terça-feira, julho 31, 2018

 

3ª feira da 17ª semana do Tempo Comum – S. Inácio de Loiola


Pecámos contra Vós. (cf. Jer 14,17-22)

O amor de Deus é santo e misericordioso.
Semeia na criação a sua aliança,
para que o trigo da bondade e da santidade,
brote na história e dê fruto, apesar do joio que floresce!
O ser humano ilude-se com o prazer do momento
e sofre as consequências das usas más opções!
Muitas vezes só na fragilidade reconhece a verdade da sua vida,
o pecado que alimenta, o virar as costas ao Criador e Salvador!

O trigo e o joio vivem lado a lado na mesma pessoa,
na mesma casa, na mesma cidade, na mesma Igreja!
Acostumámos-nos a esta nova síntese de águas mornas!
Alguns até têm receio de denunciar o errado em nós e nos outros,
em nome da tolerância, da compreensão da fragilidade natural!
Dar nomes aos erros, chamar-lhes pecado, 
parece um exagero, um masoquismo desnecessário!
Com isso, o planeta está numa escalada de destruição,
a comunhão sofre de autismo e de violência,
a mentira apresenta-se maquilhada de verdade e de festa! 

Senhor, Sol da justiça e Servidor da aliança,
obrigado pela paciência misericórdia e operativa,
com que envias a tua Palavra, por meio de mensageiros 
que nos despertam para a verdade e para a conversão!
Habituei-me a aceitar o joio com naturalidade,
não como uma ovelha perdida e doente,
mas como espelho que justifica as minhas infidelidades!
S. Inácio de Loiola, mestre no discernimento,
ensina-nos a contemplar-nos na santidade de Deus!

segunda-feira, julho 30, 2018

 

2ª feira da 17ª semana do tempo Comum – S. Pedro Crisólogo


Este povo perverso ficará como essa faixa, que já não serve para nada. (cf. Jer 13,1-11)

Deus quer-nos fazer parte da sua vida,
como faixa que segura e embeleza as suas vestes!
Mas nós, julgamo-nos autónomos e escondemo-nos na lama,
longe da veste para a qual fomos criados,
revelando a nudez da nossa perversidade e coração obstinado!
Mas Deus continua a semear parábolas de despertar,
de aviso e de convite à conversão à Misericórdia que nos espera!

De que serve dizer-se “filho” se não obedece aos pais?
De que serve dizer-se “esposo ou esposa” se se tem o coração longe?
De que serve dizer-se “irmãos” se se odeiam ou ignoram?
De que serve dizer-se “cristão” se não segue a Cristo?
De que serve dizer-se “consagrado” se vive para si mesmo?
De que serve dizer-se “colaborador” se não faz nada pela empresa?
De que serve dizer-se “batizado” se vive longe da Igreja?

Senhor, eis-me aqui tão próximo e tão longe de Ti,
aquecendo-me com a Palavra da esperança
e envergonhando-me com as incoerências do quotidiano!
Jesus, Palavra que encarnas a vida,
como túnica sem remendos onde todos temos lugar,
faz de nós faixas da tua túnica, farinha que fermentas,
horta que fecundas com a semente da tua Palavra 
e regas com a entrega do teu Sangue!
S. Pedro Crisólogo, ensina-nos a escutar e a falar de Cristo!


domingo, julho 29, 2018

 

17º Domingo do Tempo Comum


Assim fala o Senhor: ‘Comerão e ainda há-de sobrar’» (2 Reis 4,42-44)

Deus, no seu amor, é providente e a sua paternidade é fontal.
De toda a criatura faz uma fraternidade filial,
colocando o ser humano ao serviço da vida e da comunhão!
A natureza é generosa e dá-nos o que precisamos, e ainda sobra!
A partilha e a recolha do que sobra, para que nada se perca,
revela o coração de Deus em Jesus e constrói a paz!
O Filho de Deus é doação de vida, repartida como pão,
no alimento da sua Palavra e do ser Corpo,
para que a ovelha perdida se encontre e se cure e se salve!

Somos uma sociedade ansiosa por acumular,
consumir, esbanjar e desprezar o que sobra!
Por isso a natureza sofre de exploração intensiva,
que desequilibra a regeneração natural,
sufoca pela contaminação do lixo e da poluição,
e adoece febrilmente, deprimida de tanta ingratidão!
O individualismo acumula para si, criando obesos,
e deita no lixo o que sobra, 
num gesto de indiferença ao que tem necessidade!

Senhor, Pai nosso que estais no Céu,
dai-nos o pão de cada dia e o dom da caridade compassiva!
Cristo, Emanuel, Pastor e Irmão de caminhada,
ensina-nos a ser doação de vida e de pertences,
para que ninguém se perca, nem morra de fome, e se salve!
Espírito Santo, Sabedoria da fraternidade humilde e sóbria,
ensina-nos a recolher o que sobra e é marginalizado:
o pecador sem esperança, o refugiado que foge,
o pobre de espírito, o necessitado de pão, o disfuncional!
Faz de nós membros ativos da tua Igreja,
pela caridade, pelo cuidado e pela evangelização!

sábado, julho 28, 2018

 

Sábado da 16ª semana do tempo Comum


Depois vindes aqui e dizeis: ‘Estamos salvos’, para voltar a cometer todas essas abominações. (cf. Jer 7,1-11)

O sinal da presença de Deus é o Templo,
mas Ele habita toda a realidade e vê o íntimo do coração!
Peregrinar até ao Templo sem caminhar para Deus,
é fiar-se em palavras enganosas e tentar enganar a Deus!
Deus espera de nós a conversão à Aliança, à justiça e ao amor,
não simples ritos, piedades desgarradas, pecados encobertos!
Deus conhece a semente semeada pelo maligno durante a noite,
mas cuida do trigo bom que semeou com misericórdia!

Estamos em tempo de férias, de festas, de visitas a santuários.
A missa e a procissão fazem parte da festa popular;
a visita a um santuário e uma vela de promessas
fazem parte dos ritos religiosos em busca de proteção;
peregrina-se a pé até Fátima, mas volta-se de carro,
para a mesma vida de sempre, após esta aventura!
Enganamo-nos pensando que o Céu precisa da nossa luz,
nós é que precisamos de despertar para a Luz,
tomar consciência do nosso pecado
e regressar por outro caminho da conversão no dia a dia.

