quinta-feira, novembro 30, 2017

 

S. André, Apóstolo


Como são formosos os pés dos que anunciam o Evangelho! (cf. Rom 10,9-18)

Jesus é os pés belos de Deus que vêm para anunciar boas novas.
Semeia incansavelmente o Evangelho da misericórdia,
com a autoridade de quem vive o que anuncia.
Chama discípulos de todas as classes sociais,
para estarem com Ele e os enviar em missão.
André, irmão de Pedro, é um dos primeiros a ser chamado,
fiel, sempre atento, acolhedor, que deu a vida por Cristo.
Hoje, Jesus, espera os nossos pés para continuar a sua missão!

A roda, o eletrónico e o automático tornaram secundários os pés.
Vamos a todo o lado, sentados numa cadeira, pelos dedos das mãos!
É uma vida sedentária, que dá a impressão que somos senhores,
que não precisamos de sair, de visitar, de encontrar, de revelar-nos...
basta enviar mensagens, telefonar, comunicar virtualmente.
Na evangelização não basta ir a palavra ou a imagem, 
é preciso ir envolver o corpo, a presença, o testemunho.
O Evangelho de Jesus cheira a amizade, sabe a encontro,
vê o coração, escuta a solidão, sente o frio e a marginalização!

Senhor Jesus, pés formosos enviados da Trindade,
obrigado porque és o Deus-connosco, peregrino da nossa salvação.
Louvado sejas, porque confias em nós a tua missão,
mesmo sabendo que somos pés acomodados e tímidos, 
que fazem tudo para não saírem, não se exporem,
não visitarem, não anunciarem, não amarem!
Espírito de fortaleza, Guia do peregrino,
ajuda-nos a ser como André, buscador da verdade,
visionário dos jovens que têm alguns pães e peixes para partilhar,
discípulos que conduzem pessoas para conhecer Jesus.
S. André, ajudai-nos a ser pés que anunciam boas novas!

quarta-feira, novembro 29, 2017

 

4ª feira da 34ª semana do Tempo Comum


Foste pesado na balança e achado sem peso; (cf. Dan 5, 1-6.13-14.16-17.23-28)

Deus é o Senhor e a última palavra da história.
Quem acumulou apenas para si e se esvaziou de valor,
pode engordar, mas não pesa valor, não tem amor!
Cristo veio ensinar-nos a viver descentrados de nós,
totalmente concentrados na salvação de todos,
numa oferta total de si que pesa na eternidade!
Por isso, Ele é o Vivente que vivifica os vazios,
os enche com a sua misericórdia e orienta com a sua Palavra.

Agora o ideal de beleza é ser magro, chegando à anorexia!
Para isso se trabalha com dietas, medicamentos,
cirurgias, fundas gástricas, ginásios, corridas...
No entanto, o culto do ego, a vida sedentária, o “fast food”,
a falta de autocontrole na hora de comer o que se gosta...
leva à obesidade e ao desequilibro hormonal!
Quando a obesidade exterior é um reflexo do vazio interior,
a vida bem pesada não passa de caprichos, 
vida sedenta e virtual, culto do eu e indiferença ao nós e a Deus!

Senhor, Juiz da história e balança do que vale para sempre,
conduz-nos com o teu Espírito e ensina-nos a sabedoria de viver.
Cristo, Pão da Vida, alimenta-nos com o teu Evangelho,
para que possamos estar livres e fortes para Te seguir.
Ensina-nos a pesar, cada dia, num bom exame de consciência!
Alimenta-nos com os valores da fé, da esperança e da caridade,
e ajuda-nos a abster-nos do que nos faz mal e nos narcotiza de egoísmo.
Dá-nos o dom da fidelidade quando seguir-Te é contracorrente!

terça-feira, novembro 28, 2017

 

3ª feira da 34ª semana do Tempo Comum


Apareceu uma grande estátua... e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro. (cf. Dan 2,31-45)

Deus é a montanha que sustenta o barro dos nossos pés.
Vamos construindo sonhos, Torres de Babel de fascinar,
mas se o Senhor não construir, é barro para desmoronar!
A história ensina-nos impérios pretéritos e glórias em ruínas,
e Aquele, que pensaram morto e destronado, 
permanece vivo e, escondido, continua a restaurar ruínas,
moradas eternas para quem foi peregrino da Aliança.
É o mistério do sonho e da verdadeira realidade!

Cada um de nós se revê na obras que constrói.
Os pais revêm-se nos filhos, o artista na sua obra,
o poeta nos seus poemas, os políticos na popularidade,
o professor nos resultados dos seus alunos,
o empresário na valorização dos seus negócios...
Tudo isto são famas e poder com pés de barro,
com glórias a termo e futuro incerto!
Se soubéssemos ler a história, talvez fôssemos mais humanos,
mais solidários, mais justos, mais humildes no diálogo!

Senhor, Mão invisível que sustenta o tempo e o espaço,
desperta-nos dos sonhos de ser estátua esplendorosa,
pretérita, sem vida, sujeita a degradação e ao esquecimento.
Cristo, a Quem quisemos matar e sua Palavra calar,
recria-nos  e restaura-nos a dignidade de filhos de Deus,
para que nos tornemos peregrinos do irmão e da eternidade!
Espírito Santo, Sabedoria eterna que dás vida às nossa estátuas,
ensina-nos a não construir sobre as aparências de barro dourado,
mas sobre a profundidade da verdade e da justiça,
do serviço ao bem comum baseado no amor gratuito!

segunda-feira, novembro 27, 2017

 

2ª feira da 34ª semana do Tempo Comum


Deus concedeu a esses quatro jovens a ciência e o conhecimento. (cf. Dan 1,1-6.8-20)

Para Deus somos pessoas únicas, não somos massa informe.
Ele conhece o nosso nome e o nosso íntimo,
e não se deixa levar pelas aparências que dão nas vistas.
Dá aos jovens a sabedoria e maturidade dos adultos,
e eleva a pobre viúva que dá tudo o que tem!
Aquele que nos quer salvar e nos há de julgar,
vê-nos com amor, ama-nos com intensidade e julga-nos com verdade.

A escolaridade e a informática deu aos jovens novos conhecimentos.
Os mais velhos sentem-se, muitas vezes, à margem deste mundo novo.
Mas este saber informático e surpresa nas questões e desejos,
não significa que saibam viver melhor, ter uma vida mais saudável,
serem mais solidários, contribuírem mais pelo bem comum.
Às vezes parece que se tornam aprendizes de alquimia precocemente, 
tendo acesso a muita tecnologia cujas consequências lhes escapam!
Infelizmente, vão surgindo notícias acerca dos jovens, 
não pelos melhores motivos, que acabam na pedofilia, 
no rapto, no exploração sexual ou consumista, na dependência, na morte!

