sexta-feira, outubro 31, 2014
6ª feira da 30ª semana do Tempo Comum
Deus é testemunha de que vos amo a
todos no coração de Cristo Jesus. (cf.
Fil 1,1-11)
Todos
temos lugar no coração de Cristo
e o
amor de Cristo a todos inspira sentimentos fraternos
com os
quais gera a Igreja e semeia o Evangelho.
Aderir
a Cristo é deixar que Ele se hospede na nossa vida
e nos
faça pulsar o coração ao ritmo do amor sem limites.
Por
isso, fazer memória da Páscoa de Cristo na Eucaristia,
pressupõe
fazer memória dos irmãos e reconciliar-se com eles.
Comungamos
Cristo para, com a sua graça, alargarmos o coração
e
amarmos a todos com alegria no coração de Cristo Jesus.
Há a
atração seletiva que só gosta do que lhe traz interesse.
Há o
amor de reação que só é amigos dos seus amigos.
Há o
amor familiar que cresceu com o tempo e o calor do sangue.
Há o
amor apaixonado que une o diferente e fecunda a vida.
Há o
amor em Jesus Cristo que constrói comunidade de fé,
sente
o outro como irmão e com ele celebra a liturgia,
sofre
com o infeliz e dele se abeira como bom samaritano,
reza
por todos, amigos, inimigos e desconhecidos,
a
todos anuncia a alegria de estar no coração de Jesus,
e
consagra toda a sua vida ao serviço dos irmãos.
Senhor,
fonte de toda a graça e paz que orvalha a criação,
enche-nos
com a força do teu Espírito
e faz
que o nosso coração pulse ao ritmo do amor eterno.
Cristo,
bom pastor, em busca das ovelhas perdidas,
purifica-nos
do rancor que expulsa o irmão do coração
e o
esquece e mata, sem luto nem compaixão.
Faz-nos
crescer na caridade e ensina-nos a amar a todos
no
coração de Cristo Jesus e na mesa da fraternidade.
quinta-feira, outubro 30, 2014
5ª feira da 30ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Fortalecei-vos no Senhor e
na força do seu poder. (cf. Ef
6,10-20)
Deus
cura-nos do pecado, com o antibiótico da misericórdia
e
defende-nos das armadilhas do mal com a luz da fé
e a
espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
É só
na medida em que tomamos consciência da astúcia do mal
é que
buscamos a verdade de Deus que nos cura a cegueira,
investimos
na justiça e defesa da vida como algo inegociável,
fortalecemos
a vigilância com a oração confiante e solidária.
O
cristão sabe que a vida de seguimento de Cristo
é uma
luta permanente para permanecer de pé,
com o
coração de discípulo e pés de apóstolo.
O mal
contagia-nos como um vírus, sem nos darmos conta.
Acreditar
que somos fortes e vacinados, sem a armadura de Deus,
faz-nos
cair como patinhos ingénuos nas armadilhas do pecado.
O
“experimenta, não custa nada” inicia-nos em dependências
que
deixam marcas e nos fazem achar tudo normal:
mentir,
roubar, ser surdo ao gemido do outro, insultar,
abusar
do corpo como máquina de trabalho e de prazer,
matar
a alegria de viver do outro, desistir de perdoar ou amar,
passar
por cima da justiça, esquecer Deus...
Sem a
força de Deus entregamo-nos nos braços da desesperança,
com a
resignação de que a vida não tem remédio,
a não
ser uns paliativos que nos tiram a dor momentaneamente.
Senhor,
luz dos nossos caminhos e remédio dos nossos males,
cura-nos
do auto-convencimento de que não precisamos de ajuda
e
conduz os nossos passos no caminho da santidade.
Dá-nos
o dom da fé com anticorpos que identificam o mal
que
nos propõem, decorado de doçura, de novidade e de moda.
Fortalece-nos
com a luz da tua palavra e a força do pão da vida,
para
que na vida sigamos a tua agenda de salvação
e não
outras agendas comandadas pela autodestruição.
quarta-feira, outubro 29, 2014
4ª feira da 30ª semana do Tempo Comum
Como servos de Cristo, que com toda
a alma fazem a vontade de Deus.
(cf. Ef 6,1-9)
Pelo
Batismo tornamo-nos membros de Cristo,
por
isso, tudo o que somos e fazemos deve ser no Senhor,
inspirados
por Ele e conduzidos pelo Seu Espírito.
A
caridade de Cristo deve inspirar as nossas relações familiares,
laborais,
sociais, culturais, políticas e eclesiais.
Vivemos
no Senhor e devemos manifestar o Seu amor,
sem
ruturas, nem descontinuidades, mas com a radicalidade da fé.
A fé
cristã não força a mudança de fora para dentro,
como o
marxismo e a luta de classes,
mas
introduz fraternidade e justiça em todas as relações humanas.
Esta é
a revolução social silenciosa que vai minando o egoísmo
e
aproximando corações na educação, na economia e na Igreja.
A
questão já não é saber quem é o maior e quem manda mais,
como
se a vida fosse uma competição de poderes e de direitos,
mas
qual é a vontade de Deus e como hei de amar seguindo a Cristo.