Senhor, a nossa alma é-te familiar,
conheces o trigo que nela semeaste e o joio que toleramos,
dá-nos um Espírito de conversão e a caridade na verdade!
Liberta-nos de uma religiosidade de episódios,
de ritos piedosos que encobrem vidas sujas,
de missas de preceito que não penetram em corações empedernidos!
Ajuda-nos a saber distinguir o trigo do joio na nossa vida!

sexta-feira, julho 27, 2018

 

6ª feira da 16ª semana do Tempo Comum


Não seguirão mais a dureza do seu coração perverso. (cf. Jer 3,14-17)

Deus é o Emanuel, o Pastor do coração no meio de nós!
Ele semeia a sua Palavra no ouvido de cada um,
com generosidade e qualidade, esperando muito fruto!
A dureza do coração ou a sua inconstância,
as dificuldades exteriores e a idolatria da ambição,
abafam a Palavra e neutralizam a Sabedoria do alto.
Mas o Senhor continua a semear com esperança,
até que um pequeno resto dê fruto abundante de Cristo!

Vivemos numa cultura que procura combater os sintomas,
sem querer focar-se nas causas da doença e das más opções!
Em vez de combater a gula e buscar uma vida saudável,
busca remédios para emagrecer, dietas esporádicas,
ginásios de esforço, comidas e bebidas “light”!
Em vez de aprender o auto-domínio e o respeito pelo outro,
busca a sexualidade fácil e o aborto legal e subsidiado!
Em vez de buscar o discernimento para opções fundamentais,
busca soluções de endividamento, de corrupção e furto!

Senhor, Sabedoria terna e suave que nos habitas,
quanta graça que deixei perder, quanta semente não acolhida!
Purifica-me do ruído das coisas e da força do desejo,
para que simplicidade me acompanhe e a humildade me guie,
por caminhos de verdade, de justiça, de fé e de amor!
Dá-nos um coração segundo o Teu
que ajude as nossas vidas e a dos outros a darem bons frutos! 

quinta-feira, julho 26, 2018

 

5ª feira da 16ª semana do Tempo Comum – S. Joaquim e S. Ana


Lembro-Me do amor do teu noivado, quando Me seguias no deserto. (cf. Jer 2,1-3.7-8.12-13)

Deus é uma parábola de amor incompreendida!
Inclina-se para nós, conquista-nos o coração,
ensina-nos a amar, sofre com a infidelidade,
volta sempre ao amor perdido e esquecido!
É assim a verdadeira profecia,
é assim a encarnação do Verbo Divino,
é assim a ação terna e luminosa do Espírito Santo!
S. Joaquim e S. Ana fazem parte deste resto fiel
que gera Maria, a Mãe escolhida do Filho de Deus!

Os avós são uma reserva de fé, amor e de tempo para os netos!
Muitos aprenderam a rezar e a conhecer a bondade de Deus 
no colo afetuoso dos avós, que revelam o segredo da sua esperança!
Muitos netos, quando começam a ganhar asas,
esquecem a solidão dos avós e o afeto que os espera!
Somos uma sociedade que vive apenas o presente,
sem memória do passado nem esperança no futuro!

Senhor, Noivo que nos procuras com laços de amor,
perdoa a nossa indecisão de Te querer,
sem abandonar os ídolos que nos dividem o coração!
Espírito Santo, dom de sabedoria e de conhecimento de Deus,
abre o nosso entendimento à Palavra que nos envias,
de muitas formas e muitos modos,
para que a fidelidade se purifique e o amor se fortaleça!
S. Joaquim e S. Ana, padroeiros dos avós,
ajudai os avós a ser uma reserva de evangelização!

quarta-feira, julho 25, 2018

 

S. Tiago, Apóstolo


Acreditei; por isso falei. (cf. 2 Cor 4,7-15)

Deus colocou no barro frágil da nossa vida,
o tesouro da nossa fé e da nossa vocação!
É a fragilidade que vem da tentação e da perseguição
que revela que dom tão sublime só pode vir de Deus!
Tiago e João buscam grandezas, mas o Senhor mostra-se Servo,
humilde e disponível para doar a vida
numa fidelidade incondicional no sofrimento e até à morte!
Foi a fé em Cristo que levou Tiago a ser o primeiro apóstolo mártir!

O túmulo de S. Tiago é venerado em Compostela.
Multidões de peregrinos caminham rumo ao santuário,
em busca da fé, do sentido de vida e da renovação desejada!
Uns fazem-no por aventura e desporto,
outros por verem os outros caminhar,
mas há muitos que se gastam e sofrem 
para sua fé em Cristo fortalecer e ânimo reencontrar!
Pelo caminho o silêncio e o encontro vão modelando
a vida esquecida no meio do ruído e da velocidade!

Senhor, eu creio em Vós, mas aumentai a minha fé!
Cada manhã estamos na aurora da evangelização,
e, por isso, é preciso recomeçar de novo e acreditar,
para podermos falar e apontar o caminho da esperança, que é Jesus!
S. Tiago, filho do trovão e luzeiro da evangelização,
ensina-nos a ser audazes e fortes para continuar a missão de Cristo,
sem medo de sofrer, nem vergonha de ser diferentes!
Ajuda-nos a ser uma Igreja peregrina da fé e em missão!

terça-feira, julho 24, 2018

 

3ª feira da 16ª semana do Tempo Comum


Mostrai a Jacob a vossa fidelidade e a Abraão a vossa misericórdia. (cf. Miq 7,14-15.18-20)

A fidelidade e a misericórdia de Deus é a nossa esperança,
porque em nós a fidelidade é rara e inconstante!
A Palavra de Deus é sangue novo que gera filhos de Deus,
nova família em Jesus Cristo, seus irmãos, irmã e mãe!
A fé em Jesus leva-nos a entrar em Deus
e a mostrar aos homens a nossa fidelidade e misericórdia!

O descompromisso com a fidelidade criou a verdade relativa,
a corrupção da justiça, o esquecimento do outro,
a ilha no meio de uma multidão de arquipélagos!
O mesmo egocentrismo leva ao ressentimento rancoroso,
incapaz de perdoar, duro na vingança, humilhado e revoltado!
Nesta perspetiva, ser forte e bem sucedido é saber viver na mentira
e apresentar um coração durão e agressivo que atemoriza!
Dar testemunho da fidelidade e da misericórdia parece extraterrestre!

