sábado, abril 30, 2022
Sábado da 2ª semana da Páscoa, S. Pio V
Quiseram então recebê-l’O no barco mas logo o
barco chegou.
(cf. Jo 6,16-21)
O barco da missão
da Igreja, sem Jesus,
é mar encrespado,
esforço inútil, ventos contrários.
Para que a missão
da Igreja seja fecunda,
é preciso querer
acolher Jesus e Nele confiar,
pois a origem e a
meta da missão nasce da fé,
rema segundo a
Palavra do Evangelho,
deseja
ardentemente levar Cristo à outra margem.
A Igreja é missão,
não é mera manutenção.
A missão é de
Cristo e deve ser realizada em nome Cristo.
A Igreja vive para
levar Cristo e propô-Lo como Salvador.
Sem Cristo, a
Igreja é uma mera associação de pessoas,
uma ONG solidária
e de caráter humanitário,
igual a tantas
outras, com os mesmos objetivos e pecados.
O missionário não
é um funcionário, que rema por salário,
mas um enviado por
Cristo, testemunha da sua graça e salvação.
Senhor, o tempo em
que vivemos é uma noite,
sacudida pelos
ventos da tempestade,
em que parece que
nos cansamos de remar inutilmente!
Será que não Te
demos lugar na nossa barca
e nos apoderámos
da tua barca, como senhores de nós mesmos?
Aumenta, Senhor, a
nossa fé e guia-nos pelo teu Espírito,
para que rememos
com alegria e esperança,
contigo ao leme e
o Pão da tua Palavra e da Eucaristia
a saciar a fome de
amor, de sentido e de objetivo.
sexta-feira, abril 29, 2022
6ª feira, S. Catarina de Sena, Padroeira da Europa
Ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a
quem o Filho o quiser revelar. (cf.
Mt 11,25-30)
Só quem vive no
mistério de Deus é que o conhece.
A Santíssima
Trindade é uma comunhão de amor,
que não vive para
si mesma, mas porque é amor,
quer integrar toda
a criação nesta relação amorosa.
Deus revela-se aos
simples, como Catarina de Sena,
pois estão abertos
à novidade do mistério de Deus,
revelado em Jesus
de Nazaré, oferecido por nós numa cruz!
O direito à
opinião democratizou-se.
Todos se acham no
direito de opinar sobre tudo e sobre todos,
partindo do
direito à livre expressão e não do conhecimento,
humilde e experimentado,
limitado e dinâmico.
Também sobre a fé
e a Igreja, há opiniões formadas,
gritadas e
impostas, “pois eu bem sei que é assim
e tenho o direito
a ter a minha opinião”.
Gosto de ouvir
agnósticos humildes dizer:
“gostava de ter fé,
mas parece que não recebi este dom”!
Senhor Jesus,
busco-Te no infinito e encontro-Te atrás de mim,
sustentando a
história, ensinando-me no interior silencioso.
Conheço-Te por
lampejos em festas dominicais
e no comum das
rotinas pressinto a tua sombra,
pois o amor traz
paz e alarga o coração ao diferente.
Quanto ainda tenho
que aprofundar para Te conhecer
e amar gratuitamente
para contigo me parecer!
S. Catarina de
Sena, ajuda-nos a compreender:
que o “amor por
Deus e pelos outros são uma só coisa”!
quinta-feira, abril 28, 2022
5ª feira da 2ª semana da Páscoa, S. Luís Maria Grignion de Montfort e S. Pedro Chanel
Aquele que Deus
enviou diz palavras de Deus. (cf. Jo 3,31-36)
Jesus é o Filho de
Deus, o enviado do Pai.
Ele fala da sua
experiência divina na Trindade,
é a própria
Palavra de Deus, como testemunho e fidelidade.
Os discípulos de
Jesus são chamados a ser apóstolos,
a anunciar o
Evangelho de Jesus, iluminados pelo Espírito.
A certificação do
enviado é-nos dada pelo seguimento fiel de Jesus
e a coerência de
vida e pregação com o Evangelho.
