quarta-feira, junho 30, 2021

 

4ª feira da 13ª semana do tempo Comum – Protomártires de Roma


Que tens que ver connosco, Filho de Deus? (cf. Mt 8,28-34)

 

Deus fez-se homem, ficou connosco

até que todos sejamos libertos do mal

e vivamos com a dignidade e fidelidade de filhos de Deus.

O Evangelho, animado pelo Espírito,

inquieta os comodados, culpabiliza os faltosos,

pacifica os irados, levanta os caídos…

A presença libertadora de Cristo perturba a injustiça.

 

Vivemos num mundo que deixa crescer tudo.

E quando a Igreja combate o aborto e a eutanásia,

os modernos dizem que isso é contra a liberdade!

E quando a Igreja defende a justiça e os mais fracos,

os poderosos dizem: metam-se na religião, deixem a política.

Ou quando o papa fala da ecologia e da Amazónia,

dizem: Ele que se ocupe da Igreja e da pureza da fé.

 

Senhor Jesus, a tua presença desperta-nos para o essencial,

para a verdade, para a justiça, para a paz e o amor,

e isso incomoda a superficialidade de vida que levamos,

a correria em que andamos, o egocentrismo em que vivemos.

Continua a incomodar-nos com a agudez da tua Palavra,

com a consciência das nossas mentiras e injustiças,

com o gemido do que sofre e necessitado,

com a conversão minha e dos meus irmãos.

terça-feira, junho 29, 2021

 

3ª feira, S. Pedro e S. Paulos, apóstolos

 



Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus. (cf. Mt 16,13-19)

 

O Enviado do Pai revela-se como Mestre

na pessoa de um galileu de Nazaré

ou numa luz que nos faz tremer as certezas e violências.

A sede de Pedro encontrou em Jesus a sua fonte,

a cegueira de Paulo encontrou em Cristo a sua cura.

Ambos receberam a chave da sabedoria da fé,

ambos fizeram das suas vidas um anúncio de Cristo,

ambos deram a vida pela sua fé em Cristo.

 

O Espírito de Deus atua de muitas formas.

A Igreja é um arco-íris de carismas e ministérios,

de associações e movimentos que florescem

e dão fruto de muitas formas e espiritualidades.

A diversidade não deve ser combatida,

a comunhão na mesma missão é que deve ser cultivada.

 

Senhor, bendito sejas pelo dom de Pedro e de Paulo,

como colunas da Igreja e testemunhas do Evangelho.

Pedro e Paulo, ajudai-nos a caminhar de mãos dadas,

como peregrinos do mistério que nos salva

e participantes nos sofrimentos de Cristo,

para que, por meio de nós, a Páscoa do mundo aconteça

e as portas do Reino de Cristo se abram a todos os povos.


segunda-feira, junho 28, 2021

 

2ª feira da 13ª semana do Tempo Comum – S. Ireneu

 


Mestre, seguir-Te-ei para onde fores. (cf. 8,18-22)

 

O Senhor é justo e misericordioso.

Envia o seu Filho para salvar o que anda perdido

e os reconduzir à dignidade de filhos de Deus.

“A glória de Deus é o homem vivo

e a vida do homem é a visão de Deus” (S. Ireneu).

Seguir Jesus não é uma opção, mas um chamamento,

não é um momento, mas a vida toda!

 

A vida fragmentada em que andamos,

também fragmenta o seguimento e a fidelidade.

Vivemos esta incoerência:

não nos queremos entregar totalmente a Deus ou a alguém,

porque temos medo de perder a liberdade,

mas depois tornamo-nos consumidores-dependentes

de modas, entretimentos, redes sociais, jogos, drogas…

 

Senhor, obrigado pelo teu chamamento

a participar na tua missão, a mim como consagrado.

Liberta-nos das falsas motivações vocacionais,

dos caprichos, dos apegos afetivos à família e amigos,

das desculpas para não Te seguir com radicalidade e fidelidade.

S. Ireneu, pastor, teólogo e mártir da época pós-apostólica,

Intercede para que sejamos uma Igreja missionária e profética.


domingo, junho 27, 2021

 

13º Domingo do Tempo Comum

 



Não temas; basta que tenhas fé. (cf. Mc 5,21-43)

 

A bondade de Deus cria criaturas boas.

Cri-as livres para seguir os seus conselhos

ou para os rejeitar, mas as escolhas têm consequências!

