quinta-feira, janeiro 31, 2013

 

5ª feira da 3ª semana do Tempo Comum


Velemos uns pelos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras, sem abandonarmos a nossa assembleia. (cf. Heb 10,19-25)

Cristo abriu o caminho para o Céu
e, para nos salvarmos, precisamos de confiar nEle,
com fidelidade cada dia e em cada situação nova.
Pelo caminho, vamos ouvindo outras vozes,
entrando na rotina do ensimesmamento,
do contagio mimético com o ambiente em que vivemos,
desistindo de fazer a diferença para ser igual à massa.
Daí a importância de nos ajudarmos mutuamente
e nos estimularmos à fidelidade e à caridade,
construindo uma vida comunitária
que nos ajude a caminhar como corpo, tendo Cristo à cabeça.

Hoje prefere-se a relação pessoal e intimista com Deus,
à comunitária e pública, comprometida socialmente,
como se eu me pudesse salvar sem os outros!
A minha presença habitual na Eucaristia dominical
e a forma como participo e colaboro na Igreja,
pode ajudar e estimular a participação de outros
ou desestimular e afasta-los da comunidade e da fé.
O mesmo acontece com o testemunho na ética e justiça social,
na coerência entre o que se diz e o que se faz.
Isto é válido na família, no convento, na Igreja e na sociedade.

Senhor Jesus, que nos amas como pessoas únicas
e nos queres a caminhar juntos como irmãos,
em direção à Casa Grande do Pai que nos espera,
ajuda-nos a velar por aqueles que colocaste ao nosso lado
e a estimular-nos na caridade e na fidelidade.
Liberta-nos da miopia umbilical da nossa realização pessoal
e da tirania do “hoje não me apetece” ou “vejo a missa na TV”.
Ensina-nos a construir comunidades que sejam
chão fecundo de fé e úteros incubadores de renascimento,
estímulo de caridade na promoção do bem comum
e coro polifónico que louva o Senhor.

quarta-feira, janeiro 30, 2013

 

4ª feira da 3ª semana do Tempo Comum


O Senhor acrescenta: «Hei-de imprimir as minhas leis no seu coração e gravá-las no seu espírito e não Me recordarei mais dos seus pecados e iniquidades».(cf. Heb 10,11-18)

A ação redentora do sacrifício de Jesus
recria-nos radical e integralmente por duas formas:
purificando-nos e perdoando o nosso pecado passado e atual
e imprimindo, com doçura, a Sua Lei de Amor ilimitado
no nosso coração contraído e limitado,
e cheio de espaços cavernosos e envergonhados.
Jesus vai conquistando pouco a pouco as áreas reservadas,
que vamos deixando que Ele conquiste,
purifique e vivifique, tonificando-as de esperança.
Por isso, a verdadeira conversão é a que nasce de dentro
e não a que se representa em exterioridades
para que os outros vejam e se confundam.

O medo e o escrúpulo são sintomas de falta de fé
e de confiança nAquele que perdoa todos os pecados
e esquece o nosso passado perdido,
fazendo festa porque agora nos deixámos encontrar
e descobrimos que é melhor voltar à casa do Pai.
Contabilizar os méritos em sacrifícios e orações
que ainda nos faltam para “ganhar o Céu”,
é dispensar a salvação, como dom e graça,
que brota da fonte da Cruz do Amor incondicional.
A falta de fé atrapalha a ação redentora de Jesus em nós!

Senhor Jesus, oleiro de corações portadores de deficiência,
recria em nós a beleza e a dignidade de filhos de Deus.
Torna-nos dóceis e confiantes à ação do Teu Espírito
para que possas corrigir as deformações e rachaduras
que as nossas violências e medos provocam.
Aumenta em nós a fé e relaxa-nos as defesas
para que possamos entrar nesta aventura do novo
iluminado pelo infinito e fecundado pela beleza,
que semeia vida à sua volta e tem sede de crescer
até à estatura dAquele que venceu a morte.

terça-feira, janeiro 29, 2013

 

3ª feira da 3ª semana do tempo Comum, dia de S. José Freinademetz


Não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado. Então Eu disse: ‘Eis-Me aqui; no livro sagrado está escrito a meu respeito: Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade’». (cf. Heb 10,1-10)

Fazer sacrifícios, oferecer coisas, cumprir promessas
são gestos e atitudes que nos comprometem por uns instantes,
e manifestam alguma generosidade e desprendimento,
mas que não envolvem todo o nosso ser, toda a nossa história.
São instantes de luz num icebergue pouco claro, só meu.

Jesus, não oferece coisas a Deus e aos outros,
oferece-se a si mesmo numa doação total.
E oferece aquilo que O identifica, a própria vontade,
para que seja conduzido apenas,
por Aquele que é a fonte de Tudo, Seu Pai.
A Sua identidade é ser um SIM total à vontade do Pai.
A música que ele toca é celestial e eterna, suave e bela,
pois corresponde fielmente à partitura feita por Deus.
E a missão de Jesus é convencer-nos a todos
a entrar nesta orquestra universal da comunhão e da alegria,
em que todos tocam instrumentos diferentes,
mas todos seguem a mesma partitura
e se deixam conduzir pelo mesmo Maestro interior.