Os cristãos, os
consagrados, os sacerdotes… de que é que falamos?
Quando falamos de
guerra escuta-se a voz de Cristo?
Quando discorremos
sobre os refugiados e migrantes,
parecemos irmãos a
falar de irmãos desaventurados?
Quando falamos de
pessoas que não gostamos,
que juízos fazemos,
com que murmurações os desfiguramos?
Quando falamos da
Igreja, parecemos comentadores de fora,
ou membros e
irmãos, todos a necessitar de conversão?
Senhor, desculpa
as vezes em que usamos o teu Nome
e falamos em teu Nome,
mas defendemos ideias próprias,
que não têm nada a
ver com Evangelho.
Obrigado, porque
apesar de não sermos perfeitos,
o teu Espírito
continua a usar estes fracos instrumentos,
para levar para a
frente a obra da tua graça e da tua Missão.
S. Pedro Chanel e
S. Luís de Montfort rogai por nós,
para que inspirados
por Maria, nossa Mãe,
possamos ser
inflamados pelo fogo da evangelização!
quarta-feira, abril 27, 2022
4ª feira da 2ª semana da Páscoa
Quem pratica a
verdade aproxima-se da luz. (cf. Jo 3,16-21)
A luz de Deus
ilumina a consciência
e revela a maldade
das ações e das intenções.
Confessar o pecado
é um ato iluminado pela luz,
que busca a verdade,
a misericórdia e a conversão.
Jesus é esta luz
que revela o mal para o curar,
como médico amigo
que atua gratuitamente.
Ele prefere ser
médico do que juiz, luz do que sentença!
O corrupto tem
medo de ser descoberto
e, por isso, atua durante
a noite,
tenta comprar os
que o conhecem,
vende mentiras e
camuflagens,
subverte a justiça
e a comunicação social.
Quem se habitua a
viver de mentiras e de aparências,
já está condenado,
é apenas uma questão de tempo!
Só a verdade nos
liberta e a misericórdia nos salva!
Senhor, luz que me
conhece com amor redentor,
ilumina a minha
vida e cura os tumores escondidos,
que me adoecem e
me consomem as energias e a alegria.
Espírito Santo, abre-me
à ação questionadora do Evangelho,
que põe em causa o
que toda a gente faz e uma certa esperteza,
numa profecia
humilde e audaz, que busca a conversão,
terça-feira, abril 26, 2022
3ª feira da 2ª semana da Páscoa
Todos devem nascer
de novo. (cf. Jo 3,7b-15)
O Filho de Deus
quis nascer de novo
ao assumir a sua
missão de descer do Céu e encarnar.
Jesus nasceu de
novo ao entregar a sua vida na cruz,
morrer e
ressuscitar, enviar-nos seu Espírito e
voltar ao Pai.
Cristo nasceu de
novo quando assumiu ser a cabeça da Igreja
e atuar por meio
dela, criando comunhão na diversidade,
renovando a sua
aliança com o remédio da misericórdia.
Cada etapa da
nossa vida é um nascer de novo.
O primeiro nascimentos
acontece no encontro
dos dois gametas
paternos que criam um novo ser.
Sair da placenta é
nascer de novo, sem cordão umbilical,
exposto ao ar, à
temperatura, à necessidade de comer…
Começar a andar e
a falar é nascer de novo.
A escola e a adolescência
é nascer de novo.
A entrada no mundo
do trabalho e as opções de vida
(casamento,
celibato, solteiro, viúvo, separado…)
é um nascer de
novo permanente.
A reforma do trabalho,
uma doença, a dependência,
a morte é um nascer
de novo permanente!
Senhor, fui
chamado a nascer de novo no Batismo,
desculpa se me
recusei nascer e viver como filho de Deus.
Bom Mestre, chamaste-me
a renascer como consagrado,
perdoa se Te dei
apenas fragmentos ou momentos limitados.
Espírito Santo, a
vida está cheia de desafios novos,
guia-nos nas etapas
e encruzilhadas da vida,
para que saibamos nascer
de novo e compreender a tua vontade.
