domingo, janeiro 31, 2016
A MINHA BOCA PROCLAMARÁ A VOSSA SALVAÇÃO
Porque a Tua Palavra, Senhor,
Enche de paz e amor,
Que arde em meu coração,
Como fogo num vulcão,
De espanto, a boca se abre,
A proclamar, com encanto
E ardor, por toda a parte,
Que Tu és a Salvação
De todo o povo e nação.
Por isso, desde criança,
Me seduzes e encantas,
Com Palavras e prodígios,
Operando maravilhas,
Nos novos caminhos que piso,
No que, por Ti, faço e digo,
Aumentando a minha esp’rança,
Minha fé e confiança,
Como asas para voar,
Vencer medos e fronteiras,
Para poder avançar
E ai de mim se o não fizer,
Sentindo que é o que Deus quer,
Revelando meus delírios,
Como quem sonha acordado,
Buscando a Sua vontade,
Para O anunciar,
Com coerência e verdade,
Fé, esp´rança e caridade,
Que para Deus nos projecta,
Em plenitude e em festa,
Feita luz/eternidade,
Porque ele tudo ultrapassa,
É paciente e benigna,
E a todo o irmão abraça,
Não por força ou virtude minha,
Mas, puro dom da Sua graça.
Tu me chamas e conduzes,
Minha fraqueza reduzes
E o coração potencias,
Para, entre sombras e luzes,
Ser fiel ao que me envias,
Pois se a fraqueza diz pára,
Tua Palavra me grita:
-Vai, porque há gente aflita,
À espera da Boa Nova,
De vida, em Cristo, liberta,
Colorida e perfumada.
Maria Lina da Silva, fmm-Lisboa, 31.01.2016
4º Domingo do Tempo Comum – S. Joaõ Bosco
Mas Jesus, passando pelo meio deles,
seguiu o seu caminho.
(cf. Lc 4,21-30)
Jesus
é o enviado pelo Pai, rico em misericórdia,
por
isso, a sua boca proclama o ano de graça
e
o seu coração jorra de amor por todos,
de
modo especial pelos mais fracos e marginalizados.
Não
é acolhido por todos e até é perseguido por alguns,
mas
o que move Jesus não é o calor do povo,
mas
a alegria de amar com a grandeza do coração do Pai!
Por
isso, passa pelo meio dos que, furiosos, O queriam matar
e
segue o seu caminho de semeador da Palavra da salvação!
Há
pessoas que vivem ao sabor das sondagens, da popularidade,
do
que os outros pensam, da moda, da maioria!
Não
sabem o que pensam, a não ser agradar aos outros!
Por
isso, gastam tempo e dinheiro em estudos de opinião e de mercado,
para
saber como vender-se com êxito e retorno!
Ficam
felizes ou doentes com os adjetivos que lhe atribuem,
alimentam-se
de “gostos” e “amigos” que conseguem nas redes sociais,
porque
sem isto, que vem de fora, sentem-se vazios e pobres!
Há
pessoas livres e felizes, que não têm medo de ser diferentes,
nem
de fazer silêncio e ter momentos a sós,
porque
se reconhecem únicos, irrepetíveis e amados por Deus,
perdoados
e abraçados pela misericórdia divina,
enviados
e acompanhados na missão profética!
Senhor
Jesus, louvado sejas por essa fonte que não se esgota
do
teu amor por nós, da tua misericórdia sem limites!
Louvado
sejas porque, após tantas resistências e perseguições,
optas
por continuar a passar pelo meio de nós
e
a seguir o teu caminho, fazendo o bem e salvando a todos!
Louvados
sejas, porque apesar do nosso pecado e inconstância,
confias
em nós e nos chamas a ser sócios da tua missão!
Envia-nos
o teu Espírito e fortalece a nossa fé,
para
que alimentados pela Palavra e pelo Corpo de Cristo,
saibamos
ser livres perante o olhar e julgamento dos outros
e
a ser fieis à vocação e missão que de Ti recebemos!
sábado, janeiro 30, 2016
Sábado da 3ª semana do Tempo Comum
Levaram Jesus consigo na barca em
que estava sentado. (cf. Mc
4,35-41)
Jesus
quer levar a semente da Palavra à outra margem.
Pelo
caminho têm de passar pela tempestade da resistência.
Os
discípulos levam Jesus na barca da pesca e da evangelização
e
Jesus entrega-lhes o comando da barca,
enquanto
Ele dorme tranquilamente na popa da embarcação!
Os
discípulos assustam-se com o silêncio de Jesus,
perante
a tempestade e a perseguição, e por isso acordam-No!
Jesus
acalma a tempestade e repreende-os pela falta de fé!
A
Missão supõe resistência e perseguição,
mas se
levarmos Cristo connosco e compreendermos o seu silêncio,
não
temos porque ficar em pânico nem com medo de nos perdermos!
A
Igreja é esta barca a passar para a outra margem da missão,
disposta
a continuar a proclamação do Evangelho de Jesus,
perseguida
e rejeitada, confiando apenas no mistério pascal de Jesus!
Levar
Jesus connosco é estar dispostos a partir leves e livres,
sem
tesouros idolátricos que nos pesam e desconcentram,
durante
a tempestade, a perseguição e o frio da indiferença!
