segunda-feira, agosto 31, 2020
2ª feira da 22ª semana do Tempo Comum
Expulsaram
Jesus da cidade… mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho. (cf. Lc 4,16-30)
As
criaturas revoltam-se contra o Criador
e tentam expulsa-Lo
da cidade e da história.
Querem um
deus à sua medida, controlável,
ao seu
serviço, que não os chame a atenção.
Mas Deus
envia o seu Filho, Palavra viva e livre,
que passa e
vive no meio de nós, como Emanuel.
Ser
moderno é ser palavra desprezadora de Deus,
é secularizar
a história e expulsar Deus da cidade.
Por um
lado, isto é purificador, pois podemos pensar
que basta ter
um crucifixo numa sala
ou uma
imagem de Jesus ou dum santo numa praça,
para
sermos uma cidade cristã.
A
verdadeira imagem de Cristo são os cristãos
quando tornam
visível os seus sentimentos
e O
anunciam pela Palavra e pelo testemunho de vida!
Senhor,
Palavra viva que é preciso abrir e escutar,
dá-nos um
coração hospitaleiro e sincero,
para que o
Espírito de Deus nos faça novas criaturas.
Liberta-nos
da tentação de parecer sem ser,
duma fé
adolescente que recusa a autoridade,
domingo, agosto 30, 2020
22º Domingo do Tempo Comum
Que
poderá dar o homem em troca da sua vida? (cf. Mt 16,21-27)
A vida é
um dom de Deus, um tesouro a não perder,
pois o que
se perde não são dias, mas eternidade!
A vida
ganha-se quando se torna dom de amor,
fidelidade
na missão, perseverança na tribulação.
O dom não
se compra nem se vende, partilha-se!
Este é o
verdadeiro culto que dá glória à Fonte!
A economia
de mercado de tudo faz serviços e mercadoria,
até o gesto
mais simples de carinho ou de hospitalidade é trocado.
Numa
sociedade assim, até o voluntariado exige estatuto!
Todos se
esforçam por produzir e acumular valor,
para que o
prazer e a saúde se possam comprar!
Até que
chega o momento em que nada se pode dar em troca,
e o
dinheiro não tem valor, só resta o amor semeado,
laços de
amor e de amizade consolidados em família,
esperança
firme que Aquele que sempre me vê, me ama!
Senhor,
bom Pai, fonte de vida e de amor,
ajuda-me a
ser nascente que não se nega a partilhar,
mesmo
quando maltratam a fonte e se recusam saciar.
Liberta-me
da tentação de fugir da cruz,
com medo de
me dar sem receber em troca.
Ensina-me
a acumular tesouros no Céu
e a ser
como Jesus, um sacrifício espiritual,
agradável
a Deus, porque benéfico para a humanidade!
sábado, agosto 29, 2020
Sábado, Martírio de S. João Batista
«Que
hei de pedir?». A mãe respondeu-lhe: «Pede a cabeça de João Baptista». (cf. Mc 6,17-29)
A profecia
é verdade que dói, remédio incómodo.
O profeta
dá a vida pela fidelidade a Quem o envia
e pela
salvação de quem vive no pecado e caminha para a morte.
Essa é a
sua fortaleza, a sua alegria de ser servo bom e fiel.
Ser o
precursor é o mesmo que ser o seguidor de Cristo,
na fidelidade
ao Caminho estreito, focado na missão!
O
subjetivismo e o consequente relativismo,
deformam e
branqueiam a profecia e a missão.
A coragem
de ser fiel ao Evangelho e a Cristo
é substituída
pelo silêncio dos cobardes,
pelo
politicamente correto, por querer agradar ao ouvinte,
pela
preocupação em ficar bem visto na fotografia.
Senhor,
dá-nos o dom da profecia e a força para a viver,
com amizade
e fidelidade, com coragem e assertividade!
Liberta-nos
do medo de nos perdermos
e dá-nos a
acuidade de, por causa da nossa omissão,
o outro se
vir a perder e não se curar pela conversão!