Faz desta vida uma
gravidez de santidade
para que possamos
um dia nascer filhos de Deus perfeitos!
segunda-feira, abril 25, 2022
2ª feira, S. Marcos
Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor
cooperava com eles.
(cf. Mc 16,15-20)
Jesus é o pioneiro
da missão, nós seguimos os seus caminhos.
A Igreja é
sacramento de salvação quando evangeliza
e deixa Jesus cooperar
com a sua graça e os seus dons.
Somos embaixadores
da graça e da misericórdia de Deus,
que atua no mundo
de forma invisível e fiel.
S. Marcos, companheiro
de Pedro e de Paulo,
anunciou o Evangelho
pela Palavra escrita.
A Igreja corre o
risco de esquecer o “ide em missão”
e ficar-se pelo “acolher”,
“conservar”, “manter”, “resignar-se”.
A pandemia veio
acentuar esta tendência conformista,
pois era bom que
os templos não estivessem cheios,
que houvesse
espaço suficiente entre as pessoas.
E de porta-aviões
para voar e criar comunhão,
a Igreja passou a
ser armazém e museu de aviões luzidios,
mas que já não
estão disponíveis para sair e voar!
Senhor, andamos
entretidos com um pequeno resto
e despreocupados com
a grande massa humana
que caminha sem
rumo nem esperança na vida eterna.
Desculpa a nossa
desobediência e comodismo,
pois o teu coração
continua a sofrer por ver tantas
ovelhas perdidas a
alegremente envelhecer e a morrer.
S. Marcos
ajuda-nos, hoje, a escrever o Evangelho
nos pergaminhos que
as pessoas consultam e leem.
domingo, abril 24, 2022
2º Domingo de Páscoa – Domingo da Divina Misericórdia
Recebei o Espírito
Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados;
(cf. Jo 20,19-31)
A Divina
Misericórdia ressuscitou da morte
e manifesta-se
como paz, dom e reconciliação.
Voltou, não para
se vingar da morte inocente,
mas para retificar
a aliança e nos dar a paz do amor.
Dá-nos o seu
Espírito e faz de nós ministros da reconciliação,
artífices da paz,
promotores do perdão,
intercessores dos
pecadores, missionários da misericórdia.
A Divina Misericórdia
reveste a humana misericórdia,
abrindo-a ao amor
incondicional ou seja cristão.
A vida sem
relações de amor e de perdão,
é uma morte antecipada
e um inferno autocriado.
Só a misericórdia
nos liberta dos ofensores,
nos repousa com o
coração leve e pacífico,
nos faz olhar para
o presente e o futuro
com esperança,
alegria e confiança.
Alimentar a guerra
e a vingança,
deforma o adversário,
bestializa as relações,
justifica a
destruição e faz da morte números de estatística.
Divina
Misericórdia, fonte eterna de amor,
oceano inesgotável
de perdão e dom de paz,
dá-nos o teu
Espírito e renova o nosso coração.
Liberta-nos dos
nós que fazemos com o ressentimento,
paralisando-nos no
passado doloroso e injusto,
e mobilizando todas
as energias para a vingança,
o ódio, a
angústia, o amuo, a murmuração, a guerra.
Faz de nós
cristãos a sério, ministros da reconciliação,
construtores de
pontes, cuidadores da vida!
sábado, abril 23, 2022
Sábado da Oitava da Páscoa
Censurou-os pela sua
incredulidade e dureza de coração, porque não acreditaram naqueles que O tinham
visto ressuscitado. (cf. Mc 16,9-15)
Jesus revela-se vivo àqueles
que quer e como quer.
A fé no Ressuscitado é
fruto de uma busca
e de uma confiança no
testemunho daqueles que O encontraram.
O “ide por todo o mundo e
anunciai o Evangelho”
supõe o “acolhei o Reino
de Deus, arrependei-vos
e acreditai naqueles que
vos anunciam Cristo vivo”.
A nossa Páscoa supõe um
coração aberto e confiante
à forma nova como Cristo
se quer revelar a cada um de nós!