Cristo,
Corpo vivo onde todos nos encontramos
e
ganhamos vida divina e obediência libertadora,
ensina-nos
a felicidade de ser grandes no serviço por amor
e não
na avareza da ambição nem na insegurança do acumular.
Espírito
de sabedoria orienta as nossas relações humanas
para
que todas possam ser inspiradas pelo amor de Cristo
e
assim fermentarmos uma nova sociedade, mais fraterna e justa.
terça-feira, outubro 28, 2014
Festa de S. Simão e Judas, apóstolos
Sois concidadãos dos santos e
membros da família de Deus.
(cf. Ef 2,19-22)
Os apóstolos
fizeram a experiência duma nova família,
santificada por
Cristo vivo e acolhedora de toda a humanidade.
É uma nova
cidadania que nos fraterniza na fé e na santidade
e liga a cidade de
Deus com a cidade dos homens.
Dos apóstolos
Simão e Judas Tadeu pouco se sabe,
a não ser que
foram chamados pelo Senhor
e foram discípulos
e testemunhas da Sua ressurreição.
São o protótipo
dos apóstolos invisíveis de hoje,
que sem dar nas
vistas nem ostentarem galardões,
vão fermentando a
história com o Evangelho de Jesus.
A Igreja é feita
de vitrais belos e torres vistosas,
e de alicerces
escondidos e pedras ajustadas
pelo cimento da
comunhão que a todos fortalece.
O importante é que
sejamos parte desta nova cidade,
com janela para o
Céu e porta para a fraternidade.
É tão importante
um bispo com coração de pastor,
como uma mãe ou um
pai que sabem temperar a vida com a fé.
É fundamental
termos teólogos profetas,
mas também
políticos justos e Igrejas missionárias.
Senhor, que nos
criaste com vocação missionária,
ensina-nos a dizer
sim ao Teu chamamento
com a humildade de
discípulo e a audácia de apóstolo.
Cristo, missionário
onde todos bebemos do Evangelho,
continua a
desafiar-nos a sair de nós mesmos
como servos fieis
da Tua missão.
Faz de nós
concidadãos dos santos na fraternidade humana,
onde a lei é o
amor e a justiça é personalizada e para todos.
segunda-feira, outubro 27, 2014
2ª feira da 30ª semana do Tempo Comum
Agora sois luz no Senhor. Procedei
como filhos da luz. (cf. Ef
4,32-5,8)
Deus
salvou-nos e recriou-nos pelo Seu amor misericordioso.
Em
Cristo, acolheu-nos como filhos de Deus,
movidos
pelo mesmo Espírito de santidade e de luz.
Por
isso, é próprio do ser cristão viver como filhos da luz,
iluminados
pelo exemplo de Jesus
e
maravilhados pelo forma de atuar do Pai do Céu.
O
“filho de Deus” transmite a luz como o Pai,
e os
“irmãos de Jesus” alimentam-se do seguimento de Jesus.
A
bondade e o perdão generoso não se escondem envergonhados,
porque
são filhos da luz e expressão de Cristo em nós.
A
imoralidade, a avareza, a inconveniência e a maldade
são
filhas das trevas manhosas e, por isso, escondem-se fugitivas.
Para
sermos “cristãos praticantes” não basta ir à missa aos
Domingos,
mas
devemos praticar Cristo que comungámos na Eucaristia
nas
relações humanas e nos negócios comerciais,
nas
políticas sociais, nos afetos e no lazer...
É o
desafio de sermos filhos da luz no Senhor
que
ilumina o mundo com o farol da salvação.
Senhor,
Pai de bondade e fonte de todo o amor,
recria
em nós um coração de filho, humilde e obediente,
contemplativo
e apaixonado com a beleza da misericórdia.
Cristo,
Irmão primogénito que a todos distribuis a herança,
ensina-nos
a colocar como mais mais sagrado o bem de todos.
Espírito
de verdade, que nos iluminas interiormente,
purificando-nos
das obras das trevas,
faz de
nós círios pascais, que pelo testemunho coerente e feliz,
contagiam
o mundo com a luz e o sabor de Cristo.
domingo, outubro 26, 2014
JESUS, QUAL É O MAIOR MANDAMENTO?
Criados, por Deus
amor,
À Sua imagem e
semelhança,
Temos nossa
identidade,
No ADN do amor
Do próprio Deus e
Senhor.
Por isso, o maior
mandamento,
Que gera, em nós,
paz e vida,
É amar Deus, sem
medida,
E ao próximo, como
a nós mesmos,
Na maior
sinceridade,
Justiça e caridade,
Abraçando, com
coerência,
A Sua santa vontade,
De coração atento
e aberto
Ao Seu querer, cada
dia,
Para bem da
humanidade,
Num diálogo de
intimidade
Que me ensina a amar
de verdade,
Sem cair no
intimismo,
Tão pouco no
activismo,
Mas, criando empatia
E um lugar no
coração,
Por querer o outro
vivo,
Quer simpatize, quer
não,
Porque o amor
ultrapassa
Qualquer
incompreensão,
Respirando os dois
amores,
A Deus e a cada
irmão.
Que em cada caso
concreto,
Superado com amor,
Como Jesus fez
connosco,
Aprendamos a
crescer,
No amor e no perdão,
Afinando o coração,
Pelo divino
diapasão,
Que dá, com
exactidão,
A nota para viver,
Em justiça e em
verdade,
Fé, amor e
caridade.
