domingo, setembro 28, 2008
Crise Americana: forma didática para a compreender
Paul comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Paul passou a valer 1,1 milhão de dólares. Então, um banco perguntou ao Paul se ele não queria algum dinheiro emprestado, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os 800.000 dólares. Com os 800.000 dólares, Paul, vendo que imóveis não paravam de valorizar, comprou 3 casas em construção dando como entrada algo como 400.000 dólares. A diferença, 400.000 dólares que Paul recebeu do banco, ele se comprometeu: comprou carro novo (alemão) pra ele, deu um carro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou bens como, por exemplo, tv de plasma de 63 polegadas, 43 notebooks, 1634 peças de vestuário. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do Paul, sentindo-se rica, usou e abusou do cartão de crédito. Em Agosto de 2007, começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que Paul tinha dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham mais liquidez. O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas e revender com lucro.
Fácil... parecia fácil.
Só que todo mundo teve a mesma ideia ao mesmo tempo. As taxas que o Paul pagava começaram a subir (as taxas eram pós fixadas) e o Paul percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre. Milhões tiveram a mesma idéia do Paul. Tinha casa para vender como nunca. Paul foi aguentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das 3 casas que ele comprou, como milhões de compatriotas, para revender, mais as prestações dos carros, as das peças de vestuário, dos notebooks, da tv de plasma e do cartão de crédito. Então as casas que o Paul comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela. Só que nesse momento Paul achava que já teria revendido as 3 casas, mas ou não havia compradores ou os que havia só pagariam um preço muito menor que o Paul havia pago.
Paul se encalacrou. Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das 3 casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber dos milhões de especuladores iguais ao Paul. Paul optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancos que não quiseram acordo. Paul entregou aos bancos as 3 casas que comprou como investimento, perdendo tudo o que havia investido. Paul quebrou. Ele e sua família pararam de consumir. Milhões de Pauls deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseado nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Pauls em títulos negociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos Pauls, esses títulos começaram a valer pó. Milhões e milhões em títulos que passaram a nada valer estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos e em bancos europeus e asiáticos. Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço de mercado desses imóveis, preço esse que despencou. Um empréstimo que foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares, de repente passou a valer 300.000 dólares, e mesmo pelos 300.000 não havia compradores. Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões de Pauls atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas de milhões de dólares.
A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou. Com a inadimplência dos milhões de Pauls, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Pauls pararam de consumir, porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado. O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir. O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a injectar milhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo porém essas acções levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram correctas e, até agora, não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão. O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas. Até que na semana passada o impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu, na segunda-feira última, quebrado, insolvente. No domingo o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan por 2 dólares por acção. Há um ano elas valiam 160 dólares. Durante esta semana dezenas de boatos voltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber o que nos espera na próxima segunda-feira. No dia 15 de Setembro 2008 o Lehman Brothers pediu falência, desempregando mais de 26 mil pessoas e provocando uma queda de mais de 500 (quinhentos) pontos no Índice Dow Jones, que mede o valor ponderado das acções das 30 maiores empresas negociadas na Bolsa de Valores de Nova York - a maior queda em um único dia, desde a Quebra de 1929.
O que começou com o Paul, hoje afecta o mundo inteiro. A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo dirá.
Fácil... parecia fácil.
Só que todo mundo teve a mesma ideia ao mesmo tempo. As taxas que o Paul pagava começaram a subir (as taxas eram pós fixadas) e o Paul percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre. Milhões tiveram a mesma idéia do Paul. Tinha casa para vender como nunca. Paul foi aguentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das 3 casas que ele comprou, como milhões de compatriotas, para revender, mais as prestações dos carros, as das peças de vestuário, dos notebooks, da tv de plasma e do cartão de crédito. Então as casas que o Paul comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela. Só que nesse momento Paul achava que já teria revendido as 3 casas, mas ou não havia compradores ou os que havia só pagariam um preço muito menor que o Paul havia pago.
Paul se encalacrou. Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das 3 casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber dos milhões de especuladores iguais ao Paul. Paul optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancos que não quiseram acordo. Paul entregou aos bancos as 3 casas que comprou como investimento, perdendo tudo o que havia investido. Paul quebrou. Ele e sua família pararam de consumir. Milhões de Pauls deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseado nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Pauls em títulos negociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos Pauls, esses títulos começaram a valer pó. Milhões e milhões em títulos que passaram a nada valer estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos e em bancos europeus e asiáticos. Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço de mercado desses imóveis, preço esse que despencou. Um empréstimo que foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares, de repente passou a valer 300.000 dólares, e mesmo pelos 300.000 não havia compradores. Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões de Pauls atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas de milhões de dólares.
A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou. Com a inadimplência dos milhões de Pauls, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Pauls pararam de consumir, porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado. O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir. O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a injectar milhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo porém essas acções levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram correctas e, até agora, não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão. O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas. Até que na semana passada o impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu, na segunda-feira última, quebrado, insolvente. No domingo o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan por 2 dólares por acção. Há um ano elas valiam 160 dólares. Durante esta semana dezenas de boatos voltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber o que nos espera na próxima segunda-feira. No dia 15 de Setembro 2008 o Lehman Brothers pediu falência, desempregando mais de 26 mil pessoas e provocando uma queda de mais de 500 (quinhentos) pontos no Índice Dow Jones, que mede o valor ponderado das acções das 30 maiores empresas negociadas na Bolsa de Valores de Nova York - a maior queda em um único dia, desde a Quebra de 1929.