Conseguimos conjugar duas
atitudes contraditórias:
aversão e descrença a
tudo o que é religião histórica
e ingenuidade e crença
acrítica a tudo o que são superstições,
promessas populistas e
afirmações sedutoras de marketing.
O grande desafio é ver os
frutos que cada coisa dá,
saber olhar para trás e avaliar
graus de verdade e de felicidade.
A história revela-nos a
verdade e a sustentabilidade das crenças!
Senhor, desculpa a nossa
incredulidade e dureza de coração,
que aumentam a suspeita
perante os testemunhos de santidade.
Ajuda-nos a estar abertos
às formas sempre novas
com que vens ao nosso
encontro e nos surpreendes vivo.
Faz de nós discípulos e
missionários,
que anunciam sem medo a
boa nova da tua salvação.
E quando não acreditarem
no nosso testemunho,
dá-nos a perseverança profética
de continuar a evangelizar.
sexta-feira, abril 22, 2022
6ª feira da Oitava da Páscoa, Dia Mundial da Terra
Disse-lhes Jesus:
«Vinde comer». (cf. Jo 21,1-14)
Jesus é a aurora
que nos surpreende nas noites da nossa fome.
Sem Ele o trabalho
é um fracasso, não traz alimento;
com Ele e guiados
por Ele a missão é fecunda e abundante.
Ele quer precisar
de nós para alimentar o mundo com o seu Evangelho,
e por isso nos
manda lançar as redes da evangelização,
mas é Ele que
converte e atrai, que alimenta e sustenta.
As brasas do seu
amor misericordioso tornam as nossa palavras
e o nosso
testemunho digerível, alimento que sacia a fé!
A pastoral é
muitas vezes reduzida a aulas de religião,
dinâmicas de grupo,
técnicas de persuasão.
A missão, como
proposta de fé e de alimento de vida,
torna-se marketing
religioso, captação de fiéis e de seguidores.
Sem nos alimentarmos
de Cristo no encontro orante,
sem a escuta da
sua Voz como alimento que nos sacia e guia,
somos uns franco-atiradores
a trabalhar por conta própria,
em busca do
sucesso de números e de admiradores
e não de apontarmos
para Cristo, Eucaristia de vida!
Senhor, talvez
andemos entretidos com muita coisa
e estejamos a
deixar o essencial nas vigílias do trabalho.
Dizemo-nos
cristãos e missionários consagrados,
mas que alimento
temos para oferecer
a quem busca um
alimento saudável e justo,
a não ser as
receitas compradas no senso comum?
Ajuda-nos a
acolher o teu convite: “vinde comer”
da tua Palavra, do
teu Pão, da tua presença, do teu envio!
quinta-feira, abril 21, 2022
5ª feira da Oitava da Páscoa
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu
mesmo; (cf. Lc 24,35-48)
A paz de Cristo respira-se
quando nos reunimos em seu Nome.
O testemunho de fé
e a partilha bíblica
criam as condições
para Jesus se manifestar vivo no meio de nós.
Não é um espírito
nem uma imaginação,
mas é Cristo que
deu a vida por nós na cruz
e agora se
manifesta como Aquele que preside à Eucaristia,
se faz Pão e
Palavra, nos envia o seu Espírito de entendimento
e nos envia em
missão a testemunhar esta Boa Nova.
A maioria das
vezes vamos apenas a “assistir” ao rito da missa,
por isso, para
alguns, tanto faz ir à igreja como ver na TV.
Seria diferente se
alguns pudessem testemunhar
como foi a experiência
de Cristo durante a semana.
Não sendo possível
na grande assembleia dominical,
deveríamos procurar
outras formas de nos encontrarmos,
em grupos
familiares, de vizinhança, de bairro, de movimento…
para lermos juntos
a Palavra de Deus e partilharmos a vida de fé,
com as suas
dúvidas e as suas luzes, com a sua ansiedade e a sua paz.
Senhor, na tua
Páscoa vejo as tuas mãos e os teus pés marcados
com os sinais de
uma vida oferecida pela salvação de todos.