Senhor Jesus, Partitura de Deus, em escala de fraternidade humana,
envia-nos o Teu Espírito, Maestro da sinfonia da fé,
para que eleve em nós o sentido do bem comum
e a importância de corrigirmos as desafinações
que a nossa rebeldia e caprichos provocam.
Ajuda-nos a preocupar mais com o nosso SIM total,
do que com as promessas e sacrifícios pontuais,
que nos descomprometem com a conversão
das raízes e icebergues da nossa vida.
Como S. José Freinademetz, grande missionário na China,
queremos ser todos teus, transparência fiel do Teu Amor.

segunda-feira, janeiro 28, 2013

 

2ª feira da 3ª semana do tempo Comum


Cristo, que se ofereceu uma só vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, não já por causa do pecado, mas para dar a salvação àqueles que o esperam. (cf. Heb 9,15.24-28)

Jesus é o Sumo-Sacerdote do eterno.
A Sua vida não é um dia “sim” e o outro dia “não”.
A Sua vida é um Sim, sem intermitências ao projeto de Deus,
e uma oferta de si mesmo, uma vez por todas na cruz,
sem reservas nem condições.
O seu sacrifício é único e o seu efeito perdura para sempre.

Fazer memória sacramental da sua morte na Eucaristia,
não é repetir a morte de Cristo sobre o altar,
mas é celebrar festivamente o seu Mistério Pascal,
de paixão, morte e ressurreição,
e escutar do Céu, sacramentalmente e com os ouvidos da fé,
a declaração de amor por cada um de nós,
dando-se em banquete de Corpo partilhado
para alimentar em nós a vida de santidade.
A Sua presença real no pão e no vinho consagrados,
é força para os braços arregaçados
que semeiam o trigo e cuidam da vinha
que colhem, esmagam e amassam,
para repartir vida e alentar quem anda perdido.

Obrigado, Senhor, Pão do Céu,
que purificas e renovas os nossos corações impuros.
Obrigado, porque após tantas vezes Te termos traído,
o Teu amor não diminuiu nem desistiu,
mas continua vivo e presente, com a mesma paixão,
a oferecer-se e a repartir-se como pão partilhado
e vinho distribuído em generosidade gratuita.
Aumenta, Senhor, a nossa fé na Eucaristia
e ajuda-nos a corresponder com amor e fidelidade,
a tanto Amor que brota da fonte da Páscoa.  

domingo, janeiro 27, 2013

 

3º Domingo do Tempo Comum


Todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei. (cf. Nem 8,2-6.8-10)

A Palavra de Deus é para ser ouvida e lida.
Bíblias de todos os formatos e em português
estão acessíveis a todos os que as procuram.
Há mesmo muita gente que a adquiriu
mas a arrumou na prateleira
como um tesouro desconhecido.
A Bíblia só fala aberta e meditada,
mas necessita de uma iniciação e explicação
para se entender a sua gramática.

Sempre que nos reunimos em nome de Jesus,
Ele fala por meio dos sinais sacramentais,
pela proclamação da Palavra das leituras bíblicas
e pela explicação feita na homilia,
por isso, é importante que a liturgia fale pelo mistério
e quem lê e explica a Palavra seja claro.
O silêncio interior e exterior,
assim como um ambiente de fé e procura,
são fundamentais na escuta pessoal e comunitária da Palavra.

Senhor Jesus, Palavra viva, sempre pessoal e atual,
obrigado pela Tua comunicação redentora.
Abre-nos ao Hoje da nossa conversão
e conduz os passos das nossas opções e sonhos,
pelos caminhos da vida que fermenta vida,
iluminados pela Tua Palavra vivificadora.  

 

IMPORTÂNCIA VITAL DA PALAVRA DE DEUS


“AS VOSSAS PALAVRAS, SENHOR,
SÃO ESPÍRITO E VIDA”,
Com sabor a Paz e a Amor. ( Sal 18)

Acende em mim, Senhor,
O fogo e chama de vida
Que arde e não se consome.
Antes, potencia a vida,
Jorrando da Tua Palavra
Que ilumina e mata a fome.

Jesus, o Verbo encarnado,
É essa palavra em chama
Que Ele a todos proclama
E convida à conversão,
No mesmo e único Espírito
Que constrói a união,
Entre toda a humanidade,
Para, na diversidade,
Haver um só coração,
Sensível à alma que grita,
Perturbada e aflita:
-PAZ A TI, MEU IRMÃO,
HOMEM DE BOA VONTADE!
DEUS É NOSSA SALVAÇÃO.