Senhor, quero sair de mim e viver de Ti e como o teu Filho,
para encontrar a sabedoria do amor, 
a beleza da paz, a segurança da fidelidade e a ternura do perdão!
Faz que a Igreja, este pequeno resto em busca da Luz,
seja fermento de um mundo novo, animado pela fé,
brilhante na caridade, convincente na esperança, 
audaz na misericórdia, profético nas relações!
Jesus, gostaríamos de fazer parte da tua família,
fieis e misericordiosos, unidos no mesmo coração!

segunda-feira, julho 23, 2018

 

S. Brígida, padroeira da Europa


Vivo animado pela fé no Filho de Deus. (cf. Gal 2,19-20)

Nós somos criaturas amadas por Deus,
desde sempre e para sempre!
Somos criaturas livres, mas totalmente dependentes
do Sopro de Vida que nos anima.
Somos ramos da Vide, cultivada pelo Pai,
numa comunhão de amor que faz de nós filhos de Deus, no Filho,
discípulos que devem germinar os mesmos frutos de Cristo!
Brígida, esposa e mãe, mística e peregrina, religiosa e fundadora,
revela-se um desse ramos floridos, bem unidos a Cristo!

Somos uma Europa com raízes cristãs,
mas com muitos rebentos bastardos e sem fruto!
Os templos, que agora já não são utilizados para o culto,
são vendidos para museus, centros empresariais e discotecas!
Entre os que se dizem cristãos, 
poucos são animados pela fé no Filho de Deus!
A fé é um entre muitos fragmentos da vida,
que compõem os muitos papeis 
que representamos no palco da existência!

Senhor, busco ser animado pela fé no teu Filho, Jesus!
Quanta poda ainda precisas de fazer na minha vida,
para que possa dar fruto abundante de fé, esperança e caridade! 
Quanta ginástica espiritual é necessária
para que não me evada de Ti, nem da verdade do meu ser!
S. Brígida, que amassavas a fé com o pão de cada dia,
ensina-nos a ser místicos na vida quotidiana
e membros ativos desta Igreja de Cristo, pelo seu Espírito! 

domingo, julho 22, 2018

 

16º Domingo do Tempo Comum – S. Madalena


Por Ele, uns e outros podemos aproximar-nos do Pai, num só Espírito. (cf. Ef 2,13-18)

O Senhor é o nosso Pastor, nada nos falta!
Ele faz surgir um Rebento Justo,
que na Cruz da sua oferta abraça a humanidade
e cria o homem novo, uma Igreja multicultural.
Ele é a nossa Paz e salvação, a Ponte de encontro,
a Caridade sem fronteiras, o louvor em diversas línguas!
Somos chamados a ser sacramento deste Bom Pastor,
a palpitar de compaixão e a dar vida para que todos tenham vida!

Cada um deve ser para o outro um bom pastor,
à imagem do Bom Pastor, que não quer que ninguém se perca.
A missão dos pais, dos educadores, dos consagrados e sacerdotes
dos meios de comunicação social, 
dos responsáveis políticos e desportivos…
é conduzir os outros à vida e não deixa-los à deriva,
ao sabor do desejo e sem rumo, só porque eles gostam!
Que projeto de futuro estamos a alimentar na juventude e hoje?

Senhor, a tua presença e fidelidade a toda a prova,
mostra que Te compadeces de nós e não nos queres perder,
obrigado, Senhor!
Faz de nós discípulos fieis do teu coração de Bom Pastor,
sempre atento e disponível para cuidar do outro
e dar-lhe a conhecer a tua Palavra 
e a ensina-los a deixarem-se conduzir pela ação do teu Espírito!
Ajuda-nos a compreender que a Igreja é o fruto maduro
de uma humanidade renovada em Deus, pelo teu Sangue!

sábado, julho 21, 2018

 

Sábado da 15ª semana do Tempo Comum


Ai daqueles que, deitados em sua cama, planeiam a injustiça e tramam o mal! (cf. Miq 2,1-5)

Deus é justiça e salvação, inclinado para o pobre.
O seu amor não é indiferente 
pois a compaixão caminha com a verdade,
a mansidão com a paciência, a entrega com a liberdade!
Os seus profetas respiram denuncia e avisos,
o seu Filho é remédio silencioso das chagas da humanidade!
Nada do que é escondido, bem ou mal, se pode esconder a Deus!

A noite é o campo preferido da injustiça e da exploração.
Nela os desejos, caprichos e ambições espraiam os seus tentáculos.
Roubam descanso ao próprio corpo e furtam a ética à sociedade,
ao equilíbrio da natureza e à verdade da família!
A noite, que pode ser à luz do dia com persianas fechadas,
sonha acumular sem justiça, usar sem compaixão, 
assenhorando-se da fraternidade com coração de lobo disfarçado!
Felizmente há quem faz da noite tempo de descanso ou de oração,
para ter paz, encontrar forças para trabalhar e servir o bem!

Senhor, obrigado pelo descanso e pela paz desta noite!
O dia despertou cheio de desafios e interpelações,
pois nos chamas a ser voz profética sem altifalantes estridentes!
Quanto há que fazer pela justiça, sabendo a luta sem destruição 
que temos pela frente e o pouco que podemos fazer!
Rezar parece-nos pouco, denunciar sabe a impotência,
mas é com estes pequenos nadas, feitos com perseverança e fé,
que Tu vás salvando o mundo, semeando a dignidade,
fermentando a justiça, lavando o pecado!

sexta-feira, julho 20, 2018

 

6ª feira da 15ª semana do Tempo Comum


Assim fala o Senhor: Põe em ordem a tua casa. (cf. Is 38,1-6.22.27-28)

Deus é graça e misericórdia, não lei cega.
Chama-nos a colocar em ordem a nossa casa,
pois quer que voltemos ao diálogo da oração,
ao espírito da aliança, à conversão do coração
e não ao ritualismo sem alma nem amor!
Cristo é a nossa liberdade e salvação!

