos a estar ao lado
dos que são considerados, hoje, lixo da humanidade!
domingo, setembro 08, 2019
23º Domingo do Tempo Comum
Se me consideras teu amigo, recebe-o como a mim próprio. (cf. Flm 9b-10.12-17)
Deus envia-nos o seu Filho amado
pela porta de uma Virgem da Galileia,
sob a forma de servo e a glória de cruz!
Deus diz-nos, como S. Paulo:
“Se me consideras teu amigo,
recebe-O como a mim próprio, como o meu coração!”
Colocar Jesus em primeiro lugar, nas prioridades do amor,
é construir com discernimento, lutar com sabedoria.
A renúncia a tudo é para viver Cristo, nossa salvação!
Somos um mundo, mais do quem mudança, em desistência!
O “para sempre” mete-nos medo, causa-nos repugnância,
faz-nos sentir prisioneiros dum compromisso irrevogável!
Por isso, há tantos que começam o matrimónio e não o conservam,
tantos que se consagram pela vida religiosa ou sacerdotal e desistem,
tantos que assinam um contrato sem termo e lhe põem fim!
O coração do discípulo deve seguir apenas o seu mestre,
caso contrário a sua identidade é não ter identidade!
Senhor, apareceste pobre para nos enriquecer com a tua pobreza,
ajuda-nos a ser virgens de coração, a amar-Te em primeiro lugar.
Pai Santo, envias-Te-nos o teu Filho como servo,
aumenta a nossa fé e purifica o nosso seguimento,
para que O recebamos como Senhor e O sirvamos,
fazendo dos escravos irmãos livres.
Espírito Santo, dá-nos o dom do discernimento,
para que, como Maria, possamos gerar Cristo para o mundo.
Parabéns, Mãe querida, pelo dom do teu nascimento!
sábado, setembro 07, 2019
Sábado da 22ª semana do Tempo Comum
Permanecei firmemente consolidados na fé e inabaláveis na esperança prometida pelo Evangelho. (cf. Col 1,21-23)
Jesus é o Evangelho que nos salva e conduz.
Nele, o repouso é compaixão pelo que sofre,
é acompanhamento da ovelha perdida,
é missão redentora e oferta de vida,
é aliança eterna que não se cansa nem desiste.
Permanecer firmes na fé no Senhor Jesus
é conversão permanente, compaixão renovada,
purificação de seguranças e esperança!
O peso da liberdade busca seguranças.
Ao lado de um grande grupo que desiste de procurar,
indiferente à questão do sentido da vida e da eternidade,
há as pessoas que buscam grupos religiosos,
onde tudo está definido, a casuística do pecado
e o cumprimento mínimo que assegura a salvação.
Nestes casos não é preciso discernimento,
só é necessário fidelidade às normas e às formalidades!
Senhor, Evangelho-Pessoa, quando a fidelidade é seguimento,
guia os nossos passos na aventura da liberdade que ama,
sem condições nem retribuições, simplesmente fonte que jorra!
Liberta-nos das falsas seguranças do dever cumprido,
e faz de nós discípulos peregrinos na aventura da fé,
que se amassa no dia a dia e se anuncia em todas situações.
Espírito Santo, cuida da semente de vida nova,
lançada no Batismo e alimentada na Eucaristia!
sexta-feira, setembro 06, 2019
6ª feira da 22ª semana do Tempo Comum
Em tudo Ele tem o primeiro lugar. (cf. Col 1,15-20)
Jesus é o rosto humano do Deus eterno.
Nele vive a relação trinitária, o amor redentor,
a palavra criadora, a aliança que se humilha,
a compaixão resiliente que passa pela cruz,
a fidelidade que vence a morte e reconcilia a esperança.
Cristo é a Cabeça da Igreja. Nele já estamos redimidos.
Nele e pelo seu Espírito a Igreja torna-se corpo missionário,
sacramento de salvação, templo de louvor ao Pai!
É difícil de saber que lugar Jesus ocupa na nossa vida!
É mais um produto de consumo, um remendo na nossa vida,
um vinho novo em odres velhos, um bombeiro nas horas aflitas?
Reduzimos Jesus a uma oração apressada de manhã e à noite,
ou levamo-Lo connosco, como companheiro de jornada,
durante todo o dia, num diálogo silencioso,
numa cumplicidade que perscruta a vontade de Deus?