Vem, mergulha e saboreia
A verdadeira alegria,
Respira paz e harmonia,
Ousando aproximar-te
E, também, alimentar-te
Do pão da Fraternidade
Que de amor te sacia,
Pois Deus veio libertar
O fraco e o oprimido,
Por Jesus, seu próprio Filho.

Que a Tua Palavra inspirada
E útil para instruir,
Seja minha Escola de vida,
Onde, com Jesus, aprenda
A amar-Te sem medida
E, fielmente, Te seguir,
Na Justiça e na Verdade,
Reflectindo, em meu agir,
A luz da Tua Bondade,
Apesar de pobre e fraca,
Porque age a tua graça
Na humana fragilidade.

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 26.1.2013

sábado, janeiro 26, 2013

 

Sábado da 2ª semana do Tempo Comum


Mas o sangue de Cristo, (...) purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo. (cf. Heb 9,2-3.11-14)

Dar a vida por uma causa é mais que um ritual,
é provar um amor mais forte que a morte,
inegociável e imensurável no mercado de valores.
Por isso, a salvação que Jesus nos traz
não é uma purificação ritual e externa,
mas uma purificação da memória de nós mesmos,
uma recriação da dignidade e reencontro da beleza,
com que fomos sonhados desde toda a eternidade.
O pecado mirra-nos a esperança e afasta-nos do Deus da Vida,
Jesus fortalece-nos para o serviço da Vida
e torna-nos amigos íntimos de Deus.

Hoje parece não haver consciência do pecado.
Tudo é justificado e relativizado, tudo parece normal,
pois “todos fazem assim”, apesar de reconhecermos
que os frutos não são bons e o mundo está doente.
A confissão, como sacramento da cura cirúrgica do mal,
é pouco procurada, por falta de fé no Cirurgião do Amor
e pela pouca consciência do mal que nos mata por dentro
e gera esterilidade à nossa volta.
Quando muito, procura-se “despejar o saco que nos pesa”,
desabafar as angústias que nos deprimem,
cumprir um dever, com medo do inferno.

Senhor Jesus, Sacerdote do Amor eterno,
aumenta a nossa fé no Teu poder revitalizador.
Ilumina as obras mortas que escondemos
e cura-nos profundamente o núcleo da liberdade,
para, com humildade e vigilância,
sabermos escolher o bem que permanece e serve a vida
e termos coragem de dizer não ao mal
que nos enfraquece a esperança e desfeia a dignidade.


sexta-feira, janeiro 25, 2013

 

Festa da conversão de S. Paulo


Então perguntei: ‘Que hei-de fazer, Senhor?’. (cf. At 22,3-16)

Saulo estava cheio de certezas:
tinha estudado em Jerusalém com um grande mestre,
sabia tudo sobre Deus, os seus amigos e inimigos,
cumpria todos os preceitos da Lei, como bom fariseu...
As suas certezas tornaram-no violento e intolerante
e cegaram-lhe a fraternidade e o questionamento da fé.

Jesus vem ao seu encontro e envolve-o com a Sua Luz.
Luz tão intensa que o faz cair das suas certezas
e o coloca num processo de renascimento
e de peregrinação da fé que o abre às questões fundamentais:
“Quem és Tu, Senhor?” e “Que hei-de fazer, Senhor?”.
Cego desta Luz do céu, deixa-se conduzir até Damasco
e, onde procurava inimigos de Deus para os prender,
foi acolhido por “irmãos”, pedagogos da vida:
“Saulo, meu irmão, recupera a vista”.

Termina hoje o oitavário de oração pela unidade dos cristãos.
A história está cheia de intolerância violenta,
que deixa marcas de sangue, divisões institucionalizadas,
acusações mútuas, apropriações da verdade,
anátemas condenatórios e paralisações da comunhão fraterna.
O Vaticano II foi uma estrada de Damasco,
cheia de Luz intensa que nos fez cair
na humildade de peregrinos da fé
e no diálogo de procura fraterna,
num ecumenismo de conversão mútua a Cristo.

Senhor Jesus, Luz da Verdade que nos cega
as convicções catedráticas e limitadas da fé,
faz da nossa vida um caminho permanente de conversão.
Cura em nós as cataratas do orgulho de superioridade
que nos impedem de ver no outro um irmão
e instalam a desconfiança e a separação
na comunhão da mesa e do pão da unidade.
Ajuda-nos a resistir ao incómodo,
de caminharmos com o cajado da obediência da fé,
as sandálias da cruz que vem ao nosso encontro,
o alforje do pão da Palavra que ilumina,
e a sede da Verdade que jamais se sacia.

quinta-feira, janeiro 24, 2013

 

5ª feira da 2ª semana do Tempo Comum


Jesus pode salvar para sempre aqueles que por seu intermédio se aproximam de Deus, porque vive perpetuamente para interceder por eles.(cf. Heb 7,25-8,6)

O sacerdócio de Jesus, junto de Deus-Pai,
é de intercessão em favor de cada um de nós.
Ao encarnar, o Filho de Deus, que era do Céu,
adquiriu a cidadania humana por adoção de coração.
Aproximou Deus da humanidade e agora, do Céu,
quer aproximar a humanidade de Deus
e dar à humanidade uma cidadania divina permanente.
Jesus não é mais um sacerdote de serviço,
mas a sua vida é um sacerdócio ao serviço perene
da salvação de toda a criação.
É a chama de amor que não se consome,
o perfume do incenso que se eleva em prece,
o sol da esperança que brilha nas trevas.