S. João
Batista, profeta da vida e do matrimónio,
ensina-nos
a perder a cabeça pela fidelidade ao Amor!
sexta-feira, agosto 28, 2020
6ª feira da 21ª semana do Tempo Comum – S. Agostinho
No meio
da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’. (cf. Mt 25,1-13)
Jesus é o
Esposo que Deus nos dá.
Ele vem,
durante a noite da fé, sem avisar a hora.
Por isso,
devemos estar preparados,
ter lâmpada
e azeite de reserva,
ter traje
nupcial e paixão no coração.
A prudência
é uma fé ativa que antecipa a festa!
Levamos,
muitas vezes, uma vida insensata,
que nos
fecha portas e nos envergonha!
É o pé no acelerador
que não obedece aos sinais,
é a compra
compulsiva que não olha às possibilidades,
é a curiosidade
mórbida que se perde no tempo,
é a busca
de prazer que engana e abusa do ingénuo,
é o deixar-se
levar pelo álcool que cria ressaca e dependencia…
Senhor,
obrigado pelo convite a participar no teu banquete!
Dá-nos um
coração prudente e sensato,
conduzido pelo
discernimento do que nos faz ser Jesus.
S.
Agostinho, aventureiro que tanto erraste,
até que
encontraste o Amor que quer ser amado,
ajuda-nos
a fazer o mesmo percurso de conversão!
quinta-feira, agosto 27, 2020
5ª feira da 21ª semana do tempo Comum – S. Mónica
Quem é
o servo fiel e prudente?
(cf. Mt 24,42-51)
Jesus é o
Servo fiel e prudente
A quem o Pai
entregou a salvação do mundo.
Ele
vigia-se nas tentações e está atento à ovelha perdida,
pois a
fidelidade e a aliança são o seu alimento.
Somos
todos chamados a ser servos fiéis e prudentes,
à imagem
de Cristo, numa vigilância e discernimento constante!
A secularização
perdeu a visão de Deus no quotidiano.
Circunscreve
o sagrado a tempos e lugares delimitados,
deixando o
resto para ser o dono e o deus de si mesmo,
e cumprir
os deveres sociais e laborais que lhe impõem.
Neste
mundo “só meu” acontece a extravagância, a escapadinha,
a libertinagem,
a anomia, a corrupção, o pecado.
Senhor, bendito
sejas, que Te fazes servo fiel e vigilante,
numa prudência
paciente e respeitosa,
que ama e
perdoa, que anima e levanta, que chama e envia.
Louvado
sejas pela tua serva Mónica, mãe zelosa e intercessora,
que reza
com lágrimas a conversão do seu filho Agostinho!
quarta-feira, agosto 26, 2020
4ª feira da 21ª semana do Tempo Comum
Por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e maldade. (cf. Mt 23,27-32)
Deus tem
um olhar penetrante e bom,
porque é
fiel e misericordioso, é Amor!
Ele não se
fixa na nossa arte de representar,
mas na
verdade do ser, na beleza interior do figurante!
Este
conhecimento profundo não é condenação,
mas revelação
do Caminho, pedagogia de salvação!
A nossa
cultura dá muita importância ao parecer
e, por
isso, valoriza muito a forma de vestir,
a
maquilhagem, a marca, a beleza da moda…
Nem sempre
a beleza conseguida artificialmente
corresponde
à beleza real, só revelada na relação!
Talvez,
por isso, a proximidade e a continuidade
terminam frequentemente
em separação e desilusão!
Senhor,
bendito sejas pelo teu olhar de Pai e de Irmão,
que nos
conheces os tumores interiores
e os olhas
com o cuidado interessado dum Médico amigo.
Perdoa o
tempo e a energia perdida em tentarmos parecer,
em vez nos
empenharmos em ser justos e bons!
Espírito
Santo dá-nos os mesmos sentimentos de Jesus!
terça-feira, agosto 25, 2020
3ª feira da 21ª semana do Tempo Comum – S. Luís, rei de França
As coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. (cf. Mt 23,23-26)
Deus é
justo, misericordioso e fiel à sua aliança.
Quem O
segue, tudo deve fazer por amor,
numa fidelidade
coerente a alegre com Deus e o próximo.
