terça-feira, abril 30, 2013
3ª feira da 5ª semana da Páscoa
Iam fortalecendo as almas dos
discípulos e exortavam-nos a permanecerem firmes na fé.
(cf. At 14,19-28)
A fé
é semeada pelo primeiro anúncio do Evangelho,
brota
pelo testemunho duma comunidade orante e fraterna,
fortalece-se
com a formação permanente
e a
participação ativa na comunidade e nos sacramentos,
frutifica
em boas obras, serviço solidário e evangelização.
O
cristão é aquele que permanece firme na fé,
nos
momentos de tentação, perseguição, sofrimento e
mudanças
ao longo da sua vida.
A
pastoral do crescimento e maturação é fundamental
para
que não soframos de raquitismo espiritual
nem de
esquizofrenia moral.
A
catequese de conceitos e, às vezes, do passa-tempo,
gera
alunos de religião infantil,
mas
não discípulos acostumados a viver ao sabor do Espírito,
nem
peregrinos da verdade, da fé e do verdadeiro amor,
numa
busca permanente e inquieta da vontade de Deus.
A
falta do testemunho duma família orante e crente
completa
este quadro de desertificação da fé semeada.
A
pastoral do fortalecimento da fé
é uma
tarefa de todos e para toda a vida.
Senhor
Jesus, que necessitaste 30 anos
para
aprender a ser homem, sem deixar de ser Filho de Deus,
ensina-nos
a viver como filhos de Deus,
imitando
a Tua arte de viver como ser humano.
Fortalece
a nossa fé para que saibamos resistir às tentações
e
tornar-nos testemunho e anúncio para quem procura Deus.
Cria
em nós a condição peregrina de discípulo inquieto
e
ensina-nos a viver em formação permanente da fé.
segunda-feira, abril 29, 2013
2ª feira da 5ª semana da Páscoa – Festa de S. Catarina de Sena
Se dissermos que estamos em comunhão
com Ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
(cf. 1 Jo 1,5-2,2)
Jesus
é a Luz, geradora de luz e purificadora de trevas.
O
cristão é uma lâmpada, ligada a esta energia de vida,
que se
deixa transformar e encandecer totalmente nesta Luz.
Se nos
dizemos em comunhão com Jesus,
mas em
nós ainda há trevas e pecado escondido,
o que
conduz o âmago da nossa vida não é a Luz,
mas a
mentira travestida de verdade.
O
pecado corta o circuito de vida nova
que se
comunga em Cristo, fonte de verdade,
e nos
divide entre o que queremos que apareça à luz do dia
e
aquele que teimamos ser à luz das trevas.
A
incoerência e vida dupla não se alimentam de Jesus.
A
mentira adquiriu estatuto de cidadania.
Por
causa da mentira institucionalizada,
produzem-se
leis punitivas, nem sempre justas,
pois
apanham apenas os aprendizes e amadores
e
deixam escapar os profissionalizados na mentira.
É uma
rede muito fina para o peixe pequeno,
mas
demasiado frágil e pequena para o peixe grande!
Senhor
Jesus. Fonte de Luz que quer salvar a todos,
vem
iluminar a nossa vida e purificar-nos das nossas trevas.
Cura-nos
das soluções de mentira escondida
e
ensina-nos a caminhar na verdade responsável e social.
Enraíza-nos
na coerência duma vida santa
e
liberta-nos da esquizofrenia duma vida dupla.
Faz-nos
ser totalmente teus, sem recantos gentios,
como nos ensina S. Catarina de Sena.
domingo, abril 28, 2013
5º Domingo da Páscoa
Contaram tudo o que Deus fizera com
eles e como abrira aos gentios a porta da fé. (cf.
At 14,21b-27)
Pela
Missão, Deus abre a porta da fé aos não crentes
e
manifesta a Sua identificação com a ação dos discípulos.
Neste
enviar, partir, anunciar, abrir à fé, celebrar, sofrer,
fortalecer,
estruturar, voltar, narrar, testemunhar
há
sempre o mesmo protagonista: O Espírito do Senhor
e o
mesmo instrumento de salvação: a Igreja.
A
Igreja envia, porque transborda de alegria e de graça.
A
Igreja acolhe os evangelizadores, porque são seus filhos
e para
se deixar surpreender por uma salvação sem fronteiras
e
evangelizar pelo dom desconhecido de novas comunidades na fé.
Há
igrejas e congregações religiosas que,
olhando
apenas para as suas forças limitadas,
concentram
todas as energias e recursos
na
manutenção do rebanho e das estruturas que têm.
Acham
que a caridade evangelizadora e a cooperação fraterna
dispersam
forças e enfraquecem as comunidades.
Um
projeto assim torna-se autofágico
e tem
o destino do Mar Morto,
que ao
represar o rio deixa de ser nascente.
O
mesmo medo, que mede apenas as próprias forças e fragilidades,
paralisa
muitos/as jovens à resposta vocacional e missionária.
Senhor
Jesus, Caridade viva e Missionária,
obrigado
porque és exatamente como o Pai,
Oceano
de amor salvífico, Fonte de mundo novo.