Aproximar-se de Deus, por meio de Jesus,
é experimentar Deus de forma libertadora e nova.
É começar a viver com o coração em Deus
e a respirar Deus nas relações humanas.
É aprender, com Jesus, a ser sacerdote
no santuário do quotidiano e do profano,
numa oferta feliz de si mesmo em cada relação
e não na oferta de coisas, numa troca negociada.
É aprender a santidade, fruto da graça de Deus
e não conquistada pelos méritos hercúleos de cada um.

Senhor Jesus, intercessor com coração de pastor,
abre o nosso coração à intercessão pelos irmãos perdidos.
Faz da nossa vida um sacerdócio com pés fraternos
e mãos abertas de entrega alegre e livre, por amor.
Aumenta a nossa fé e fideliza-nos na conversão
para que confiemos, apenas em Ti, a nossa salvação.

quarta-feira, janeiro 23, 2013

 

4ª feira da 2ª semana do tempo Comum


Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec. (cf. Heb 7,1-3.15-17)

Abraão, após ter vencido aqueles
que tinham aprisionado o seu sobrinho Lot,
encontra-se com o rei de Salém, Melquisedec (Gn 14,17-20).
É uma figura misteriosa, sacerdote do Deus Altíssimo,
rei da justiça e da paz que vêm abençoar Abraão
e louvar o Deus criador e libertador.
Este sacerdote, portador da bênção inesperada,
é a imagem do verdadeiro Sacerdote do Eterno,
que não nasceu duma tribo humana sacerdotal
nem usurpou esta condição sagrada,
por meio da eleição ou da conquista,
mas é sacerdote “segundo o poder de uma vida indestrutível”.

Jesus, o “Filho do Deus Altíssimo”,
aparece leigo, galileu, filho de Maria e do Carpinteiro,
e, pela via da bênção e da misericórdia,
vem ao encontro dos vencidos pelo pecado
e paralisados pela desobediência,
para os recriar filhos da liberdade e herdeiros da Promessa.

A Igreja vive desunida, desfigurando Cristo,
paralisada pelo peso duma história de desencontros.
O orgulho duma verdade aprisionada,
impede-nos a todos de caminharmos ao encontro do outro,
como construtores de paz e promotores de conversão
ao Sacerdote que abençoa a unidade na diversidade.

Senhor Jesus, obrigado pela bênção companheira
com que nos envolves nas encruzilhadas da nossa fragilidade.
Louvamos-Te pelo Teu sacerdócio laico e divino,
que não tem pessoas, nem tempos, nem espaços interditos.
Recria-nos “Melquisedecs”, reis da justiça e da paz
que fazem de cada encontro uma surpresa agradável
e de cada palavra proferida uma bênção.
Dá-nos a Tua mão e conduz-nos à unidade.

terça-feira, janeiro 22, 2013

 

3ª feira da 2ª semana do Tempo Comum


...não vos torneis preguiçosos, mas imiteis aqueles que, pela fé e pela perseverança, se tornam herdeiros das promessas. (cf. Heb 6,10-20)

Deus promete e cumpre,
de acordo com a Sua agenda e não a nossa.
Nos interstícios da esperança,
em que o cansaço da espera nos instala,
somos desafiados a confiar até ao fim,
imitando a fé de Abraão e a confiança de Maria.

A Palavra de Deus é como uma semente
que só se desenvolve plenamente
quando encontra húmus, água e sol adequados
ao seu desenvolvimento e maturação.
O cristão tem em Cristo uma veiga fértil
e nos santos um sinal palpável da esperança,
para que a tensão para a santidade não relaxe
nem a esperança se aposente por incapacidade,
nesta peregrinação a ritmos diversificados,
que é a vida de semente de cada um.