Pai de bondade, que bom saber que para Ti todos somos filhos,
igualmente amados, que a todos queres salvar do nosso desvario!
Louvado sejas, ó Cristo, que aceitaste habitar no meio de nós,
ensina-nos a ciência do amor e da liberdade,
para que os jovens possam ser protagonistas de um mundo mais justo!
Louvado sejas, Espírito Santo, luz que nos revelas a verdade,
para além das aparências no teatro da vida em competição!
Dá-nos um coração cheio de esperança, de fidelidade e de amor!

domingo, novembro 26, 2017

 

34º Domingo do Tempo Comum – Jesus Cristo, Rei do Universo


É necessário que Ele reine, para que Deus seja tudo em todos. (cf. 1 Cor 15,20-26.28)

Deus é amor e quer que todos sejamos amor.
O Pai do Amor enviou o Filho Amor 
a vencer o ódio com as armas do amor.
Por isso, surge como Pastor que busca as ovelhas tresmalhadas,
como Médico que cura as feridas ulceradas e cancerígenas,
como Namorado que conquista o coração da sua amada,
como Agricultor que semeia abundante Palavra de vida,
como Cordeiro que vence o lobo dando a vida por ele,
como Juiz que prepara o julgamento com paciência e misericórdia!

A vida não é uma brincadeira sem consequências.
A forma como exploramos a natureza agravou as mudanças climáticas.
Aquilo que semeamos é aquilo que colhemos.
A forma como comemos e bebemos condiciona a nossa saúde.
E Cristo está no meio de nós, sofrendo a nossa indiferença,
contando com a nossa colaboração de coração bom,
identificando-se com as ovelhas frágeis e doentes!
Ele quer conduzir tudo e todos ao Amor de Deus.
Quem não for Amor, não caberá na Porta do Céu!

Senhor, Rei da eternidade e fonte de toda a vida,
venha a nós o teu Reino e sê o Espírito que nos move!
Cristo, Rei-Servo, cuida da nossa vida desleixada,
cheia de marcas de aventuras erradas e feridas mal curadas!
Espírito Santo, Luz do verdadeiro amor refletido em Cristo,
ajuda-nos a confiar mais no amor do que na guerra,
mais na misericórdia do que na vingança e na condenação,
mais na escuta do que no ruído surdo e obstinado.
Cristo-Rei, aumenta a nossa fé, esperança e caridade!

sábado, novembro 25, 2017

 

Sábado da 33ª semana do Tempo Comum


Caiu de cama e adoeceu de tristeza, porque os projetos não lhe tinham corrido como desejava. (cf. 1 Mac 6,1-13)

Deus deseja ardentemente salvar toda a criação.
A resistência e a obediência da humanidade entristece-O,
mas Deus não adoece de tristeza nem de raiva exterminadora!
É a esperança misericordiosa do coração de Deus
que O faz ser paciente, criativo, servo e oferta de si gratuita!
Deus não quer conquistar-nos apenas uns tempos,
mas quer-nos conquistar o coração para o amor eterno!
Paradoxalmente, a fortaleza de Deus manifesta-se na fraqueza da cruz!

O culto do desejo, por ser inalcançável e insaciável,
cria o vazio do fracasso e a inveja da fama.
A dureza do coração, incapaz de perdoar as fraquezas do outro,
adoece a alegria, deprime o horizonte e escurece a luz.
O resultado de tudo isto é uma vida corrida para não ver,
uma insónia temerosa para não ser apanhado a dormir,
uma tristeza espiritual cheia de insegurança e de revolta.
Dá a impressão que andamos todos adoentados,
a precisar de psicólogo, psiquiatra ou de fada da sorte!

Senhor, como é bom saber que o teu poder não é domínio,
o teu projeto é salvação, a tua paciência é misericórdia!
Cristo, Deus-connosco, só visível aos olhos da fé,
ajuda-nos a confiar sempre, mesmo no mistério do fracasso,
para vivermos em paz, sem ansiedade nem depressão.
Ensina-nos a perdoar e a “santa indiferença” perante a riqueza,
com horizontes de esperança e fé na ressurreição!
Espírito de sabedoria, ensina-nos o caminho das bem-aventuranças!


sexta-feira, novembro 24, 2017

 

6ª feira da 33ª semana do Tempo Comum – S. André Dunc-Lac e companheiros


Subamos a purificar o templo e celebrar a sua dedicação. (Cf. 1 Mac 4,36-37.52-59)

Fazemos do templo o que fazemos da vida
e purificar o templo é um apelo à purificação da vida!
Jesus, ao purificar o templo do comércio e da exploração,
apresenta-se como Palavra de Deus que vem ao nosso encontro
e nos convida à purificação, à oração e à renovação da Aliança.
Os Macabeus instituíram a festa anual da dedicação do templo,
pois a festa é memória comunitária da santidade de Deus.

Cada templo, que foi sagrado, tem a sua festa anual de dedicação.
Em cada festa se recorda que é um lugar de oração,
de encontro da comunidade, de celebração da fé e dos sacramentos,
de envio em missão e apelo à conversão.
Esquecer isto, é fixar-nos na vaidade das obras artísticas dos homens;
é fazer do templo um museu do esplendor histórico do lugar.
O que dá vida ao templo são as pessoas em peregrinação,
sedentas do Mistério que nos habita, 
desejosas de escutar a sua Palavra,
conscientes do seu pecado e confiantes na sua misericórdia!
Os templos vazios e descuidados ou praça social, 
são um reflexo do vazio de fé em que vivemos!

Senhor, Templo do Céu que purificas a história,
louvado sejas porque nos habitas, não porque mereçamos,
mas porque a tua misericórdia nos procura e nos pede amor!
Purifica a nossa fé e os valores da nossa vida,
para que aprendamos no templo a celebrar a comunhão,
a ouvir a verdade, a despertar para a Aliança,
a orar de mãos dadas, a acolher a misericórdia e a missão.
S. André Dung-Lac e companheiros mártires do Vietname,
ensinai-nos a ser fortes no testemunho da nossa fé!

quinta-feira, novembro 23, 2017

 

5ª feira da 33ª semana do tempo Comum – S. Clemente e S. Columbano


Todo aquele que sentir zelo pela Lei e quiser manter a aliança siga-me. (cf. 1 Mac 2,15-29)

O zelo pela Lei da Aliança exclui a idolatria e o pecado:
“não invocar o santo Nome de Deus em vão”,
“não matar, não cometer adultério, não matar, 
não levantar falsos testemunhos, não cobiçar...”
Mas inclui a alternativa do amor em todas as situações:
“Amar a Deus sobre todas as coisas, guardar o Dia do Senhor,
honrar pai e mãe, respeitar o estrangeiro, cuidar do pobre...”
O zelo dos macabeus levou-os à revolta e à violência armada,
o zelo do Filho de Deus levou-O à encarnação,
à evangelização, à cura dos doentes, 
à entrega de vida na cruz, à permanência no meio de nós 
e ao envio do seu Espírito de misericórdia.

Balançamos entre a acomodação ao mundo
e a rejeição deste mundo, com fundamentalismos maniqueístas.
A tolerância democrática e a intolerância terrorista
aparecem como únicos caminhos de opção!
Nem a tolerância que iguala e aceita tudo sem critério,
nem a intolerância que rejeita e combate tudo o que não somos nós,
são caminhos de verdade e de justiça, de paz e de renovação.
Por isso, Jesus chora a cegueira de Jerusalém
porque não reconheceu Aquele que a visitou 
nem aceitou o seu caminho da verdadeira paz!