Eu Te
louvo Espírito Santo que inundas a Terra inteira
e
brilhas como movimento recriador de barros frágeis.
Faz-nos
entrar neste movimento evangelizador,
canal
de vida que quer ajardinar todos os desertos
e
purificar as águas salobras dos pântanos contaminados.
Torna
as nossas comunidades permanentemente missionárias
para
que sejamos canal de salvação para todos os povos
e a
Missão se torne instrumento de renovação das comunidades.
sábado, abril 27, 2013
DEUS É AMOR
Se Deus é amor oblativo,
A nossa identidade
De filhos deste Deus vivo,
Está na capacidade
De amarmos, sem distinção,
Como Jesus nos amou
E por irmãos adoptou,
Sem olhar nossa condição,
E com amor/ compaixão,
Nos resgatou e salvou.
Imbuído deste Amor,
Ele nos deu a Sua paz
E o mandamento novo
De vida para o Seu povo
Que o Espírito congregou
E ao mundo inteiro enviou,
Para a todos revelar
Jesus Cristo, Boa Nova,
Com o ardor de João
Que teve um dia a noção
De ver novo céu, nova
terra,
Onde a presença de Deus,
No meio dos filhos Seus,
Seu povo e Ele o Seu Deus,
A consolar os que choram,
Falar de vida e não de
morte,
Porque Seu plano de amor
É acabar com a dor
E, sonhando recriar,
Nos ensinou a AMAR.
“AMAI, COMO EU VOS
AMEI,”
A todos e sem medida,
É ESPÍRITO E VIDA
Que ultrapassa toda a lei.
FAZ-ME COMPREENDER,
SENHOR,
QUE TUDO NO MUNDO FENECE,
MAS TEU AMOR PERMANECE.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 27.4.2013
Sábado da 4ª semana de Páscoa
Os discípulos ficavam cheios de
alegria e do Espírito Santo. (cf.
At 13,44-52)
O
Evangelho é a boa nova para todos,
alegria
derramada e alimentada pelo Espírito Santo
no
coração dos que acreditam e seguem Jesus.
A
tristeza, o medo, a depressão nascem do sentimento de solidão,
perante
as adversidades, ataques e perseguições exteriores.
O
cristão, que acredita em Jesus, vencedor do mundo,
sabe
que nunca está só, que caminha de mãos dadas com Deus.
É uma
alegria que nasce da fé e do Espírito,
que
não depende da multidão que nos aclama,
nem de
drogas de estimulação de felicidades virtuais
que
criam dependência e provocam ressaca.
A
tristeza duma vida sem sentido nem horizonte
tornou
possível uma indústria florescente
de
antidepressivos, ansiolíticos e alucinogénios,
que de
forma artificial e momentânea,
provocam
uma sensação de bem estar e libertação.
A
liberdade mimada, precoce e mal avisada
com
que as crianças de hoje são formadas,
quando
confrontada com a crueza real da vida,
torna-os
presa fácil de propostas de felicidade comprada,
em
noites de festa radical e delírios de massa,
unidos
pelo mesmo ideal de evasão da realidade.
Senhor
Jesus, abraço libertador e restaurador,
obrigado
pelo presente do Teu Espírito
que
faz jorrar em nós a alegria de viver
e nos
sacia a sede de paz e confiança.
Ensina-nos
a ser amendoeira em flor no inverno,
cerejeira
em fruto na primavera,
árvore
verdejante no pino do verão,
oliveira
persistente e generosa no outono despido.
Enraíza-nos
em Ti, para que a nossa alegria
seja
perfeita e permanente, profunda e autentica.
sexta-feira, abril 26, 2013
LIBERDADE, LIBERDADE, LIBERDADE!
Possibilidade
de sonhar,
De
aprender a voar,
Descobrir,
realizar
Projectos
de um mundo novo,
Sobre
os pilares da paz,
Da
justiça e da verdade,
Do
respeito e da harmonia,
Entre
o direito e o dever,
Base
da educação
P’rá
nova cidadania,
Com
atenção ao diferente,
Ao
único de toda a gente.
O
uso da liberdade
Apela
à responsabilidade,
Pessoal
e colectiva,
No
sentido do bem comum,
Do
amor feito partilha,
Em
solidariedade
De
espírito e verdade.
A
cultura do respeito
Fará
luzir cravos novos,
Nas
lapelas e no peito
De
quem semeia esperança,
Com
brindes à segurança
E
hinos à confiança,
Entre
pessoas e povos.
Sendo
tudo permitido,
Nem
tudo à vida convém,
Se
tivermos a liberdade
Por
mestra da sociedade
Que
constrói fraternidade,
Onde
se dá e recebe
Flores
de Paz e de Bem.
LIBERDADE
É UM DIREITO,
MARVILHOSO
E SAGRADO,
MAS
QUE EXIGE DEVERES,
COM
QUEM VIVE AO NOSSO LADO.