Na correria e fuga em que se anda,
é difícil por em ordem a nossa casa, a nossa vida!
Vai-se vivendo puxado pelas circunstâncias e ambições,
prolongando o tempo do “já vou”, “hoje não dá”…
Nesta correria, muitas vezes a doença súbita 
apanha-nos de surpresa e às vezes fatalmente;
o divórcio sobressalta-nos no sucesso profissional;
os podres aparecem no esplendor do poder;
o vazio gela-nos na aridez da fé e do pecado!
Por em ordem é agir segundo uma escala de valores!

Jesus Cristo, Senhor do Templo e do Tempo,
ajuda-nos a por em ordem a nossa vida e a nossa casa,
privilegiando o amor, o eterno, a verdade e a justiça.
Que o teu Espírito nos ajude a parar para avaliar,
a estar sempre preparado e disponível para o encontro,
humano e divino, pessoal e comunitário!
Ajuda-nos a compreender o que significa
“prefiro a misericórdia ao sacrifício”!

quinta-feira, julho 19, 2018

 

5ª feira da 15ª semana do Tempo Comum


Concebemos e sentimos as dores de parto, mas foi vento que demos à luz. (cf. Is 26,7-9.12-16-19)

Em Deus os nossos esforços encontram fecundidade.
Sem Ele e a luz da sua Palavra, é só cansaço e dor,
gastamos tempo, energia, dinheiro… mas nada de bom sai!
Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida,
quem por Ele caminha, ainda que morra ressuscitará!
Por isso, Jesus é o “vinde a mim” que frutifica em “Ide em missão”!

Muitas das nossas vidas são autofágicas, 
alimentam-se de si mesmos, vivem para si mesmos!
É uma vida de consumo, solitário e obeso,
fumado e regado de sensações, imerso em vida virtual!
Para alimentar esta vida infecunda, é preciso trabalhar,
mas não consegue fazer feliz a ninguém,
não se preocupa em dar esperança fé e caridade,
busca apenas o prazer egoísta do instante, distrair-se!

Senhor, adormeço tranquilo nas tuas Mãos
e acordo fecundado pela tua Palavra,
numa espera serena de que o orvalho da tua graça me fortaleça
e traga rumo abençoado aos esforços deste dia!
Não quero correr para me sentir bem,
mas para fazer bem e escutar o gemido de quem sofre!
Fecunda a nossa vida e faz com que a nossa vida gere Vida,
em Cristo Jesus, nossa Páscoa, e no seu Espírito, nossa sabedoria!

quarta-feira, julho 18, 2018

 

4ª feira da 15ª semana do Tempo Comum – B. Bartolomeu dos Mártires


Enviei-a contra uma nação ímpia… Mas a Assíria não pensava desse modo. (cf. Is 10,5-7.13-16)

Somos todos missão uns para os outros!
O Senhor serviu-se da Assíria para despertar o seu Povo,
ajuda-lo a tomar consciência da sua iniquidade, pelo sofrimento.
No entanto, a Assíria encheu-se de vaidade, 
agiu em busca do poder, esqueceu-se que não passam de criaturas!
O mistério da vida escapa a quem é orgulhoso
e revela-se aos humildes que sabem ler a vida!

Deus deu-nos a missão de cuidar da natureza,
mas o ser humano apoderou-se da missão e
queima, arrasa, explora, polui, desertifica…
Deus deu-nos a missão de procriar e de encher a terra,
mas o ser humano apropriaram-se dos filhos,
matam, exploram, abusam, 
cortam as asas à liberdade e à criatividade.
Deus deu-nos a missão de criar uma fraternidade,
mas o ser humano assenhora-se do poder, faz guerra, 
explora o frágil, põe sua segurança na glória humana.

Senhor, somos grão de areia que o teu Espírito cimenta
e o teu Filho dá forma divina e projeta a beleza de ser Igreja.
Ajuda-nos a ser a tua Missão sem dela nos apropriarmos,
mas com humildade e fidelidade ser seus servidores!
B. Bartolomeu dos Mártires, pastor com o coração de Cristo,
ensina-nos a ser um anjo para o irmão ao nosso lado!

terça-feira, julho 17, 2018

 

3ª feira da 15ª semana do Tempo Comum – B. Inácio de Azevedo e companheiros


Se não tiverdes fé, não podereis sobreviver. (cf. Is 7,1-9)

Deus é o nosso Salvador, nada devemos temer!
Se confiarmos mais nEle do que nas nossas forças,
abateremos a arrogância e vencerá a humildade!
Se formos meros espetadores da Palavra,
por mais que andemos próximos do Sagrado,
ficaremos imunes a qualquer conversão, fechados à fé!

A tentação da rotina também pode entrar na prática religiosa.
Habituar-nos ao dever cumprido, 
pensarmos que ser praticante nos isenta da ética na vida,
acharmos que somos melhores que os outros…
Isto é confundir o estar com o ser, o saber com o viver!
Podemos estar no meio da água, como pedra impenetrável,
molhada por fora, mas seca por dentro!
É a fé em Jesus Cristo que nos abre à vida nova!

Senhor, quantas vezes escutei a tua Palavra,
quantas vezes celebrei a tua Páscoa na Eucaristia,
e quão longe estou ainda de me parecer conTigo,
nos sentimentos, nos valores, nas opções e na fidelidade!
Abre-nos ao dom da fé e faz de nós humildes peregrinos da fé,
abertos a reconhecer o nosso pecado e à conversão ao Teu amor!
Beatos Inácio e companheiros, ensinai-nos o entusiasmo pela missão!

segunda-feira, julho 16, 2018

 

2ª feira da 15ª semana do Tempo Comum – N. Sra do Carmo


Deixai de Me trazer ofertas inúteis. (cf. Is 1,10-17)

O Senhor alegra-se quando aceitamos ser filhos do amor.
Rejeita os sacrifícios e celebrações litúrgicas
que não têm correspondência com uma vida reta e justa.
Ele aprecia um coração humilde e contrito,
que abre o coração à conversão e acolhe o seu perdão!
A presença da sua Palavra  no meio de nós
é luz que incomoda, verdade que purifica,
graça que nos desafia a sair da incoerência incensada!

A liturgia deve ser expressão de uma vida que dá glória a Deus!
A bondade e a justiça são incenso oferecido com humildade
na família e no trabalho, no descanso e na solidão!
Não podemos ficar satisfeitos com longas orações
e depois usamos a mesma língua para a mentira
e para longas murmurações e juízos temerários!
Achamos muito oferecer ao Senhor uma vela ou uns trocos,
e depois achamos normal recorrer à corrupção,
fazer no escondimento o que não queremos que a luz revele!