Senhor, Tu és o caminho que gera paz e renova a Aliança.
Envia-nos o teu Espírito e cura as nossas cegueiras,
para que libertos de falsos zelos, Te sigamos com fidelidade!
Dá-nos o Espírito de profecia que sabe estar no mundo,
sem ser mimetismo do mundo, mas imitação do Pai:
“ser perfeitos e misericordiosos como o Pai do Céu”, 
“cumprir a vontade do Pai como o seu Filho, Jesus!”.
S. Clemente e S. Columbano rogai por nós
e ensinai-nos a seguir o Evangelho de Cristo em todas as situações!

quarta-feira, novembro 22, 2017

 

4ª feira da 33ª semana do tempo Comum – S. Cecília


Tudo suportou com firme serenidade, pela esperança que tinha no Senhor. (cf. 2 Mac 7,1.20-31)

Deus é o Senhor de tudo e de todos,
o Rei que quer ser Lei de amor em toda a história.
Esperar nEle e por Ele com confiança e vigilância,
faz-nos serenos e liberta-nos para fazer render o dom da vida.
Jesus revela-nos uma humanidade totalmente livre para amar,
que faz da sua vida uma oferta pela salvação dos servos maus!
Confiar nEle e seguir os seus passos é a nossa salvação
e a salvação de todos os que caminham connosco.

A serenidade e a paz nascem da esperança que nos habita.
Quem espera apenas no que já alcançou,
teme o amanhã, vive a ansiedade do que vem depois da esquina,
fica paralisado no medo de fracassar, de não dar certo.
O resultado é entregarmos o rumo da história aos reis de turno,
que usam a sua esperteza para governar para si,
para destruir os adversários, para alimentar o medo dos tímidos!
A solução da maioria é ocupar o tempo com trabalho, ruídos 
e diversões, para iludir o sem sentido duma vida sem esperança.
Saber parar, olhar o Céu, confiar no Eterno que se faz dom,
é o caminho para a serenidade e força para lutar com amor!

Senhor, autor do que somos, onde caminhamos e para onde vamos,
nós confiamos em Ti, Rei libertador, que nos serves com amor!
Cristo, nosso Irmão, movido por coração misericordioso,
ensina-nos a viver como Tu, confiantes no Deus da vida,
livres para servir e amar, disponíveis para perdoar e salvar.
Espírito Santo, melodia serena e fortaleza dos tímidos,
ensina-nos a viver uma vida saudável, livre da ansiedade doentia,
grata pelos dons recebidos, animada pela esperança na vida eterna.
S, Cecília, virgem e mártir, rogai para que sejamos cristãos fieis!

terça-feira, novembro 21, 2017

 

3ª feira da 33ª semana do Tempo Comum – Apresentação de Maria


Um exemplo de coragem e um memorial de virtude. (cf. 2 Mac 6,18-31)

Deus é Palavra de misericórdia que caminha,
como pastor de ovelhas perdidas e curiosas de sentido.
Não se fixa nas aparências mas na alegria e coerência escondida.
À vida fingida e dissimulada, vê-a como um engano de perdição,
pois separa a palavra e o rito da vida e do coração.
Maria consagra-se totalmente ao Senhor, desde a sua infância,
Eleasar sabe resistir à tentação da dissimulação para salvar a sua vida,
Jesus é a vida divina em nós, onde a vida é palavra e a palavra é vida!

A educação faz-se mais pelo exemplo do que pela exortação.
A atitude iluminada pela palavra, na hora certa,
tem o peso da autenticidade dum coração que se revela.
Por outro lado, o lindo discurso numa vida dupla,
ou o rigoroso ritual numa vida desonesta e egoísta,
descreem o conselho e afastam do Deus da Vida.
A coerência e a humildade fazem mais pela evangelização,
do que grandes eventos teatralizados e sem verdade.


Senhor, obrigado porque queres ficar na nossa casa
e hospedar-Te em nossos corações pecadores,
como salvação misericordiosa que nos purifica!
Alimenta-nos com a tua Palavra e com o teu Corpo,
para que assimilemos a tua Vida e nos tornemos teu mensageiro.
Que o teu Espírito nos liberte da tentação da mentira
e nos dê a alegria da verdade e da fidelidade.
Santíssima Virgem da Apresentação,
ensina-nos a sermos fieis à nossa consagração batismal.

segunda-feira, novembro 20, 2017

 

2ª feira da 33ª semana do Tempo Comum


Muitos permaneceram firmes e irredutíveis no seu propósito de não comerem alimentos impuros. (cf. 1 Mac 1, 10-15.41-43.54-57.62-64)

Deus passa pelos caminhos da nossa vida para nos curar a cegueira.
Às vezes não vemos mais que um palmo à frente dos olhos
e o nosso programa de vida não vai além do rebanho que nos arrasta.
Perante a multiplicidade de alimentos e propostas que se apresentam,
deixamo-nos levar pela maioria, pela pressão social,
pela cobiça do enfeite, pela orgia do novo, pela tentação da experiência.
Jesus e o seu Espírito re-apresentam-nos a Aliança da misericórdia,
com as chagas da fidelidade e sem a maquilhagem da ilusão.
A pureza da fé cristã alimenta-se do Evangelho de Cristo!

O apelo do marketing a comer e a experimentar,
tem na ponta um anzol que apanha o curioso pela boca.
A dependência começa por uma pequena experiência:
tabaco, drogas, jogo, consumismo, pornografia...
O mercado chama-lhe fidelização, a ciência dependência.
Este comportamento dependente afeta mais o próprio,
mas há outras opções de vida que afetam terceiros 
e se aproveitam da sua fragilidade,
legalizando o aborto, a eutanásia, a injustiça, a xenofobia...

Senhor, Luz que caminha connosco sem ofuscar nem obrigar,
cura a nossa cegueira e ensina-nos o bem e a liberdade.
Cristo, Deus-connosco sem deixar de ser Deus-Santo,
envia-nos o teu Espírito e conduz a nossa vida na terra, 
com o discernimento do que nos faz bem e nos faz mal!
Liberta-nos do afã de experimentar tudo e de ser igual a todos
e clarifica-nos o sentido da ascese do que nos escraviza!
Alimenta-nos com a tua Palavra e com o teu Pão Eucarístico!


domingo, novembro 19, 2017

 

33º Domingo do Tempo Comum – Dia dos Seminários e Dia Mundial do Pobre


Põe mãos ao trabalho alegremente. (cf. Prov 31,10-13.19-20.30-31)

Deus age por amor e salva com alegria.
Perante a noite da criação, Deus brilha como Sol de justiça,
envia o seu Espírito de profecia e a sua Palavra encarnada
para libertar os que esperam a salvação
e despertar os que andam adormecidos na perdição!
Cada um de nós é vocação,
chamamento a pôr a render os nossos dons,
com audácia, zelo e fidelidade!
A Igreja é esta mulher virtuosa, que ama o seu Esposo
e distribui com largueza pelos pobres,
educando para a liberdade, para o amor e para o louvor.

A vida é uma janela de oportunidades, uma aventura!
Há os que olham o mundo com o coração,
veem o que podem fazer e colocam mãos à obra.
Não se sentem salvadores, mas responsáveis,
pois sabem que devem fazer a sua parte com alegria e esperança.
Há outros, cheios de dons e qualidades,
que por comodismo e medo, vivem a vida como espetadores,
comentando e julgando, exigindo como parasitas.
Há outros ainda, que gostariam de dar a sua contribuição,
mas não têm oportunidade de conseguir emprego,
de estudar, de ter acesso à paz e à justiça, de ter um salário justo.