Maria
Lina da Silva, fmm
Lisboa,
25.4.2013 ( inspirado num texto meu de 2004)
6ª feira da 4ª semana da Páscoa
Deus ressuscitou-O dos mortos e Ele
apareceu. (cf. At 13,26-33)
O
cristão é acima de tudo uma testemunha
da
ressurreição de Jesus, o Filho de Deus,
morto
por aqueles que Ele quer salvar.
Jesus
aparece e revela-se de muitas formas,
não
como um fantasma que atemoriza,
nem
como uma fada que faz sonhar,
mas
como um companheiro que anima,
uma
voz interior que ilumina e faz renascer a paz,
um
alimento de perdão que fortifica o amor comunitário.
É uma
experiência que pede sempre mais,
neste
esconde-esconde que nos faz crescer em liberdade
e em
sensibilidade enamorada da fé,
nesta
relação que suspira permanência e anseia eternidade.
Missão
é anúncio desta Boa Nova para todos
e
desafio a entrar nesta aventura de amor surpreendido.
A
sociologia e a estatística analisa a prática religiosa
e o
senso de pertença, a partir de diversos critérios objetivos.
Este
olhar, a partir de fora, tipifica a identidade cristã,
fixando-se
nas aparências e não na fidelidade da fé abraâmica.
O
cristão pode deixar-se levar por esta identidade quantificada,
limitando-se
a ser um cristão de deveres, um cristão de arrasto.
Mas
como a vida está em constante mudança,
perdem-se
pelo caminho muitas rotinas e esquecem-se pertenças
que se
situavam ao nível epidérmico e circunstancial.
Só o
que afeta a alma permanece como coluna vertebral,
nas
transumâncias que fazemos ao longo da vida.
Senhor
Jesus, paixão eterna de corações perdidos,
abre
os olhos do nosso coração à Tua presença sempre nova,
que
sacia a nossa sede de infinito e de sentido.
Obrigado
porque Te revelas à medida da nossa capacidade inquieta,
nas
esquinas do nosso quotidiano apressado
e nas
montanhas do silêncio procurado
da
oração, da contemplação e da caridade não-televisiva.
Faz de
nós testemunhas da Vida Emanuel
e
pedagogos da fé que sabem ensinar a encontrar-Te,
alimento
escondido que se reparte com alegria,
palavra
ardente que purifica a angústia,
horizonte
misericordioso que faz ver a esperança.
quinta-feira, abril 25, 2013
5ª feira da 4ª semana da Páscoa – Festa de S. Marcos
Saúda-vos a comunidade (...) e
também Marcos, meu filho. (cf.
1Pd 5,5b-14)
A
Igreja não é uma associação anónima de pessoas,
é uma
comunidade que nasce da fé em Jesus,
animada
pelo Espírito de Deus,
com
pessoas, com rostos, histórias pessoais,
carismas
e serviços diversos, unidos na mesma comunhão.
Os
diferentes lugares em que a Igreja vive
acrescentam-lhe
traços, modos de organização e celebração,
muito
peculiares e adaptados às culturas e aos tempos,
mas há
uma comunhão de fé que nos faz sentir próximos,
uma
união em que a diversidade não é uma barreira.
S.
Marcos era primo de S. Barnabé.
Sua
mãe fez da sua casa uma Igreja.
Foi
discípulo de Pedro, seu filho na fé.
Acompanhou
Paulo e Barnabé na Missão,
mas
depois abandonou-os,
provocando
uma grave discussão entre Paulo e Barnabé.
Por
fim, escreveu num livro o Evangelho de Jesus
que se
tornou uma fonte de fé para todos nós.
É um
percurso com altos e baixos
que
culminou com o martírio, dom total de si pela fé.
Senhor
Jesus, Evangelho da esperança,
plasmado
na vida e na escrita de muitos teus discípulos,
torna-nos
linguagem clara que todos possam ler e entender,
círio
generoso que a todos possa iluminar.
Nos
altos e baixos dos nossos acertos e descaminhos,
ajuda-nos
a aprender a resistir ao mal com firmeza,
a
crescer na fé e no compromisso com coerência.
Faz de
nós verdadeiros apóstolos do século XXI,
com a
audácia e a entrega dos primeiros discípulos.
quarta-feira, abril 24, 2013
4ª feira da 4ª semana da Páscoa
Disse-lhes o Espírito Santo:
«Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei» (cf.
At 12,24-13,5a)
A
Igreja nasce da Missão,
fortalece-se
pela celebração da fé e escuta da Palavra,
e
adquire maturidade quando se torna missionária.
É uma
ação do Espírito que conta com pessoas
que
sabem escutar a Sua voz e confiar as suas vidas
ao
serviço da Missão de Deus.
Como a
colmeia adulta vai criando uma segunda rainha
para
formar um novo enxame que parte,
assim
a Igreja não vive para si mesma,
mas
para fermentar todo o mundo com o Evangelho da graça.
Barnabé
e Saulo eram duas colunas da Igreja de Antioquia.
A
comunidade sentiu que eram esses, os melhores,
que
deviam enviar em Missão a semear o Evangelho de Jesus.