Senhor, perante a Fonte do Dom, que tenho eu para Te oferecer?
Tudo Te pertence, a não ser as más ações, a mentira camuflada,
a indiferença fria, o rancor teimoso, a idolatria infiel!
Desculpa as vezes que procuro ser praticante de ritos,
mas desleixo a prática da caridade e da misericórdia!
Nossa Senhor do Carmo, Mãe da profecia,
ensina-nos a oferecer sacrifícios agradáveis ao Senhor! 

domingo, julho 15, 2018

 

15º Domingo do Tempo Comum


Para se realizar na plenitude dos tempos: instaurar todas as coisas em Cristo. (Cf. Ef 1,3-14)

Deus olha a história à luz da eternidade:
vê as criaturas como filhos de Deus no Filho,
os pecadores como santos e irrepreensíveis no sangue de Cristo,
os desgraçados como agraciados pelo seu Espírito!
A profecia e o apostolado colaboram neste projeto eterno
de instaurar tudo e todos na Trindade pela porta de Jesus!
Por isso, a missão é tão urgente para a salvação da história!

A urgência da missão tem feito surgir na Igreja
milícias espirituais, movimentos, associações…
para que tudo seja instaurado em Cristo!
A pressa e a impaciência leva alguns grupos à impaciência,
à estratégia atemorizadora, ao fundamentalismo agressivo…
ou ao desânimo perante o pouco fruto e a resistência!
Quem quer anunciar Cristo como salvador,
deve seguir a sua via de pobreza, de humildade, de mansidão,
de paciência, de testemunho comunitário e eclesial!

Senhor, louvado sejas pelos grandes projetos que tendes para nós!
Bendito sejas pelo teu Filho, Jesus Cristo, 
e pelo dom do teu Espírito, luz na via do amor!
Obrigado porque nos escolhestes desde a eternidade
para sermos santos e colaboradores nesta bela missão
de instaurar todos na comunhão com Deus, por Jesus Cristo!
Ajuda-nos a ser missionários em Igreja,
segundo o espírito das Bem-aventuranças!

sábado, julho 14, 2018

 

Sábado da 14ª semana do Tempo Comum – S. Camilo de Lelis


Ouvi então a voz do Senhor, que dizia: «Quem enviarei? Quem irá por nós?» (cf. Is 6,1-8)

O Senhor do universo é santo
e a sua glória enche a terra como o oxigénio da vida!
É à luz da sua santidade que nos descobrimos lábios impuros,
mas é ao som da sua Voz que nos sentimos interpelados
a ser enviados, a partir como colaboradores da sua missão!
A natureza da nossa vida é ser vocação e missão!

A cultura do “selfie” fecha a porta à entreajuda,
é surda à voz de envio, evita ajudar e ser ajudado!
Por um lado, andamos telecomandados pelos fazedores de opinião
e, por outro, a dizer permanentemente “não preciso de ajuda”,
“não quero que ninguém me oriente nem ensine”!
É por isso que a natureza está descuidada,
a vida anda ansiosa, febril e solitária,
a relação é virtual e foge do encontro e diálogo real,
o Senhor encontra muito poucos disponíveis para enviar!

Senhor, curvo-me perante a tua glória que nos envolve,
como Fonte da vida, dom intangível que nos alimenta!
Não somos dignos da tua Santidade, mas é ela que nos cura
e nos envia em missão como fermento de salvação!
Dá-nos a humildade de buscar a tua vontade,
para que, ao partir, não vamos em nosso nome,
mas busquemos apenas ser sacramento do teu Amor!
S. Camilo de Lelis, ensina-nos a ser missão de cura!

sexta-feira, julho 13, 2018

 

6ª feira da 14ª semana do Tempo Comum – S. Henrique


Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei generosamente. (cf. Am 14,2-10)

O Médico que nos cura é o Pai que nos ama!
Por mais infidelidades que pratiquemos,
Deus continuará a ser nosso Pai e o Seu Filho nosso Irmão
e o Espírito Santo nosso Advogado nas perseguições!
Somos cordeiros enviados para o meio de lobos,
que às vezes preferimos ser lobos no meio de cordeiros!
Deus é a nossa força e salvação!

Hoje há pouco investimento na cura da infidelidade!
Cada um empina o nariz e prefere quebrar que torcer!
Daí as desistências no matrimónio, 
as guerras políticas, as desavenças familiares,
a dificuldade em pedir perdão até ao Senhor da misericórdia!
Todos preferem ser lobos no meio de cordeiros e de lobos,
do que cordeiros no meio de lobos e cordeiros!
Até politicamente estão a ganhar eleições o lideres “lobos”,
autoritários, populistas, arrogantes, vozeirões! 

Senhor, Coração generoso em amar e perdoar,
dá-nos um coração bom, semelhante ao Vosso!
Que o Espírito Santo nos ajude a ser 
prudentes como as serpentes e simples como as pombas!
Jesus, Mestre e Médico da fidelidade,
ajuda-nos a compreender o que significa
ser enviado em missão como cordeiro para o meio de lobos!
Faz de mim instrumento da tua paz!

quinta-feira, julho 12, 2018

 

5ª feira da 14ª semana do Tempo Comum


Mas não compreenderam que era Eu quem cuidava deles. (cf. Am 11,1-4.8c-9)

Deus é amor não compreendido e nem sempre amado.
As suas entranhas movem-se de compaixão
pela fragilidade das criaturas que andam errantes sem se dar conta!
Ensina-nos a andar com a luz da sua Palavra,
inclina-se para nos alimentar com a força da sua graça,
envia-nos o seu Filho e o seu Espírito para nos recriar no amor
e envia-nos em missão a dar de graça o que recebemos de graça!

Vivemos num mundo que é um mistério de doação!
Respiramos o oxigénio sem compreendermos o milagre da vida!
Puxamos pela inteligência sem compreendermos o dom da sabedoria!
Lutamos por ser o maior sem compreendermos o dom da paz!
Negamos a Deus sem compreendermos a Mão que nos sustenta!
Desaprendemos de saber ler a natureza,
os sinais impercetíveis deixados pelo Senhor da Vida
e agimos como o filho ingénuo que diz mal dos pais que o cuidam!