Senhor Jesus, âncora da nossa segurança e confiança,
ajuda-nos a não viver à deriva e sem leme
nas ondas revoltas em que navegamos.
Quando a rotina nos relaxa a esperança,
mostra-nos o Teu rosto de promessa e fidelidade.
Quando a fragilidade nos paralisa a caridade,
recorda-nos os exemplos dos santos e mártires
que acreditaram até ao fim, contra toda a esperança.

segunda-feira, janeiro 21, 2013

 

2ª feira do Tempo Comum


Apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a obediência por aquilo que sofreu... (cf. Heb 5,1-10)

Jesus, apesar de ser Filho de Deus, quis ser como nós,
aprendeu a viver igual nós, menos na desobediência a Deus.
O verdadeiro teste da obediência é enfrentar o sofrimento
sem mudar de rumo, nem fugir de medo, nem adiar opções.
Perante o infortúnio, a dor da traição, a injustiça gritante,
a paga do bem com o mal, a solidão do abandono,
Jesus podia ter desistido da sua Missão,
desacreditado de confiar na via do amor,
endurecido o seu coração de vingança,
revoltar-se contra o silêncio do Pai na cruz;
mas Jesus mostra que é livre para servir,
na sua noite de fé, com o coração a sangrar,
pela forma como procura luz no Jardim do grito orante,
chora lágrimas de desamor no colo de quem O ama
e reza: “Pai, se for possível afasta de mim este cálice,
mas não se faça a minha vontade, mas sim a Tua”!

Hoje crescemos a aprender a “fazer a minha vontade”.
O choro, a voz alta, a birra, a artimanha, a mentira,
a violência e a manobra psicológica
são alguns dos meios que se aprendem
para que se faça a minha vontade.
É o mundo do capricho que submete os outros ao meu serviço,
me torna inseguro e frágil nas convicções
e me faz especialista em fuga de responsabilidades,
em vez de fortalecer a capacidade de lutar,
resistir, inventar, ser forte e livre.
A fé, neste chão movediço e caprichoso,
torna-se volátil, interesseira e intermitente.

Senhor Jesus obrigado pela Tua fidelidade a toda a prova.
Obrigado porque nos ensinaste a obediência da fé
no meio da turbulência do sofrimento e da injustiça.
Fortalece a nossa fé na liberdade e paixão de Te servir.
Liberta-nos do egoísmo que nos escraviza
e ensina-nos a rezar com verdade e convicção:
“seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu”.

domingo, janeiro 20, 2013

 

2ª Domingo do tempo comum


Assim como um jovem se casa com uma jovem,também te desposa aquele que te reconstrói. (cf. Is 62,1-5)

Deus sela uma aliança de amor com o seu povo.
Cria-o, reconstrói na sua dignidade,
salva-o dando a vida por ele,
une-se a ele numa paixão esponsal,
numa loucura divina de namoro espiritual.
Deus perdoa as infidelidades e adultérios,
busca, paciente e criativamente, a conquista de corações.
Não busca temerosos de castigo,
nem orgulhosos da perfeição,
mas chama humildes apaixonados
que estão dispostos a recomeçar cada dia.

Hoje há muitas uniões que até se presentam na Igreja,
engalanados de marchas nupciais e vestidos de fadas,
mas há poucos casamentos que aceitam o desafio
de ser sacramento daquele amor mais puro e comprometido,
que bebem na Fonte do amor infinito,
e concretizam em cada instante um amor constante.
É, por isso, que há tantos divórcios e desistências,
tanto ciume, medo e desconfiança no outro,
tanto cansaço acumulado de rotina,
tão pouca vontade de recriar o que parece estar perdido.

Senhor Jesus, obrigado porque nos amas tanto
ao ponto de quereres connosco ser uma só carne
Obrigado porque das nossas águas do medo e da fragilidade
fazes vinho novo da alegria e da aliança eterna.
Ajuda-nos a ser fieis e a amar sem medida.
E quando nos perdermos em nós mesmos,
volta de novo, Senhor, e fala-nos ao coração
para que caminhemos animados
a fazer o que Tu nos disseres.

 

VIVER EM AMOR, FORMA PRIVILEGIADA DE VIDA


Solteiro, viúvo ou casado,
Asceta ou Consagrado,
Seja qual for a forma de vida,
Livremente, escolhida,
A viver em Amor é chamado.

Mas não um amor qualquer,
Que leva ao casa descasa,
Conforme o dia nascer,
Mas fiel e perseverante,
Gratuito e dedicado,
Amor que cresce e floresce,
Na medida em que se dá,
Sempre pronto a perdoar
E a arriscar a própria vida,
Como fez Jesus, na cruz,
Por amor a todos nós,
Criados por Deus Amor,
À sua imagem e semelhança,
Para sermos Oásis de esperança,
Mas jamais “terra Deserta”,
Antes, Sua “Predilecta”.

Tal é o Amor que Deus dedica
A todos, sem excepção.
Porém, só O saboreia,
Com a boca do coração,
Quem O segue e acredita.

Este, sim, descobrirá
Que o Espírito é o mesmo
E, por isso, O louvará,
Na diversidade de dons,
Serviços e ministérios,
Em que Ele se manifesta,
Realizando tudo em todos,
Com aparência diversa,
Porque, como Criador,
Cria e recria o seu Povo,
Com jeitos de Amor Novo,
Graças ao seu Vinho Novo,
Em Caná e em toda a parte,
Com sua divina Arte.