O que começou com o Paul, hoje afecta o mundo inteiro. A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo dirá.
(Eloína)
sexta-feira, setembro 26, 2008
Paulo VI: Ai de mim se não anunciar o Evangelho!
Cristo! Sinto a necessidade de o anunciar, não posso calá-lo: "Ai de mim, se não anunciar o Evangelho!" (1Co 9,16) Sou enviado por ele para isso mesmo; sou apóstolo, sou testemunha. Quanto mais longe está o objectivo e mais difícil é a missão, mais premente é o amor que me impele (2Co 5,14). Devo proclamar o seu nome: Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16,16). É ele que nos revela o Deus invisível, o primogénito de toda a criatura, o fundamento de todas as coisas (Col 1,15s). Ele é o Mestre da humanidade e o Redentor: nasceu, morreu e ressuscitou por nós; é o centro da história e do mundo. É quem nos conhece e nos ama; é o companheiro e o amigo da nossa vida. É o homem da dor e da esperança; é o que deve vir e que será um dia nosso juiz e tembém, assim o esperamos, a plenitude eterna da nossa existência, a nossa felicidade.
Nunca mais acabaria de falar dele: ele é a luz, é a verdade; muito mais, é "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Ele é o Pão, a Fonte de água viva que responde à nossa fome e à nossa sede (Jo 6,35; 7,38); ele é o Pastor, o nosso guia, o nosso exemplo, o noso reconforto, o nosso irmão. Como nós, e mais do que nós, foi pequeno, pobre, humilhado, trabalhador, infeliz e paciente. Para nós, falou, realizou milagres, fundou um Reino novo onde os pobres são bem-aventurados, onde a paz é o princípio da vida em comum, onde os que têm o coração puro e os que choram são exaltados e consolados, onde os que aspiram à justiça são atendidos, onde os pecadores podem ser perdoados, onde todos são irmãos.
Jesus Cristo: vocês já ouviram falar dele e até, para a maioria, vocès pertencem-lhe, vocês são cristãos. Pois bem! A vocês, cristãos, eu repito o seu nome, a todos anuncio: Jesus Cristo é "o princípio e o fim, o alfa e o ómega" (Ap 21,6). Ele é o rei do mundo novo; é o segredo da história, a chave do nosso destino; ele é o Mediador, a ponte entre a terra e o céu...; o Filho do homem, o Filho de Deus..., o Filho de Maria... Jesus Cristo! Lembrem-se: é o anúncio que fazemos para a eternidade, é a voz que fazemos ressoar por toda a terra (Rm 10,18) e para os séculos que hão-de vir.
(Paulo VI, papa de 1963 a 1978 Homilia em Manila, 29/11/70 (trad. DC 1576, p.1115 © copyright Libreria Editrice Vaticana)
Nunca mais acabaria de falar dele: ele é a luz, é a verdade; muito mais, é "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Ele é o Pão, a Fonte de água viva que responde à nossa fome e à nossa sede (Jo 6,35; 7,38); ele é o Pastor, o nosso guia, o nosso exemplo, o noso reconforto, o nosso irmão. Como nós, e mais do que nós, foi pequeno, pobre, humilhado, trabalhador, infeliz e paciente. Para nós, falou, realizou milagres, fundou um Reino novo onde os pobres são bem-aventurados, onde a paz é o princípio da vida em comum, onde os que têm o coração puro e os que choram são exaltados e consolados, onde os que aspiram à justiça são atendidos, onde os pecadores podem ser perdoados, onde todos são irmãos.
Jesus Cristo: vocês já ouviram falar dele e até, para a maioria, vocès pertencem-lhe, vocês são cristãos. Pois bem! A vocês, cristãos, eu repito o seu nome, a todos anuncio: Jesus Cristo é "o princípio e o fim, o alfa e o ómega" (Ap 21,6). Ele é o rei do mundo novo; é o segredo da história, a chave do nosso destino; ele é o Mediador, a ponte entre a terra e o céu...; o Filho do homem, o Filho de Deus..., o Filho de Maria... Jesus Cristo! Lembrem-se: é o anúncio que fazemos para a eternidade, é a voz que fazemos ressoar por toda a terra (Rm 10,18) e para os séculos que hão-de vir.
(Paulo VI, papa de 1963 a 1978 Homilia em Manila, 29/11/70 (trad. DC 1576, p.1115 © copyright Libreria Editrice Vaticana)
quarta-feira, setembro 24, 2008
Desvendar a mente de Deus - Frei Beto
O Grande Colisor, o acelerador de partículas inaugurado a 10 de Setembro – com 27km de circunferência, construído sob as fronteiras da Suíça e da França – é para a física o que o telescópio é para a astrofísica.