Senhor, mostra-nos o teu Rosto e desperta-nos para a verdade da fé!
Liberta-nos da ilusão de sermos deuses e das miragens da idolatria,
para que o nosso tesouro não seja ouro nem prata,
mas mão amiga que ajuda a caminhar e serve com amor!
Anda tanta gente sem rumo e a destruir-se,
e eu para aqui com olhar inativo como espetador da desgraça!
Faz de nós discípulos e missionários agradecidos e ativos
na tua missão de salvar e ajudar a caminhar na arte de amar!

quarta-feira, julho 11, 2018

 

S. Bento, Abade


Se aceitares as minhas palavras… compreenderás o temor do Senhor e alcançarás o conhecimento de Deus. (cf. Prov 2,1-9)

Bento busca a sabedoria e a prudência
e encontra-a em Deus, na sua Palavra e no seu encontro.
Deixa tudo, o ruído da vida, e concentra-se na montanha.
A sua regra harmoniza a oração, o trabalho e a vida comunitária!
A beleza da liturgia evangeliza, 
o empenho no trabalho e no estudo sustenta o saber,
a hospitalidade partilha a caridade!
Que belo oásis do Evangelho de Jesus Cristo!

A cultura atual fez de nós consumidores compulsivos.
As soluções para satisfazer as nossas necessidades
estão sempre fora de nós, à distância de um clique ou do dinheiro!
O tempo livre é para consumir ruídos, estímulos, imagens,
bebidas, comidas, sensações, drogas, encontros virtuais…
Ficar só, à espera, em silêncio, desconectado… cria pânico!
O contemplativo descobre no seu próprio ser a fonte, 
ligada ao Infinito e aos outros, onde satisfaz a sua sede!
E afinal a paz e a alegria são hóspedes esquecidos!

Senhor, o ruído, a altos decibéis, impede-nos de escutar;
o desejo não domesticado impede-nos de discernir;
corremos simplesmente como criança caprichosa!
Ensina-nos a parar para escutar a tua Sabedoria de paz,
a juntar-nos para celebrar a tua presença de esperança
e a redescobrirmos a harmonia original de seres integrados
na natureza, na sociedade, na Igreja, connosco mesmos!
S. Bento, nunca como hoje precisámos tanto da tua regra de vida,
ensina-nos a viver de forma comunitária, saudável, sábia e santa!

terça-feira, julho 10, 2018

 

3ª feira da 14ª semana do tempo Comum


Já que semeiam ventos, colhem tempestades. (cf. Os 8,4-7.11-13)

Com Jesus a compaixão montou a sua tendo na história
e revela-se desde sempre e para sempre no coração de Deus!
Deus semeia a sua Palavra de aliança e de misericórdia
e colhe paciente grão de profecia e santidade ali e acolá;
chama muitos a colaborar na sua missão,
mas poucos são os que respondem com fidelidade!
Faz-se dom, mas muitos apropriam-se dele,
ficando surdos à partilha e à sementeira em missão!

A urgência do prazer sonhado no instante,
tira-nos a lucidez da projeção dos frutos!
A vida transforma-se num semear sem projeto:
semeiam-se experiências aventureiras 
e colhem-se dependências viciantes!
Semeiam-se orgias e colhem-se dores de barriga!
Semeia-se individualismo e colhe-se solidão!
Semeia-se lixo e colhem-se poluição e desequilíbrios!
Semeia-se ódio e vingança e colhem-se guerras!
Semeiam-se infidelidades e colhem-se divórcios…!

Senhor, andamos como ovelhas sem pastor,
em fuga do medo e em busca do prazer fácil,
sem olharmos o caminho com horizonte e meta!
Dá-nos o dom do discernimento na hora das opções,
para que possamos semear o que queremos colher!
Cura-nos da surdez e distrações 
que nos impedem escutar a tua Palavra,
e semeia em nós a luz que gera vida pessoal,
ambiental, eclesial, política  e social!
Manda operários para tua messe e que nós sejamos um deles!

segunda-feira, julho 09, 2018

 

2ª feira da 14ª semana do Tempo Comum


Desposar-te-ei segundo a justiça e o direito, com amor e misericórdia. (cf. Os 2,16.17b-18.21-22)

Deus é amor e misericórdia, apaixonado pelo seu povo.
Aproxima-se de nós para nos conquistar o coração,
não para nos condenar pelas nossas infidelidades!
Quando nos deixamos atrair pelo poder do seu amor,
manifestado em Jesus Cristo, Deus-connosco,
as nossas doenças ficam curadas pelo toque da fé
e as nossas mortes são despertadas para Mão da vida!

A relação esponsal, entre o homem e a mulher,
deve ser caraterizada pelo amor e a misericórdia!
A relação de interesse (carência de prazer, fuga da solidão,
suporte de poder económico e afirmação social,
desejo de ter filhos e afirmar-se pela descendência…)
deve evoluir para a relação de amor (alegria de estar juntos,
desejo de querer bem, liberdade de partilha,
felicidade de construir um projeto juntos,
beleza e segurança de um amanhã fecundo…)!
Mas deve também ser uma relação misericordiosa,
pois é uma projeto grande com pessoas frágeis,
inacabadas, inconstantes, egoístas, infiéis, aventureiras... 
que precisam de perdão mútuo para cicatrizar as feridas!

Senhor, Esposo desta Igreja, santa e pecadora,
como é belo me amares neste Corpo Místico
e me justificares pela tua misericórdia infinita!
Na Eucaristia faço memória do teu amor até à morte
e no sacramento do Matrimónio entrevejo o quanto nos amas!
Liberta-nos da idolatria na abundância da saúde e do poder,
e conduz-nos à simplicidade duma fé que confia sempre
e à humildade de um acolhimento da tua graça e misericórdia!
Como é bom acordar e sentir que nos esperas com a tua Palavra,
com o dom de um novo dia, pensado e abraçado pela tua paixão!

domingo, julho 08, 2018

 

14º Domingo do Tempo Comum


É a esses filhos de cabeça dura e coração obstinado que te envio. (cf. Ez 2,2-5)

Deus não desiste de salvar o seu povo.
Sabe que é um povo de coração obstinado,
limitado na fé, desejoso de poder e de glória,
mas Ele manifesta-se na profecia humilde e paciente,
e envia o seu Filho revestido de carpinteiro nazareno!
A Igreja é chamada a esta presença profética,
quer o mundo a escute ou não, porque esta é a sua missão!