Ensina-me a estar atenta
A todo aquele a quem falta
O Vinho Novo, na Taça
Da Justiça e da Verdade,
Da Paz e da Caridade

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 19.1.2013

sábado, janeiro 19, 2013

 

Sábado da 1ª semana do tempo comum


Vamos, portanto, cheios de confiança, ao trono da graça, a fim de alcançarmos misericórdia e obtermos a graça de um auxílio oportuno. (cf. Heb 4,12-16)

A Palavra de Deus é viva e eficaz,
luz que discerne os pensamentos e intenções,
que nos mostra a verdade e os planos que sonhamos,
quando paramos para a escutar e aceitamos que nos conduza.
Essa Palavra é Cristo que nos conhece e compreende,
como irmão mais velho que nos precedeu e o pecado venceu.
Seus braços a todos estende,
Sua luz e orientação a todos fortalece,
Sua misericórdia infinita a todos anima a confiar,
porque o Seu trono de graça é lar de acolhimento,
clínica de diagnóstico e revitalização,
útero onde o humano renasce divino,
ginásio de felicidade para a todos fraternizar.

Há muitas vozes no ar, num ruído de confundir,
umas dizem-nos segue “por aqui”, outras “por ali”,
umas “vive para ti” e outra “constrói o Céu aqui”.
Na pressa de acertar, volatiliza-se a vida
e o caminho a seguir torna-se um cata-vento
que muda conforme a moda e o sentimento.
De tanto apanhar, dorido de tanta ressaca a curar,
há quem deixe de confiar e prefira ser surdo e cego,
transportando-se para o virtual de festa
e paraíso do instante, drogado de ilusões.

Senhor Jesus, trono inesgotável da graça,
abre-nos o ouvido à Tua Palavra de vida
que a todos quer renovar e ajudar a dar frutos de amor.
Enraíza a nossa vida na profundidade da contemplação,
da escuta da verdade e da conversão.
Liberta-nos da ilusão dos tronos dourados a brilhar
e fortalece a nossa confiança no Trono da Graça
que liberta do instante e nos alimenta para a eternidade.

sexta-feira, janeiro 18, 2013

 

6ª feira da 1ª semana do tempo comum


Irmãos: Embora se mantenha a promessa de entrar no repouso de Deus, devemos recear que algum de vós corra o risco de ficar excluído. (cf. Heb 4,1-5.11)

Ao sétimo dia Deus repousou, festivamente,
pois os que ama permaneciam alegres e repousados ao seu lado.
Quando o ser humano afastou dEle o seu coração
e trabalhou o sofrimento e a dor no deserto sem oásis,
Deus abandonou o seu descanso,
envolvendo o Pai, o Filho e o Espírito Santo,
como uma mãe que procura o seu filho que começou a andar
e se pode ferir e outros estragos provocar.
Deus anseia pelo repouso do Amado
pois só quando os seus amados filhos estão em paz enraizada
é que o Amor pode repousar festivamente.
Foi para que todos pudéssemos repousar que Jesus se fez Luz,
consumindo-se em lamparina humana,
e trabalhou incansavelmente para nos guiar
pelo caminho da fé e do descanso que não tem par.

Vivemos um tempo em que o descanso é um sonho
que poucos conseguem concretizar.
Quando somos jovens fazemos da noite dia
pois a festa é que é preciso eternizar até à exaustão.
Quando somos adultos trabalhamos sem repouso
para termos férias e uma reforma
que nos permita repousar e festejar.
Quando somos idosos ficamos tristes e sentimo-nos inúteis
porque não aprendemos a descansar
e só sonhamos com o tempo em que podíamos trabalhar.

Senhor, meta do meu repouso,
numa labuta que não se cansa porque ama,
ensina-nos a repousar em paz
e liberta-nos de tudo o que nos inquieta e mete medo.
Cura-nos da avareza, do ódio, da revolta, da injustiça,
da mentira, do egoísmo, do desamor, da vingança,
do desejo impuro e possessivo, da falta de fé...
Abre-nos à confiança e à esperança.
Ensina-nos a contemplar a natureza
e a saborear a gratuitidade de estar com,
para aprendermos e desejarmos o repouso que não tem fim.

quinta-feira, janeiro 17, 2013

 

5ª feira da 1ª semana do tempo comum


Exortai-vos uns aos outros todos os dias, enquanto dura o tempo que se chama ‘hoje’, para que nenhum de vós se endureça, seduzido pelo pecado. (cf. Heb 3,7-14)

O Senhor criou-nos relação e comunicação,
uns com os outros, com a natureza e o Criador.
A relação, como comunhão de corações e projetos,
tem um ontem de confiança ou de medo,
tem um amanhã de desejo ou de fuga,
mas é no “hoje” que se contrói e atualiza.