Seu princípio operacional baseia-se na famosa equação de Einstein - E=mc2 (E é energia; m, massa; c, velocidade da luz). A quantidade de energia concentrada numa porção de matéria equivale à sua massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz. A velocidade da luz é de 300 mil km por segundo.
Se a energia tem massa, 1 kg de carvão, convertido totalmente em energia, produziria 25 bilhões de quilowatt-hora (kwh) de electricidade. Toda a energia eléctrica gerada nos EUA, somada à do Brasil, não chega a 15% disso.
Antes de Einstein, ninguém supôs que energia e massa se igualassem. A constante c, aparentemente inofensiva, representa um número astronómico - o quadrado da velocidade da luz. Se extrairmos energia de uma colherada de água, ela será suficiente para que um transatlântico atravesse o Atlântico mil vezes.
O que se pretende com o acelerador de partículas é captar a energia primitiva que deu início ao Universo há 13,7 biliões de anos – o Big Bang. Ele é como uma imensa serpente brotando de um pequeno balão de hidrogénio, cujas válvulas, controladas por computadores, liberam jactos de gás, como se fosse uma brincadeira de criança. No entanto, em cada um daqueles jactos há mais prótons do que a soma de todas as estrelas da Via Láctea.
As minúsculas nuvens de gás entram pela cavidade eléctrica do gerador que separa os elétrons dos átomos de hidrogénio, como quem arranca o halo de luz de uma estrela, e lançam os prótons, primeiro, por um túnel de grande velocidade; em seguida, por um cano estreito como uma mangueira de jardim, mas com cerca de 5 km de extensão. Dentro desse anel os prótons são acelerados por pulsão provocada por eletroímãs, enquanto ímãs focalizadores os reúnem num feixe tão fino quanto a grafite de um lápis.
Ao atingir uma velocidade próxima à da luz, a massa inicial aumenta cerca de 300 vezes, graças à própria velocidade. Neste momento, são desviados do anel e lançados contra um alvo dentro de um detector. Seus rastros, captados pelo campo magnético do detector, revelam a identidade da partícula.
Os aceleradores seriam como estrelas mecânicas; sua temperatura, elevada a milhões de graus, pode fazer com que as partículas se movam tão rapidamente como no coração das estrelas. No anel do acelerador, prótons e antiprótons percorrem trajectórias opostas em velocidades próximas à da luz, colidindo um milhão de vezes por segundo - e, assim, fragmentando os átomos em suas partículas mais genuínas, entre as quais o quark top, o último dos seis tijolos fundamentais da matéria a ter sua existência comprovada, em 1995.
Quanto mais aperfeiçoado o acelerador de partículas, mais serão descobertas novas partículas. Assim, os cientistas se perguntam se algum dia essa "arqueologia" da matéria findará - ao se depararem com aquela partícula que seria, afinal, a mais elementar, base de todas as demais.
O acelerador nos aproxima do parto gerador do Universo. Para as nossas dimensões de tempo, alcançar o que sucedeu 1 centésimo de segundo após a Criação é fantástico. Que importa saber o que ocorreu 1 decimilibilionésimo de segundo antes que você decidisse piscar o olho, como fez agora? No entanto, quando se trata da evolução da matéria, cada fragmento de segundo é como um século para a história humana.
Sabe-se, hoje, o que teria ocorrido nos três primeiros minutos após a explosão do Ovo Primordial que continha todo o Universo, o Big Bang. Mas isto não basta, muitas outras coisas se passaram na fornalha original antes daquela fracção de segundo.
O que a ciência procura é se aproximar do momento em que o átomo inicial não se conteve e, pleno, abriu-se como um botão de rosa que exibe pétalas em todas as direcções. Assim, ficaremos sabendo um pouco mais a respeito das raízes de nossa universal e holística árvore genealógica.
O que fazia Deus antes de criar o Universo? A resposta foi dada por Santo Agostinho, no século IV: “Preparava o inferno para quem faz esse tipo de pergunta”.
Quem aprecia culinária e gosta de pilotar um fogão saiba que os ingredientes da receita para fazer o Universo são simples: 76,5% de hidrogénio; 21,5% de hélio e 2% de outros elementos químicos.
De preferência, o cozinheiro deve ter mãos divinas.
Seu princípio operacional baseia-se na famosa equação de Einstein - E=mc2 (E é energia; m, massa; c, velocidade da luz). A quantidade de energia concentrada numa porção de matéria equivale à sua massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz. A velocidade da luz é de 300 mil km por segundo.
Se a energia tem massa, 1 kg de carvão, convertido totalmente em energia, produziria 25 bilhões de quilowatt-hora (kwh) de electricidade. Toda a energia eléctrica gerada nos EUA, somada à do Brasil, não chega a 15% disso.
Antes de Einstein, ninguém supôs que energia e massa se igualassem. A constante c, aparentemente inofensiva, representa um número astronómico - o quadrado da velocidade da luz. Se extrairmos energia de uma colherada de água, ela será suficiente para que um transatlântico atravesse o Atlântico mil vezes.
O que se pretende com o acelerador de partículas é captar a energia primitiva que deu início ao Universo há 13,7 biliões de anos – o Big Bang. Ele é como uma imensa serpente brotando de um pequeno balão de hidrogénio, cujas válvulas, controladas por computadores, liberam jactos de gás, como se fosse uma brincadeira de criança. No entanto, em cada um daqueles jactos há mais prótons do que a soma de todas as estrelas da Via Láctea.