Não basta
a formalidade dos ritos e sensação do dever cumprido,
é preciso
também praticar toda a espécie de boas obras e palavras,
tomar a iniciativa
de ser justo, misericordioso e fiel como Cristo.
No
santuário, é maior a fila das velas do que a fila da confissão,
da celebração
da Eucaristia, da capela do Santíssimo…
O maior
dom a Deus é a oferta da própria vida,
acolhendo com
humildade e alegria a oportunidade de corrigir
as rotinas
das injustiças, indiferenças, omissões e infidelidades.
Peregrinar
é acolher a oportunidade de poder voltar por outro caminho!
Senhor,
andamos fragmentados e descompensados,
amassando a
vida com verdade e mentira, justiça e injustiça,
ritos e
infidelidades, promessas e incoerências,
práticas
religiosas e omissões de caridade e misericórdia.
Perdoa-nos!
Que o teu Espírito nos guie no fundamental,
para que
não coemos o mosquito e deixemos passar o elefante!
S. Luís,
reza para que sejamos dignos cidadãos do Reino de Deus.
segunda-feira, agosto 24, 2020
2ª feira, S. Bartolomeu, apóstolo
Antes
que Filipe te chamasse, Eu vi-te.
(cf. Jo 1,45-51)
Deus é um
apaixonado pelas suas criaturas.
Ele dá-nos
o seu Filho como Noivo,
faz connosco
uma aliança e da sua Igreja o seu Corpo.
Antes de O
conhecermos, já Ele nos viu o coração,
pois nada
é por acaso, quando o Amor guia a vida!
A vocação
é um chamamento, um silêncio que move,
um amigo
que nos desafia, um anseio surdo e crónico.
Tudo
parece humano, fruto das circunstâncias,
mas nos alicerces
da vida está o olhar invisível dum Pai,
a Luz que
nos faz ver e guia dentro do mistério,
a Mão, que
faz caminho, dum Amigo desconhecido!
Nada é por
acaso e até o fortuito é uma oportunidade!
Senhor,
louvado sejas pela aurora do novo dia,
pela segurança
de me saber amado que me repousa,
por me
saber olhado com ternura por Aquele que me salva.
Bendito
sejas pela história da minha vocação,
uma aventura
única, sofrida e celebrada,
pois nascer
de novo custa!
S.
Bartolomeu, apóstolo puro de coração e fiel na missão,
ajuda-nos a
dar a vida para que todos conheçam o Salvador!
domingo, agosto 23, 2020
21º Domingo do Tempo Comum
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus. (cf. Mt 16.13-20)
Deus é um mistério que se toca e nos escapa.
Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas,
embora Deus nos tenha entregue a jardinagem
desta maravilha que é a vida, a beleza e a harmonia.
Nada somos, mas Jesus entregou-nos a chave da Palavra,
da graça, do perdão, dos sacramentos, da salvação.
A vida é um mistério, uma surpresa cada dia.
Buscamos a chave do sucesso, da sabedoria, da riqueza,
do poder, da beleza, da paz, do amor, da saúde…
Às vezes descobrimos chaves que abrem durante um tempo,
mas que depois deixam de funcionar, como por encanto!
Uns temem o destino, outros as malhas invisíveis do além,
nós, os cristãos, confiamos Naquele que deu a vida por nós!
Senhor Jesus, Caminho, Chave e Porta do Céu,
obrigado pela graça do teu amor e aliança eterna.
Obrigado pelo dom do teu Espírito e mandato missionário,
que faz de nós administradores da tua graça,
pregadores da tua Palavra, ministros da reconciliação.
Obrigado pelo dom da Igreja, povo colorido animado pela fé,
que precisa e disponibiliza as chaves da salvação do mundo!
sábado, agosto 22, 2020
Sábado da 20ª semana do Tempo Comum – Virgem Santa Maria, Rainha
Gostam
do primeiro lugar... Vós, porém… sois todos irmãos (cf. Mt 23,2-12)
O Senhor
Deus reina como servo de quem ama.
É a força
e a fragilidade dum coração que quer bem!