Levar
Jesus connosco é ser fiel ao Mestre escondido,
lutando
unidos, em comunhão com Pedro e seus companheiros!
Levar
Jesus connosco é saciar a nossa paz,
contemplando
a sua presença silenciosa no sacrário,
sem
necessidade de milagres de prova e nem gritos de desespero!
Senhor,
obrigado porque aceitas ir na nossa barca
e não
te deixas perturbar pela fúria das perseguições
nem
pelo pânico dos teus discípulos assustados!
Dá-nos
a tua paz e a força da tua confiança
para
que nos sintamos seguros, apesar da barca meter água,
as
divisões enfraquecerem as forças e o pecado nos acompanhar!
Ensina-nos
a caminhar tranquilos, ouvindo o teu silêncio,
sabendo
que ter-te ao nosso lado, é viajar com a salvação plena,
que
nos dá força para remar e engenho para enfrentar as ondas furiosas!
Faz de
nós uma Igreja missionária, sinal da tua presença no meio de nós!
sexta-feira, janeiro 29, 2016
6ª feira da 3ª semana do Tempo Comum – S. José Freinademetz
O reino de Deus... depois de
semeado, começa a crescer. (cf.
Mc 4,26-34)
A
semente do reino de Deus necessita de semeadores
que
lancem a semente do Evangelho no coração dos homens.
Nuns
cresce e dá bom fruto, noutros nasce e definha,
abafado
pelos cuidados do mundo ou pelo ardor das perseguições.
A
semente é pequena e inofensiva, mas viva e eficaz,
no
silêncio e sem sabermos de onde lhe vem a força,
germina
e cresce, desenvolve-se e floresce e dá muito fruto!
Deus
dá-nos tudo em Jesus, seu Filho,
só
nos pede a generosidade de semear o Evangelho com alegria!
Há
projetos pastorais e evangelizadores que não saem do papel;
têm
medo de desperdiçar esforços e de não ter as condições
favoráveis.
Alguns
até desconfiam da força atual do Evangelho,
pensando
que não é resposta apetecível para as necessidades atuais!
E
assim se vai adiando o inadiável, se vai protelando a urgência,
nos
vamos acomodando à semente no celeiro
e a
encolher os ombros resignados de desânimo!
Senhor,
Palavra viva e fecunda que a todos nos salva,
obrigado
pela generosidade da tua misericórdia!
Cristo,
Evangelho vivo e semeador do Reino de Deus,
liberta-nos
do medo de Te seguirmos e em Ti confiarmos!
Envia-nos
o teu Espírito de profecia e fogo evangelizador,
para
que pelo testemunho e pela palavra,
possamos
ser semeadores do Evangelho,
na
arte e na política, na ciência e na ética,
na
sociedade e nos meios de comunicação social,
na
família e no mercado, na indiferença e nas ilhas distantes!
Como
S. José Freinademetz, faz de nós valorosos missionários!
quinta-feira, janeiro 28, 2016
5ª feira da 3ª semana do Tempo Comum – S. Tomás de Aquino
Quem traz uma lâmpada para a pôr
debaixo do alqueire ou debaixo da cama? (cf.
Mc 4,21-25)
Jesus
é a Luz que brilha nas trevas;
desce
do Céu para iluminar o mundo!
Durante
trinta anos esteve a prover-se de azeite,
a
preparar-se para ser luz de candelabro
e
lamparina do caminho, com uma chama que não se consome,
porque
é o amor misericordioso que faz a aliança eterna!
A sua
Palavra é a luz dos nossos caminhos,
que
não devemos guardar para nós, na dispensa do egoísmo,
mas
partilhar para enriquecer quem anda perdido e sem rumo!
A
Bíblia é um dos livros mais comprados no mundo,
mas
muitas vezes traz-se para casa para arrumar na prateleira!
Muita
gente pede o Batismo e faz a 1ª comunhão,
mas
para muitos, desses sacramentos só resta a veste de festa,
a
vela, as fotos, o vídeo, a cédula e a festa!
De
tudo se faz objeto de consumo e parte do curriculum,
guardado
no passado, sem presente nem vida ativa!
Temos
o rótulo de cristãos, mas vivemos como pagãos,
com
vergonha de mostrarmos a lâmpada da nossa fé,
que
ilumina corações e revela o sem sentido das nossas corridas!
Senhor,
eu te bendigo pela generosidade da tua misericórdia
e do
teu perdão para as incoerências e fragilidades do meu caminho!
Dá-nos
um coração grande, santo, bom e generoso,
para
que sejamos compreensivos e misericordiosos para com os irmãos,
que,
como nós, são pecadores, inconstantes e egoístas!
Faz de
nós ouvintes atentos e acolhedores da tua Palavra,
para
que nos tornemos um Evangelho vivo e companheiro,
que
todos possam ler, mesmo os analfabetos do religioso.
Como
S. Tomás de Aquino,
ensina-nos
a aprofundar os mistérios do teu Amor!
quarta-feira, janeiro 27, 2016
4ª feira da 3ª semana do Tempo Comum
Escutai: Saiu o semeador a semear.