As minúsculas nuvens de gás entram pela cavidade eléctrica do gerador que separa os elétrons dos átomos de hidrogénio, como quem arranca o halo de luz de uma estrela, e lançam os prótons, primeiro, por um túnel de grande velocidade; em seguida, por um cano estreito como uma mangueira de jardim, mas com cerca de 5 km de extensão. Dentro desse anel os prótons são acelerados por pulsão provocada por eletroímãs, enquanto ímãs focalizadores os reúnem num feixe tão fino quanto a grafite de um lápis.
Ao atingir uma velocidade próxima à da luz, a massa inicial aumenta cerca de 300 vezes, graças à própria velocidade. Neste momento, são desviados do anel e lançados contra um alvo dentro de um detector. Seus rastros, captados pelo campo magnético do detector, revelam a identidade da partícula.
Os aceleradores seriam como estrelas mecânicas; sua temperatura, elevada a milhões de graus, pode fazer com que as partículas se movam tão rapidamente como no coração das estrelas. No anel do acelerador, prótons e antiprótons percorrem trajectórias opostas em velocidades próximas à da luz, colidindo um milhão de vezes por segundo - e, assim, fragmentando os átomos em suas partículas mais genuínas, entre as quais o quark top, o último dos seis tijolos fundamentais da matéria a ter sua existência comprovada, em 1995.
Quanto mais aperfeiçoado o acelerador de partículas, mais serão descobertas novas partículas. Assim, os cientistas se perguntam se algum dia essa "arqueologia" da matéria findará - ao se depararem com aquela partícula que seria, afinal, a mais elementar, base de todas as demais.
O acelerador nos aproxima do parto gerador do Universo. Para as nossas dimensões de tempo, alcançar o que sucedeu 1 centésimo de segundo após a Criação é fantástico. Que importa saber o que ocorreu 1 decimilibilionésimo de segundo antes que você decidisse piscar o olho, como fez agora? No entanto, quando se trata da evolução da matéria, cada fragmento de segundo é como um século para a história humana.
Sabe-se, hoje, o que teria ocorrido nos três primeiros minutos após a explosão do Ovo Primordial que continha todo o Universo, o Big Bang. Mas isto não basta, muitas outras coisas se passaram na fornalha original antes daquela fracção de segundo.
O que a ciência procura é se aproximar do momento em que o átomo inicial não se conteve e, pleno, abriu-se como um botão de rosa que exibe pétalas em todas as direcções. Assim, ficaremos sabendo um pouco mais a respeito das raízes de nossa universal e holística árvore genealógica.
O que fazia Deus antes de criar o Universo? A resposta foi dada por Santo Agostinho, no século IV: “Preparava o inferno para quem faz esse tipo de pergunta”.
Quem aprecia culinária e gosta de pilotar um fogão saiba que os ingredientes da receita para fazer o Universo são simples: 76,5% de hidrogénio; 21,5% de hélio e 2% de outros elementos químicos.
De preferência, o cozinheiro deve ter mãos divinas.
terça-feira, setembro 23, 2008
24 Setembro: dia de oração pelos cristãos perseguidos da Índia
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre promove um ida de oração pelos cristão da Índia, no dia 24 de Setembro. Propoem a seguinte oração:
A onda de violência
Agrupam-se em comunidades que têm sofrido muito ao longo dos séculos. Hoje ainda, em tempos de exaltação e até de mistificação da tolerância, e num país com uma bonita história de democracia e de boa convivência entre etnias e crenças, os seus sofrimentos têm sido acrescidos, sobretudo no estado de Orissa, no nordeste desta grande nação. Há já alguns anos que se verificam conflitos esporádicos entre alguns grupos fanáticos de hindus e a minoria cristã. A situação agravou-se desde meados de Agosto.
Houve muitos cristãos mortos e desaparecidos, largas dezenas de feridos, muitas casas, igrejas e conventos incendiados, e muitos milhares de desalojados e deslocados internos. As igrejas cristãs, com destaque para a católica, denunciaram e continuam a denunciar a situação, e convidaram os cristãos de todo o mundo à oração pelas vítimas da violência e pela paz no aniversário da morte da Madre Teresa, 5 de Setembro. Na Índia, o dia escolhido foi o dia 7, por ser domingo, e as igrejas encheram-se, de manhã à noite. Em muitos outros estados da Índia, os hindus uniram-se aos cristãos em declarações pela paz e não-violência. Quem sabe se o sangue assim vertido não virá a ser semente de reconciliação e de superação da intolerância! Talvez contribua mesmo para um maior incremento do movimento ecuménico e para moderar algum zelo destemperado e irritante para os hindus de uma ou outra confissão cristã algo sectária ou proselitista
Em meio de tudo isto, espanta-me o silêncio dos grandes meios de comunicação. “Silêncio ensurdecedor” lhe chamou o cardeal arcebispo de Bolonha. Se fosse uma violência de sentido inverso, ensurdecedor seria de certo o barulho. Julgo estarmos aqui, como em muitas outras situações similares, perante um caso de “cristofobia”, termo já consagrado por uma resolução da ONU para designar entre outras coisas, tais como a perseguição e a intolerância contra os cristãos, também a desinformação sobre o cristianismo. Poderá também tratar-se de uma espécie de hierarquia das intolerâncias como se devesse ser mais tolerável a discriminação contra os cristãos do que o anti-semitismo ou a discriminação contra os muçulmanos.