Não
têm medo de ficar sem líderes,
pois
Um só é o seu Senhor, Jesus.
Não
receiam ficar sem mestres,
porque
Um só é o condutor das suas vidas, o Espírito Santo.
Hoje
as Igrejas têm a tendência em se fechar sobre si mesmas,
e a
impedir que os seus membros mais ativos partam em Missão.
A
Missão vive da fé e não de seguranças em pessoas,
vive
da esperança e do chamamento a salvar todos os povos
e não
do instinto de sobrevivência da minha Igreja local.
Senhor
Jesus, vida em Missão
em
comunhão com o Pai e o Espírito,
ajuda-nos
a viver comprometidos localmente
com o
coração a palpitar universalmente.
Abre
as nossas comunidades eclesiais
à voz
missionária do Espírito de Amor
que
quer fazer de cada um de nós
velas
abertas, movidas pela Missão evangelizadora,
ao
encontro dos náufragos da vida, sem esperança de salvação.
Dá-nos
a audácia do pescador de mar alto
e
liberta-nos do comodismo da pesca em aquários.
terça-feira, abril 23, 2013
3ª feira da 4ª semana da Páscoa
Foi em Antioquia que, pela primeira
vez, se deu aos discípulos o nome de «cristãos». (cf.
At 11,19-26)
A
Igreja é Cristo vivo a atuar como comunidade na histórica.
Os
batizados seguem Jesus, o Cristo (=Ungido) pelo Espírito,
pedindo
para serem crismados (=ungidos) pelo mesmo Espírito.
Ser
cristão é ao mesmo tempo encarnar Jesus
e
viver ao sabor do Espírito, ser ungido-cristão.
Como
em Antioquia, devem ser os de fora
que
devem notar se somos ou não “cristãos”,
pela
diferença que fazemos em vivermos como Jesus,
iluminados
por um Espírito novo
que
ama a verdade, a justiça, a comunhão,
vive
da fé em comunidade orante, solidária e missionária.
Hoje
são os próprios que se reivindicam como “cristãos”,
numa
identidade mais sociológica e cultural que religiosa.
Uns
acham que podem ser “cristãos-não-praticantes”,
outros
“praticantes-em-eventos-especiais”,
outros
“praticantes-não-eclesiais” que vivem de práticas intimistas,
outros
“praticantes-de-sofá-de-missa-na-televisão”...
Mas os
que os conhecem dificilmente leem na sua vida
as
páginas atualizadas do Evangelho de Jesus,
nem o
entusiasmo em anuncia-Lo como boa-nova.
São
vidas à medida das próprias construções religiosas e éticas
e não
à medida do plano de Deus, revelado em Jesus
e
personalizado, como vocação, pelo Espírito de santidade.
Senhor
Jesus, Filho do Homem habitado pela Trindade,
onde a
criatura coabita harmoniosamente com o Filho de Deus
e o
limitado toma as asas livres do Espírito da eternidade.
Faz de
nós membros vivos e atuantes do Teu Corpo,
para
que não sejamos apenas cristãos de nome,
mas de
seguimento coerente e alegre,
movido
pelo mesmo Espírito de vida nova
que
desce do Céu e orienta para uma vida
de
comunhão com Deus e com os irmãos.
segunda-feira, abril 22, 2013
2ª feira da 4ª semana da Páscoa
Quando comecei a falar, o Espírito
Santo desceu sobre eles. (cf. At
11,1-18)
A
Missão é feita por pessoas e destina-se a todos,
mas a
iniciativa, a conversão e a salvação
é
obra de Deus que age no evangelizador e no evangelizado.
O
missionário é uma testemunha da salvação em Cristo
que,
porque descobriu um tesouro que é para todos,
fala
dele com alegria a quem não O conhece,
deixando
ao Espírito Santo a conversão lenta dos corações.
A boa
preparação teológica e os métodos evangelizadores
são
importante e devem ser cuidados,
mas
não é isso que verdadeiramente evangeliza e converte.
Há
muito professor de Teologia
que talvez nunca tenha convertido ninguém
e
muito santo e santa incógnita que vai semeando esperança,
ensinando
a fixar os olhos para o alto, com orações de fé,
adivinhando
as necessidades de quem precisa, como um anjo,
corrigindo
quem erra e caminha sem norte, com amor,
encaminhando
vidas para Cristo, como fermento...
Senhor
Jesus, obrigado pelo dom da fé e do perdão.
Obrigado
pelas pessoas que, ao longo da nossa vida,
têm
sido instrumentos desafiadores que nos conduzem a Cristo
e a
seguir a luz suave, pacífica e desinstaladora do Espírito.
Faz
com que a nossa vida não contradiga as nossas palavras,
para
que não afastemos aqueles que queres convidar à salvação.
Desinstala-nos
dos nossos preconceitos gueto-centricos
e
ajuda-nos a ultrapassar barreiras e fronteiras
que
impedem que a torrente da Tua graça salvadora
chegue
a todos os povos, culturas, gerações e religiões.
domingo, abril 21, 2013
4º Domingo da Páscoa – Dia mundial de oração pelas vocações
O Cordeiro, que está no meio do
trono, será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água viva.