(cf. Mc 4,1-20)
Jesus
é a Palavra que se fez semente de vida nova.
Saiu
de Deus e fez-se ensinamento acessível para todos.
Uns
escutam-No e a sua vida fica fecundada,
germinam
sentimentos elevados e valores divinos,
com
que condimentam a alegria de ser pessoa humana,
fraterna,
que sabe ajoelhar e dançar, abraçar e trabalhar.
Outros
escutam-No no meio de ruído e de pressas,
sem
tempo para cuidar dos valores nem buscar a verdade,
levados
pela corrente da maioria e do consumo,
tornam-se
campo bravio, cheio de ervas daninhas!
Para,
escuta e olha, o Semeador saiu a semear!
Escutar
é um movimento interior de busca da verdade.
Uma
verdade que me ultrapassa, me identifica,
me
ensina, me dá segurança e esperança, me desinstala!
Para
isso, busco o diálogo e confronto com o diferente,
ponho-me
à escuta como aprendiz das surpresas da minha história,
escuto
a melodia do universo por detrás do ruído das coisas,
torno-me
peregrino em que a aurora é sempre um novo começo!
A vida
assim é uma aventura bela e inquietante,
que
nada tem de rotina, porque busca novos sabores e saberes
e
recusa-se a pôr uns fones que só tocam a música que já conheço!
Louvado
sejas, Palavra do Céu que Te fazes peregrino,
nos
caminhos tortuosos e espinhosos da humanidade!
Louvado
sejas, boa nova da misericórdia em nós semeada,
porque
em nós quiseste fazer morada, seara e celeiro!
Louvado
sejas, Mestre da vida que de nós queres fazer campo
e
semeador que se deixa levar pelo vento do Espírito
a
fecundar os campos vizinhos com sementes novas da Vida!
Liberta-nos
da superficialidade apressada e vazia
e
dá-nos o dom da escuta que nos fecunda de vida nova e peregrina!
terça-feira, janeiro 26, 2016
S. Tito e S. Timóteo
Enviou-os dois a dois à sua frente,
a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
(cf. Lc 10,1-9)
A
salvação de Deus é sempre precedida de um precursor:
de um
profeta que desperta e prepara a conversão,
de um
João Batista que prepara a vinda do Messias,
de
missionários que apontam para o Salvador
que
bate à porta e quer entrar, semear vida nova e nele habitar!
Tito e
Timóteo são dois dos muitos missionários
que
deram testemunho confiante de Jesus Cristo
e
ajudaram muitos a abrir a porta da fé ao Messias,
que
eles desconheciam e se apresenta como crucificado!
O
precursor fala pelo testemunho e atrai pelo entusiasmo!
A
afirmação da liberdade de consciência
e o
respeito pelas convicções religiosas de cada um,
afirmadas
pelo Concílio Vaticano II,
colocaram
em crise muito ardor missionário!
No
entanto, é exatamente porque Deus respeita a liberdade
é que
são precisos missionários que deem a conhecer Jesus,
que
façam perder o medo de abrir a porta a Cristo!
Esta
abertura faz-se pelo testemunho de vida comunitária,
de
oração, de caridade solidária, de diálogo e escuta do outro.
Jesus
quer entrar e o missionário anima a abrir-lhe a porta!
Senhor,
obrigado porque nos chamaste a seguir-Te
e nos
envias à tua frente como precursor da tua vinda!
Envia-nos
o teu Espírito e purifica o nosso testemunho de vida,
para
que não sejamos precursores do fechamento à fé,
nem Te
desacreditemos com a incoerência da nossa vida!
Ajuda-nos
a ser uma Igreja missionária,
que
inspire confiança em Ti e seja parteira de convertidos!
S.
Tito e S. Timóteo ensinai-nos a evangelizar hoje,
com a
mesma entrega e respeito amoroso pelos outros!
segunda-feira, janeiro 25, 2016
Conversão de S. Paulo – 8º dia de oração pela unidade dos cristãos
Quem acreditar e for batizado será
salvo; (cf. Mc 16,15-18)
Paulo
anda cego de seguranças a perseguir os cristãos.
Jesus
sofre esta perseguição, este zelo intolerante,
não
com a ira condenatória e vingativa dum coração magoado,
mas
como um pedagogo misericordioso
que
procura abrir os olhos a um adversário e fazer dele um aliado!
É ao
meio-dia, quando a luz do sol é mais intensa,
que
faz brilhar a sua Luz, o cega nas suas certezas
e o
faz cair no chão da sua humildade de aprendiz!
Paulo
recomeçou um caminho novo de discípulo,
que
fez dele um apóstolo incansável da missão “ad gentes”!
O
batismo, que nasce de uma opção sincera por Jesus,
não é
contra ninguém porque despertou da misericórdia!
Paulo
ama os seus irmãos judeus e quer ajuda-los
a
fazer o mesmo caminho de descoberta de Cristo!
Por
isso, o caminho da unidade não é ver quem é mais forte,
mais
verdadeiro, maior em número, mais proselitista,
mas
quem ama mais, quem é mais fiel ao Senhor,
mais
descentrado de si mesmo, mais sacramento de Cristo!