A génese oculta da violência
Posto isto, convém também ir um pouco mais fundo, à génese da onda de situações de violência como esta. As tão apressadamente chamadas “guerras religiosas” escondem quase sempre oportunismos, jogos de poder temporal e conflitos e injustiças sociais graves. Foi assim nas “guerras religiosas” que ensanguentaram a Europa, desde as rupturas da Reforma, passando pela “Guerra dos Cem Anos” até ao ainda recente conflito na Irlanda do Norte. Ditadores, jihadistas e novos cruzados, usam e abusam do nome de Deus como camuflagem das suas reais intenções. Os não praticantes de todas as religiões sabem muito bem fingir de religiosos quando isso interessa aos seus intentos de domínio e confusão.
É essa também a génese oculta da violência em Orissa. Os cristãos, nos passos de Jesus, anunciaram o Evangelho a todos mas, sobretudo, aos párias, grupo social desprezado pela sociedade hindu, assente na divisão em castas. Evangelizando, promoveram-nos. Isso fez nascer no seio do integrismo hindu o medo de perder o poder e o surgimento de grupos integristas clandestinos e armados. Por outro lado, dessas e doutras gritantes injustiças sociais germinou uma guerrilha de sabor maoista. E bastou que um dos chefes mais fanáticos do integrismo fosse morto, supostamente por um grupo guerrilheiro, para que a culpa fosse atribuída aos cristãos e se erguesse esta espiral de violência. Infelizmente, as últimas notícias de agências cristãs dão conta de que ela está a alastrar a outros estados da Índia. Não podemos ceder ao “silêncio ensurdecedor”. Rezar e dar a outra face não deve impedir-nos de perguntar como Jesus diante de Anás: “por que me bates?”
http://www.fundacao-ais.pt/page_content.php?id_code=1369
Pai do céu, fazeis brilhar vosso solsobre maus e bons.Vosso filho Jesus morreu por todose em sua ressurreição gloriosaconservou as cinco chagas do tormento.Com seu poder divino, ele sustenta agoratodos os que sofrem perseguição e martíriopor serem fiéis à fé da Igreja.Pai misericordioso e forte,impedi que hoje Caim volte a mataro desvalido Abel, o inocente Abel.Que os cristãos perseguidos na Índia,como Maria Mãe, permaneçamde pé junto à cruz do Cristo Mártir.Confortai quem é ameaçado pela violênciae estremecido pela insegurança.Que vosso Espírito Santo de amortorne fecundo o testemunho e o sangue.
Amen
Pai do céu, fazeis brilhar vosso solsobre maus e bons.Vosso filho Jesus morreu por todose em sua ressurreição gloriosaconservou as cinco chagas do tormento.Com seu poder divino, ele sustenta agoratodos os que sofrem perseguição e martíriopor serem fiéis à fé da Igreja.Pai misericordioso e forte,impedi que hoje Caim volte a mataro desvalido Abel, o inocente Abel.Que os cristãos perseguidos na Índia,como Maria Mãe, permaneçamde pé junto à cruz do Cristo Mártir.Confortai quem é ameaçado pela violênciae estremecido pela insegurança.Que vosso Espírito Santo de amortorne fecundo o testemunho e o sangue.
Amen
Na Índia os cristãos são uma minoria, pouco mais de 2 por cento, mas em números absolutos são muitos milhões e, a modos de fermento, pelo testemunho da sua fé traduzida no terreno em caridade laboriosa sobretudo com os mais excluídos, pesam muito no contexto religioso indostânico.
A onda de violência
Agrupam-se em comunidades que têm sofrido muito ao longo dos séculos. Hoje ainda, em tempos de exaltação e até de mistificação da tolerância, e num país com uma bonita história de democracia e de boa convivência entre etnias e crenças, os seus sofrimentos têm sido acrescidos, sobretudo no estado de Orissa, no nordeste desta grande nação. Há já alguns anos que se verificam conflitos esporádicos entre alguns grupos fanáticos de hindus e a minoria cristã. A situação agravou-se desde meados de Agosto.