Senhor Jesus, eu sei que em Ti ocupamos o primeiro lugar,
as ovelhas perdidas são a tua dor e a tua missão!
Aumenta a nossa fé e purifica o nosso coração,
para que tenhamos a coragem de destronar a miragem
e de entronizar Aquele que sustenta a história
e abre a porta da eternidade num seguimento confiante!
Espírito Santo, abre-nos à sede da novidade de Cristo,
para que não optemos por levar uma vida com rótulo de cristão
e conteúdo de vinho velho e tecido contrafeito!
quinta-feira, setembro 05, 2019
5ª feira da 22ª semana do Tempo Comum – S. Teresa de Calcutá
Não cessamos de orar por vós e de pedir que chegueis ao pleno conhecimento da vontade de Deus. (cf. Col 1,9b-14)
Deus vem ao nosso encontro, ao lugar onde estamos,
e a partir do trabalho que fazemos, nos chama a ser apóstolos.
A vontade de Deus é eterna, mas descobri-la é tarefa de uma vida.
Deus fala por meio de acontecimentos, de sentimentos,
de pessoas, de silêncios orantes, da meditação da Palavra.
Pelo meio há muito ruído, muito desejo egoísta que ensurdece,
muita pressa de entender, muito interesse pessoal a libertar.
Faz todo o sentido rezar uns pelos outros nesta busca da vontade de Deus!
O poder da moda é avassalador e hipnótico.
Às vezes que não faz nenhum sentido, por exemplo,
a minissaia no inverno ou a maxi saia no verão,
mas se é moda lá tem que ser!
É comprovado que o “fast food” não é muito saudável,
mas como é lugar de encontro de jovens, lá estão eles!
Levar o amor a sério, consagrar-se para toda a vida ao Senhor,
parar para fazer silêncio, avaliar opções e rezar
é o caminho estreito que nos conduz à verdade da vida
e à vontade de Deus, mas que é difícil de assumir e sustentar!
Senhor, no silêncio da manhã busco a tua Voz e o teu Coração.
É tempo que sabe a eternidade, proposta agridoce,
que dá trabalho a digerir e pesa na hora de concretizar.
Que o teu Espírito nos conduza no meio de tantas propostas tentadoras
e nos ajude a conhecer melhor a vontade de Deus e a ela aderir.
S. Teresa de Calcutá, vaso pequeno de perfume bom,
ensina-nos a amar o Senhor no cuidado dos mais frágeis!
quarta-feira, setembro 04, 2019
4ª feira da 22ª semana do Tempo Comum
Como fiel ministro de Cristo. (cf. Col 1,1-8)
O dia de Jesus é a expressão da eternidade de Deus.
Tudo é proximidade curativa, palavra de esperança,
caridade compassiva, missão permanente e itinerante!
Cada batizado, como fiel ministro de Cristo,
deve, segundo a sua vocação, ser como Cristo,
palavra profética, testemunho coerente,
coração de pastor, maternidade espiritual!
A missão cria laços, acumula pressões interesseiras.
Aceitar o envio do bispo para uma outra paróquia,
nem sempre é visto como uma boa nova,
seja da parte do sacerdote, seja por parte dos paroquianos.
Há um sentido de posse mútua e resistência à mudança,
que perturba muitas vezes a dinâmica da missão.
Até parece que fomos chamados,
não para levar o Evangelho a toda a criatura,
mas para encontrar um lugar cómodo e fácil!
Senhor, eu Te agradeço a graça de ser chamado a ser teu ministro.
Ajuda-me a identificar cada vez mais com a tua missão
e a nunca esquecer para que viemos e fomos batizados.
Ensina-nos a ser livres para Te anunciar e para amar,
e liberta-nos da afetividade que amarra e toma posse!
Abençoa a viagem apostólica que o Papa Francisco inicia hoje
para que o povo e a Igreja de Moçambique fortaleça a fé e a paz!
terça-feira, setembro 03, 2019
3ª feira da 22ª semana do Tempo Comum – S. Gregório Magno
Velando ou dormindo, vivamos em união com Ele. (cf. 1 Tess 5,1-6.9-11)
Jesus é luz, Palavra que liberta e exorciza.