Jesus
reina, não pela força e pelo domínio,
mas pela
fidelidade à sua aliança e à sua missão redentora.
Maria,
elevada ao Céu pela graça do seu Filho,
reina no
Céu e na terra, servindo a salvação do seu Filho!
A grandeza
na história é efémera, passa com o tempo.
Que
adianta andar com sapatos altos, se adormecemos em campa rasa?
Que
adianta esforçar-nos por ocupar os primeiros lugares,
se esta
pandemia nos ensinou que a doença e a velhice são solidão,
número em confinamento,
longe de quem nos ama?
Que adianta
racismo, machismo, feminismo, tirania…
se a vida
são dois dias e nós somos todos irmãos?
Bom Pai, obrigado
pelo dom da vida e do amor.
Bom Jesus
e nosso Mestre, obrigado por nos servires a salvação,
dando a
vida por nós, rejuvenescendo-nos com o teu perdão,
e
aceitando ficar connosco até que saibamos viver como irmãos.
Bom
Espírito Santo, perfume divino que nos guias e iluminas.
Boa Mãe,
nossa rainha e serva de Deus, ensina-nos a ser como Tu!
sexta-feira, agosto 21, 2020
6ª feira da 20ª semana do tempo Comum – S. Pio X
«Mestre,
qual é o maior mandamento da Lei?». Jesus respondeu: «Amarás…» (cf. Mt 22,34-40)
Deus
é amor, gerador de vida e de esperança.
A
sua Palavra é aliança, iniciativa de amor,
que
eleva o que está prostrado e anima o desesperado.
A
fé em Jesus professa-se com o coração,
conjuga-se
com amor na relação,
prostra-se
apaixonado perante Deus, nascente do Amor!
Na
relação com Deus e com os outros,
há
muitos ritos e etiquetas sociais,
deveres
que se cumprem por obrigação.
Às
vezes até chegamos a pensar
que
tudo se compra com dinheiro
e que
o gratuito é algo do passado, descontinuado!
Mas
a grande riqueza é sentir-se amado!
Bom
Deus, sinto o perfume do teu amor,
mas
não Te vejo, porque o amor não faz ruído!
Perdoa
as vezes em que ando distraído,
no
meu mundo autorreferencial, em rotinas e ritos secos.
S.
Pio X, pastor simples
e
empenhado em restaurar tudo em Cristo,
intercede,
para que sejamos uma Igreja viva e missionária!
quinta-feira, agosto 20, 2020
5ª feira da 20ª semana do Tempo Comum – S. Bernardo
Ide às
encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes. (cf. Mt 22,1-14)
Deus
ama-nos com amor esponsal, numa aliança eterna.
Prepara o
banquete da aliança e convida-nos para a festa.
Todos
somos chamados, mas só permanecem os que vêm por amor,
os que
aceitam o traje nupcial e a purificação pela água da graça.
Só um
coração novo e puro pode amar divinamente como Jesus!
Missão é
ser servo dum Noivo que nos ama loucamente.
Missão é
partir ao encontro de todos, animados pelo mesmo amor.
Missão é
convite ao banquete de Cristo
com o “traje
nupcial” da alegria da conversão,
conscientes
da beleza de sermos povo escolhido.
Missão não
é comodismo, temperado de medo e de indiferença,
nem número
para inchar o orgulho e cumprir dever e tradição,
nem
confirmação de desânimos e “deixa andar”.
Senhor, dá-nos
um coração novo, puro e santo,
fiel e
alegre, obediente e missionário.
Bendito
sejas pelo convite a participar na tua felicidade,
cuja Eucaristia
preanuncia e alimenta.
S. Bernardo,
apaixonado por Jesus e por Maria,
reza por
nós para que a nossa fé amadureça evangelização!
quarta-feira, agosto 19, 2020
4ª feira da 20ª semana do Tempo Comum – S. João Eudes
Ele
disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’. (cf. Mt 20,1-16a)
O
Senhor é o bom Pastor que vem à nossa procura.
Ele
cura o que anda coxo e chama o que pode trabalhar
para
colaborar na sua missão amiga e redentora.