A morte, o ódio, a injustiça, a idolatria…

são manifestações do pecado, ou seja, da desobediência.

Deus caminha connosco com médico de campanha,

para devolver a vida e a paz a quem a perdeu.

Basta que tenhamos fé e O toquemos com confiança!

 

Perante esta pandemia, o que significa ter fé em Jesus?

Será rezar apenas, e desobedecer aos conselhos dos médicos,

não se vacinando, nem usar a máscara,

nem o distanciamento e as medidas de higiene?

Se assim fosse, estávamos a negar a sabedoria que Deus nos dá,

a missão da ciência na história, e a fazer de Deus nosso criado.

Acreditar em Jesus é fazermos tudo o que está ao nosso alcance

para salvar vidas, para acompanhar os doentes,

para evitar contágios, para alimentar a esperança.

E rezar pelos mais desprotegidos e pobres,

pelos cientistas e médicos, para sabermos ler os sinais dos tempos.

 

Senhor, o futuro é incerto por causa deste vírus,

mas o presente é uma certeza de não estarmos sós,

pois Tu vais connosco, sofres connosco, és o Senhor da vida!

Nós confiamos em Ti, mas nestas alturas de crise tudo balança,

pois perdemos a sensação de podermos controlar o futuro.

Liberta-nos do medo que nos paralisa

e da cegueira de confiarmos apenas em nós.

Aumenta, Senhor, a nossa fé e dá-nos a sabedoria da partilha!


sábado, junho 26, 2021

 

Sábado da 12ª semana do Tempo Comum – S. José Maria Escrivá

 


Tocou-lhe na mão e a febre deixou-a; ela então levantou-se e começou a servi-los. (cf. Mt 8,5-17)

 

Quando a febre do medo, da doença ou do pecado nos acama,

Deus toca-nos com a sua graça e somos curados.

Não nos cura para ficarmos na mesma, egocêntricos,

mas para nos levantarmos para uma vida nova

e fazermos a experiência de sermos dom e serviço.

A fé, a esperança e o amor são a verdadeira cura que precisamos!

 

O egoísmo e a indiferença fizeram do sofá um trono.

Aí se descansa, se passa o tempo a ver a TV

e a interagir nos chats e redes sociais, a ver a missa,

a jogar, a ler, a comentar o mundo, a mastigar tempo e calorias…

É o trono de quem se sente senhor a observar os servos

que vão preparando a comida e limpando a casa.

A preguiça é uma febre que nos paralisa a solidariedade!

 

Senhor, eu não sou digno que entres em minha casa,

mas eu preciso que venhas para me curar das minhas febres,

dos meus desânimos, dos meus medos, da minha desarrumação.

Toca-nos com os teus sacramentos e cura-nos com a tua Palavra,

para que a nossa vida seja fecunda, a nossa oração seja solidária,

o nosso tempo seja compromisso e a nossa vida tua missão.

S. José Maria Escrivá, ensinai-nos a ser santos no dia-a-dia!


sexta-feira, junho 25, 2021

 

6ª feira da 12ª semana do Tempo Comum

 


Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Eu quero: fica curado». (cf. Mt 8,1-4)

 

A Mão de Deus tornou-se visível em Jesus.

Mão que escuta, Mão que acolhe, Mão que cura,

Mão que levanta, Mão que guia, Mão que envia!

O gesto e a palavra tornam-se Evangelho

e hoje são sacramento do Corpo místico de Cristo, a Igreja.

A vontade de Deus é que sejamos curados e salvos.

 

Hoje a mão toca mais o virtual do que o real.

A pandemia veio acentuar esta distância, impedir o toque.

Mas afinal a vida não é só palavra nem imagem,

precisamos do toque para sentirmos o outro,

o calor, o carinho, o apoio, a força, a coragem…

Agora estamos a sentir a importância dos cinco sentidos,

tocados à luz da fé e da esperança, do amor e da confiança!

 

Senhor, sei que me queres curar e dás a vida para me salvar!

Obrigado pela tua Mão invisível, que me toca e reconforta,

e me diz silenciosamente: “Não temas, Eu estou contigo”!

Usa a minha mão para tocar a solidão, para afagar a tristeza,

para abraçar o desespero, para levantar o fraco,

para perdoar o pecador, para abraçar o medo,

para manifestar a partilha e escutar o gemido.