Ele purifica a sinagoga e o templo,
purifica a capela e a Igreja do mal que nos possui!
Viver unidos a Ele é ter acesso à sua graça e salvação,
é viver como testemunho vivo do Evangelho,
é ser presença profética no mundo ao ritmo da Luz!
Num mundo que promove a fragmentação é difícil sentir-se uno.
A mesma pessoa é chamada a representar diversos papéis,
e acaba por ser uma pessoa em público e outra em privado;
uma pessoa durante o dia e outra durante a noite;
uma pessoa na Igreja e outra na família e no trabalho!
Na hora do verdade quem queremos ser diante de Deus?
Senhor, a nós que éramos filhos das trevas,
recriaste-nos filhos do dia, mensageiros da Luz,
ajuda-nos a ser íntegros e verdadeiros em todas as situações.
Que a escuta da tua Palavra e a comunhão do teu Corpo
nos ajude a estar em comunhão sempre contigo.
S. Gregório Magno, pastor luminoso da Igreja e da história,
intercede para que sejamos pedras vivas do teu Corpo
a peregrinar na terra e a semear esperança!
segunda-feira, setembro 02, 2019
2ª feira da 22ª semana do Tempo Comum
Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido. (cf. 1 Tess 4,13-18)
Jesus vem aos seus e os seus não O acolheram.
Anuncia a boa nova aos pobres e a libertação aos oprimidos,
mas os que estão cheios de si querem mata-Lo.
É o Ungido do Senhor vestido de carpinteiro,
o mistério infinito apresentado no quotidiano do tempo.
Quem Nele acredita e O segue, será julgado para a vida,
mesmo que a morte o vença e a esperança não vislumbre!
O futuro é um mistério que passa pela morte!
E o mistério deixa livre a imaginação,
alimenta o medo, proporciona o embuste.
Hoje há muitas propostas para assegurar o futuro:
reencarnação, aniquilamento sem sentido,
assombramento sem descanso, nova vida prémio desta,
continuidade de vida num novo nascimento!
E há uma grande maioria que se recusa pensar na morte,
vivendo a distração e a não reflexão como projeto de vida!
Senhor, tão próximo que Te confundo com o vizinho
e tão grande e misterioso que me faz eterno peregrino,
aumenta a minha fé e sacia a minha sede no teu seguimento.
Perante a morte sinto-me pequenino e choro a despedida,
como se o evidente fosse sempre uma surpresa adiada e impotente!
Creio que quem ama morre para si mesmo e renasce em Ti!
Coloco-me nas tuas mãos, nesta vida e no além,
pois sei que o teu juízo é misericordioso e abraço,
e a nossa esperança se fundamenta na tua vitória sobre a morte!
domingo, setembro 01, 2019
22ª semana do Tempo Comum – Dia Mundial de Oração pela Criação
Quanto mais importante fores, mais deves humilhar-te e encontrarás graça diante do Senhor. (cf. 3,19-21.30-32)
Deus, o Altíssimo e nosso Senhor,
salva-nos descendo à nossa condição,
propondo-nos uma aliança,
cujo amor humilhado nos coloca ao mesmo nível!
Cristo é a imagem de um Deus servo e humilde,
que incarna na nossa condição corrompida,
caminha connosco num passo pacientemente misericordioso,
dando-nos o melhor de Deus: seu Corpo e o seu Espírito!
Por isso, Deus o exaltou sobre todo o nome!
A humildade não é timidez nem falsa modéstia,
mas é verdade assumida, amor que serve e promove,
paz que deixa que o outro cresça e seja,
esperança que não tem pressa de ser recompensada,
presença companheira que não julga nem condena!
O humilde sabe que é puro dom a fecundar,
por isso, aceita elogios sem se envaidecer,
pois sabe que guarda um tesouro recebido em vasos de barro!
Senhor, obrigado porque olhaste para a pobreza do teu servo,
e me chamaste a ser sócio da tua missão,
colaborador na obra da reconciliação, operário na tua messe!
Que milagre incrível dares valor ao que não o tem,
fazeres graça na desgraça aventureira,
nos dares a oportunidade de ser sinal da tua bondade!
Neste dia de oração pela criação,
ajuda-nos a tratar bem e a cuidar da natureza que nos sustenta!