Repreende
os maus pastores e revela com a sua vida
como
deve ser o bom Pastor, dando a vida pelas suas ovelhas.
Somos
todos convidados a trabalhar na sua vinha, a Igreja!
Todos
se queixam que poucos se comprometem na Igreja,
que
há poucas vocações à vida consagrada e sacerdotal,
que
o pároco, por ter tantas paróquias ao seu encargo,
não
tem tempo para estar com o povo
nem
para lhes celebrar missas quando querem…
Mas
qual é a minha resposta ao Senhor,
quando
nos diz: “Ide vós também para a minha vinha!”?
Senhor,
obrigado porque me chamas amigo e sócio da tua missão,
apesar
do meu olhar, nem sempre ser bom como o Teu.
Espírito
Santo, Guia da missão, ensina-me a ser bom pastor,
trabalhador
empenhado e fiel da tua Igreja e da humanidade.
Ajuda
cada cristão a responder com alegria ao teu chamamento,
para
que todos aceitem comprometer-se com a tua missão na sua Igreja.
S.
João Eudes, pastor empenhado em seguir os corações de Jesus e Maria,
intercede
por nós, para que saibamos cuidar dos irmãos mais frágeis.
terça-feira, agosto 18, 2020
3ª feira da 20ª semana do Tempo Comum
No mundo renovado, muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros. (cf. Mt 19,23-30)
O
mais importante da vida está escondido!
O
motor não se vê, mas é ele que faz mover o que se vê.
O
Filho de Deus, o primeiro, manifesta-se como o último,
como
filho do carpinteiro, como nazareno e galileu,
como
injustiçado e crucificado, mestre fracassado!
No
entanto, Aquele que vê o que não se vê,
ressuscitou-O
glorioso e sentou-O à sua direita no Céu.
Há
em nós um desejo, quase paranoico, de ser grande,
de
ser famoso, de ser poderoso, de ser admirado.
Muitas
vezes este esforço de ostentação usa métodos maus,
como
a mentira, a corrupção, o roubo, a violência…
No
fundo, é o desejo de querer ser deuses na terra,
fundados
na riqueza, no saber, no domínio, no sucesso.
Santíssima
Trindade, só Vós sois grande, só Vós sois o Senhor!
Nós
não passamos de humildades criaturas em bicos de pés,
a
bracejar grandezas que não passam de sonhos representados.
Espírito
Santo, ajuda-nos a ser grandes à maneira de Jesus,
os
primeiros no amor, no serviço, no perdão, na missão.
Ensina-nos
a viver já neste mundo renovado e eterno!
segunda-feira, agosto 17, 2020
2ª feira da 20ª semana do Tempo Comum – S. Beatriz da Silva
Tudo
isso tenho eu guardado. Que me falta ainda? (cf. Mt 19,16-22)
Deus é um
mistério, jamais totalmente alcançado.
Só Ele é
bom, só Nele o amor é sem medida.
Seguir
Jesus é aprender a ser bom em todas as circunstâncias,
é amar a
Deus sobre todas as coisas
e ao
próximo como a nós mesmos.
Só o olhar
providencial nos liberta da segurança do ter!
Ser
cristão não é apenas uma soma de atos bons,
mas o
seguimento de Jesus, a ousadia de ser como Cristo.
“Ser
praticante” de preceitos religiosos e éticos ainda não é tudo,
é preciso
sê-lo com humildade e gratidão,
é preciso
ser um permanente peregrino da verdade,
um aprendiz
da liberdade, um conselheiro da esperança,
um
contemplador do Mestre, um seguidor dos seus passos.
Senhor,
porque és amor, falta-nos sempre alguma coisa!
Há feitos surpreendentes
a agradecer
e cordões umbilicais
a cortar, pois a vida é acontecer.
Ajuda-me a
fazer o caminho do “ter” ao “ser bom”,
do ser
louvado ao aprender a louvar e a agradecer,
do prometer
conversão ao agir em conformidade!