Senhor, Fonte de salvação e chamamento à colaboração,
ajuda-nos a responder à nossa vocação,
com alegria, sentido de Igreja e amor libertador.
Cristo, que vieste para fazer a vontade do Pai,
dá aos que chamaste a serem sacerdotes na tua Igreja,
um coração de pastor, a ternura de uma mãe,
o zelo de um atleta, a alegria de um coração disponível.
Espírito Santo, dom generoso e gratuito que gera fraternidade,
faz-nos sensíveis aos pobres e ajuda-nos a criar-lhes oportunidades
de também eles poderem colaborar na construção do teu Reino
e sentirem a dignidade de serem Filhos de Deus!

sábado, novembro 18, 2017

 

Sábado da 32ª semana do Tempo Comum – Dedicação das Basílicas de S. Pedro e de S. Paulo


A vossa palavra omnipotente, Senhor, tocava o céu e caminhava sobre a terra. (Cf. Sab 18,14-16; 19,6-9)

A Palavra de Deus é criadora, escuta e liberta,
faz-se aliança e profecia, toca o Céu na oração
e caminha na terra, encarnada em Jesus Cristo,
sempre animada pelo mesmo Espírito de caridade!
A vida de fé torna-se assim uma criação contínua,
uma Páscoa misteriosa, uma comunhão orante permanente,
uma esperança audaz, uma fraternidade profética.
Que aventura caminhar na Terra com o coração em Deus!

Às vezes parece que andamos divididos entre o Céu e a Terra,
entre a oração e o trabalho, o profano e o sagrado,
a teoria e a prática, a ética e o interesse próprio,
o individual e o comunitário, a família e a Igreja!
E conjugamos a vida como fragmentos, 
sem ponta por onde lhe pegar nem fio para os enlaçar! 
Falta-nos o segredo de Jesus e dos santos,
que caminham na Terra, animados pela luz e o amor do Céu!

Senhor, Palavra que cria e salva e ouvido que atende e perdoa,
aumenta a nossa fé e fome de Te escutar, louvar e amar!
Cristo, Palavra de Deus, que desce à Terra e permaneces connosco,
liberta-nos das palavras ocas e dos fragmentos de vida sem nexo,
para que sejamos comunhão e esperança no amor!
Espírito Santo, reza em nós e ama em nós,
para que o profano seja sagrado, a família Igreja,
a pessoa relação, a fragilidade diálogo e perdão,
a história uma Páscoa de salvação!
S. Pedro e S. Paulo, ensinai-nos a ser discípulos e apóstolos de Cristo!

sexta-feira, novembro 17, 2017

 

6ª feira da 32ª semana do Tempo Comum – S. Isabel da Hungria


A grandeza e a beleza das criaturas, conduzem, por analogia, à contemplação do seu Autor. (cf. Sab 13,1-9)

Tudo o que vive e existe é obra de Deus.
Em cada criatura está a marca e assinatura do seu amor,
belo e omnipotente, diverso e harmonioso, terno e livre!
A criação é, ao olhar contemplativo, um livro de Deus!
Saber deter-se e saborear um nascer ou por do sol,
o mistério e a imensidão dos astros e estrelas,
a cor e a musicalidade dum bando de passarinhos,
o perfume e a beleza das flores,
o sabor e atração de uma fruta madura na árvore,
o sorriso desgarrado e gratuito de uma criança...
é extasiar-se e deixar brotar um hino de gratidão ao Criador!

Uma vida a correr dentro de um carro ou avião,
ansioso por chegar  à meta, a ouvir a sua música;
ou uma vida fechada num escritório ou num quarto,
a ver fotos e imagens virtuais ou SMS de conversa de chacha,
impede a contemplação, a meditação, o encontro!
Viver na cidade, onde só se veem coisas transformadas, 
obra dos humanos, eclipsa a assinatura de Deus na criação.
O ateísmo e o agnosticismo floresce na cidade e na vida apressada!

Senhor, criador e gerador de tudo o que vive e respira,
louvado sejas por tanta beleza, grandeza e harmonia.
Neste mundo que persegue o sucesso e a experiência nova,
dá-nos um olhar contemplativo e sábio,
capaz de deter-se na criação para chegar e louvar o Criador.
Espírito Santo, dá-nos o dom do discernimento,
para dar-nos conta dos sinais dos tempos 
que nos despertam para a Aliança e a conversão!
S. Isabel da Hungria, esposa e mãe contemplativa,
intercede para que aprendamos a viver com a sabedoria do amor.

quinta-feira, novembro 16, 2017

 

5ª feira da 32ª semana do Tempo Comum


A sabedoria é o espelho puríssimo da atividade de Deus, imagem da sua bondade. (cf. Sab 7,22-8,1)

Deus envia-nos a sua Sabedoria para que sejamos sábios e bondosos.
Jesus é essa Sabedoria que permanece no meio do nós,
como Caminho entre muitos caminhos, disponível e sem publicidade.
O Espírito Santo é essa Sabedoria, que habita no mais profundo de nós,
atuante e sereno, como fermento de vida nova e água da vida!
Deter-se a contemplar a vida de Jesus, guiados pela sua Palavra
e iluminados pelo seu Espírito, é inscrever-se na escola da Sabedoria.
Nada disto impede o sofrimento, a perseguição e as dificuldades,
pois o Mistério Pascal é o culminar da noite do Reino de Deus!

A educação foi assumida como um direito fundamental.
Poder ir à escola, aprender a ler e escrever, conhecer a história,
apropriar-se dos conhecimentos adquiridos,
preparar para adquirir novos conhecimentos...
fazem parte desse projeto fundamental da escolarização.
Ultimamente, evita-se a filosofia, a ética e a religião,
pois ao mercado interessam pessoas consumistas,
dependentes da moda, caprichosos e acríticas.
Durante o dia anda-se numa escola e à noite noutra!
Especializa-se numa parte da realidade, mas é-se ignorante e ingénuo
na arte de amar, de ser livre, de buscar o bem comum, de refletir.

Pai, Santo e Bom, abre-nos à tua Sabedoria, escondida no tempo,
amiga e serva, misericordiosa e paciente espera de quem A procura!
Cristo, imagem perfeita da atividade de Deus,
revelação de um Deus diferente 
e Pão que nos sustenta no caminho,
assimila-nos em Ti pela escuta e contemplação.
Espírito Santo, Sabedoria da bondade divina,
ensina-nos a amar, a sermos livres profeticamente,
capazes de andar em contracorrente, com alegria e simplicidade!
S. Margarida da Escócia e S. Gerturdes, rogai por nós!

quarta-feira, novembro 15, 2017

 

4ª feira da 32ª semana do Tempo Comum – S. Alberto Magno


Do Senhor recebestes o poder; Ele examinará as vossas obras e sondará as vossas intenções. (Cf. Sab 6,1-11)

O poder é um ministério ao serviço da comunhão e da justiça.
Deus quer-nos uma sociedade organizada e amiga,
no entanto, há a tentação de aproveitar o ministério da autoridade
para servir-se daqueles a quem devem servir.
Quanto maior for a responsabilidade da pessoa, 
mais severo é o juízo de Deus para com ela.
Jesus é o Filho do Altíssimo que cura as nossas lepras do pecado 
e dá a vida pelas suas ovelhas, como Bom Pastor!