Houve muitos cristãos mortos e desaparecidos, largas dezenas de feridos, muitas casas, igrejas e conventos incendiados, e muitos milhares de desalojados e deslocados internos. As igrejas cristãs, com destaque para a católica, denunciaram e continuam a denunciar a situação, e convidaram os cristãos de todo o mundo à oração pelas vítimas da violência e pela paz no aniversário da morte da Madre Teresa, 5 de Setembro. Na Índia, o dia escolhido foi o dia 7, por ser domingo, e as igrejas encheram-se, de manhã à noite. Em muitos outros estados da Índia, os hindus uniram-se aos cristãos em declarações pela paz e não-violência. Quem sabe se o sangue assim vertido não virá a ser semente de reconciliação e de superação da intolerância! Talvez contribua mesmo para um maior incremento do movimento ecuménico e para moderar algum zelo destemperado e irritante para os hindus de uma ou outra confissão cristã algo sectária ou proselitista
Em meio de tudo isto, espanta-me o silêncio dos grandes meios de comunicação. “Silêncio ensurdecedor” lhe chamou o cardeal arcebispo de Bolonha. Se fosse uma violência de sentido inverso, ensurdecedor seria de certo o barulho. Julgo estarmos aqui, como em muitas outras situações similares, perante um caso de “cristofobia”, termo já consagrado por uma resolução da ONU para designar entre outras coisas, tais como a perseguição e a intolerância contra os cristãos, também a desinformação sobre o cristianismo. Poderá também tratar-se de uma espécie de hierarquia das intolerâncias como se devesse ser mais tolerável a discriminação contra os cristãos do que o anti-semitismo ou a discriminação contra os muçulmanos.
A génese oculta da violência
Posto isto, convém também ir um pouco mais fundo, à génese da onda de situações de violência como esta. As tão apressadamente chamadas “guerras religiosas” escondem quase sempre oportunismos, jogos de poder temporal e conflitos e injustiças sociais graves. Foi assim nas “guerras religiosas” que ensanguentaram a Europa, desde as rupturas da Reforma, passando pela “Guerra dos Cem Anos” até ao ainda recente conflito na Irlanda do Norte. Ditadores, jihadistas e novos cruzados, usam e abusam do nome de Deus como camuflagem das suas reais intenções. Os não praticantes de todas as religiões sabem muito bem fingir de religiosos quando isso interessa aos seus intentos de domínio e confusão.
É essa também a génese oculta da violência em Orissa. Os cristãos, nos passos de Jesus, anunciaram o Evangelho a todos mas, sobretudo, aos párias, grupo social desprezado pela sociedade hindu, assente na divisão em castas. Evangelizando, promoveram-nos. Isso fez nascer no seio do integrismo hindu o medo de perder o poder e o surgimento de grupos integristas clandestinos e armados. Por outro lado, dessas e doutras gritantes injustiças sociais germinou uma guerrilha de sabor maoista. E bastou que um dos chefes mais fanáticos do integrismo fosse morto, supostamente por um grupo guerrilheiro, para que a culpa fosse atribuída aos cristãos e se erguesse esta espiral de violência. Infelizmente, as últimas notícias de agências cristãs dão conta de que ela está a alastrar a outros estados da Índia. Não podemos ceder ao “silêncio ensurdecedor”. Rezar e dar a outra face não deve impedir-nos de perguntar como Jesus diante de Anás: “por que me bates?”
sábado, setembro 20, 2008
21 Setembro: Dia Internacional da paz
NOVA YORK, sexta-feira, 19 de Setembro de 2008 (ZENIT.org).- No próximo domingo, 21 de Setembro, grupos cristãos de todo o mundo celebrarão encontros de oração por ocasião da Jornada Internacional de Oração pela Paz, instituída pelas Nações Unidas em 1981 através da resolução 36/67.
A resolução convidava todos os estados membros, instituições, ONGs e cidadãos a «comemorarem este dia de forma apropriada». Numerosas congregações foram convidadas a reunir o máximo de pessoas possível para rezar e dialogar juntos sobre a paz e a rejeição da violência, da guerra e da desigualdade.
A iniciativa parte dos Estados Unidos, onde cerca de 140 congregações de diversas confissões cristãs organizaram reuniões públicas de oração. Cristãos de outros 9 países se unirão em uma rede de oração de 24 horas ininterruptas, no Canadá, Samoa, Ilhas Fiji, Indonésia, Nova Zelândia, Noruega, Tuvalu e Estados Unidos.
O Conselho Ecuménico das Igrejas (KEK) aderiu também a esta Jornada, que há 4 anos acontece no dia 21 de Setembro. O KEK pede a seus mais de 350 membros que tomem parte ativa nas celebrações.
A resolução convidava todos os estados membros, instituições, ONGs e cidadãos a «comemorarem este dia de forma apropriada». Numerosas congregações foram convidadas a reunir o máximo de pessoas possível para rezar e dialogar juntos sobre a paz e a rejeição da violência, da guerra e da desigualdade.
A iniciativa parte dos Estados Unidos, onde cerca de 140 congregações de diversas confissões cristãs organizaram reuniões públicas de oração. Cristãos de outros 9 países se unirão em uma rede de oração de 24 horas ininterruptas, no Canadá, Samoa, Ilhas Fiji, Indonésia, Nova Zelândia, Noruega, Tuvalu e Estados Unidos.
O Conselho Ecuménico das Igrejas (KEK) aderiu também a esta Jornada, que há 4 anos acontece no dia 21 de Setembro. O KEK pede a seus mais de 350 membros que tomem parte ativa nas celebrações.
quarta-feira, setembro 17, 2008
Voluntariado Missionário: CD Cantáki
Já se encontra à venda o CD Cantáki, lançado pela Fundação Evangelização e Culturas (FEC) com o objectivo de promover o Voluntariado Missionário (VM) e forma de angariação de fundos para o trabalho dos grupos missionários.