(cf. Ap 7,9.14b-17)
O
Verbo Divino comunga com o Pai e o Espírito
o
mesmo coração de Bom Pastor
que
ama e conhece as suas ovelhas.
Para
as salvar, fez-se cordeiro manso,
humilde,
frágil, obediente, companheiro, aprendiz.
Cresceu,
fez-se um de nós, maduro de humanidade,
mas o
seu coração continuava puro de criança.
Conduziu
as suas ovelhas às fontes da água viva,
fazendo-se
Caminho que se podia imitar,
tornando-se
Luz que acolhia as trevas
apontando
a Verdade que servia com liberdade.
É
como cordeiro que dá a Sua vida na cruz,
confiante
e obediente ao Pai,
com o
coração a sangrar de amor
pelas
ovelhas e cordeiros de quem se habituou a ser irmão.
Ser
pastor hoje, seja na família, na sociedade ou na Igreja,
ou
toma o modelo do Cordeiro ou do carneiro,
do
cuidador que aprendeu a comunicar confiança
ou do
controlador que domina o rebanho com o bastão do temor.
É por
isso que Jesus nos ensina
que se
não nos tornarmos como crianças-cordeiros
não
entraremos no Reino dos Céus.
Senhor
Jesus, Cordeiro Bom Pastor,
caminho
novo da mansidão e da paz,
ensina-nos
a ser mestres aprendizes,
pais
com coração de filhos,
responsáveis
com olhos humildes de servo,
pastores
com ouvidos de discípulo.
Dá-nos
sacerdotes e consagrados/as
com
coração de cordeiro e fidelidade de pastor
numa
Igreja serva e livre de idolatrias,
missionária
e cuidadora da vida
que
aponta para a esperança com horizonte de eternidade.
sábado, abril 20, 2013
O BOM PASTOR AMA E CUIDA DO REBANHO
Quão feliz é o rebanho
Que tem Jesus por Pastor,
Pastor que conhece e ama
Cada uma das ovelhas
De quem cuida com amor.
Seu coração até arde,
Quando pelo nome as chama,
Em sinal do grande apreço,
Estima e intimidade,
Para bem as defender
Do perigo em seu redor,
Com sua mão doce e firme
E um olhar muito atento,
Sem descansar um momento,
Como fiel Bom Pastor
E também conhecedor
Das rápidas investidas
Dos lobos que as
espreitam,
Escondidos, entre as
silvas.
Felizes as que O Escutam,
Distinguindo a Sua voz
Da voz dos falsos pastores
Que, por não terem amor,
As deixam seja onde for
Abandonadas e sós!
Se o nosso Pastor é tão
bom,
Tão cuidadoso e atento,
Como há ovelhas ingratas
Que se afastam do Pastor
E depois ainda afirmam
Que Ele não lhes tem
amor?
Se Jesus vela por nós,
A toda a hora e momento,
Só por desconhecimento,
Alguém pode alimentar
Tão errado pensamento,
Pois com este Bom pastor,
Que nos ama, sem medida,
Temos garantida a vida,
Sob a Sua protecção,
De geração em geração.
Maria Lina da Silva, fmm –
Lisboa, 20.3.2013
Sábado da 3ª semana da Páscoa – Semana de oração pelas vocações
A Igreja (…) consolidava-se e
caminhava no temor do Senhor e crescia na consolação do Espírito
Santo. (cf. At 9,31-42)
Caminhar
com Cristo e crescer pela ação do Espírito
é a
única forma saudável da Igreja viver e anunciar a fé.
Os
discípulos que assim vivem,
dão
continuidade à obra salvadora de Jesus
e
parecem-se com Cristo na forma de anunciar, curar
e
libertar os que estão paralisados ou mortos pelo pecado.
Não
fazem milagres com transmissão em direto,
mas
realizam a sua ação na intimidade da fé
e
movidos pela misericórdia e o amor
com
que se alimentam na Eucaristia e na Palavra.
A
Igreja não é uma ONGD piedosa e solidária,
nem
uma multinacional especializada em saúde e educação.
Ela é
a continuidade comunitária da Missão de Cristo,
animada
pelo Espírito de santidade
que
caminha e encaminha a humanidade
para a
plena vida na Fonte da Vida, que é Deus.
Os
sacerdotes e consagrados não podem esquecer isso,
para
que o serviço profissional que realizam
no
campo da saúde, da assistência social e educação
não
descaracterize a sua identidade de pedras vivas
do
Corpo místico e vivo de Cristo na história.
Senhor
Jesus, oceano de vida onde nos regeneramos,
faz de
nós geradores de vida eterna,
movidos
pelo sopro do Teu Espírito.
Guia-nos
pela Tua mão no caminho da fé
e
torna-nos profissionais na arte de amar em verdade,
incondicionalmente
e permanentemente.