Se algum dia, eu
duvidar,
De qual a atitude
melhor,
Para agir, sem
hesitar,
Lembra-me, Espírito
de amor,
A resposta de Jesus,
Aos próprios
doutores da lei,
Para, em mim, se
fazer Luz,
Porque amar a Deus e
ao próximo,
É o mandamento
maior,
Amando como Ele nos
amou
E procurando
perdoar,
Maria Lina da Silva,
fmm-Lisboa, 16.10.2014
30º Domingo do Tempo Comum
Se ele Me invocar, escutá-lo-ei,
porque sou misericordioso. (cf.
Ex 22,20-26)
Deus
ama-nos a todos com o mesmo amor,
mas
cuida mais cuidado dos que são mais frágeis.
Como
um bom Pai-Mãe não liga às birras do caprichoso,
mas
está atento ao gemido do pobre e do indefeso,
sobrecarregado
pela injustiça e explorado como mercadoria.
A
misericórdia de Deus é abrigo providente para o pobre
e
apelo de justiça e conversão para o mau filho desfigurado.
A
missão do Filho e do Espírito é modelar-nos um coração novo,
que só
saiba amar, cuidar, acolher, perdoar, louvar.
Um dos
sinais do tempos é a dignidade da pessoa humana.
No
entanto, quando esta é distorcida pelo individualismo,
o
centro deixa de ser as relações justas, fundadas no bem comum,
e
passam a ser “os meus direitos” e o “meu bem-estar pessoal”.
Em
nome do “eu todo poderoso” justifica-se o tráfico humano,
o
aborto, a eutanásia, a injustiça, a corrupção, a mentira,
a
destruição da natureza e do equilíbrio ecológico e social...
Num
mundo centrado no indivíduo não há lugar para o amor,
para a
gratuidade, para a festa inclusiva, para a misericórdia.
Senhor,
misericórdia infinita a cuidar da criação,
faz-nos nascer de
novo para o louvor perfeito
e para a
fraternidade solidária, justa e compassiva.
Cristo,
misericórdia divina com coração humano,
purifica-nos de
todo o egoísmo que nos aliena dos outros
e nos endurece o
coração, como carrascos cruéis.
Espírito de amor
ensina-nos a amar os irmãos,
quando rezamos ao
Pai e louvamos a sua misericórdia,
e a amar a Deus,
quando nos relacionamos com os outros,
e cuidamos deles
como de nós mesmos.
sábado, outubro 25, 2014
Sábado da 29ª semana do Tempo Comum
Até que cheguemos todos à unidade
da fé e à medida de Cristo na sua plenitude. (cf.
Ef 4,7-16)
Deus,
na sua eterna misericórdia, deu-nos o dom do Seu Filho.
O Pai
e o Filho, fieis à aliança, deram-nos o dom do Seu Espírito.
Pela
ação do Espírito Santo, fomos recriados no Filho
e
recebemos a graça de sermos membros do Corpo de Cristo.
Cristo
enxerta-nos no Seu Corpo de verdade na caridade,
cada
um com a sua vocação e missão,
mas
unidos na mesma fé para o aperfeiçoamento de todos,
até à
medida incomensurável de Cristo na sua plenitude.
Alguns
pensam que o Batismo, a catequese, a teologia...
são
metas estáticas e individuais de apropriação da fé.
Assim,
pensam ter assegurada a salvação e o conhecimento de Deus.
No
entanto, seguir Cristo é uma aventura que nunca acaba,
pois
crescer até à medida de Cristo e contagiar outros,
para
unidos elevarmos o nível de maturidade da humanidade,
é
missão de toda a Igreja e só possível com a Sua graça!
Pai,
rico em misericórdia, nós Te louvamos e bendizemos
pelo
dom do Teu Filho e do Teu Espírito,
que
nos convocam a entrar no seio da verdade na caridade.
Liberta-nos
do infantilismo da fé e da inconstância do seguimento,
para
sejamos uma Igreja humilde, discípula da Palavra de Deus,
fraterna,
acolhedora, missionária e unida como Corpo de Cristo.
Imprime
em cada um de nós um dinamismo de conversão eclesial,
à
imagem do Homem novo, que nos orienta como Cabeça.
sexta-feira, outubro 24, 2014
6ª feira da 29ª semana do Tempo Comum – S. António Maria Claret
Há um só Deus e Pai de todos, que
está acima de todos, atua em todos e em todos Se encontra. (cf.
Ef 4,1-6)
A
bondade do amor insondável e eterno
despertou
a aurora duma esperança habitada.
Deus,
sempre presente e atuante em tudo e em todos,
disse,
pela boca do Seu Filho, “a paz esteja convosco”,
e
continua a falar de misericórdia, por meio do Seu Espírito,
em
sussurros de paz, nos que se deixam fecundar pela caridade.
É a
ousadia da caridade divina que desce até nós
e nos
convida a habitar na unidade dum só corpo.
Há em
todo o ser humano uma saudade de Deus.
Sentimos
que Ele é luz e, por isso, vamos atrás de tudo o que luz.
Sabemos
que Ele é amor e, por isso, andamos sedentos de afetos.