O que dizem as
minhas mãos e os meus pés da minha história?
O que faço e para
onde caminho, como gasto as minhas energias?
Senhor, ajuda-me a
ser as mãos e os pés de quem precisa,
e a boca e os
ouvidos que inspiram paz e Te anunciam.
Faz de nós discípulos
e missionários da tua ressurreição!
quarta-feira, abril 20, 2022
4ª feira da Oitava da Páscoa
Enquanto falavam e
discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho.
(cf. Lc 24,13-35)
Jesus, o
Deus-connosco, camina connosco.
Àqueles que desistem
de Jesus, Jesus não desiste deles,
interroga-os sobre
as suas discussões, sobre as suas tristezas,
sobre os seus desânimos,
sobre as suas dúvidas.
Como companheiro
de jornada, explica-nos a Sagrada Escritura,
desvela-nos o amor
de Deus no Messias crucificado.
As suas palavras
fazem o nosso coração arder com novo ardor,
desejando ter esta
Luz a clarear o nosso caminho:
“Senhor, caminha
connosco, porque anoitece”!
A Missa, que para
muitos é uma obrigação ou uma seca,
é o encontro de
pessoas que buscam seguir Jesus,
muitos cheios de dúvidas
de fé e de interrogações:
porquê a guerra e
a injustiça? Porquê esta doença?
Porquê os meus
problemas na família e no emprego?
A Missa a correr e
meramente ritual,
não dá tempo para
escutar a Palavra de Deus,
olhar e acolher o
irmão que está ao meu lado,
encontrar força e
luz para compreender a vida,
fortalecer a
alegria e a esperança que se faz caridade e missão.
Senhor, obrigado
porque Te aproximas de mim,
quando eu me
afasto de Ti e me questionas os desânimos
e escutas as
desculpas e as tristezas,
e me animas a
recomeçar de novo, remoçado de esperança.
Obrigado pela
Eucaristia, sacramento da tua presença e alimento,
que me faz sair de
casa e fazer a experiência de ser Igreja,
e juntos escutarmos
a mesma Palavra de Bom pastor,
e entrelaçar a
vida quotidiana com a fé,
e mergulhar no
oceano do teu amor pascal,
e partir com o
desejo de ser missão e partilha fraterna.
Fica connosco, para
que não se faça noite na nossa vida!
terça-feira, abril 19, 2022
3ª feira da Oitava da Páscoa
Voltou-se para
trás e viu Jesus de pé, sem saber que era Ele.
(cf. Jo 20,11-18)
Jesus fez do
jardim de morte o novo paraíso.
Ele espera Maria
Madalena, não dentro do sepulcro,
mas fora, no
jardim da aliança, onde a Igreja é a esposa.
Para O reconhecer
é preciso olhar para trás
e escutar a sua
Palavra e o nosso nome na sua boca!
É uma presença
viva e real, mas camuflada de quotidiano,
que só o amor e a
luz da Palavra de Deus nos faz ver!
Há lágrimas que
choram um passado que já passou
e nos impede de
ver o presente com a sua novidade.
São lágrimas de revolta,
de ressentimento, de desespero.
Há formas de olhar
para trás que nos ajudam a ver o novo:
um olhar
discipular e agradecido pelo que se aprendeu,
um olhar
integrador e acolhedor de factos e pessoas,
um olhar
misericordioso e compreensivo,
um olhar de fé e
meditativo que sabe ler as marcas de Cristo.
Senhor, obrigado
pelo dom de mais um dia,
pela maravilha da
tua Palavra a soar no silêncio,
pela luz da
meditação que faz da história salvação.
Ensina-me a olhar
para trás e a reconhecer a tua presença,
na pessoa que
encontra o perdão por meio do meu ministério,
no fiel que Te
comunga na celebração da Eucaristia,
no peregrino da
verdade que Te escuta no anúncio.
Dá-nos a sabedoria
do teu Espírito que nos faz ver o passado,
aprendendo que a
vida é por Ti habitada
e precisa de ser
reconhecida e fazer-se missão.