S. Beatriz
da Silva, buscadora da Beleza do Rei,
ensina-nos
a consagrar a vida com liberdade e amor.
domingo, agosto 16, 2020
20º Domingo do Tempo Comum – Dia da Pastoral da Mobilidade Humana
Mulher,
é grande a tua fé. Faça-se como desejas. (cf. Mt 15,21-28)
Deus quer
fazer de toda a criação uma casa de oração.
Fez-nos diferentes,
mas olha-nos a todos com o mesmo amor.
É a fé em
Jesus Cristo que nos faz ver este amor redentor.
É pela fé que
diferentes culturas e nações formam um só povo
e a Igreja
se torna casa de oração que reza em diferentes línguas.
Assistimos
a manifestações de intolerância ao migrante e refugiado.
Por outro
lado, anseia-se pela vinda de turistas estrangeiros.
O
diferente e estrangeiro é bem-vindo se for fonte de receita,
mas é uma
ameaça se vem à procura de refúgio ou de trabalho!
O racismo é
uma doença do olhar que deforma o rosto do irmão.
Senhor,
Pai nosso, que a todos nos vês como filhos,
ensina-nos
a olhar o diferente como irmão,
como
missão a acolher, como diferença a enriquecer.
Faz da
Igreja uma casa acolhedora, um espaço de diálogo,
um Pentecostes
missionário, uma fraternidade em conversão.
sábado, agosto 15, 2020
Sábado, Assunção da Virgem Santa Maria
O
Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. (cf. Lc 1,39-56)
Deus é o
Senhor da vida.
Fez-nos
para a vida e santidade no seio da Trindade.
Jesus é o
primogénito dos ressuscitados,
a porta da
vida, o caminho da eternidade, a chave do Céu.
Maria é a
mulher humilde e rica de fé,
o sim à
vontade de Deus, a discípula do seu Filho,
a Mãe da
Igreja, a Rainha que nos espera no Céu!
Interrompemos
as férias, em que olhamos mais para nós,
para olharmos
para Maria, assunta ao Céu,
e vislumbrarmos
a meta que nos foi prometida,
assim nós
vivamos como Ela, em humildade e confiança em Deus.
É o olhar
cheio de horizonte que nos dá esperança.
É
contemplar a “luz ao fundo do túnel” que nos anima a caminhar.
Senhor, louvado
sejas pelo que fizeste em Maria,
guia da
nossa esperança e companheira de jornada.
Bendito
sejas por Maria, vossa humilde serva,
fidelidade
fecundada pelo Espírito, maternidade divina,
estrela da
manhã, colo divinizado onde minha alma descansa!
Maria,
assunta ao Céu, guia-nos para que também em nós
sexta-feira, agosto 14, 2020
6ª feira da 19ª semana do Tempo Comum – S. Maximiliano Kolbe
Nem
todos compreendem esta linguagem.
(cf. Mt 19,3-12)
Para Deus
a aliança é sempre eterna.
O amor é
fonte, não é consequência ou troca de amores.
Por isso,
perante a infidelidade do seu povo,
Deus não
responde com rejeição ou divórcio,
mas com novas
formas de conquistar-lhe o coração.
É esta linguagem
de amor eterno que Deus fala,
quando diz
que o matrimónio é formar uma só carne,
e a
virgindade é um amor sem limites nem posse!
Hoje nem
todos entendem a linguagem do “para sempre”,
pois vive-se
o império dos sentidos e do momento presente.
Tudo muda
no anseio da experiência da novidade!
As
relações humanas, as adesões ideológicas,
a decoração,
a relação com as coisas… tudo é volátil,
sem
fidelidade, suscetível de se tornar descartável e lixo.
Não admira
que o matrimónio e a castidade estejam em crise!
Senhor,
manancial de amor que regas a vida,
ajuda-nos
a compreender esta linguagem da fidelidade,
da
liberdade para o compromisso, do amor que se rejuvenesce.
Jesus, bendito
sejas porque fazes da Igreja esposa
e por ela
dás a vida, apesar da nossa infidelidade repetida.
Amadurece
em nós o amor quando a vocação é o matrimónio
ou quando a
vocação é a castidade consagrada!