Sabemos
que Ele é comunhão e, por isso, sonhamos estar juntos.
Sabemos
que Ele é paz e, por isso, incomoda-nos a divisão.
Sabemos
que Ele é segurança e, por isso, buscamos proteção.
Sabemos
que Ele é alegria e, por isso, desejamos festa e prazer.
Mas a
saudade, quando é conduzida pelo medo e pelo egoísmo,
apropria-se
de Deus e dos outros, e coloca-se a si mesmo no centro,
por
isso, há quase tantos deuses quanto sonhadores do mistério!
Senhor,
nosso Pai, que nos envolves a todos com a ternura da graça,
ensina-nos
a dar as mãos numa solidariedade multiforme de louvor.
Cristo,
Palavra visível e audível numa linguagem humana,
cura-nos
do egoísmo que nos impede de Te seguir
e faz
de nós membros bons do Teu Corpo eclesial.
Espírito
de comunhão na diversidade, dá-nos a Tua paz
e
ilumina-nos com a verdade duma caridade sem fronteiras.
quinta-feira, outubro 23, 2014
5ª feira da 29ª semana do tempo Comum
Profundamente enraizados na
caridade, podereis compreender a profundidade do amor de Cristo.
(cf. Ef 3,14-21)
A
paternidade de Deus Pai é fonte de toda a paternidade.
A
filiação de Jesus Cristo é a medida, o modelo e a meta
de
toda a filiação na terra e de todo o dobrar de joelhos ao Céu.
O
Espírito Santo é o amor de Deus a modelar corações criados
à
imagem e semelhança do amor entre o Pai e o Filho.
Só
enraizados neste amor e iluminado pela ação do Espírito,
é que
podemos compreender e tatear o mistério de Jesus Cristo.
Só
podemos compreender o mistério de Cristo na fé,
escutando
o Evangelho com um coração, enraizado no amor.
Por
isso, um coração egoísta e idolátrico vê os outros
e
escuta a Cristo como árvores a correr e sem rosto.
Tudo
se torna objetos, instrumentos, coisas sem alma,
por
isso, se podem vender ou comprar, trocar, jogar fora!
Só o
amor faz o outro único, precioso e inconfundível.
Só o
amor, que nasce do Espírito Santo, nos faz ver a Luz
escondida
no grito fiel da cruz e doada com o beijo da aliança.
Pai
Santo, fonte de toda a santidade e paternidade,
envia-nos
o Teu Espírito e faz-nos sentir amados poderosamente.
Cristo,
sabedoria infinita, revelada com sandálias de pescador,
sacia-nos
totalmente com a plenitude do amor trinitário.
Espírito
Santo dá-nos a luz da fé e do amor entranhado,
para
seguirmos Cristo com a radicalidade de apóstolo
e
compreendermos a grandeza do teu amor insondável.
quarta-feira, outubro 22, 2014
4ª feira da 29ª semana do Tempo Comum
E agora é por meio da Igreja, que
se dá a conhecer a multiforme sabedoria de Deus, realizada em Jesus
Cristo, nosso Senhor. (cf. Ef
3,2-12)
Deus
escolheu a Palestina para chegar a todo o mundo,
agiu
localmente, mas pensando globalmente,
atuou
no tempo para lançar sementes de eternidade.
Este é
o mistério revelado em Jesus, salvador do mundo,
e
entregue à Igreja como boa nova e mandato missionário.
Por
isso, Paulo e cada um de nós está chamado
a dar
a conhecer o Evangelho da misericórdia
a
todos os povos, a começar pelos que estão a nosso lado.
A fé
em Jesus aproxima-nos de Deus e constrói fraternidade.
A
Igreja não é um acampamento onde nos sedentarizamos,
para
vivermos para nós mesmos e para a nossa salvação.
A
Igreja é Corpo de Cristo em missão evangelizadora,
que só
pode descansar quando Cristo for tudo em todos
e a
alegria do Evangelho fraternizar todos os povos.
A uma
Igreja acomodada e fechada sobre si mesma
falta-lhe
a caridade missionária que contagia e acolhe.
Senhor,
Pai que a todos amas com o mesmo amor redentor,
faz de
nós teus filhos e enche-nos do mesmo amor missionário.
Cristo,
peregrino incansável em busca de ovelhas perdidas,
da-nos
um coração comunitário e audácia evangelizadora,
para
sermos membros ativos do Teu Corpo Místico,
como
Igreja humilde, discípula e missionária.
Espírito
de revelação conduz os nossos passados
e faz
de nós fieis administradores dos dons da Tua graça.
terça-feira, outubro 21, 2014
3ª feira da 29ª semana do Tempo Comum
Por Cristo, uns
e outros, podemos aproximar-nos do Pai, num só Espírito. (cf.
Ef 2,12-22)
Cristo reconcilia,
entre si e com Deus, todos os povos da terra.
Derruba os muros de
separação entre povos puros e impuros,
e faz nascer uma
nova família, unida, santa, universal e apostólica.
Em Cristo ou
renascemos com um coração inclusivo e olhar fraterno
ou não
permanecemos lobos, vestidos com pele de cordeiro.
É uma paz nova,
sem preconceitos, de mãos estendidas em louvor,
que brota do
Espírito Santo e respira diálogo humilde e aliança.