O CD Cantáki é composto por cânticos de várias entidades de VM e por um hino tendo este a participação (de vozes e instrumentos) de todas as entidades de VM, e foi lançado no dia 6 de Setembro, integrado no Congresso Missionário Nacional, em Fátima.
O grupo Diálogos participa no CD Cantáki com a música original "Parte e Vai".
Encomendas poderão ser efectuadas directamente para o grupo Diálogos por email: dialogossvd@gmail.com ou através de telefone para Ana Isabel: 919169951 ou Ana Martins: 932573527. Também poderão encomendar nos Missionários do Verbo Divino ou nas Irmãs SSPS.
O CD Cantáki é composto por cânticos de várias entidades de VM e por um hino tendo este a participação (de vozes e instrumentos) de todas as entidades de VM, e foi lançado no dia 6 de Setembro, integrado no Congresso Missionário Nacional, em Fátima.
O grupo Diálogos participa no CD Cantáki com a música original "Parte e Vai".
Encomendas poderão ser efectuadas directamente para o grupo Diálogos por email: dialogossvd@gmail.com ou através de telefone para Ana Isabel: 919169951 ou Ana Martins: 932573527. Também poderão encomendar nos Missionários do Verbo Divino ou nas Irmãs SSPS.
domingo, setembro 14, 2008
Conclusões do CONGRESSO NACIONAL MISSIONÁRIO – 2008
Convocados pelo Espírito, por meio dos pastores da Igreja em Portugal, reuniram-se em Fátima, de 3 a 7 de Setembro, oito centenas de participantes portugueses e representantes de diversos países. O dia 6 foi enriquecido com a presença e a juventude do voluntariado missionário.
Dez anos após o Ano Missionário de 1998, o Congresso celebrou, reflectiu e apontou caminhos de futuro para a Missão, a partir do tema: No encontro com Cristo vivo, chamados e enviados para a Missão em Portugal e no mundo, e o lema: Portugal, rasga horizontes, vive a Missão.
Linhas de força
Deus, Trindade de Amor, envia a humanidade toda a fazer do outro um irmão. A Missão é de Deus e, por isso, o baptizado, consciente deste envio ao tomar parte na vida de Cristo, é impelido a ser contemplativo e servo da sua Palavra.
A Missão é tarefa indelegável de cada cristão. Esta concretiza-se no espaço e no tempo da história humana, conhecendo e amando aqueles a quem se é enviado. A vivência comunitária da fé em família, paróquia, diocese ou comunidades de vida consagrada é o testemunho mais credível do anúncio de Deus-Amor.
A Santidade (sair de si por amor) e a Missão (ser enviado por Deus ao diferente) são o húmus vital de todo o cristão e de todas as actividades pastorais.
Com o Concílio Vaticano II (1965), assistimos a uma nova compreensão da Missão. Cada um de nós é, simultaneamente, enviado e destinatário da evangelização. O Espírito é o protagonista da Missão e a Igreja Local o seu sujeito de encarnação e vivência. Nela e a partir dela, surgem e actuam todas as vocações missionárias laicais, consagradas e sacerdotais. O despertar do laicado para a Missão é hoje um dos sinais dos tempos.
Em pleno Ano Paulino, o Apóstolo dos gentios, com o seu itinerário de conversão e missão, é para nós modelo a conhecer melhor e a seguir no zelo e na urgência de evangelizar.
Para além de momento privilegiado de reflexão e partilha, o Congresso foi também uma experiência de comunhão na dor com os nossos irmãos perseguidos na Índia e em outras situações de falta de liberdade religiosa.
Propostas
Sentimos o coração a arder e desejamos que toda esta riqueza possa contribuir para a Igreja em Portugal viver mais em Missão. Por isso, como Congressistas, propomos que:
1. A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) promova uma melhor coordenação e integração das diversas áreas pastorais para todas serem fecundadas pelo dinamismo missionário e anseio de santidade.
2. A CEP, partindo do Congresso Missionário e do Ano Paulino, avive a vocação missionária de todos os cristãos e prepare um documento-base para a Missão em Portugal.
3. Cada Igreja Local incentive a criação de estruturas e dinâmicas que demonstrem a consciência e urgência do anúncio do Evangelho: Secretariado Diocesano Missionário, grupos missionários paroquiais, semanas de animação missionária, geminações, voluntariado, sacerdotes "fidei Donum", institutos de vida consagrada...
4. Cada diocese promova, oportunamente, um Congresso Missionário Diocesano.
5. Promova-se formação missionária às crianças, jovens, adultos, seminaristas, consagrados e sacerdotes, de acordo com o novo paradigma de Missão.
6. Fomente-se, com espírito de solidariedade e subsidiariedade, a comunhão e a partilha de fé, de pessoas - numa dinâmica de partir e receber - e de bens entre as diversas Igrejas.
7. Ajude-se cada cristão a crescer até à estatura de Cristo: Sacerdote que celebra a liturgia e oferece a sua vida pela salvação de todos; Profeta que proclama a Palavra de Deus e denuncia as injustiças e contravalores da sua sociedade e cultura; e Rei que serve com caridade os mais desprotegidos e excluídos.