Dá-nos
vocações com coração de pastor
e
consagrados com o testemunho comunitário evangelizador.
sexta-feira, abril 19, 2013
6ª feira da 3ª semana da Páscoa – Semana de Oração pelas vocações
Viu-se de repente envolvido numa luz
intensa vinda do Céu. (cf. At
9,1-20)
Jesus
escolhe os que quer e quando menos se espera.
Não
usa os critérios humanos: amigo/inimigo,
bem
comportado/pecador, familiar/estranho,
rico/pobre,
nacional/estrangeiro, religioso/ateu...
Jesus
olha para o coração peregrino da Verdade,
mesmo
quando a persegue sem saber,
como
Saulo a caminho de Damasco.
Jesus
não destrói o perseguidor e o pecador,
mas
envolve-o numa luz intensa vinda do Céu
que
lhe cega as trevas de violência em que caminhava
e o
derruba das suas certezas limitadas do Ilimitado.
Esta
Luz coloca-o de novo a caminhar como discípulo,
disponível
para ser conduzido, escutar e obedecer
a
esta Voz de Graça que o escolhe para ser Seu apóstolo.
A
pastoral vocacional ao longo da história
enfermou
de critérios demasiado humanos:
raça,
cultura, condição social, história familiar,
capacidades
humanas e aspeto exterior...
Felizmente
o Espírito muitas vezes nos surpreendeu
com a
santidade de escravos, a fidelidade de pecadores convertidos,
o
testemunho de mártires de Igrejas jovens e minoritárias,
o
coração de pastor de pessoas pouco dotadas
ou
portadores de alguma deficiência...
Senhor
Jesus, especialista em recursos humanos escondidos,
obrigado
porque não olhas para as quedas e desacertos,
mas
para as possibilidades dispersadas que podemos usar.
Obrigado
por essa Luz que nos envolve e cega
e nos
coloca em permanente recomeçar de discípulo.
Ajuda-nos
a deixar-nos conduzir pelos Ananinas,
mestres
espirituais que rezam e curam
a
cegueira espiritual e a agressividade fratricida,
em
atitude orante, profética, fraterna e libertadora.
quinta-feira, abril 18, 2013
5ª feria da 3ª semana da Páscoa – Semana de oração pelas vocações
O Espírito de Deus disse a Filipe:
«Aproxima-te e acompanha esse carro».
(cf. At 8,26-40)
Jesus
é um peregrino do Céu
que se
aproximou e acompanha a humanidade,
à
espera de um convite pessoal para que possa entrar
e
servir-nos a salvação e o sentido pleno à nossa vida.
Aos
amigos que vai conquistando e habitando,
convidando-os
a agir da mesma forma:
a
aproximar-se dos inquietos de Deus,
a
acompanha-los e escuta-los pacientemente,
a
construir amizades que aprofundam o sentido da vida
e a
aceitar convites que deem oportunidade
para
entrar e anunciar o Evangelho que ilumina a sua vida.
A nova
evangelização e a pastoral vocacional
não frutifica nos
grandes eventos de massa
nem nos contactos
esporádicos e apressados.
Precisa de
proximidade da vida concreta das pessoas,
de tempo para
respirar confiança e amizade,
de continuidade
para escutar as perguntas que não se dizem,
de paciência para
esperar o convite a entrar na intimidade,
de espiritualidade
para saber, a partir daí,
iluminar a
esperança com a boa nova de Jesus.
Hoje corre-se
demasiado para fazer muitas coisas,
mas acompanha-se
pouco, pois não há tempo!
Não se percebe bem
se se procura ou foge das pessoas.
Senhor Jesus,
Peregrino escondido de jornadas personalizadas,
obrigado pelo Teu
amor incansável e libertador.
É bom saber-Te ao
nosso lado nas noites do sem sentido.
É iluminador
escutar as Tuas perguntas certeiras
que nos fazem ver a
verdade que procuramos.
Perdoa as vezes que
Te convidamos a entrar
e nos esquecemos do
Hóspede, Mestre da Vida eterna,
distraídos com os
nossos sonhos e tesouros de estimação.
Ensina-nos a arte
evangelizadora do acompanhar
e dá-nos vocações
de proximidade espiritual e fé musculada.
quarta-feira, abril 17, 2013
4ª feira da 3ª semana da Páscoa – Semana de oração pelas vocações
Os irmãos dispersos andaram de
terra em terra, a anunciar a palavra do Evangelho. (cf.
At 8,1b-8)
Deus
vai escrevendo direito
pelas
linhas tortas da história.
O
martírio de Estêvão e a perseguição dos cristãos,
obrigaram a Igreja a sair de Jerusalém
e a
dispersar-se pela Judeia e Samaria.
Como
emigraram cheios da alegria da fé,
a
perseguição tornou-se ocasião de Missão.
Sem se
darem conta, estavam a fazer aquilo que deviam fazer:
ir por
todo o mundo a anunciar o Evangelho de Jesus.
Deus
continua a saber escrever direito
nas
linhas tortas da história e até do nosso pecado,
o
importante é agir com fé e discernimento.
Quando
nos acomodamos e fechamos na paroquialite,
e a
crise e o desemprego nos obrigam a emigrar,
Jesus
nos diz: leva contigo a fé e anuncia o Evangelho.