O governo democrático conquista-se com votos.
Por isso, investe-se muito na persuasão, nas promessas,
nos almoços grátis, na propaganda, no insulto do adversário
e, às vezes, até na compra de votos dos mais pobres!
A volúpia do poder sobe à cabeça e corrompe a justiça,
tornando-se autoritário ou subserviente às pressões de outros poderes.
Os governantes precisariam de estar mais atentos à ética,
aos valores da justiça, à escuta de Deus que lhes fala pelo pobre!
Quanto maior for o poder, mais parecidos com Deus temos que ser!

Senhor, o teu poder é serviço e a tua justiça é amor!
Dá-nos um coração responsável e amigo,
que saiba cuidar do mais fraco com o zelo dum pai ou mãe.
Cristo, Altíssimo e Bom Senhor, Servo que nos lavas os pés
e Médico que nos curas as lepras que marginalizam,
ensina-nos a cuidar com amor da natureza,
do irmão que encontramos pelo caminho,
do colaborador que trabalha na empresa,
do povo que colocastes sob a nossa responsabilidade,
da criança ou do jovem a quem devemos educar e formar.
S. Alberto Magno, intercede pelos nossos governantes!

terça-feira, novembro 14, 2017

 

3ª feira da 32ª semana do Tempo Comum


Os que Lhe são fiéis permanecerão com Ele no amor. (cf. Sab 2,23-3,9)

Deus criou-nos para a imortalidade, à sua imagem e semelhança.
A morte é consequência da infidelidade à sua aliança.
Quanto mais pecamos, mais sós ficamos, menos vida geramos!
É o amor e o serviço da vida que nos torna parecidos com Jesus,
e, purificados pela sua misericórdia, viventes na mão de Deus!
Deus é amor e só quem vive no amor, obediente ao seu Espírito, 
se sente bem no Céu e O aceita como vida para sempre!

Há uma certa religiosidade intimista, que busca uma salvação egoísta,
e exclui o amor dos que encontra, enquanto caminha!
Deseja o seu céu, como palácio idílico numa ilha celeste,
separado de quem não gosta ou o incomoda.
Quando muito admite que haja nesse paraíso, 
servos que satisfaçam os seus caprichos e exigências!
Quem não descobriu a alegria de amar e perdoar,
de se interessar pelo bem comum, colocando os seus dons ao serviço,
não gostará de estar eternamente no Céu, 
de permanecer no amor, contemplando a Fonte e aprendendo a ser fonte, 
sem férias de ardor nem escapatórias!

Senhor, fonte de toda a vida e alimento de todo amor,
recria-nos no teu Filho, à tua imagem e semelhança!
Cristo, Pão da vida, ensina-nos a viver como Tu,
para que a história respire eternidade e o amor rotina quotidiana,
tendo como bússola o teu Evangelho e conselheiro o teu Espírito. 
Liberta-nos do egoísmo e da vanglória de sermos melhores,
e ajuda-nos a viver com humildade e fidelidade o teu Evangelho,
permanecendo no amor após a ofensa e na opulência,
na saúde e na doença, na vida e na morte! 

segunda-feira, novembro 13, 2017

 

2ª feira da 32ª semana do Tempo Comum


O Espírito sagrado, nosso educador, foge da hipocrisia. (cf. Sab 1,1-7)

Deus é amor que suporta fielmente a verdade de cada um.
Sabe das ondas de instabilidade em que navegamos
e, apesar disso, o seu Espírito nos habita e educa
para nos conduzir ao amor da justiça, da solidariedade e do bom Deus!
O Espírito fala-nos pelo tristeza da consciência que nos inquieta,
quando investimos na mentira, na hipocrisia e na injustiça camuflada.
O Senhor é misericórdia e aceita o nosso arrependimento,
quando é assumido com frontalidade e humildade,
mesmo que as quedas sejam frequentes e a fragilidade manifesta.

O individualismo de libertinagem com que se vive hoje,
proporciona vidas duplas, hipocrisias maquilhadas,
pessoas públicas famosas com vidas privadas pouco recomendáveis.
Quando a verdade escondida se conhece,
expõe-se na comunicação social, julga-se na rua,
lixando e condenando, com a hipocrisia de quem se julga santo.
Deus conhece a verdade dos nossos podres escondidos
e, apesar disso, não procura a nossa condenação,
mas tudo faz pela nossa salvação e conversão!

Senhor, Tu me conheces no mais íntimo do meu ser,
sabes o que pareço e o que sou, e, apesar disso,
amas-me com amor eterno e chamas-me a colaborar na tua missão!
A tua Palavra me desperta cada manhã para a verdade,
me convida a purificar da falsa esperteza da fuga e da mentira,
e espera que Te abra a porta para que entres para me curar!
Louvado sejas pelo teu Espírito de santidade e de verdade,
que me educa para amar como Tu me amas
e me faz recomeçar cada dia de novo, com a esperança de ser santo!

domingo, novembro 12, 2017

 

32º Domingo do tempo Comum – Semana Nacional dos Seminários


Quem busca a Sabedoria desde a aurora não se fatigará, porque há-de encontrá-la já sentada à sua porta. (cf. Sab 6,12-16)

Deus cria-nos e oferece-se para ser a sabedoria da vida.
Quem A procura, não precisa de fazer quilómetros,
mas de meditar pacientemente, escutar o silêncio que fala,
olhar a história com a perspicácia dos frutos bons.
A Sabedoria fez-se encontro em Jesus de Nazaré,
procurou-nos com noivo apaixonado e irmão amigo,
fez-se Palavra e enviou-nos o seu Espírito,
para ser luz e entendimento que sobrepassa a ingenuidade.
Procura-la é uma vida, que vai acumulando azeite de reserva,
para quando dormitamos termos azeite para iluminar o encontro!

Hoje vive-se o momento ao sabor do sentimento
e procura-se a segurança do futuro na reserva do dinheiro.
A vida espiritual é um entre muitos afazeres fragmentados:
reza-se quando há um problema, 
vai-se à missa quando apetece ou há um compromisso social,
torna-se solidário na época do Natal...
tudo é feito ao sabor das circunstâncias e das emoções!
Como não há um projeto de busca e formação permanente,
quando as crises e a tempestades nos assolam, não estamos preparados, 
falta-nos o azeite da fé e da caridade na almotolia!

Senhor, Sabedoria da vida feliz com esperança de eternidade,
ilumina o nosso caminho e ensina-nos a viver com sensatez!
Cristo, Palavra que nos espera à porta da misericórdia,
ensina-nos a rezar e a meditar como uma rotina boa,
tomando consciência do orvalho que sacia a nossa sede de Mais!
Espírito Santo, suave brisa que nos avisas da nossa imprudência,
liberta-nos da hipnose que vive ao sabor das emoções
e foge a um projeto de vida, com rumo, meta e avaliação.
Enche o nosso coração de fé e de amor, para que de forma persistente,
Te procuremos na meditação, alimentemos o nosso seguimento 
e fortaleçamos a colaboração na tua Missão pelos sacramentos.

sábado, novembro 11, 2017

 

Sábado da 31ª semana do Tempo Comum – S. Martinho de Tours


A graça de Nosso Senhor Senhor Jesus Cristo esteja convosco. (cf. Rom 16,3-9.16.22-27)

Deus é graça eterna, infinita e para todos.
Jesus é a Graça encarnada, visibilidade da Fonte
donde a vida ganha eternidade e o mistério se revela amor.
Os discípulos de Cristo são chamados a ser 
administradores da graça do Senhor Jesus Cristo,
entregando-se totalmente a ser graça da Graça de Deus.
É uma multidão imensa de colaboradores em Igreja,
que arriscam a vida por levar esta boa nova a todos.
Paulo e Martinho são apenas alguns do nomes mais conhecidos!