Há muros visíveis
que nos separam uns dos outros:
o de Berlim, o de
Israel-Palestina, o dos USA-México...
Há outros muros
invisíveis que separam pessoas:
inimizades e
rivalidades, preconceitos, ideologias, egoísmos,
indiferenças,
gerações, géneros, condições sociais,
culturas,
religiões, enfermidades, deficiências...
O grande desafio
que Jesus nos lança
é renegarmos ao
espírito de divisão e de olhar soberbo,
e acolhermos o dom
de sermos um corpo uno e harmónico,
unidos no mesmo
amor e paz, na diversidade do seus membros.
Pai santo e Senhor
de tudo o que respira existência,
dá-nos um coração
fraterno e um olhar acolhedor,
que a todos abrace,
na festa do encontro, que alimenta a paz.
Cristo, ponte
construída com sangue e fidelidade à aliança,
purifica-nos da
tentação de nos fecharmos no egoísmo
e construirmos
muros de separação à vocação de sermos irmãos.
Espírito de paz,
que brota como dom da Santíssima Trindade,
fecunda os desertos
que só produzem espinhos defensivos,
para que oásis nos
surpreenda à mesa da solidariedade.
segunda-feira, outubro 20, 2014
2ª feira da 29ª semana do Tempo Comum
Deus, que é rico em misericórdia,
restituiu-nos à vida com Cristo.
(cf. Ef 2,1-10)
Deus,
movido pela caridade, criou-nos livres.
Aos
que optaram por viver de costas viradas,
Deus
não os abandonou na sua morte e desnorte,
mas
foi-lhes propondo um novo renascimento
por
meio de Jesus, Seu Filho e caminho de vida nova.
Aderindo
a Cristo, pela fé e pelo Batismo,
adquirimos
uma vida divinamente nova no Filho.
Morrendo
para o pecado e ressuscitando com um novo Espírito,
peregrinamos
na terra, seguindo os passos de Jesus,
amando
os que estão ao nosso lado, com o coração em Deus.
Ser
salvo em Jesus é pura graça do amor de Deus,
por
isso, a salvação é mais acolhimento e seguimento
do que
esforço, conquista e contabilidade de ritos e de obras!
Não
são os que se orgulham de serem ricos em boas obras
e
práticas religiosas abundantes e desprezam os pecadores,
que
Jesus proclama bem-aventurados no Reino Deus,
mas os
humildes, com coração de discípulo,
amantes
do bem e da paz, acolhedores e misericordiosos,
com fé
de marinheiro de mar alto e águas profundas,
que
aprendeu a colocar toda a confiança em Jesus,
que
dorme na sua barca e a conduz com a Sua palavra.
Senhor,
Pai santo e rico em misericórdia,
louvado
sejas porque somos obra Tua, bela e gratuita.
Cristo,
nosso Irmão salvador e útero de vida renascida,
louvado
sejas porque não te cansas de nos recriar e retocar,
nas
formas desajeitadas e incautas com que caminhamos.
Espírito
de santidade que nos ensinas a ser Cristo,
dá-nos
a Tua mão e aumenta a nossa fé,
para
que a nossa vida seja uma total adesão a Jesus
e
sejamos um anúncio humilde e jubiloso de que só Cristo Salva.
domingo, outubro 19, 2014
MISSIONÁRIO EM ACÇÃO
Como
são belos e ágeis,
Audazes,
embora frágeis,
Os
pés do Mensageiro,
Enviados
ao mundo inteiro,
Sempre
dóceis a Jesus Cristo
E
fiéis à voz do Espírito,
Exultantes
de alegria,
Cantam
Tuas maravilhas
E
levam a Boa Nova
Que
a nossa vida renova,
Tornando-nos
solidários
Com
o povo que vive aflito,
Respondendo
ao seu grito,
Sem
ter medo aos altos montes
E
construir novas pontes,
Sobre
pilares de amor,
Misericórdia
e perdão,
De
modo a expressar
O
sonho dum mundo irmão,
A
partir do coração,
Que
bate em sintonia
E
o pulsar de Cristo vivo,
Entoando
a melodia
Do
amor terno e compassivo
Vivido
por Jesus Cristo.
Como
são belos os corações
Dos
discípulos missionários,
Empenhados
e solidários,
Esforçados
e arriscados,
Nos
mais difíceis caminhos,
Para
chegar àquela margem,
Onde
há povos sem carinho,
Sem
pão e à mercê do destino,
Dos
que oprimem, por maldade,
Os
frágeis da sociedade,
A
quem querem transmitir
A
desejada mensagem
Do
Evangelho da Alegria,
Missão
que Deus lhes confia,
Sendo
testemunhas vivas
Do
Amor Libertador,
De
Jesus, Nosso Senhor,
Nosso
Deus e Salvador!
É
que àqueles a quem anunciam,
Não
revelam ar de cruz,
Como
sendo fardos pesados,
Mas
seus irmãos muito amados,
Como
fez Cristo Jesus,
Mostrando
que a Igreja é Mãe
De
todos os filhos que tem,
Sempre
meiga e generosa,
Como
faz o jardineiro
Ao
cuidar da sua rosa.