Estamos
todos num caminho de conversão permanente a Cristo!
Louvado
sejas, Bom Pastor que a todos nos buscas e queres salvar!
Louvado
sejas pela misericórdia paciente e infinita
que
manifestastes em Paulo, quando Te perseguia na Igreja!
Louvado
sejas pelo chamamento de Paulo a ser Teu apóstolo
que
contribuiu para abrir a Igreja à universalidade dos povos!
Louvado
sejas pela tua misericórdia em relação a nós,
como
tens sido paciente e compassivo nas nossas fragilidades,
nas
nossas iras e desuniões, murmurações e acusações!
Louvado
sejas porque continuas a desafiar-nos à conversão
que
conduz à unidade da fé e à comunhão da caridade!
domingo, janeiro 24, 2016
TUA PALAVRA, SENHOR, É ESPÍRITO E VIDA!
Feliz é quem acredita
Que a Tua Palavra é vida,
A Escuta e a Medita,
Para ser eco de Deus,
A aclamar-Te, na terra,
Como os anjos, lá nos céus.
Tua Palavra me molde
E o Teu Espirito me revista
Da plenitude do Amor,
Dom gratuito do Senhor,
Que transforma minha vida,
Mente alma e coração,
Numa entrega/doação,
Dos sonhos e planos de acção,
Confiante em Tua graça
E no pão da Tua Palavra,
Que me sustenta e me guia,
Me anima e potencia
A pouca força existente
E a vã sabedoria
Da minha tão pobre mente,
Com a luz surpreendente
Da Tua criativa energia,
Para Te cantar e louvar,
Com voz de paz e alegria,
Porque, aos simples, Tu concedes,
Mesmo sem nada pedir,
A Tua Sabedoria.
Como o próprio Jesus, um dia,
Assumiu a profecia,
Proclamada por Isaías,
Dá-me luz e sabedoria,
Audácia e valentia,
Para anunciar, aos pobres,
Sem família, nem casa sua,
Ao relento, a dormir na rua,
O “Evangelho da Alegria”,
Pois, compassivo, os proteges,
Pelas mãos de quem envias
A aliviar sua dor
E revelar-Te Deus
Amor,
Que, a todos, salvas e guias.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 24.01.2016
3º Domingo do Tempo Comum, 7º dia de oração pela unidade dos cristãos
O Espírito do Senhor está sobre
mim, porque Ele me ungiu para...
(cf. Lc 1,1-4; 4,14-21)
Deus
ungiu o seu Filho com o Espírito Santo
para,
por meio Dele, anunciar a boa nova aos pobres,
proclamar
a redenção aos cativos e aos cegos,
restituir
a liberdade aos oprimidos
e
proclamar o ano da graça jubilar do Senhor!
E nós
fomos ungidos no Batismo e no Crisma para quê?
Deus é
sempre o mesmo e esta é a nossa missão hoje,
quando
somos ungidos pelo mesmo Espírito!
Recebemos
os sacramentos de iniciação cristã,
mas
andamos de tal forma entretidos connosco mesmos,
que
não temos tempo nem disposição para celebrar o ano jubilar.
Limitamo-nos
a ver, na TV, os pobres, os refugiados e desempregados.
Damo-nos
conta de tantos perdidos e cativos em dependências,
e
lamentamos a situação, sem nada fazermos pela sua salvação!
A
passividade perante o bem comum e a evangelização,
contrasta
com a hiperatividade em aumentar o bem pessoal!
É
como idealizássemos e semeássemos céus privados,
na
cidade eterna e solitária de condomínios fechados!
Senhor,
Deus comunhão, Pai, Filho e Espírito Santo,
como é
belo ver-vos unidos, num só amor e missão eterna!
Louvado
sejas ó Pai, porque nos chamaste em Jesus Cristo
a ser
Batizado e ungido no Espírito Santo para beber
da
mesma fonte de amor e assumir a mesma missão.
Ajuda-nos
a viver como Jesus, teu Filho e nosso Mestre,
a ser
luz onde habitam as trevas, a ser esperança para os desesperados,
a ser
libertação para os oprimidos, a ser boa boa para os pobres,
a ser
irmão para os solitários e marginalizados!
Ensina-nos
o caminho da unidade das Igrejas,
sem
medo uns dos outros, nem defesa dos nossos condomínios,
procurando
apenas a comunhão e a fidelidade à unção recebida!
sábado, janeiro 23, 2016
Sábado da 2ª semana do Tempo Comum, 6º dia de oração pela unidade dos cristãos
Os parentes de Jesus puseram-se a
caminho para O deter. (cf. Mc
3,20-21)
Jesus
atrai a todos a Ele e aos seus discípulos!
Uns
vêm para O escutar, outros para obter a cura;
a sua
família vem para O deter e controlar,
pois
dizem que está “fora de si”, não está bem da cabeça!
Os
seus parentes estão fora dele e da casa dos seus discípulos,
porque
ainda não descobriram o tesouro profético que têm,
não
aceitam como Messias Aquele que pensam conhecer bem!
Jesus
é a imagem do Pai e cumpre a Sua vontade
e eles
querem que Ele seja a sua imagem e cumpra a sua vontade!