O caminho da fé é difícil de palmilhar,
pois exige confiança e entrega sem a recompensa na mão!
O afã pelo sucesso paralisa a missão!
Como o mundo parece que não ter sede de Deus
e acha rebaixamento perdoar a quem nos ofende,
muitos cristãos silenciam o seu testemunho
e desistem de anunciar o Evangelho da Vida em Jesus Cristo!
A paciência e persistência profética é o primeiro sinal de fé!


Senhor, em tudo Te encontro e me escapas,
quando penso conhecer-Te e me surpreendes!
Chamas-me a ser ministro da reconciliação,
quando ainda nas minhas entranhas combato a divisão,
luto por perdoar gratuitamente, caminho durante a noite da fé!
ConTigo quero ser humilde servo, confiante na Primavera, 
quando se tirita de frio no pino do Inverno!
ConTigo descanso tranquilo pois a aurora nos espera!
Aceito semear a Palavra da esperança, 
mesmo em terrenos inóspitos,
pois a missão profética alimenta-se e vive do dom da fé!

sábado, julho 07, 2018

 

Sábado da 13ª semana do Tempo Comum


Naquele dia voltarei a erguer a tenda arruinada de David. (cf. Am 9,11-15)

Deus ama as suas criaturas como um Pai aos seus filhos.
Escolhe o seu Filho como Esposo do seu povo,
que desceu à história para conquistar o coração dos arruinados!
A “Tenda de David” será restaurada imensa e sem fronteiras,
onde todos podem entrar com vestes novas de festa,
sem remendos nem fermento velho,
numa Igreja com raízes apostólicas e mesa para todos os povos!

Restaurar a Igreja, não é voltar a qualquer tempo específico da Igreja,
pois a cada tempo a sua resposta evangélica do Espírito,
mas entrar num processo de conversão que faz da Igreja
a mesma transparência de Cristo em linguagem de hoje!
Não é uma questão de ritos, de língua latina, de vestes…
mas de profecia que discerne, de testemunho que interpela,
de alimento do sonho que comanda a vida!
Tudo o resto é um “vira o disco e volta atrás!”
Restaurar a fé de um jovem, não é querer que volte a ser criança,
mas fazer tudo para que seja um adulto na fé!

Senhor, a paixão eterna com que nos amas,
me surpreende e me maravilha!
Porque tal paixão pelo tão nada que somos,
numa recorrente infidelidade que nos desfeia?
Só o teu Olhar nos pode restaurar a beleza e dignidade perdida!
Envia-nos o teu Espírito e ajuda-nos a amar divinamente,
a ser odre novo com veste de festa,
para acolher cada dia  o vinho novo do Evangelho
e asilar na Tenda da Igreja todos os que em Ti procuram cura!

sexta-feira, julho 06, 2018

 

6ª feira da 13ª semana do tempo Comum – S. Maria Goritti


Fome de ouvir a palavra do Senhor. (cf. Am 8,4-6.9-12)

Jesus é o Pão da Vida, dom do Céu,
que sacia e orienta o rumo da justiça e do amor.
A anemia da Aliança gera fome de interesse egoísta,
sede de exploração do mais fraco, esquecimento da ética!
Jesus chama-nos da banca de cobrador de impostos,
da vingança de ressentimentos, da cobiça das riquezas,
e senta-nos à mesa da misericórdia
e trata-nos no hospital aberto aos pecadores!

O rebanho corre atrás do carneiro líder, 
que umas vezes é o marketing, outras a moda, 
outras a miragem da sorte, outras a dependência do prazer,
outras a ilusão do poder e da fama…
Estas fomes levam ao desnorte em fuga,
à instrumentalização do outro e da mentira!
A fome da Palavra de Deus é a escuta lenta e paciente,
o acordar da hipnose, o saborear a relação,
o esperar tranquilo a aurora da promessa eterna!

Senhor, Tu és a Palavra que nos conduzes,
o Bom Pastor que nos sacias na Fonte da Misericórdia!
Tenho fome de Ti, mas muitas vezes assaltam-me outras fomes,
dá-me força e discernimento para resistir a estas tentações!
Que o teu Espírito nos purifique a fonte dos desejos
e nos dê fome e sede de fraternidade, de esperança e de fé!
S. Maria Goritti, jovem pura e confiante, 
que não se vende um prazer, ajuda-nos a ser fortes e livres!

quinta-feira, julho 05, 2018

 

5ª feira da 13ª semana do Tempo Comum


Foi o Senhor que me disse: ‘Vai profetizar ao meu povo de Israel’. (Cf. Am 7,10-17)

A profecia é uma missão de Deus,
não uma profissão, um ganha-pão ao serviço do poder!
O profeta transmite o que Deus lhe diz,
não o que agrada às pessoas e ao poder de turno.
Jesus é a Palavra encarnada que cura paralisias físicas,
mas acima de tudo cura a raiz espiritual que as adoece!
A redenção é um sinal da presença do Reino de Deus!

Para saber o tipo renovação da Igreja e da Vida Consagrada,
muitas vezes se fazem inquéritos de opinião
para perceber o que a maioria espera e quer da Igreja.
Neste sentido, “renovação” seria adequação da Igreja ao mundo,
fazer da Igreja uma mensageira da maioria,
uma expressão cultural do nosso tempo!
É certo que a Igreja deve estar encarnada neste mundo,
mas a sua natureza é profética, por isso, 
deve procurar perceber o que Deus quer para este mundo, 
como deve ser Luz e fermento de renovação, 
como deve ser sacramento de salvação!

Senhor, fonte de vida e de salvação,
obrigado porque nos chamas a todos
a colaborar na tua missão, cada um segundo a sua vocação!
Abre-nos à escuta da Tua Palavra e do teu Espírito,
e fortalece em nós a profecia e a liberdade para sermos fiéis
àquilo que nos pedes para dizer e fazer e não o que desejam de nós!
Dá à tua Igreja o dom da ousadia profética e da santidade,
para que seja no tempo a Voz da eternidade,
nas trevas a Luz que revela a verdade escondida,
na guerra a Paz que reconcilia e dá esperança!

quarta-feira, julho 04, 2018

 

4ª feira da 13ª semana do Tempo Comum – S. Isabel de Portugal


Procurai o bem e não o mal, para que vivais. (cf. Am 5,14-15.21-24)

Deus é sempre o mesmo, fiel e misericordioso,
oceano de amor, justiça que desafia à conversão!
Jesus é o vencedor do mal, que se auto-destrói!
Deus quer-nos puros e santos na liturgia, 
mas também na vida quotidiana!
Religião sem justiça e santidade de vida
é festa para nos incensar, não celebração de louvor ao Senhor!