Aumenta a nossa fé e faz da Igreja a tua Mão!


quinta-feira, junho 24, 2021

 

5ª feira, Nascimento de S. João Batista – Dia Nacional do Cigano

 



Chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho. (cf. Lc 1,57-66.80)

 

O dedo de Deus escreve a história da salvação.

A estéril torna-se fecunda, a Virgem concebe o Amor.

O sacerdócio gera a profecia,

quando reconhece que Deus é graça.

A vida é serviço e participação no projeto de Deus.

Então o mudo germina a voz que clama no deserto

e prepara a vinda da Palavra que salva o mundo.

Mistério divino que entretece a história humana!

 

Quando chega a altura de um casal conceber um filho?

Para uns, engravidar é um ato fortuito,

fruto dum prazer sensual e que, por isso, logo o abortam

com o mesmo ânimo leve com que o produziram.

Para outros, a altura de conceber um filho é adiada,

porque antes é preciso conceber uma carreira profissional,

sustentar um emprego, adquirir uma casa, um carro…

Para outros, é o amadurecimento dum amor consolidado,

um projeto sonhado, um dom esperado e amado.

 

Bendito Senhor da história e artífice da salvação!

Bendito sejas pelo dom da vida e da vocação,

pela honra de poder colaborar em tão nobre projeto.

S. João Batista, precursor do Messias,

ensina-nos a fidelidade à nossa missão,

a simplicidade de vida que se torna testemunho profético,

a liberdade em ser voz da verdade e da justiça,

que desafia à conversão e à adesão a Cristo salvador!

Ensina-nos a respeitar a diferença e a acolher o cigano com irmão.


quarta-feira, junho 23, 2021

 

4ª feira da 12ª semana do Tempo Comum

 


Pelos frutos os conhecereis. (cf. Mt 7,15-20)

 

O Criador é conhecido pelas suas obras.

O Messias é reconhecido pelos seus frutos e fidelidade.

O Espírito Santo é identificado pelas suas moções.

Um cristão é autenticado pela coerência da sua fé,

pela alegria e humildade do seu serviço,

pela generosidade da sua caridade,

pela verdade do seu testemunho

e pelo zelo da sua missão.

 

Vivemos numa sociedade de imagem e marketing.

O cenário, a luz, o ângulo, a veste, a maquilhagem,

são a base para a comunicação do que se quer,

mesmo que não corresponda bem àquilo que se é de facto.

Nas redes sociais criam-se falsos perfis,

nas relações humanas representam-se personagens,

nas campanhas políticas ensaiam-se messianismos.

Tudo tem que ser muito apressado e superficial,

para que a razão não interfira na emoção do momento.

 

Senhor, bondade escondida na profundidade oceânica,

sê a seiva da minha vida para que dê bons frutos,

frutos próprios dos filhos de Deus, adotados por Cristo.

Espírito Santo, dom da verdade e da liberdade,

move-nos para a autenticidade, mesmo que nos custe.

E quando a árvore da nossa vida se perde em extravagâncias,

dá-nos a sabedoria de nos deixarmos podar da mentira

e aceitarmos, com humildade, sermos curados pela tua misericórdia.


terça-feira, junho 22, 2021

 

3ª feira da 12ª semana do Tempo Comum

 


Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam fazei-o também a eles. (cf. Mt 7,6.12-14)

 

Deus faz-nos o que gostaria que nós Lhe fizéssemos:

ama-nos e salva-nos, numa aliança de graça e misericórdia.

Jesus, em união com o Pai e o Espírito,

faz-se homem, caminha connosco, anuncia o Evangelho,

serve-nos, oferece a sua vida por nós e dá-nos o seu Espírito.

Nós, seguidores desta regra de ouro feita Pessoa,

devemos fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem.

 

A nossa dependência natural, enquanto crianças,

habituou-nos a assumir um amor de retribuição.

Mas a maturidade do amor não é tanto uma resposta,

e mais uma proposta, uma iniciativa que gera confiança.

Nós somos o barómetro das necessidades, da atenção,

do cuidado, da inserção, do diálogo, do perdão.

Ver-nos na pele do outro é aprender a primeirar no amor!

 

Senhor, que nos amas primeiro e generosamente,

ajuda-nos a colocar-nos na pele de Jesus

para aprendermos a sabedoria da compaixão

e a aventura do amor incondicional e puro.

Espírito, fonte de amor e de misericórdia,

ensina-nos a telepatia dos sentimentos do próximo,

para os podermos surpreender com a atenção acertada,

com a escuta necessitada, com a ajuda oportuna.