Seguir
Jesus é exigente e desafia-nos a sair de nós,
da
nossa forma de pensar, de agir, de sentir e de amar!
Às
vezes temos a tentação de fazer um deus à nossa medida,
que
nos dê o que queremos, mas que não interfira na nossa vida,
quando
achamos que Dele não necessitamos!
Lemos
o Evangelho de forma seletiva e interesseira,
não
como um discípulo que procura a luz e a fidelidade,
mas
como um caprichoso que procura na dispensa
as
guloseimas de que gosta comer!
Senhor
Jesus, Mestre e Senhor do caminho da salvação,
liberta-nos
do medo de Te seguirmos com fidelidade!
Envia-nos
o teu Espírito e grava no nosso coração
a lei
do amor e da liberdade, da fé e do seguimento!
Cura-nos
de uma religiosidade controlada pelo interesse próprio,
com um
Jesus pequeno e manietado como nós,
sem
horizontes de mistério infindo nem novidade de conversão!
Coloca-nos
a todos, cristãos de diversas igrejas,
numa
busca comum da tua Casa e da tua Palavra,
mais
preocupados em Te seguir do que em Te apropriar!
sexta-feira, janeiro 22, 2016
6ª feira da 2ª semana do Tempo Comum, S. Vicente Diácono, 5º dia de oração pela unidade dos cristãos
Chamou à sua presença aqueles que
entendeu e eles aproximaram-se. (cf.
Mc 3,13-19)
Jesus
chama a partir do cimo do monte,
porque
é uma escolha que nasce da intimidade com o Pai.
Escolheu
“os que entendeu” em sintonia com o projeto de Deus,
não
fruto de amiguismos, cunhas, laços de sangue ou tribo.
Mas o
chamamento supõe uma resposta livre e decidida:
“eles
aproximaram-se”, seguiram-no e aceitaram o envio em missão.
Vocação
é chamamento de Deus e resposta humana,
feita
na intimidade do “Monte” da oração e da escuta de Deus!
Sem
esta “subida” afloram interesses carreiristas
e
medos paralisadores, duplicidade de vidas...!
Fala-se
numa crise vocacional na Igreja de hoje.
Foi
Jesus que deixou de chamar e nos abandonou,
ou
fomos nós que deixamos de andar com Ele
e nos
desacostumámos a subir ao monte da escuta orante?
É
verdade que diminuiu o número de filhos por casal
e por
isso, baixou a possibilidade de respostas vocacionais;
mas
talvez seja mais grave a falta de iniciação à oração
e a
sobreocupação de crianças, jovens e adultos,
sempre
“on line” e “fora de si”, em busca de sensações
em
novidades tecnológicas, amizades virtuais,
sonhos
platónicos, alienações de jogos e novelas...
Jesus,
rosto da misericórdia, chama, mas quem escuta?
Senhor,
Cabeça da Igreja que nos chamas a ser teus membros,
obrigado
porque confias em nós, vasos frágeis e inconstantes!
Cristo,
Bom Pastor que nos chamas pelo nosso nome,
dá-nos
o dom da fé e ensina-nos a orar com ouvido de discípulo,
a
saber fazer silêncio e a buscar insistentemente a tua vontade!
Como
S. Vicente, ensina-nos a servir a Igreja com fidelidade!
Ajuda-nos
a criar uma cultura vocacional, dando exemplo,
de
vida de oração humilde e inquieta, perseverante e verdadeira.
Ensina-nos
a aprender a orar com as diversas tradições cristãs!
quinta-feira, janeiro 21, 2016
5ª feira da 2ª semana do Tempo Comum, Sta. Inês, 4º dia de oração pela unidade dos cristãos
Os espíritos impuros, quando viam
Jesus, caíam a seus pés e gritavam: «Tu és o Filho de Deus».
(cf. Mc 3,7-12)
Jesus
é o Senhor, que liberta os doentes e domina sobre o Mal.
O
Filho de Maria é Filho de Deus, nosso salvador!
A
profissão de fé dos espíritos impuros não é uma adoração,
nem um
seguimento, mas uma declaração de desespero
e de
medo, perante Aquele que os vem vencer!
Por
isso, Jesus proíbe-os de O dar a conhecer desta forma,
pois
deixa de ser uma boa-nova e passa a ser uma ameaça!
Nem
todo o que diz que Jesus é Filho de Deus, O ama!
O
santo nome de Jesus é pronunciado por muitos motivos.
Uns
buscam Nele a salvação e Nele põem a sua confiança,
aceitando
a sua fragilidade, fortalecidos pela Sua misericórdia!
Outros
temem-No e fogem da sua intimidade,
com
receio de perder a liberdade de fazer o que querem.
Outros
usam-No para alcançar os seus fins de poder,
de
riqueza, de fama, de manhoso pintado de piedoso.
Outros
têm a todo o momento o seu Nome na boca,
mas o
seu coração está longe do seu Evangelho e testemunho.
Grita-se
muito o nome de Jesus, mas o seguimento... só Deus sabe!
Senhor
Jesus perdoa-nos todas as vezes
que
invocámos o teu Nome em vão!
Cura-nos
de todo o mau sentimento e ressentimento.