Quando
pensamos que já somos santos
e nos
insuflamos de orgulho que despreza o pecador,
e
somos surpreendidos pelo fracasso e pelo pecado,
Jesus
nos diz: desce depressa que hoje quero ficar na tua casa.
Quando
diminuem as vocações consagradas e sacerdotais,
Jesus
nos diz: continuai a pedir ao Pai com fé
e
redescobri-vos todos pedras vivas da minha Igreja.
Senhor
Jesus, “designer” da arte refazer corações
e
redesenhar esperanças perdidas,
continua
a recriar em nós o Teu Caminho esquecido.
Ensina-nos
a apreender em cada desventura
a
aventura da boa nova da Tua Aliança eterna.
Faz-nos
peritos de tirar do lixo da história
o
húmus fertilizante da esperança do amanhã.
Ajuda-nos
a ver no ímpeto dos Saulos,
que
hoje nos perseguem e atemorizam,
os
apóstolos incansáveis que chamas a dar a vida por Ti.
Dá-nos
a Tua mão e cura o nosso olhar
para
podermos caminhar fraternos e confiantes
nos
nevoeiros cerrados das crises que enfrentamos.
terça-feira, abril 16, 2013
3ª feira da 3ª semana da Páscoa – Semana de oração pelas vocações
«Vejo o Céu aberto e o Filho do
homem de pé à direita de Deus» (cf.
At 7,51-81a)
Estêvão aprendeu
a ver o Invisível,
mesmo no momento de
trevas da sua morte injusta.
Enquanto o
apedrejavam, não se fixou no ódio
que brilhava nos
olhos dos que o injuriavam,
mas fixou-se no Céu
aberto e na glória de Deus,
Fonte de
regeneração e paz permanente.
Ver o Filho do
Homem, de pé à direita de Deus,
é acreditar na
Porta da Fé e no Caminho do perdão,
espelhado na Cruz
do amor incondicional,
como a escada que
conduz a humanidade ao Céu.
A legítima defesa
e o direito à indignação
justifica muitas
vezes o rebentar de iras,
violências verbais
e factuais, vinganças refinadas,
depressões
amarguradas, silêncios frios, ódios crónicos.
Estas reações
“tão humanas” tornam-se normais
em cristãos de
prática, em consagrados de profissão,
em sacerdotes que
deviam mostrar e ensinar
o caminho da paz,
do perdão e da confiança no Deus-Amor.
Senhor Jesus,
vencedor da injustiça e da violência,
com as armas da
misericórdia e da Aliança eterna,
dá-nos o Teu
Espírito de paz e de fé
que nos faz ver a
esperança em dias de nuvens escuras.
Concede-nos
vocações com coração de pastor,
mãos maternas que
acolhem e cuidam
e pés de paz
resistentes à violência e ao fracasso.
segunda-feira, abril 15, 2013
2ª feira da 3ª semana da Páscoa - semana de oração pelas vocações
Não eram capazes de resistir à
sabedoria e ao Espírito Santo com que ele falava. (cf.
6,8-15)
Estêvão
deixou-se possuir e conduzir pelo Espírito,
por
isso, a sua vida testemunha a Vida de Cristo,
a sua
missão é gémea da Missão de Cristo.
Olhamos
para Estêvão a fazer milagres e a pregar
e
vemos e ouvimos a memória viva e fiel de Jesus.
Como
Jesus, a sua sabedoria manifesta a glória de Deus,
mas
também como Jesus, é perseguido e preso.
Tornou-se
servo da Palavra e templo do Espírito,
totalmente
apaixonado pelo Reino de Deus.
Hoje a
questão vocacional deixou de ser:
“o
que Deus quis de mim ao criar-me?”
para
ser: “qual é profissão que tem saída no mercado?”.
No
aspeto religioso, como há sempre saída no mercado,
coloca-se
a questão da realização pessoal
ou do
refúgio para a agressividade competitiva do mundo
ou
mesmo como solução para o desemprego prolongado.
Os
sinais duma vocação ou chamamento de Deus,
não
são a fuga de nada nem de ninguém, mas a paixão por Cristo.
É a
descoberta de Jesus como único tesouro escondido,
permanentemente
buscado e nunca totalmente possuído,
que
torna lixo tudo o resto e nos faz parecidos com o Amigo.
Senhor
Jesus que nos chamas a colaborar na Tua Missão
e nos
dás o Teu Espírito como bússola do amor crucificado,
ajuda-nos
a seguir-Te sem fugas à Cruz nem procuras de refúgios
para
nos escondermos dos nossos medos.
Ensina-nos
a ser como Estêvão, profetas da Vida
num
mundo em contracorrente, à procura de si mesmo.