Saudar alguém, não é apenas uma regra de boa educação,
mas é uma manifestação de interesse benfazejo pelo outro.
Desejar um “bom dia”, “saúde” quando espirra,
“parabéns” quando faz aniversário ou vence um obstáculo,
“as melhoras” quando se está doente, “bem-haja” na gratidão,
ou “até quando Deus quiser” quando se despede...
são formas de bênção e expressão de fé e de coração bom.
A Eucaristia, sacramento da graça, adotou a saudação de S. Paulo,
quando o presidente saúda a assembleia reunida:
“A graça de Nosso Senhor Senhor Jesus Cristo esteja convosco.”

Senhor, Graça generosa e acessível para todos os que em Ti creem,
aumenta a nossa fé e a sede de Te procurar e viver na tua graça.
Liberta-nos da auto-suficiência e auto-referênça egoísta,
que serve ao dinheiro para não Te servir a Ti e ao próximo. 
Ensina-nos na escola dos sacramentos a viver da graça
e a investir na amizade e na solidariedade,
no querer bem a todos pela evangelização que abre à graça de Cristo.
S. Martinho, soldado de Cristo e exemplo de partilha com o pobre,
ajuda-nos a viver na graça neste mercado onde tudo é mercadorias.

sexta-feira, novembro 10, 2017

 

6ª feira da 31ª semana do Tempo Comum – S. Leão Magno


Tive a preocupação de só pregar o Evangelho onde ainda não se tinha invocado o nome de Cristo. (cf. Rom 15,14-21)

Jesus encarnou por causa dos pecadores,
por causa das ovelhas dispersas, doentes e perdidas.
Por isso, come com os pecadores, dialoga com os samaritanos,
cura os doentes, liberta encadeados pelo mal, 
chama os cobradores de impostos, acolhe os estrangeiros...
A sua vida é ser Cordeiro que tira os pecados do mundo.
Prepara discípulos e envia-lhes o seu Espírito
para continuarem a sua missão de salvar o que está perdido!

A missão de evangelizar exige audácia de mar alto,
coragem e mestria para enfrentar as tormentas e tempestades,
persistência e paciência para continuar a semear,
mesmo quando demoram a aparecer os frutos!
A tentação é fugir à missão, entreter-se a pescar num viveiro,
fazer a manutenção mínima de campos já cultivados,
ser funcionário do religioso e esperar, 
com horários marcados, quem nos procura.
É principalmente a juventude e a família 
que precisam de evangelização e de serem acompanhados,
com amor, zelo, criatividade, paciência e misericórdia.

Senhor, louvado sejas pelo coração preocupado 
com os teus filhos doentes, perdidos e auto-flagelados.
Foi esse amor que me procurou, me ampara,
me levanta, me perdoa, me alimenta e envia em missão.
Obrigado porque de náufrago me queres fazer nadador-salvador!
Liberta-nos do medo da primeira evangelização,
da fuga aos meios inóspitos e resistentes ao Evangelho!
Espírito de sabedoria, aumenta a nossa fé
e dá-nos a esperteza de confiarmos mais na amizade 
do que na segurança do acumular para si mesmo!
S. Leão Magno, intercede por uma Igreja mais missionária.

quinta-feira, novembro 09, 2017

 

Dedicação da Basílica de Latrão


Veja cada um como constrói. (cf. Cor 3,9c-11.16-17)

Jesus é o Templo de Deus, vivo e descido,
com pés de tempo e palavra de eternidade.
É Ele que nos purifica das nossas bancas de comércio
e faz de cada um de nós um templo vivo, habitação de Deus.
A beleza deste Templo depende da forma como construímos,
da fidelidade ao projeto, da forma como somos equipa.
Os templos de pedra e cimento são apenas lugares de oração
e espelho dos valores com que construimos a vida!

A Basílica de Latrão é a sede do Papa, em Roma,
símbolo do seu ministério de comunhão e unidade na Igreja.
É-nos longínqua, mas celebramos a sua dedicação
com a alegria de termos um ministério petrino
como balança da unidade da fé e da Igrejas locais.
Como construímos esta comunhão 
e contribuímos para a santidade da Igreja de Cristo?
Construímos sobre o alicerce de Cristo e do seu Evangelho
ou desvirtuamos o Evangelho com as nossas negociatas comodistas?

Senhor, Templo derrubado na cruz e ressuscitado na Igreja,
ajuda-nos a ser pedras vivas e templos santos, onde habita o Amor.
Espírito Santo, Verdade que iluminas a Missão de Deus,
conduz os nossos sonhos para que realizemos a nossa vocação,
com a humildade de Maria e a entrega dos Apóstolos.
Assiste o nosso Papa Francisco na sua missão profética
e ajuda-o no seu ministério de purificar, animar, unir
e anunciar Jesus Cristo pela gramática do testemunho.

quarta-feira, novembro 08, 2017

 

4ª feira da 31ª semana do Tempo Comum


Não devais a ninguém coisa alguma, a não ser o amor de uns para com os outros. (cf. Rom 13,8-10)

A nossa fé em Deus assenta sobre o amor.
A vontade de bendizer a Deus e fazer bem ao próximo,
resume tudo o que deve fazer parte das nossas relações.
Amar não é uma opção, apenas em certas circunstâncias,
mas um dever com prioridades em toda a nossa vida.
Devemos amar primeiro a Fonte, para que saciados de amor,
possamos amar a todos com fidelidade e misericórdia.
Ser discípulo de Cristo é amar da mesma forma e qualidade!

Habituámo-nos a viver a crédito para nos libertarmos do dever de amar.
A autonomia financeira é comprada com muito esforço e trabalho.
A libertação dos afazeres domésticos exigem o recurso a serviços externos
de educação, de limpeza, de saúde, de assistência, de entretimento...
que por sua vez exigem grandes somas mensais de dinheiro.
O resultado é que não há tempo para amar nem rezar, 
todo “o tempo libertador” é para trabalhar para pagar as dívidas!
Amar assim entra também na área do mercado:
faço bem a quem me faz bem e faço mal a quem em faz mal,
ou sou indiferente a quem me é indiferente!

Senhor, fonte de todo o amor, purifica as nossas relações
e cria prioridades e discernimento na nossa forma de querer bem.
Cristo, nosso salvador, que nos ajudas a carregar a nossa cruz,
alimenta-nos com o “Pão dos fortes”, para que saibamos amar sempre,
perdoar em todas as situações, solidarizar-nos com os que sofrem.
Espírito Santo, Amor que purifica o coração,
liberta-nos do jeitinho disfarçado que prejudica o próximo,
e ajuda-nos a amar a Deus sobre todas as coisas
e ao próximo como a nós mesmos, à maneira de Jesus.
E acima de tudo, dá-nos tempo para amar eternamente!

terça-feira, novembro 07, 2017

 

3ª feira da 31ª semana do Tempo Comum


Abençoai e não amaldiçoeis. (cf. Rom 12,5-16a)

O olhar de Deus é complacente e misericordioso.
A sua bênção nos acompanha de dia e de noite,
como Pai e Mãe que se compraz em ver-nos crescer,
penetrar nos mistérios da vida, aprender a fazer o bem.
Mesmo quando pecadores, sempre nos vê como filhos,
e faz festa quando despertamos para a conversão
e aceitamos o seu abraço de perdão e de reconciliação.
O juízo vem sempre somente no final, 
depois de ter feito tudo e dado a vida para nos salvar!