Apoiados
no bordão
Do
Espírito de sabedoria,
Faz-nos
ser a expressão
Do
Evangelho da Alegria,
Mostrando
como Tu guias
Nossos
pés e coração
De
missionário em acção,
Dando
a César o que é dele
E
a Deus o que é de Deus,
Para
poder construir
NOVA
TERRA E NOVOS CÉUS.
Maria
Lina da Silva, fmm
29º Domingo do Tempo Comum - Dia Mundial Missionário
O nosso Evangelho não vos foi
pregado somente com palavras, mas também com obras poderosas, com a
ação do Espírito Santo. (cf.
1 Tess 1,1-5b)
Deus
tudo criou, em tudo atua e a cada um chama a crescer
e a
recriar-se à imagem e semelhança do Seu coração.
Tudo o
que de bom e belo acontece na história,
seja
consciente ou não, é graça misteriosa do amor de Deus.
Cristo,
a Palavra de Deus, vem revelar a fonte escondida
e
iluminar o caminho feito de fé, esperança e caridade,
que
nos conduz ao Oásis, onde a festa acontece.
Viver
e anunciar este Caminho de salvação
é
facilitar a obra do Espírito Santo que tudo quer cristificar.
A
missão evangelizadora é obra de Deus.
Nós
com o nosso testemunho e anúncio preparamos o terreno
para
que as pessoas possam abrir a porta à fé.
Por
isso, missão é irradiação de esperança,
prática
jubilosa da fé, esforço proativo da caridade,
anúncio
pedagógico e oportuno do Evangelho de Jesus Cristo.
Tudo o
mais são estratégias de marketing,
militâncias
proselitistas, buscas de poder, guerras de audiência.
Trindade
santíssima, bela fonte onde rejuvenescemos filhos,
obrigado
pelo Teu sonho tão sublime que nos faz missão.
Cristo,
missionário apaixonado em missão encarnada,
obrigado
pelo Evangelho da nossa salvação
que
brotou da Tua vida abençoada, que passou fazendo o bem
e
anunciando a boa nova aos pobres e sem esperança.
Cordeiro
Pascal que nos envias o Teu Espírito de profecia,
grava
na nossa alma a Tua imagem de Servo de Deus,
para
que possamos fermentar a história de eternidade,
dando
a Deus o que é de Deus e a César o que é de César.
sábado, outubro 18, 2014
S. Lucas, Evangelista
Para que, por meu intermédio, a
mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada e todos os pagãos
a ouvissem. (cf. 2 Tim
4,10-17b)
Lucas
é um convertido por meio da pregação de Paulo.
Tornou-se
discípulo de Cristo e companheiro de missão de Paulo.
Era um
ouvinte, terra boa da semente do Evangelho,
que
frutificava pelo testemunho da fidelidade à caridade
e quis
perpetuar por escrito a Luz que lhe dava sentido.
Assim
nasceu um livro em dois tomos, bem estruturado e vivo,
com
traços ternos da misericórdia infinita de Deus,
que se
derrama e revela pelas mãos de Jesus, Seu Filho,
e do
Espírito Santo, dom messiânico e profético à Igreja.
A
missão evangelizadora tem hoje novas pistas de difusão:
os
meios de comunicação social e as redes sociais.
São
vias virtuais ou físicas onde se escreve de tudo:
desabafos
íntimos, boatos maldosos, propaganda ideológica,
marketing
comercial, boas práticas éticas e ecológicas,
denúncias
de injustiças e notícias de atrocidades,
manifestações
de fé e meditações espirituais...
É um
campo onde se lança muita semente diferente
e,
como no tempo de S. Lucas, necessita de evangelizadores
que
levem a mensagem do Evangelho a todos.
Senhor,
amor missionário que Te fazes Palavra e Luz na história,
ajuda-nos
a entrar nesta dinâmica redentora do mundo.
Cristo,
Palavra misericordiosa a escrever com o dedo na terra,
alimenta-nos
com o Pão eucarístico da Tua Palavra
e
fortalece os pés dos mensageiros e pedagogos de boas novas.
Espírito,
que iluminas e inspiras os dedos evangelistas,
ajuda-nos
a aproveitar todos os meios
para
darmos continuidade à missão que Deus nos confiou.
Como
S. Lucas, faz de nós operários da Tua Messe.
sexta-feira, outubro 17, 2014
6ª feira da 28ª semana do Tempo Comum – S. Inácio de Antioquia
Para sermos um hino de louvor da sua
glória. (cf. Ef 1,11-14)
Deus
sonhou-nos filhos e herdeiros da graça,
Cristo
associou-se a este sonho e gerou-nos na cruz,
o
Espírito rejubilou com este projeto e consolidou o sonho.
Toda a
Santíssima Trindade se colocou ao nosso serviço,
para
fazer da vida neste mundo um útero de filiação divina.
Quanto
sofre o Amor para que não aborte este sonho eterno
e nos
tornemos, em verdade, um hino de louvor à Sua glória!
Há em
nós um grande desejo de dar nas vistas e de ser conhecido.
Uns
optam por dar glória a Deus e aos que os rodeiam
e são
uma bênção, com ombro amigo e mãos estendidas.
Outros
optam por tirar glória a Deus e aos que os rodeiam,
distinguindo-se
pelo capricho, semeando medo e agressividade.