Emagrece-nos o egoísmo, para podermos entrar

na porta estreita que se alegra com o amor-proposta.


segunda-feira, junho 21, 2021

 

2ª feira da 12ª semana do Tempo Comum – S. Luís Gonzaga

 


Não julgueis e não sereis julgados. (cf. Mt 7,1-5)

 

Só Deus conhece o coração de cada um.

Só Deus vê o interior, as motivações, as fragilidades.

Por isso, só Ele pode julgar com justiça.

E quando a justiça brota dum coração que ama,

o juízo provoca cuidado e oferta de salvação.

É isso que vemos em Jesus e na sua aliança na cruz.

 

O que nós vemos são atitudes, comportamentos e palavras,

mas não compreendemos o mistério da pessoa que os pratica.

Não conhecemos os medos, as condicionantes, os traumas,

as interpretações, as motivações, os preconceitos, as doenças…

Uma pessoa que age mal de forma incompreensível,

não precisa da nossa condenação, mas da nossa compaixão.

As incoerências dos outros são o espelho onde vemos as nossas!

 

Senhor, mistério de amor que nos compreende e salva,

dá-nos um coração bom que saiba ver como pastor,

como pai-mãe, como irmão, como pedagogo, como médico.

Liberta-nos da pressa de julgar, dos preconceitos,

dos falsos testemunhos, das murmurações,

dos juízos baseados na aparência e no que ouvi dizer.

S. Luís Gonzaga, príncipe do serviço e do cuidado,

intercede para que possamos fazer desta pandemia

uma escola de cuidado e de serviço à vida!


domingo, junho 20, 2021

 

12º Domingo do Tempo Comum



Mestre, não Te importas que pereçamos? (Cf. Mc 4,35-41)

 

Deus está sempre connosco, mas invisível.

Parece que dorme para que despertemos da nossa fé

e busquemos juntos forças para enfrentar as tempestades.

A sua paz nasce da confiança infinita no Pai,

que O faz dormir durante a tempestade

e entregar o seu Espírito nas mãos do Pai, na sua morte.

Somos chamados a viver e a morrer para e por Cristo!

 

A pandemia pôs a nu a nossa impotência e limites.

Pensávamos que podíamos controlar a vida e o futuro

com o comando da técnica e da ambição nas nossas mãos.

Afinal, numa tempestade global, redescobrimo-nos frágeis,

impotentes, parados, medrosos, desesperados.

Buscámos Deus e gritámos-Lhe

que queremos o nosso mundo de volta:

febril, movimentado, apressado, consumista, controlável.

 

Senhor, o teu sono tranquilo desperta-nos do medo

e a tua confiança pôs a nu a nossa falta de fé.

Ajudai-nos a aproveitar esta crise pandémica

para sermos mais fraternos, mais solidários, mais pacíficos,

mais cuidadores da vida frágil, uma nova criatura,

animada pelo mesmo Espírito de paz e sabedoria.

Aumenta, Senhor, a nossa fé e diálogo contigo,

silenciosamente ao nosso lado, como Salvador seguro.

sábado, junho 19, 2021

 

Sábado da 11ª semana do Tempo Comum

 


Não vos inquieteis com o dia de amanhã. (cf. Mt 6,24-34)

 

Deus vive na eternidade, num hoje sem mistério.

Conhece o que nos faz falta e cuida de nós,

o bebé como bebé, o adulto como adulto.

Saber viver esta confiança providencialista

com a tranquilidade e responsabilidade na missão

é um dos maiores desafios que a vida nos traz.

 

A crise provocada pela pandemia elevou os níveis de ansiedade.

Este pára-arranca da economia aumenta a insegurança,

impossibilita a programação a médio e longo prazo,

obriga a viver o dia a dia em estado de permanente vigilância.

E o amanhã? E os projetos? E as estratégias de futuro?

E a sustentabilidade? E os investimentos? E os empréstimos?

E as decisões fundamentais de compra de casa e o casamento…?

Em muitos a ansiedade evoluiu para a angústia e o desespero.

 

Senhor, que cuidas de cada criatura com o mesmo zelo e amor,

ajuda-nos a confiar em Ti e a trabalhar pelo pão-nosso de cada dia.

Espírito Santo, sabedoria do viver o hoje com confiança e entrega,

ensina-nos a viver com intensidade e amor cada instante e cada pessoa,

para que possamos dormir em paz cada noite,

esperando o raiar de um novo dia como dom e como promessa!


sexta-feira, junho 18, 2021

 

6ª feira da 11ª semana do Tempo Comum

 


Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. (cf. Mt 6,19-23)

 

Deus olhar-nos com o brilho do amor.