Desperta
no coração de muitos jovens o sim da entrega
e a
alegria da fé que nasce do encontro contigo.
domingo, abril 14, 2013
3º Domingo da Páscoa
«Àquele que está sentado no trono
e ao Cordeiro o louvor e a honra, a glória e o poder pelos séculos
dos séculos». (cf. Ap 5,11-14)
João,
o autor do Apocalipse, viu no Céu
o que
se devia ver em todo o universo e em toda a história:
Deus
Trindade que se faz Cordeiro imolado,
para
nossa salvação, numa aliança eterna e apaixonada,
é o
único que merece toda a honra, toda a glória e louvor,
toda a
confiança e amor para sempre.
Quando
o amor responde ao Amado imolado,
purificam-se
os afetos de amores de mercado
e
libertam-se os escravos de dependências doentias.
Os
tronos atuais já não são de sangue real,
por
direito de linhagem historicamente adquiridos.
Hoje
os senhores sentam-se em tronos de estúdio,
tão
belos à vista como efémeros no tempo.
A vida
transformou-se num espetáculo da apresentação,
onde
os senhores deste mundo ostentam poder de ilusão,
arte
de comunicação, boca cheia de promessas,
sabedoria
de governação, empreendedorismo de inovação.
E
neste baile de tronos vão alternando os ídolos,
sabendo
que a memória é curta e os afetos instáveis.
Mas
quanto menos se discerne a quem servimos
e em
que confiamos as nossas vidas,
menos
fecundamos a esperança
e
amadurecemos a felicidade que irradia alegria.
Senhor,
Amor Trinitário num abraço criacional,
envolve-nos
com a tua luz libertadora
que
brota da gruta de Belém e do monte Calvário,
surpreendidos
pela pesca abundante após a noite
e
pelas brasas generosas que alimentam a Missão.
Purifica
os nossos ouvidos distraídos,
para
que possamos ouvir a Tua voz de esperança,
entre
os ruídos de feira que auto-falantam promessas.
Centra-nos
no amor que eleva e liberta,
para
aprendermos a amar-Te como nos amas
e a
doar-nos gratuita e permanentemente como vives.
sábado, abril 13, 2013
CONSEQUÊNCIAS DA FÉ NA RESSURREIÇÃO DE JESUS
Só
Jesus Ressuscitado,
Ao
triunfar sobre a morte,
Nos
restituiu a vida
De
povo por Deus amado,
Para
nossa grande sorte!
Assim,
venceu a finitude,
Para
dar à humanidade,
N’Ele,
a possibilidade,
De
uma vida em plenitude,
Rumo
à eternidade,
Se
em Seu Nome lançarmos
Nossas
redes e nossos remos,
E,
sem medo, avançarmos,
Com
Ele, até ao alto mar,
Fiéis
à Sua Palavra,
Mais
poderosa que a vaga
Do
poder e da maldade,
A
impedir-nos pescar
O
peixe que mata a fome
De
amor e de liberdade,
De
paz e fraternidade.
Porque
és digno, Senhor,
De
toda a glória e louvor,
Vem,
connosco, para a barca
Da
vida, que, em si, é fraca,
Para
que nada e ninguém
Consigam
fazer calar
A
alegria que habita
O
coração que acredita
Na
Tua Ressurreição,
Que
é a melhor Boa Nova
Capaz
de pôr a exultar
Esta
pobre humanidade.
CRISTO
RESSUSCITOU! ALELUIA!
Eis
a grande Boa Nova,
Que
me alegra e dinamiza
Meu
viver e minha acção,
Consciente
da Missão,
Centrada
na Ressurreição!
Maria
Lina da Silva, fmm
Lisboa
13-4.2013
Sábado da 2ª semana de Páscoa
Os helenistas começaram a murmurar
contra os hebreus, porque no serviço diário não se fazia caso das
suas viúvas. (At 6,1-7)
A
Igreja é um corpo vivo e dinâmico: cresce e diminui,
tem
situações simples de mono-cultura
e
situações complexas de multiculturalidade,
pode
ser uma pequena minoria ou grande maioria,
ser
uma Igreja jovem ou com tradições ancestrais...
Para
cada situação precisa de ter ministérios adequados
para
conciliar o serviço litúrgico e sacramental
com o
serviço da caridade e da justiça,
o
serviço da comunhão e da formação pastoral
com o
testemunho e evangelização missionária.
Todos
se devem empenhar na construção do bem comum
e no
compromisso de dar glória ao Deus da vida.
Quando
na Igreja se tenta monopolizar funções,
perde-se
o principio da subsidiaridade e o sentido do carisma,
clericaliza-se
o ministério e o serviço passa a ser poder,
os
grupos periféricos e fragilizados ficam marginalizados
e a
Missão é absorvida pela máquina de pastoral interna.
Senhor
Jesus, Reino de Deus em serviço e doação,
que
podendo fazer tudo, confiais em nós a Missão,
para
que aprendamos a viver à imagem e semelhança de Deus.
Dai-nos
a capacidade de, como Tu, envolver a todos,
segundo
o carisma e o ministério de cada um,
na
vivência e testemunho do Teu Evangelho em Igreja.
Liberta-nos
da tentação do poder monopolizador
e do
medo em delegar responsabilidades.
Faz da
Tua Igreja peregrina da Verdade e da Justiça,
Povo
de Deus em marcha ao ritmo da Fé.