Liberta-nos
da dissimulação piedosa, mas pecaminosa,
que Te
entristece e enfraquece o testemunho da Igreja!
Ajuda-nos
a dar um testemunho fiel como Sta. Inês.
Envia
o teu Espírito de discernimento sobre a Igreja,
para
que saibamos distinguir quem fala de Jesus sem ser cristão,
não
porque pertence a esta ou aquela igreja,
mas
porque vive a fé com humildade e verdade,
imitando
Jesus no louvor, na caridade e na evangelização!
terça-feira, janeiro 19, 2016
4ª feira da 2ª semana do Tempo Comum – S. Sebastião, 3º dia de oração pela unidade dos cristãos
Olhando-os com indignação e
entristecido com a dureza dos seus corações.
(cf. Mc 3,1-6)
Jesus
indigna-se e entristece-se com a falta de misericórdia.
A
dureza do coração tem posições rígidas nas coisas sacras,
por
elas está disposto a ignorar a dor do outro e até a mata-lo!
É um
fundamentalismo que renega o amor, a essência de Deus,
para
defender mortalmente a Deus e às suas leis sagradas!
A
profecia incomoda esta guerrilha sagrada e aguerrida,
porque
destoa e cria insegurança, é uma justiça que eleva e cura,
sem
horários, nem dias, nem locais predeterminados!
A
compaixão do bom samaritano acontece ao meio do caminho,
com um
estranho, gemendo de frio e traumatizado, pedindo socorro!
O
inseguro necessita que tudo esteja programado.
Quando
há o inesperado, fica fora de si
e
declara guerra àqueles que saem fora dos carris!
É
assim aquele que só pensa no seu descanso
e fica
destrambelhado quando a criança acorda e começa a chorar!
É
assim quando aparece um papa com um coração humano,
que
fica entristecido ao ver legalistas sem coração
a
condenar tudo e todos cuja fragilidade se tornou manifesta!
A
insegurança tem preguiça e medo de ser peregrino da verdade,
por
isso, nega-se ao diálogo e tenta calar o dissonante!
Quão
triste anda Nosso Senhor com os guerrilheiros da religião!
Senhor,
doce coração sempre atento aos marginalizados da vida,
dá-nos
um coração humano e misericordioso como o Teu!
Envia-nos
o teu Espírito e dá-nos o discernimento do amor,
para
que saibamos ser praticantes conhecedores da Lei
e bons
samaritanos dos caídos pelo pecado e pela fragilidade!
Cura-nos
de todo o tipo de fundamentalismo
e
ajuda-nos a ser fiel ao teu amor, alegrando-nos com o bem,
seja a
hora e local que for, pois a misericórdia é intemporal!
Dá-nos
o dom da unidade, numa Igreja humilde e peregrina da verdade!
3ª feira da 2ª semana do Tempo Comum - 2º dia de oração pela unidade dos cristãos
O sábado foi feito para o homem.
(cf. Mc 2,23-28)
Deus
concorre em tudo para o bem daqueles que ama:
a
criação, a Lei da aliança, a liturgia, a encarnação do Filho,
o
envio do seu Espírito, a Igreja, a misericórdia...
O
Sábado e depois o Domingo foram feitos para o homem,
para
que possa descansar dos seus trabalhos,
levantar
a cabeça e descobrir-se filho de Deus,
calçar
as sandálias e visitar o irmão solidariamente...
Sem o
“dia do Senhor” o ser humano não passa de um animal,
capaz
de pensar e inventar, mas sem horizontes de eternidade!
A
semana laboral faz do ser humano uma máquina de trabalho
e o
fim de semana veste-o de pijama e espetador de TV
ou
ator de redes sociais, alimentadas pela internet.
Sem
fé, não há motivo grande para vestir domingueiro,
sentir-se
grande e filho de Deus,
fazer
a experiência de ser família alargada pela fé,
frequentar
a escola do amor incondicional
e da
luz que purifica a insensibilidade para com os irmãos!
Se o
dinheiro abunda, foge-se de casa e muda-se de cenário,
trabalha-se
para a boca e paga-se para se divertir!
Como é
importante o “dia do Senhor”
para
descobrirmos a nossa dignidade que rasga os céus!
Senhor,
obrigado porque tudo fazes por nosso amor,
até a
religião, que parece ser apenas para Ti,
acaba
por nos beneficiar e nos elevar até ao Céu!
Louvado
sejas pelo dom da fé que nos ensina a elevar o olhar
e a
ver para além do horizonte do presente míope!
Louvado
sejas pela liturgia comunitária que Te louva
e nos
ajuda a fazer a experiência duma humanidade amada
em que
a oferta de dons é memória da oferta de Ti por nós!
Ó
sublime “Dia do Senhor” que nos faz ajoelhar diante de Ti
e
descobrir amados, procurados e salvos pela oferta de Ti por nós!
segunda-feira, janeiro 18, 2016
2ª feira da 2ª semana do Tempo Comum – 1º dia de oração pela unidade dos cristãos
Para vinho novo, odres novos.
(cf. Mc 2,18-22)
Jesus
é o noivo que se alegra com os seus amigos,
o
vinho novo que nos desafia a ser odres novos.