O nosso cérebro fica ansioso perante o mistério do outro,
e, por isso, é rápido em catalogar, em julgar segundo as aparências,
a partir de um facto marcante, levado pela dislexia do interesse.
Perante estes pré-juízos, tomamos posições e decisões,
julgamos as pessoas, tratamo-las com indiferença ou deferência, 
rejeitamo-las ou contratamo-las, condenamo-las ou idolatramo-las.
Perante uma ofensa, muitas vezes ficamos feridos,
e a sangrar rancor, a vomitar imprecações e maldições,
e revelamos um íntimo escondido: azedo, vingativo e maldizente.
Ser uma bênção em todas as situações, na mesa da fraternidade, 
eis o que nos identifica com Cristo, que perdoa a quem O matou!

Senhor, bom Pai, que nos amas infinitamente
e és paciente connosco, levantando-nos quando caímos,
obrigado por tanta paciência e perseverança salvífica.
Cristo, nosso Irmão de coração grande e presença amiga,
louvado sejas por seres o agricultor deste terreno inculto,
cheio de pedras duras, de ervas daninhas e de espinhos agressivos.
Espírito Santo, brisa suave que nos convidas para a Mesa do Senhor,
purifica-nos dos rancores que combatem dentro de nós,
nos tiram a paz e transformam o outro num inimigo a abater!
Ensina-nos a ser missionários que conduzem à Eucaristia,
escola de fraternidade e de perdão, alimento de missão.

segunda-feira, novembro 06, 2017

 

2ª feira da 31ª semana do Tempo Comum – S. Nuno de Santa Maria


Quem Lhe deu primeiro, para que tenha de receber retribuição? (cf. Rom 11,29-36)

A vida é um dom permanente e sempre anterior,
cuja fonte está em Deus, criador e providente,
compassivo e misericordioso, Pai, Irmão e Alento!
Somos sempre devedores de um dom gratuito e anterior!
Quando damos algo a Deus, apenas respondemos ao dom, 
devolvendo gratidão, conjugando amor, fazendo circular o dom.
É assim a vida de Jesus que convida para a sua mesa
os pecadores, que não lhe podem retribuir,
pois vivem da misericórdia e da graça que brota do seu coração.
É assim que Jesus nos quer uns com os outros,
purificando os afetos e as relações do mercado retributivo!

Educamos as crianças a fazer as coisas normais
em troca de retribuição e de prémios de desempenho:
“se me deres um beijo, dou-te isto!”,
“se fizeres isto, dou-te aquilo!”
“se passares no exame, compro-te este prémio!”...
Cresce-se cheio de direitos, com deveres comprados,
deixando na penumbra o essencial da vida: somos puro dom!
Assim é difícil não ser egoísta, aprender a agradecer,
saber rezar que não seja para pedir, gostar da Eucaristia!
Quando tudo se faz por interesse, o dom só se for bem pago!

Senhor, tudo é teu, tudo em Ti ganha vida e eternidade!
Louvado sejas por seres iniciativa permanente de dom!
Jesus, imagem perfeita da Fonte que Te gerou,
louvado sejas por continuares no meio de nós,
silencioso e atuante, sendo uma vida totalmente oferecida!
Espírito Santo, Sabedoria da Trindade a ensinar-nos a ser dom,
desfoca-nos dos nossos interesses mesquinhos e caprichosos,
e ensina-nos a amar, fazendo da nossa vida um dom,
uma oferta de louvor ao Dom Supremo,
um testemunho alegre e eternamente agradecido!
S. Nuno de Santa Maria ensina-nos a ser dom agradável a  Deus!

domingo, novembro 05, 2017

 

31º Domingo do Tempo Comum


Desejaríamos partilhar convosco, não só o Evangelho de Deus, mas ainda a própria vida. (cf. 1 Tess 2,7b-9.13)

Deus é Pai, Mãe, Mestre, Pastor, Médico... de todos.
Deus não vive para si mesmo, mas é vida para todos!
O cenário do calvário, em que o Filho se entrega pelos que O matam,
é o rosto mais transparente e surpreendente de Deus!
Aqueles que o Senhor escolhe para serem seus discípulos 
e apóstolos, devem viver e atuar com o mesmo coração de Cristo.
Quanto maior for a responsabilidade eclesial, 
menor deve ser o orgulho e a exigência de ser servido!
O verdadeiro pastor torna-se partilha do Evangelho e da vida!

A tentação do poder é grande e ataca a todos!
Às vezes o poder sobe à cabeça e julga-se mais que os outros,
despreza os que devia amar e cuidar,
e aproveita-se de quem devia servir e guiar!
Na Igreja todos somos convidados a sentar-nos à mesma mesa,
como irmãos recuperados e agraciados pela misericórdia divina.
Quem tem o dom da sabedoria deve aconselhar com humildade;
quem tem o dom da administração, deve gerir com justiça;
quem tem o dom da profecia, deve evangelizar sem descanso;
quem tem o dom de animar a liturgia, deve fazê-lo com dedicação.
Se quisermos ser poder à maneira dos homens,
então, em vez de aproximar, afastamos as pessoas de Deus.

Senhor, bom Pai e carinhosa Mãe, que com tanta paciência nos amas,
obrigado por tanto dom, por tanta graça, por tanta misericórdia.
Cristo, Omnipotente e bom Senhor, que Te fizeste servo e irmão,
ensina-nos a rezar e a viver o “Pai-nosso” da fé e da fraternidade.
Espírito Santo, dom de sabedoria e de profecia,
ajuda-nos a viver a nossa vocação e missão,
com os mesmos sentimentos de Jesus, em comunhão com a Igreja,
com humildade, entrega de vida e bom testemunho do Evangelho.
Ensina-nos a subir na santidade pela ternura humilde do serviço.

sábado, novembro 04, 2017

 

Sábado da 30ª semana do tempo Comum – S. Carlos Borromeu


Os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis. (cf. Rom 11,1-2a.11-12.25-29)

A fidelidade de Deus é uma fonte inesgotável de amor.
Sonha ter todas as criaturas sentadas à sua mesa de festa
e começa por chamar o povo de Israel para chegar a todos.
O povo escolhido nem sempre deu o primeiro lugar 
a Deus e à sua aliança, nem sempre foi humilde e fiel.
Deus enviou o seu Filho, revestido de humildade,
e não O reconheceram como Messias!
Deus continuou com o seu projeto de salvar o mundo
e, por meio dos discípulos de Jesus, chamou toda a humanidade,
a participar neste banquete da vida e da reconciliação.
Hoje, é a Igreja que é sacramento de salvação para todos,
com a humildade de Cristo e a fidelidade paciente do Espírito.