Só
quem se sente amado pode tornar-se fonte de amor,
por
isso, é tão importante olhar-nos nos olhos apaixonados de Deus!
Senhor,
Pai de infinita misericórdia e fonte de toda a graça,
obrigado
porque desde a eternidade nos criaste filhos queridos.
Cristo,
irmão médico divino, que curas deformações e imaturidades,
obrigado
por tantas transfusões de sangue que nos curam da anemia
e
tanto pão de amor que nos faz renascer à Tua imagem.
Espírito
de Santidade, luz e oxigénio de filiação divina,
orienta
os nosso passos e faz de nós um hino de louvor permanente.
quinta-feira, outubro 16, 2014
5ª feira da 28ª semana do Tempo Comum
Ele deu-nos a conhecer o mistério
da sua vontade: instaurar todas as coisas em Cristo. (cf.
Ef 1,1-10)
Deus
derrama sobre a criação a bênção e a paz,
por
meio do Seu Filho querido e do Seu Espírito de amor.
É no
Filho que o Pai se compraz e é à imagem do Filho
que
tudo chega à perfeição da caridade e da santidade.
Por
isso, temos gravado na alma o sonho de Deus,
de
sermos filhos no Filho, à imagem pessoal e criativa do Pai.
Este
sonho de Deus é perturbado pelo pesadelo da rebeldia,
que
quer ser grande, perseguindo e diminuindo os outros e o Outro.
Tudo
depende de quais os sonhos que acalentamos e alimentamos.
Em nome da
liberdade, defende-se o não batismo das crianças,
e a ausência dum
itinerário pedagógico do encontro com Cristo,
dizendo que eles,
quando forem adultos, é que devem decidir!
Mas como podem
decidir, se não conhecem?
Em compensação,
as crianças são naturalmente colocadas
em contato com os
ídolos dos pais ou da moda:
o clube desportivo,
as práticas de diversão, o partido político,
o marketing
consumista, os ídolos da música ou do ecrã...
E sem nos darmos
conta, vamos configurando a nossa vida
à imagem e
semelhança do rebanho que definha egoisticamente.
Senhor, nosso Pai e
criador, à imagem do Teu Filho,
mostra-nos o Teu
rosto e grava-o na memória do nosso coração.
Cristo, Irmão
santo, imagem perfeita da caridade do Pai,
purifica-nos das
deformações em que o pecado nos corcunda.
Espírito do Pai e
do Filho, penetra até ao mais íntimo do nosso ser,
e liberta-nos de
tudo o que nos impede que Cristo seja tudo em todos.
Faz de nós
missionários que fermentam a alegria de Cristo no mundo.
quarta-feira, outubro 15, 2014
4ª feira da 28ª semana do Tempo Comum – S. Teresa de Ávila
Os frutos do Espírito são:
caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade,
mansidão, temperança. (cf. Gal
5,18-25)
Deus
resplandece pela misericórdia do seu coração.
É a
alegria de amar e saber esperar o germinar do amor,
numa
fidelidade fiel, pacífica, paciente e bondosa.
Quando
nos deixamos conduzir pelo Seu Espírito,
também
nós ensaiamos a caridade, descobrimos a alegria,
compreendemos
a fragilidade, perdoamos aos que nos ofendem,
crucificamos
com liberdade as paixões dos instintos.
O
Espírito do Senhor dá frutos crísticos,
numa
comunhão coerente entre o Céu e a terra,
entre
o interior e o exterior, a palavra e a vida.
A
árvore conhece-se pelos frutos e não pelos atributos.
É o
testemunho de vida que manifesta a alma que nos habita.
Podemos
ser muito zelosos na prática religiosa,
mas se
à nossa volta não geramos alegria de viver,
nem a
justiça, nem a pedagogia de crescimento solidário,
então
é oca a nossa fé e anti-evangelizadora a nossa vida.
Qual a
diferença que faço na minha família,
na
minha comunidade, na minha paróquia, na sociedade?
Sou um
santo à luz do dia e um depravado na penumbra escondida?
Senhor,
bondade eterna a peregrinar na história,
dá-nos
um coração novo, aberto à luz do Teu Espírito.
Cura-nos
a fé para Te vermos sempre presente como Pai,
e não
percamos tempo a enganar-nos com a mentira do teatro
para
que os outros vejam e nos entronizem.
Cristo,
Homem novo, ungido obediente do Espírito,
liberta-nos
do espírito do mal, destravado e sem rumo,
que
nos magoa e fere a justiça do amor solidário,
e
deforma a beleza terna e misericordiosa do rosto de Deus.
terça-feira, outubro 14, 2014
3ª feira da 28ª semana do Tempo Comum
Em Jesus Cristo, só vale a fé que
actua pela caridade. (cf. Gal
5,1-6)
Deus
criou-nos com a capacidade de amar
e
gosta de nos ver inteiramente focados na doação.
Há
formas simbólicas que expressam este amor esponsal:
oferecer
um presente, manifestar um gesto afetuoso,
dedicar
tempo para escutar e dialogar...
Mas
tudo isto, deve ser apenas expressão e não substituição
de um
coração apaixonado, de uma vida totalmente descentrada.