S. Maximiliano
Kolbe, intercede por nós!
quinta-feira, agosto 13, 2020
5ª feira da 19ª semana do Tempo Comum – Semana da Pastoral da Mobilidade Humana
Se meu
irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? (cf. Mt 18,21-19,1)
O perdão
de Deus brota do seu coração compassivo.
Perante a
súplica e o arrependimento, derrete-se a ofensa.
Jesus é o
Filho da Misericórdia, tal e qual o Pai,
que nos
perdoa e ensina a perdoar vezes sem conta.
Não
perdoar é um pecado que nos afasta de Cristo,
pois mente:
diz-se cristão e não segue Jesus na missão de salvar!
O
ressentimento é uma ferida na relação,
que se vitimiza
e condena o irmão pela imperfeição.
Seja pelo
medo de tornar a ser ferido,
seja pelo
rancor e desejo de vingança,
afasta-se do
agressor e mata-o no seu coração.
Uns matam
o outro por uns tempos, outros definitivamente!
Senhor,
bom Pai, obrigado por tanta paciência,
por tanto amor ofrecido, por tanto perdão distribuido.
Sem a tua
misericórdia o que seria da minha esperança?
Ensina-me
a perdoar com generosidade e bondade,
todas as
vezes que a relação ofende e fere,
nesta
peregrinação onde todos somos frágeis e pecadores!
quarta-feira, agosto 12, 2020
4ª feira da 19ª semana do Tempo Comum – S. Joana Francisca de Chantal
Se
o teu irmão te ofender, vai ter com ele. (cf. Mt 18,15-20)
Deus
está no meio de nós, quando reunidos em seu Nome.
Mas
Deus vem ter connosco quando O ofendemos,
como
Palavra que repreende, convite à conversão,
Pastor
de ovelhas perdidas, Pai e Irmão que buscam quem amam.
Seguir
Jesus é fazer o mesmo, não desistir de quem nos ofende,
buscar
a correção fraterna com caridade, ser reconciliação.
A
ofensa cria, naturalmente, afastamento e separação.
O
primeiro impulso é o amuo, a indiferença,
a
murmuração, o afastar-se para atacar e vingar-se.
O
caminho do cristão passa pela oração pelos que nos ofendem,
por
formas de aproximação gradual de reconciliação,
pela
cura e pacificação das feridas do coração.
Devemos
fazer do desencontro uma oportunidade de conversão mútua!
Senhor,
bom Pastor que não desistes de nós,
ajuda-nos
encontrar no teu Filho o caminho da reconciliação.
Nos
desencontros da relação descobrimos as garras que temos,
no
pós-ofensa tomamos consciência dos remédios que buscamos!
Ensina-nos
o remédio da correção fraterna, do pedido de desculpa,
da
oração pelos que nos ofendem, do diálogo e da reconciliação.
S.
Joana Francisca de Chantal, intercede por nós!
terça-feira, agosto 11, 2020
3ª feira da 19ª semana do tempo Comum – S. Clara
Quem é
o maior no reino dos Céus?
(cf. Mt 18,1-5.10.12-14)
Deus é
grande no amor e na misericórdia.
A grandeza
de Jesus é aceitar fazer-se criança,
humilde aprendiz
de Filho do Homem,
pastor de
ovelhas tresmalhadas que procura salvar.
Quem quiser
ser grande no reino dos Céus,
terá que
seguir o caminho de Jesus, humilde e solidário!
A grandeza
do mundo é brilho que impressiona,
força que
atemoriza, glória badalada, poder que se impõe.
A grandeza
dos santos é fragilidade que acredita,
pobreza que
enriquece, beleza humilde,
cuidado
compassivo, ternura hospitaleira,
alegria
generosa, autoridade silenciosa.
É esta a
escola onde Clara de Assis aprendeu a viver!
Senhor,
Palavra de vida que alimenta os meus passos,
ajuda-me a
assimilar os teus valores e sentimentos.
Cristo, bom
Pastor, peregrino e companheiro dos desatinados,
não desistas
de me conquistar o coração, até que seja conversão.
S. Clara,
intercessora dos irmãos perdidos,
ensina-nos
a humildade que serve e engrandece!