Vivemos num mundo globalizado e eucentrico!
Perdemos a compreensão do todo, pois concentrados no Eu.
Somos um “Eu”, que quer ocupar sempre o primeiro lugar,
mesmo que seja virtual ou numa mesa solitária!
Um “Eu” assim, fechado sobre si mesmo, caprichoso,
consumista, inchado, exigente e auto-referencial,
dificilmente se entrega à missão de salvar os outros,
numa paciente entrega, revestido de humildade e fidelidade!
Prefere comprar diversão do que investir na amizade,
prefere comprar amor do que investir na conquista de corações,
prefere cuidar de um animal de estimação do que ter um filho,
prefere divorciar-se do que aprender a perdoar e a dialogar!

Senhor, como sois grande e humilde, essencial e escondido!
Tudo nos dais sem se notar, à espera que Te demos o primeiro lugar!
Sem Te darmos o primeiro lugar não Te podemos obedecer,
nem continuar a tua missão de salvar este mundo!
Dá-nos, Senhor, o teu Espírito e ajuda-nos a ser como o teu Filho,
humildes servos do amor, irmãos perseverantes da reconciliação!
Liberta-nos da fanfarronice de querer parecer o primeiro,
e abre-nos à verdade do teu olhar, que conhece o nosso íntimo,
e nos há de julgar um dia e mandar sentar no lugar que nos pertence!
S. Carlos Borromeu, ensina-nos a ser pastores da vida para todos!

sexta-feira, novembro 03, 2017

 

6ª feira da 30ª semana do Tempo Comum – S. Martinho de Porres


Sinto uma grande tristeza e uma dor contínua no meu coração. (cf. Rom 9,1-5)

Deus é amor e por isso sofre por nos ver sofrer escusadamente.
Deus deu-nos a sua Palavra de aliança e de felicidade, 
mas nós preferimos palavras de aventura e teimosia.
Deus-nos o seu Filho, Caminho, Verdade e Vida,
mas nós preferimos outros mestres de encanto e de morte!
Paulo, porque tocado pelo amor de Cristo,
sofre pelo seu povo que não aderiu ao Messias enviado pelo Céu,
e está disposto a oferecer a sua vida para que o seu povo adira a Cristo.
Sofrer pelo mundo que não crê é participar no sofrimento de Deus!

A fé é uma experiência pessoal, uma adesão única de cada um.
Muitos tiveram uma boa educação religiosa,
pais crentes e praticantes, e os filhos manifestam indiferença,
afastamento da prática comunitária da fé.
Há povos que tiveram uma história gloriosa de santos e missionários
e agora vivem numa secura e numa apatia religiosa,
às vezes até como militância anti-cristã, querendo negar suas raízes!
O verdadeiro crente sofre orante estes irmãos errantes,
numa tristeza missionária que chora por um mundo sem referência a Deus!

Senhor, Salvação escondida e revelada, 
que percorres os  nossos caminhos,
cura a nossa cegueira fundamentalista e materialista,
que nos impede de Te encontrar, de Te amar e de Te seguir.
Sofro conTigo os horizontes curtos e fechados dos meus irmão descrentes,
uno-me a Ti em prece pelos que, possuídos pelo pecado, fazem sofrer,
tiram a vida e a alegria, vivem encurvados, acumulando água no deserto.
Espírito Santo, ajuda-nos a viver uma vida evangelizada e evangelizadora,
que anime os não crentes a abrirem-se à fé 
e a encontrarem em Cristo, o salvador que procuram!

quinta-feira, novembro 02, 2017

 

Comemoração de Todos os Fieis Defuntos


Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante multiplique as ações de graças. (cf. 1 Cor 4,14-5,1)

Deus preparou o banquete eterno para todos.
Muitos arranjam sempre desculpas para não entrarem:
não estou preparado, não me acho digno, 
tenho medo de não gostar, não gosto nem perdoo a quem já entrou...
Com todo este peso, muitos sofrem a solidão de si,
amuam na força do fechamento e da birra,
adiam o encontro e a festa, sofrem de fome com a mesa posta.
Escutam a voz daqueles que já entraram a dizer: “entrai!”;
escutam a voz daqueles que ainda peregrinam, como nós,
a dizer: “acolhei a misericórdia, abri-vos ao Amor, deixai-vos salvar!”

Rezar pelos que já faleceram é alimentar a esperança e o amor,
animando os que já partiram a abrirem-se à salvação de Jesus,
oferecendo a Deus por eles, uma vida santa, um fervor orante,
uma caridade generosa, umas flores perfumadas de perdão.
Como vamos convencer os que estão num purgatório auto-sustentado,
se nós nos limitamos nestes dias a oferecer umas flores,
a participar numa missa e depois continuamos neste purgatório,
sem conversão, nem ardor de comunhão, nem pés de discípulo?
Estamos a pedir para os que já partiram o que nós não queremos!

Senhor, Bendito do Pai, que nos ofereces a festa do Amor,
cura a cegueira do nosso coração e abre-nos ao teu abraço da graça.
Espírito Santo, Luz de comunhão, ajuda-nos a estar unidos a todos,
empenhados em que todos se salvem, animados na conversão.
Pedimo-vos por todos os que já partiram, mas ainda não saíram de si,
para que se abram à misericórdia de Deus
e se disponham a aceitar o “traje de cerimónia” oferecido por Jesus,
e assim se revestirem com a dignidade de filhos de Deus
e glorificarem a festa eterna preparada pela Santíssima Trindade!

quarta-feira, novembro 01, 2017

 

Todos os Santos


Seremos semelhantes a Deus, porque O veremos tal como Ele é. (1 Jo 3,1-3)

Deus desce para propor uma aliança que nos purifique da idolatria.
O Filho de Deus encarna Filho do Homem para nos salvar,
purificar o coração e ser Caminho que nos faz ver a Deus.
O Espírito Santo desce sobre nós para nos dar um novo olhar,
que ilumina a escuridão com a luz da fé,
alegra a caridade com um amor incondicional,
e fortalece a esperança e a paz na noite escura do desespero.
Contemplar uma multidão imensa de santos, que não se podem contar,
é despertar a esperança de um dia lá chegar
e sermos semelhantes a Deus na alegria de amar,
na pureza de coração, na largueza do perdão, na certeza do louvor!

O que é noticia é o terrorismo que cobardemente mata,
a corrupção escondida que rouba e desfalca,
a infidelidade que debilita a esperança...
No entanto, o que sustenta o mundo silenciosamente
é o amor quotidiano que serve a vida e a beleza,
a fidelidade do trabalhador que certifica a qualidade,
o voluntariado que se compromete em ser graça e generosidade,
apagando fogos, visitando doentes e presos, 
lutando por boas causas comuns, anunciando a Cristo.
O que sustenta o mundo e a esperança é a santidade anónima!

Senhor, só Vós sois santo e fonte de toda a santidade!
Adoro-Vos profundamente e de Vós espero a salvação!
Fortalece a nossa fé quando a reincidência no pecado desespera
e nos faz temer a misericórdia e desistir da esperança.
Todos os Santos e Santas de Deus pela graça de Jesus Cristo,
intercedei por cada um de nós e apoiai-nos na caminhada!
Espírito Santo, Luz da santidade, dai-nos um coração puro,
capaz de ver a Deus, Sol de Justiça, no meio de tantas luzes artificiais.

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