Hoje é o dia da escuta da palavra da salvação,
hoje é o tempo de amar sem restrição,
hoje é a oportunidade de ajudar o meu irmão
hoje é o momento de nascer de novo
e exortar o meu irmão a fazer o mesmo.
Ninguém se salva sozinho
e o amanhã que sonho, começa hoje em que vivo.

O pecado endurece o coração,
habitua-nos a desconfiar de nós mesmos,
relaxa-nos o sonho de sermos santos,
ensurdece-nos à Palavra da Luz,
adia para um futuro utópico a mudança possível hoje,
envergonha-nos teimosamente no inferno que criamos,
desculpa-nos as quedas, olhando-nos coitadinhos,
é uma dependência que cria adição.

Obrigado Senhor Jesus porque te fizeste nosso Irmão,
para que nós aprendêssemos a ser filhos de Deus,
construindo relações fraternas com o próximo.
Dá-nos ouvidos de discípulo, com o coração atento e aberto
à Tua voz libertadora e renovadora.
Torna-nos alto-falantes amigos, pacientes
e especialista da oportunidade do “Hoje”,
que dão a mão ao irmão e o move à conversão. 

quarta-feira, janeiro 16, 2013

 

4ª feira da 1ª semana do tempo comum


Uma vez que os filhos dos homens têm o mesmo sangue e a mesma carne, também Jesus participou igualmente da mesma natureza.(cf. Heb 2,14-18)

Deus criou o ser humano,
igual na natureza e dignidade,
diferente na cultura e na aparência,
único e irrepetível como pessoa.
O Ser humano criou irmãos e estranhos,
perfeitos e deficientes, amigos e inimigos,
ricos e pobres, importantes e descartáveis,
dignos e indignos, bem-vindos e mal-vindos,
superiores e inferiores, cultos e analfabetos,
civilizados e primitivos, livres e escravos...

Jesus renasce ser humano, assumindo a nossa natureza,
em tudo igual a nós, menos no pecado.
Em vez de oprimir os irmãos, serve-os com amor;
em vez de confirmar a marginalização, reconstrói a dignidade;
em vez de destruir o adversário, dá a vida por ele;
em vez de fechar a porta ao pecador, cura a raiz do pecado;
em vez de agir como rei e senhor, vive como servo de Deus;
em vez de colocar a sua esperança no que passa e na fama efémera,
confia apenas Naquele que o enviou, seu Pai querido.
É no sofrimento injusto que manifesta a sua verdadeira fé.

Senhor Jesus, obrigado porque a Tua encarnação
quebrou o círculo de morte que nos aprisionava.
Obrigado porque nos mostraste
que o problema não é a natureza do ser humano
que é imprópria para viver de forma divina,
mas é a liberdade mal escutada que nos confunde
e nos desorienta para um abismo auto-destrutivo
e assassino do outro e da ilha em que habitamos.
Salva-nos, Senhor, queremos contigo aprender a viver!

terça-feira, janeiro 15, 2013

 

3ª feira da 1ª semana do tempo comum, Festa de S. Arnaldo Janssen


Não Se envergonha de lhes chamar irmãos. (cf. Heb 2,5-12)

No credo proclamamos que nós fomos “criados”
e o Filho de Deus foi “gerado”,
mas todos e tudo teve origem no Pai, Oceano de amor,
Gerador de vida à Sua imagem e semelhança.
Jorra vida diversa na natureza e semelhança,
mas igualmente amada, sustentada e acarinhada.
Jesus, como alma gémea e espelho fidedigno do Pai,
abraça toda a criação e, de modo especial, o ser humano,
como uma fraternidade assumida e amada.

Jesus não tem vergonha de chamar irmãos
a cegos que O negam e combatem,
a arrogantes que exploram os mais fracos,
a violentos que destroem a confiança e infundem medo,
a mentirosos que enganam os outros e tentam enganar Deus,
a assassinos que tiram a vida aos outros e desertificam a criação,
a ladrões que usurpam o que não lhes pertence.
Jesus, para salvar a todos, faz-se um de nós
e dá a Sua vida, selando a sua fraternidade,
numa aliança de sangue incondicional e para sempre.

Senhor Jesus, obrigado porque nos amas como irmão
e não te envergonhas do pecado que nos enfeia.
Ajuda-nos a confiar em Ti para chegarmos ao Pai
e a imitar-Te para nos tornamos imagem perfeita do Criador.
Abre o nosso coração e aproxima-nos do irmão,
para de ninguém nos envergonhemos nem excluamos,
seja pelo seu comportamento moral,
seja pela sua religião, cultura, condição social ou ideologia.
Ensina-nos a rezar ao Pai-Nosso!
Como S. Arnaldo Janssen, dá-nos um coração missionário.

segunda-feira, janeiro 14, 2013

 

2ª feira da 1ª semana do tempo comum


Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos Profetas. (cf. Heb 1,1-6)

Deus, criador de todos e de tudo,
ama a todos e a todos quer salvar.
Comunica com todos, de diversas formas,
por meio de profetas, pessoas que sabem escutar
esta Voz que fala o indizível e o fundamental,
que aprofunda o sentido e alimenta a esperança.
Em todos os povos encontramos gente de olhar transparente,
portadora de sementes do infinito que conduz o povo para o futuro,
ilumina o caminho com a justiça,
rasga horizontes de comunhão e faz sonhar com a paz.
Tudo o que é bom e promove o amor e a harmonia,
comunica Deus e é mensagem decifrável do Além.