Num mundo global e em mudança, à procura de sucesso mas infeliz, queremos viver em Missão e anunciar Cristo Vivo ao mundo, sendo profetas da esperança e rasgando novos horizontes.
Fátima, 7 de Setembro de 2008
Os participantes no congresso missionário nacional
Dez anos após o Ano Missionário de 1998, o Congresso celebrou, reflectiu e apontou caminhos de futuro para a Missão, a partir do tema: No encontro com Cristo vivo, chamados e enviados para a Missão em Portugal e no mundo, e o lema: Portugal, rasga horizontes, vive a Missão.
Linhas de força
Deus, Trindade de Amor, envia a humanidade toda a fazer do outro um irmão. A Missão é de Deus e, por isso, o baptizado, consciente deste envio ao tomar parte na vida de Cristo, é impelido a ser contemplativo e servo da sua Palavra.
A Missão é tarefa indelegável de cada cristão. Esta concretiza-se no espaço e no tempo da história humana, conhecendo e amando aqueles a quem se é enviado. A vivência comunitária da fé em família, paróquia, diocese ou comunidades de vida consagrada é o testemunho mais credível do anúncio de Deus-Amor.
A Santidade (sair de si por amor) e a Missão (ser enviado por Deus ao diferente) são o húmus vital de todo o cristão e de todas as actividades pastorais.
Com o Concílio Vaticano II (1965), assistimos a uma nova compreensão da Missão. Cada um de nós é, simultaneamente, enviado e destinatário da evangelização. O Espírito é o protagonista da Missão e a Igreja Local o seu sujeito de encarnação e vivência. Nela e a partir dela, surgem e actuam todas as vocações missionárias laicais, consagradas e sacerdotais. O despertar do laicado para a Missão é hoje um dos sinais dos tempos.
Em pleno Ano Paulino, o Apóstolo dos gentios, com o seu itinerário de conversão e missão, é para nós modelo a conhecer melhor e a seguir no zelo e na urgência de evangelizar.
Para além de momento privilegiado de reflexão e partilha, o Congresso foi também uma experiência de comunhão na dor com os nossos irmãos perseguidos na Índia e em outras situações de falta de liberdade religiosa.
Propostas
Sentimos o coração a arder e desejamos que toda esta riqueza possa contribuir para a Igreja em Portugal viver mais em Missão. Por isso, como Congressistas, propomos que:
1. A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) promova uma melhor coordenação e integração das diversas áreas pastorais para todas serem fecundadas pelo dinamismo missionário e anseio de santidade.
2. A CEP, partindo do Congresso Missionário e do Ano Paulino, avive a vocação missionária de todos os cristãos e prepare um documento-base para a Missão em Portugal.
3. Cada Igreja Local incentive a criação de estruturas e dinâmicas que demonstrem a consciência e urgência do anúncio do Evangelho: Secretariado Diocesano Missionário, grupos missionários paroquiais, semanas de animação missionária, geminações, voluntariado, sacerdotes "fidei Donum", institutos de vida consagrada...
4. Cada diocese promova, oportunamente, um Congresso Missionário Diocesano.
5. Promova-se formação missionária às crianças, jovens, adultos, seminaristas, consagrados e sacerdotes, de acordo com o novo paradigma de Missão.
6. Fomente-se, com espírito de solidariedade e subsidiariedade, a comunhão e a partilha de fé, de pessoas - numa dinâmica de partir e receber - e de bens entre as diversas Igrejas.
7. Ajude-se cada cristão a crescer até à estatura de Cristo: Sacerdote que celebra a liturgia e oferece a sua vida pela salvação de todos; Profeta que proclama a Palavra de Deus e denuncia as injustiças e contravalores da sua sociedade e cultura; e Rei que serve com caridade os mais desprotegidos e excluídos.
Num mundo global e em mudança, à procura de sucesso mas infeliz, queremos viver em Missão e anunciar Cristo Vivo ao mundo, sendo profetas da esperança e rasgando novos horizontes.
Fátima, 7 de Setembro de 2008
Os participantes no congresso missionário nacional
14 Setembro: Exaltação da S. Cruz
Jesus revela-nos como é Deus.
Cada palavra, olhar, sentimento, acção... de Jesus sabe a Deus.
Jesus faz de Deus sentimento interior, atitude vital, opção prática.
Vendo Jesus vemos que Deus é pura amizade e proximidade, ternura e solidariedade.
Vemos que, no meio de todas as sombras do nosso mundo, o ser humanopode encontrar n’Ele um horizonte para olhar e um motivo para esperar.
Vendo Jesus vemos que Deus é pura amizade e proximidade, ternura e solidariedade.
Vemos que, no meio de todas as sombras do nosso mundo, o ser humanopode encontrar n’Ele um horizonte para olhar e um motivo para esperar.
Pode encontrar como aliviar e curar todos os estragos da nossa história.
Seguir os seus passos salvadores é viver em comunhão a confiança e o consolo de Deus e espalhá-los com a vida.
Seguir os seus passos salvadores é viver em comunhão a confiança e o consolo de Deus e espalhá-los com a vida.
(Ir. Beneditinas de Monserrat – Espanha)