Facilmente, pois é mais cómodo, 
separamos o sagrado do profano, a liturgia da vida!
Vestimos vestes brancas e festivas na liturgia,
mas no dia-a-dia sujamos as mãos e a língua
com murmurações, julgamentos, injustiças e mentiras!
Pensamos assim enganar a Deus como enganamos os outros!
Deus detesta a incoerência e a hipocrisia
e aprecia a humildade e a verdade de quem se sente frágil!

Senhor, Tu conheces o meu coração pobre e pecador,
e como preciso da tua graça e do teu perdão
para poder viver como irmão e ser tua missão!
Ensina-nos a celebrar a memória do teu Filho,
para não esquecermos a tua aliança no dia-a-dia!
Como S. Isabel, ajuda-nos a ser piedosos e santos,
pessoas de paz e comprometidas com os mais pobres!
S. Isabel de Portugal, rogai por um país mais justo 
e coerente com a fé que diz professar!

terça-feira, julho 03, 2018

 

S. Tomé, Apóstolo


Em união com Cristo, também vós sois integrados na construção. (cf. Ef 2,19-22)

Cristo faz de nós amigos de Deus, concidadãos do Céu, 
pedras vivas do Templo do Espírito Santo!
Os apóstolos, discípulos chamados pelo Senhor,
a testemunhar a Palavra ouvida e sentida,
são os alicerces desta Igreja, união visível de Cristo!
Tomé ensina-nos que Cristo ressuscitado se vê,
não a partir de fora e da nossa descrença,
mas a partir de dentro, da Igreja, em celebração pascal!

A união com Cristo deve ser sacramental
e não apenas espiritual e virtual!
Não basta rezar ou seguir a missa pela TV, rádio ou internet,
mas é preciso ir, participar, sentir a comunhão real!
Não basta assistir tudo a partir da nossa casa,
mas é preciso sair e ir à casa comum da Igreja,
para celebrar juntos, cada um com o seu ministério,
o mistério do encontro e da memória de Cristo!
Viver do que se ouviu falar, sem buscar experimentar,
é optar por ser espetador, estrangeiro em casa!

Meu Senhor e Meu Deus, foi neste Igreja que Te encontrei,
Te escutei, Te segui, Te respondi, Me reconciliei, Te anunciei…!
Às vezes custa-me sair de mim e ir ao encontro de irmãos,
reunidos na mesma fé, mas nem sempre no mesmo sentimento,
mas é aí que estás para me ensinar a amar o diferente,
a perdoar o que me ofende ou perturba, a integrar o perdido!
Às vezes tenho a tentação de procurar a celebração que gosto,
onde me sinto bem e não tenho que sair de mim!
S. Tomé, evangelizador da Índia, 
ajuda-nos a sair da incredulidade e do comodismo,
para, unidos a Cristo, nos tornamos continuadores da sua Missão! 

segunda-feira, julho 02, 2018

 

2ª feira da 13ª semana do Tempo Comum


Confundem o caminho aos pequenos. (cf. Am 2,6-10.13-16)

Deus é luz e verdade acessível aos simples.
Nele não há engano nem ilusão,
embora o caminho seja estreito e o poder serviço!
Jesus, que não se ostenta, é o Mestre a seguir,
a Vida que brilha nas trevas com exigências de radicalidade!
Praticar a injustiça e confundir os pequenos,
são crimes que atentam contra a verdade e o amor de Deus!

O ilusionismo entrou não teatro da vida.
O importante é o espetáculo do saber apresentar,
envolver, criar novas necessidades, hipnotizar…
Tudo parece um cenário de sonho e de modas,
que cria dependências e faz que os pequenos se sintam grandes!
É assim que se começa a fumar e a beber, 
se alimenta a indústria da diversão noturna, se adorna a festa, 
e se transforma o sacramento do matrimónio num “reality show”!

Senhor, Tu és a verdade que radiografia a mentira,
o eterno que se esconde no presente, 
os bastidores do palco de teatro onde se representa o que não se é!
Ajuda-nos a saber usar o poder e o saber para servir e cuidar,
e liberta-nos da tentação de sermos predadores do incauto!
Ilumina-nos o caminho do seguimento do teu Filho,
onde a vida é obediência ao Pai e o amor é entrega de vida!

domingo, julho 01, 2018

 

13º Domingo do Tempo Comum



O que nasce no mundo destina-se ao bem. (cf. Sab 1,13-15; 2,23-24)

Deus é amor e fez-nos reflexo do seu coração.
É grande o projeto do Criador,
mas o pecado adoece a criatura,
de hemorragias crónicas e mortes prematuras!
A sua presença, como aliança misericordiosa,
é presença próxima que cura,
Palavra que ordena a Vida adormecida!
Jesus é o Pão da Vida que sustenta e se faz dom,
contra a tentação da obesidade do egoísmo que mata!

Há pessoas que parece que nasceram para fazer o mal.
São uma imagem desfigurada do Criador
e uma imagem amedrontadora do Tentador!
Há vidas de feridas abertas que se esgotam
e vivem a custa de transfusões de sangue dos outros!
É uma dependência que pesa e incomoda,
pois sobrecarrega com a sua cruz os ombros dos outros!
Bela é a vida que se descobre fonte de amor,
que se dá sem se perder, que partilha e faz crescer a alegria!

Senhor, contemplo-Te grande e despojado,
graça e misericórdia, a Quem posso tocar na fragilidade!
Confio em Ti e busco a tua Face,
deixando-me recriar à tua imagem e semelhança,
como projeto destinado a fazer o bem!
Livra-nos, Senhor, da tentação da vingança,
do olhar mau e soberbo, do desejo egoísta e interesseiro,
do sabor a vitória que mata e adoece!
Ajuda-nos, Senhor, a ser cristãos, “outros Cristos”!


This page is powered by Blogger. Isn't yours?