Isto
supõe estar dispostos a renascer no Espírito
e a
viver com novos critérios e novos valores,
numa
obediência confiante ao Evangelho de Jesus Cristo.
Não
se trata de uns retoques, nem de umas maquilhagens,
de uns
remendos ou de uns restauros, de uns ritos domingueiros,
mas de
um seguimento do Mestre da vida,
deixando-nos
surpreender pela novidade da moção interior
que em
cada situação reage com misericórdia, justiça e caridade!
Vemos
muita gente preocupada com a execução correta de ritos,
com o
comer carne ou peixe em dias de abstinência,
com as
superstições à volta do sacramento do matrimónio,
com
rituais à volta de velas acesas e promessas de joelhos...
mas se
lhe perguntarmos porque faz isso, não sabe,
além
de ser tradição ou assim prescrever o ritual!
É um
cristianismo de práticas exteriores reservadas ao sagrado,
que
não têm correspondência nem brotam de convicções de fé,
aplicáveis
à vida quotidiana e dita profana!
A
religião assim não passa de um remendo na vida da pessoa!
Senhor,
fonte de vida e mestre da felicidade comunitária,
recria-nos
e dá-nos um coração novo, semelhante ao Teu,
atento
à vontade do Pai, compassivo e misericordioso,
aberto
à novidade de Deus e ao mistério do próximo!
Envia-nos
o teu Espírito e faz novas todas as coisas em mim,
para
que seja todo inteiro consagrado a ti, sem reticencias,
numa
coerência entre a fé e a vida, como peregrino da verdade!
Ajuda-nos
a não nos refugiarmos no ritual legalista,
mas a
adorar-vos em espírito e verdade e a amar incondicionalmente!
Ensina-nos a comunhão nova da unidade dos cristãos!
domingo, janeiro 17, 2016
ANUNCIAI A TODOS OS POVOS AS MARAVILHAS DO SENHOR
Cantemos e anunciemos,
Com alegria e ardor,
As maravilhas do Senhor,
Que vemos e contemplamos,
E, na fé, experimentamos,
Puro dom do Seu amor,
Para nós e a humanidade,
Espalhada por toda a terra,
Como as estrelas do céu,
Que brilham em pleno espaço,
Lembrando a presença de Deus,
A oferecer Seu abraço,
A todos nós, filhos Seus.
Deus continua a operar
Maravilhas, sem cessar,
P’ra dizer quanto nos ama,
Nas bênçãos que Ele derrama,
De justiça e bondade,
Para bem da humanidade,
A fim de que a paz floresça
E a fraternidade aconteça,
Na diversidade de dons,
Complementares e bons.
Porém, Deus que é previdente
E bom Pai de toda a gente,
Tudo em todos, Ele faz,
Nos convida a partilhar,
Para, por nós, operar
O milagre da justiça,
Do bem-fazer e da paz,
Porque o Espírito que é só um,
Em todos se manifesta,
Em ordem ao bem comum.
CANTEMOS E ANUNCIEMOS
AS MARVILHAS DO SENHOR,
SEMPRE QUE EXPERIMENTEMOS
VER TRANSFORMADA NOSSA DOR,
INQUIETAÇÃO OU AFLIÇÃO,
NO BOM VINHO PARA A FESTA,
CELEBRATIVA DO AMOR,
NA GRATUIDADE DISCRETA
DO PRÓPRIO DEUS E SENHOR.
Maria Lina da Silva fmm
Lisboa, 17.01.2016
2º Domingo do Tempo Comum
Disse-lhes Jesus: «Enchei essas
talhas de água» (cf. Jo
2,1-11)
Deus
tinha declarado o seu amor ao povo de Israel
e
tinha feito com ele uma aliança esponsal,
mas o
povo esqueceu-se da fidelidade e refugiou-se no ritual,
formal
e sem alegria, uma boda sem vinho!
Maria
representa o resto justo de Israel que se dá conta disso
e
coloca em Jesus a esperança de uma nova aliança.
Jesus
diz-lhe que a verdadeira e eterna aliança
será
conquistada por Ele na sua Hora, na cruz.
Jesus
manda encher as talhas de água para a purificação
para
dizer: “arrependei-vos e purificai-vos
pois o
Reino de Deus está próximo, saboreai o vinho novo!”
O
nosso Papa tem falado muito da alegria da fé,
pois,
como Maria, nota que falta vinho de festa da Igreja,
nas
nossas celebrações, na catequese, na evangelização,
na
forma como se faz caridade e se dão as boas notícias!
A
alegria não se retoma com bandas de rock nas missas,
nem
espetáculo incensado nas celebrações,
mas
com o encher de conteúdo os nossos ritos e palavras,
de
conversão e coerência os nossos sacramentos,
de
fraternidade e de paz as nossas relações humanas,
do
beber de Cristo e partilhar a nossa fé com alegria.
Senhor,
esposo enamorado das tuas criaturas,
que
fazes de cada um de nós um filho querido
e da
tua Igreja a esposa amada, de quem somos membros!
Maria,
ajuda-nos a despertar e a perceber o estado da Igreja,
se
está na boda sem se purificar, se participa nos ritos por tradição,
se
perdeu ou não a alegria de amar e de ser amado
por
tão grande e belo Esposo, sempre presente e invisível!