Vê as nossas fraquezas, mas acima de tudo,

vê a nossa sede de felicidade, de querermos ser mais,

de crescer, de amar, de buscar a justiça e a verdade.

Por isso Jesus, que tem um olhar límpido e compassivo,

do alto da cruz, não vê inimigos a odiar e a destruir,

mas irmãos merecedores de perdão,

porque não sabem o que fazem!

 

Há olhares que veem tudo escuro.

Veem todos à sua volta como potenciais ameaças

e veem-se como vítimas dum destino cruel e injusto.

A sua história é relida como um lixo fedorento a esconder

pois envergonha, e temem que seja conhecido e julgado.

O mesmo olhar mau vê no diferente o preconceito

da raça, da cultura, da religião, da ideologia, da classe social.

Há muitos temores que não passam de olhares doentes!

 

Senhor, de olhar e coração puro e bom,

como é bom ver-nos amados, buscados, acolhidos!

Cura o nosso olhar medroso e preconceituoso,

pois todas as coisas têm sempre duas faces,

e às vezes só vemos e valorizamos o lado menos bom.

Dá-nos um olhar bom e iluminado pela esperança,

guiado pelo amor e pelo perdão, buscando a salvação!


quinta-feira, junho 17, 2021

 

5ª feira da 11ª semana do Tempo Comum



Quando orardes, não digais muitas palavras. (cf. Mt 6,7-15)

 

Deus é nosso Pai atento ao que precisamos para ser felizes.

O amor não precisa de ser convencido,

porque o amor antecipa-se à palavra, à manifestação do desejo.

A oração é um diálogo de amor, entre Pai e filho,

entre Irmão e irmãos, entre a sede e a Fonte.

O Pai-nosso é um esquema orientador de oração,

que indica a atitude filial e os pedidos fundamentais.

 

A oração é um espelho da forma como conversamos:

se somos capazes de escutar ou só queremos convencer o outro;

se apenas pretendemos preencher o tempo com futilidades

ou se queremos fazer do encontro uma experiência de comunhão;

se aproveitamos para falar mal deste e daquele

ou se buscamos a reconciliação, a recuperação, o acolhimento;

se fazemos chantagem e negociamos favores

ou se discernimos objetivos e nos abrimos ao melhor para todos.

 

Pai querido de todos, que estais no Céu,

que honra ter-Te como Amigo e Criador.

És maravilhoso, é tudo tão bonito e tão harmonioso!

Jesus, Irmão que nos fraterniza a todos numa aliança sem limites,

ensina-nos a rezar com a mesma confiança e amor de filho.

Espírito Santo, comunhão silenciosa do divino e do humano,

guia-nos na oração, para que mais que palavras,

seja encontro, escuta de amigos, fortalecimento da misericórdia,

abertura para a missão, alimento de fraternidade… confiança!

quarta-feira, junho 16, 2021

 

4ª feira da 11ª semana do Tempo Comum

 


Já receberam a sua recompensa. (cf. Mt 6,1-6.16-18)

 

Deus vê o culto; é a verdade mais profunda.

Conhece as motivações, se é teatro ou compaixão,

quando damos esmola, rezamos ou jejuamos.

A sua recompensa brota da fé e não da glória do momento.

Concentrar a nossa vida na compaixão e no amor,

purifica-nos do apego às coisas e da busca da vanglória.

 

Para muitos a vida é um “got talent”,

mostrar que tem talentos, querer ser famoso.

Ter o título de “empresa de responsabilidade social”,

é algo que hoje vende, é um investimento que compensa.

Ao nível religioso também há a busca da glória do imediato,

seja pela esmola ostensivamente dada na procissão,

seja pelo excesso de zelo no protocolo ritual,

seja pela redução do mistério da fé a certas práticas e verdades.

 

Senhor, vês-nos por dentro porque nos habitas e amas,

e usas o conhecimento para fazer o bem no silêncio.

Confio em Ti de coração desnudado,

pois de que me vale querer enganar-Te

e querer hoje o que tens reservado para a eternidade?

Liberta-nos do êxtase da fama efémera do imediato

e contagia-nos pela tua compaixão e amor ao próximo,

mesmo que ninguém note, ninguém elogie, ninguém agradeça!


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