A Carta aos Hebreus, que vamos ler nas próximas 4 semanas,
afirma que, ao lado das diversificadas missivas de Deus
que se materializaram nas Escrituras dos judeus,
mas também nas sementes de verdade que há nas outras religiões,
Deus, por fim, enviou-nos o Seu próprio Filho
e disse a Sua última Palavra autorizada e normativa.
É à luz desta Palavra que devemos reler todas as outras palavras.
As religiões, assim sendo, não são todas iguais
nem valem todas o mesmo, neste relativismo democrático,
mas todos, num diálogo de procura, precisamos de nos converter
à Palavra nova e surpreendente que é Cristo.

Senhor Jesus, Palavra luminosa e definitiva de Deus,
abre-nos à Tua mensagem e caminho de vida,
para aprendermos, com humildade e discernimento,
a escutar a Tua voz entre as muitas vozes que nos confundem.
Faz de nós pessoas de diálogo respeitoso e de testemunho fiel,
sedentas da Verdade, em manifestação misturada.
Habitua-nos a viver em conversão contínua e atenta,
numa infância madura, especializada em espanto e acolhimento,
enamorados duma Palavra amorosa que nos busca,
onde jamais esperávamos encontrar-Te.

domingo, janeiro 13, 2013

 

Domingo do Batismo do Senhor


Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo demónio, porque Deus estava com Ele. (cf. At 10,34-38)

João batiza com água do Jordão,
Deus unge com a força do Espírito Santo.
Jesus solidariza-se com os pecadores
e Deus apresenta-O como Seu Filho muito amado,
alma gémea do Seu enlevo,
em missão libertadora e benfazeja.
Para Jesus, batismo significou um compromisso,
uma unção profética, um rumo no caminho,
um redescobrir de vocação e assumir de Missão,
uma experiência única de Deus próximo e amante.
Há nitidamente um “antes” e um “depois” do batismo.

Contemplando as águas do Jordão,
vemo-nos refletidos no batismo de Jesus.

E tão distraídos andamos com os pormenores da cerimónia,
com os convites e o banquete,
com os padrinhos e o local da celebração,
com os flashes e os vídeos,
com as flores, o vestido novo e os penteados...
Tudo para mais tarde recordar,
pouco ou nada para dar sustentabilidade
à nova etapa iniciada!

Senhor Jesus, Fonte da Água Viva,
obrigado porque aceitaste dar-nos a mão libertadora,
mergulhando nas águas onde nadamos sem rumo.
Obrigado, porque no nosso batismo, apesar de pouco consciente,
nos acolheste como somos
e nos regeneraste como filhos amados e amantes.
Continua em nós a obra começada
e torna-nos dóceis e confiantes à luz do teu Espírito.
Também nós, como Tu, queremos passar a vida
fazendo o bem e promovendo a libertação dos oprimidos pelo mal.

sábado, janeiro 12, 2013

 

EM QUE NOS INTERPELA O BAPTISMO DE JESUS



No baptismo de Jesus,
O Céu se abriu
E uma voz se ouviu,
A revelar a todo o mundo
O plano do Pai que O envia
E a Missão que Lhe confia:
Levar a justiça às nações
E a paz aos corações,
Enquanto a Voz dizia:
“EIS O MEU FILHO MUITO AMADO,
ENLEVO DA MINHA ALMA,
SOBRE QUEM FAÇO DESCER
O MEU ESPÍRITO QUE SALVA”.
(cf Is 42,1-4 e Mc 9,6)

Hoje como ontem,
Há medo e expectativa,
No coração do Teu Povo,
Que aguarda o libertes,
No baptismo do Espírito
E o purifiques no fogo
Do Teu Amor, a iniciar,
Para todos, um tempo
Feliz, justo e novo,
De paz e libertação,
Em Jesus que é Salvação.

Queremos, com Fé e Amor,
Escutar-te, bom Jesus,
Que deste a visão aos cegos
E saraste os corações,
Tu que és a Luz das nações,
Ensina-nos a ser profetas
Do amor que se faz luz
E até repara as torcidas
Que existem nas nossas vidas.

E que a Voz do Pai ressoe,
Em cada palavra ou gesto
Do verdadeiro cristão
Que assume claramente
O projecto de Jesus,
Como ideal e missão,
Confessando, mesmo calado:
SOU EM CRISTO BAPTIZADO!

Maria Lina da Silva, fmm- Lisboa,12.1.2013

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