Se no
Antigo Testamento a aliança se expressava
na
circuncisão, na oferta de sacrifícios e purificações rituais,
no
Novo Testamento, brota da fé e adesão a Cristo pelo Batismo,
no
acolhimento da unção do Espírito que ilumina e conduz,
e
manifesta-se numa vida de caridade em Igreja, Corpo de Cristo.
A
família é a forma mais clara de compreender a Igreja.
Há
cônjuges que gastam todo o seu tempo a trabalhar,
não
têm tempo nem disposição para escutar e acarinhar o outro.
Para
compensar o incompensável, compram presentes,
satisfazem
caprichos, adquirem equipamentos de entretimento.
Dão
coisas, mas não se dão na gratuidade do estar e do saborear.
Fazem
das relações familiares um mercado sem coração.
A fé
que não atua pela caridade, vive de exterioridades enganosas.
A
prática religiosa que não brota da fé no Amor crucificado,
autossatisfaz-se
com ritos que não atingem o âmago do conversão.
Senhor,
Coração partilhado com a intensidade eterna na história,
purifica
a nossa fé e cura-nos a fonte dos desejos.
Cristo,
Tesouro escondido na túnica dum carpinteiro,
envia-nos
o Teu Espírito e conduz-nos no seguimento fiel
da Tua
arte de amar, doando-nos totalmente ao Pai e aos outros,
com a
verdade e a intensidade dum coração puro e humilde.
Purifica
a nossa prática religiosa do ritualismo descomprometido,
para
que se torne testemunho evangelizador
dum
amor e dedicação aprendiz, mas confiante na Tua graça.
segunda-feira, outubro 13, 2014
2ª feira da 28ª semana do Tempo Comum
Permanecei firmes e não torneis a
sujeitar-vos ao jugo da escravidão. (cf.
Gal 4, 22-24.26-27.31 – 5, 1)
Em Deus, até o amor é libertador, sem
ciúmes nem posse.
Foi assim que Deus nos criou, mas nós
optamos pela escravidão!
Por isso, morremos de solidão,
atulhados de lixo tóxico,
comemos e bebemos o que nos faz mal,
por um momento de prazer.
Cristo veio testemunhar e libertar-nos
para a verdadeira liberdade.
Ensinou-nos a pôr os olhos no Pai, com
os óculos da cruz,
para permanecermos firme no amor, sem
armaduras egoístas.
Olhamos para os adultos dependentes de
droga e de consumismo,
e pensamos que ser grande é ser
alcoólico, fumador,
noturno, boémio, consumista de
novidades, sensual!
Olhamos para os famosos do ecrã ou os
poderosos de turno
e achamos que grande é ser adulado,
rico, bem falante e excêntrico.
A verdadeira liberdade é saber ser
moderado e dizer não,
é ser firme nos valores da vida, do
amor, da justiça e da paz,
é aprender o controle dos instintos,
dos desejos e das emoções,
é aguentar a remar contra a corrente,
por causa de um ideal.
Senhor, fonte e meta da liberdade que
vale a pena eternizar,
alimenta-nos com a Tua Palavra e
ilumina-nos com o Teu Espírito
para que possamos amadurecer até à
estatura do Homem livre, Jesus.
Cristo, que nos vieste libertar da raiz
da escravidão do pecado,
cura-nos da liberdade para o mal e da
dependência escravizadora.
Dá-nos um coração livre para amar de
forma libertadora
e cura-nos do medo de fazer a diferença
pelos valores.
domingo, outubro 12, 2014
28º Domingo do Tempo Comum
Tudo posso n’Aquele que me
conforta. (cf. Fil
4,12-14.19-20)
Deus
continua apaixonado pela obra da Sua doce Palavra.
Apesar
da fidelidade inconstante e bipolar do seu povo,
Deus
continua a sonhar e a preparar as bodas da aliança
com o
banquete da festa da alegria definitiva.
O
banquete está preparado e pode esperar a esposa,
só
necessita do sim maduro e do acolhimento do coração
ao dom
do Esposo e da Sua veste de justiça, tecida de amor.
Participar
no banquete onde Cristo sela a Sua aliança eterna,
é ser
missão de convite, resposta apaixonada,
corte
com outras paixões e deixar-se revestir, enamorado de servir.
A
Eucaristia é o banquete da nova aliança da bodas do Cordeiro.
Nesta
mesa há lugar para todos, pobres e ricos, sábios e ignorantes,
num
lampejo de experiência que nos prepara para a mesa da eternidade.
Nesta
mesa não há diferenças nem mesas privadas de exclusão,
num
grito profético que chora a fome e a apropriação dos bens de
todos.
Nesta
mesa o que se come e bebe é gratuito, só se cobra a conversão,
pois o
que vale mais, não é o que entra no ventre,
mas o
que sai do coração, como opção pessoal de viver na alegria do
dom.
Senhor,
há quanto tempo esperas na eternidade
a
resposta do nosso Sim ao brilho apaixonado do Teu olhar!
Quantas
vezes nos chamaste, escondido, para não nos assustar?
Atarefados
andamos, envolvidos com amores menores e passageiros,
que
nos alheamos de Ti e dos que devemos amar!
Dá-nos,
Senhor, a sabedoria do saber viver com fidelidade
e
liberta-nos da matreira esquizofrenia do coração.
Sou
fraco e inconstante, mas tudo posso no conforto da Tua graça.