Espírito
Santo de luz, ajuda-nos a acolher a Palavra de Jesus
e a
encher as nossas talhas da água de conversão
para
que a nossa fé irradie a verdadeira alegria
e a
todos chame e atraia para a festa da aliança do amor total!
sábado, janeiro 16, 2016
Sábado da 1ª semana do Tempo Comum
Eu não vim chamar os justos, mas os
pecadores. (cf. Mc 2,13-17)
Jesus
revela o coração de materno-paterno de Deus
que
busca salvar os filhos doentes e perdidos.
Não
se contenta com o pequeno resto fiel e justo,
mas
vai ao encontro dos pecadores e publicanos,
chama
Levi, come à mesa com os pecadores,
distribui
generosamente a misericórdia divina!
A sua
justiça não é condenação e destruição dos pecadores,
mas
olhar clínico de médico, coração partido de pai-mãe,
saudade
chorada da ovelha perdida do bom pastor,
chamamento
de cobradores de impostos e de méritos
para
os alistar no hospital-escola de campanha
sempre
alerta para salvar quem chega ferido a horas impróprias!
Queixamo-nos
que o mundo está mau e é verdade,
e
desanimamos perante a indiferença e perseguição.
Mas é
exatamente por isso que precisamos de trabalhar mais,
de ir
ao encontro deste mundo que é a nossa casa comum
e
evangelizar, dialogar, escutar, dar razões da nossa esperança!
A
pastoral e a missão não devem esperar pelos pecadores na igreja,
mas
devem fazer como Jesus que vai ao seu encontro,
desafia-os
a mudar de vida, come com eles
e
ajuda-os a descobrir a sua dignidade perdida!
E
quando os “justos” atacam os pecadores,
Jesus
coloca-se do lado dos “pecadores”,
como o
médico defende e cura o seu doente!
Senhor,
misericórdia infinita e surpresa divinamente graciosa,
louvado
sejas pela fonte inesgotável do teu amor!
Cristo,
médico dos pecadores e especialista em recuperação,
senta-te
à nossa mesa de “pecadores com asas de anjinho”
e
cura-nos com o óleo da fraternidade e a luz da verdade!
Dá-nos
um coração de pastor que cuida da salvação do próximo
e ousa
evangelizar, desarmados de juízos condenatórios,
contagiando
com a amizade, o diálogo e a esperança,
administrando
a imunoterapia com doses abundantes de misericórdia!
sexta-feira, janeiro 15, 2016
6ª feira da 1ª semana do Tempo Comum – S. Arnaldo Janssen
Trouxeram-Lhe um paralítico,
transportado por quatro homens; (cf. Mc 2,1-12)
A
misericórdia de Deus desceu à terra e tornou-se acessível!
Há
sempre obstáculos que nos impedem de chegar a Jesus:
a
paralisia do pecado, a falta de fé, a ambição da multidão...
Mas há
formas de ultrapassar estes obstáculos:
a fé
da Igreja, a solidariedade, o amor ao bem do outro que sofre...
Os
quatro homens do Evangelho unem-se para carregar o amigo,
não
desistem ao primeiro obstáculo e sobem ao telhado,
fazem
uma abertura e descem o amigo mesmo em frente do Mestre.
Jesus,
não precisa de palavras de apresentação nem súplicas de cura,
Ele
perdoa, levanta e cura o paralítico por dentro e por fora!
É o
amor que faz andar os paralíticos de hoje:
os
pais que levam ao colo os filhos que ainda não andam,
os
familiares e amigos que ajudam os deficiente a deslocar-se,
os
professores que ajudam os alunos a chegar ao conhecimento,
os
catequistas e missionários que abrem a porta da fé,
os
assistentes sociais que apoiam os dependentes e marginalizados,
os
trabalhadores da saúde que recuperam os doentes,
os
psiquiatras que libertam da depressão profunda e paralisante,
os
geriatras que são as mãos e os pés dos idosos,
os
confessores que perdoam o pecado e a culpa angustiante...
Somos
membros uns dos outros neste corpo universal,
quando
o amor nos move e a misericórdia nos comove!
Deus
Trindade, comunhão de Pessoas diferenciadas e unidas,
obrigado
porque nos fizeste com uma personalidade ímpar,
tão
dependentes uns dos outros e tão complementares!
Louvado
sejas pelo padeiro que durante a noite
nos
preparou o pão da manhã, fresco e gostoso!
Louvado
sejas pelo agricultor que cuidou das vacas
e dos
trabalhadores que embalaram e esterilizaram o leite,
para
que hoje pudéssemos beber leite quentinho!
Louvado
sejas pelos cultivadores de café numa terra tropical,
pelos
que o torraram e aprimoraram,
para
que o pudéssemos saborear ainda meio adormecidos!
Louvado
sejas por tantos irmãos desconhecidos e silenciosos
que
sustentam o dia a dia cheio de normalidade solidária!
S.
Arnaldo Janssen ajuda-nos e ensina-nos a ser missionários hoje,
que
ajudam os paralíticos de fé a aproximarem-se de Jesus!