segunda-feira, novembro 30, 2020
2ª feira, S. André, apóstolo
Vinde e segui-Me e farei
de vós pescadores de homens. (Cf. Mt 4, 18-22)
Jesus passou e passa
junto dos que estão a trabalhar.
Ele chama-nos a deixar os
nossos projetos,
a segui-Lo e a começar a
trabalhar na sua missão.
Foi assim com André, é
assim comigo e contigo,
pois a missão ainda é uma
criança que é preciso continuar!
Na vida fragmentada que
levamos, fragmentamos a vida da fé:
damos uns minutos rápidos
à oração e à celebração,
dedicamos uns minutos à
missão… e pronto,
o resto do tempo é para
mim, para os meus gostos,
a minha realização, as
minhas coisas!
Jesus quer que a nossa fé
seja seguimento
e o seguimento nos torne “pescadores
de homens”
não biscateiros da missão
nas horas vagas!
Senhor, bendito sejas
porque nos visitas e chamas,
nos acolhes e formas na
arte e ardor de Te imitar!
Ajuda-nos a ser odres
novos que levam o teu Vinho novo
aos convidados para o teu
Banquete nupcial do amor.
S. André, apóstolo que
deste a vida por e como Cristo,
ensina-nos a fidelidade
na humildade e na missão!
domingo, novembro 29, 2020
1º Domingo do Advento
Vigiai, portanto, visto que não
sabeis quando virá o dono da casa. (cf. Mc 13,33-37)
Deus criou-nos seus colaboradores,
fazendo-nos missão.
Cada um de nós tem uma missão a
cumprir,
uma vida a fazer render, uma meta
a atingir.
Cristo é o caminho e o Espírito Santo
o guia
que devemos seguir e escutar, sem
ver o rosto!
Advento é esperar e preparar o dia
em que Lhe veremos o rosto!
Vigiar é viver desperto para distinguir
o bem do mal.
Vigiar é buscar o sentido duma
vida aberta à eternidade.
Vigiar é saber parar na voragem
das preocupações da vida.
Vigiar é meditar e avaliar o
percurso feito.
Vigiar é tomar consciência dos
frutos que damos.
Vigiar é buscar libertação daquilo
que nos torna dependente.
Senhor, Pai e Redentor, Dono e
Dom, Pastor e Juiz,
ajuda-nos a estar vigilantes e a
ansiar pelo encontro,
a sermos fiéis no presente para
não temermos o futuro!
E quando o desejo nos fecha sobre
nós mesmos,
desperta-nos para a esperança e
aviva a missão,
para que sejamos bons filhos e
bons irmãos!
sábado, novembro 28, 2020
Sábado da 34ª semana do Tempo Comum
Tende
cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados. (cf. Lc 21,34-36)
Deus é o
rio da vida que fecunda a história.
Em Cristo
está a Árvore da Vida, cujos frutos alimentam
e suas
folhas curam os corações pesados,
incapazes
de dar um passo fora de si, obesos de egoísmo.
Vigiar e
orar é beber deste Rio da Vida que vem de Deus
e curar o
coração pesado que nos impede de servir e amar o irmão.
As doenças
do coração físico denunciam as doenças espirituais.
A obesidade
e o sedentarismo tornam o coração pesado,
incapaz de
dar passos que não sejam sentados,
de
caminhar que não seja virtualmente!
E quando
se faz exercício para manter a linha,
é só no ginásio,
a andar para si, numa dança sem par!
E um
coração pesado não pode voar, a não ser em desejo,
mas isso
ainda o torna mais pesado, com pesadelos acordados!
Senhor,
Árvore da Vida onde descanso e desperto,
confidencio
e peço, me alimento e me refaço,
aliviando
o peso do meu coração e agilizando os meus passos.
Perdoa as
vezes que não Te agradeço a tua presença,
nem escuto
a tua Palavra que me diz: “vai em meu nome”!
Cura o meu
coração pesado, acomodado e preocupado,
sexta-feira, novembro 27, 2020
6ª feira da 34ª semana do Tempo Comum
Olhai a
figueira e as outras árvores.
(cf. Lc 21,29-33)
O agir de
Deus está presente em toda a criação.
Contemplar
a criação e espantar-se com a sua dinâmica,
ajuda-nos a
compreender o ser do seu Criador.
Que
maravilha é a biodiversidade que nos surpreende,
a música de
fundo, a cor, o perfume, a harmonia, a beleza,
o
previsível e o imprevisível da meteorologia,
o visível e
o invisível a olho nu, o horizonte…
Na verdade,
a natureza é um livro de Deus!
A modernidade,
para nos concentrar no consumismo,
atrofiou-nos
a capacidade da contemplação.
Mesmo
quando passeamos na natureza,
procuramos
ocupar-nos com músicas conhecidas
e entretemo-nos
a consultar novidades nas redes sociais!
Esta
pandemia fez-nos parar em casa
e o mundo
fica reduzido a quatro paredes e ao virtual,
cheio de
movimento, de ruído e passatempos.
Senhor,
olho a figueira despojada de tudo,
neste Outono
que prepara o gelo do Inverno,
e compreendo
o Advento que nos despoja do superficial,
para estarmos
preparados para o encontro com o Amado!
Contemplo
o coelho que brinca nas manhãs frias
e maravilho-me
com o casaco peludo e quentinho que lhe fizestes,
e
compreendo porque nos fizestes desprotegidos e frágeis,
para
sermos para o outro, este cuidar caloroso e protetor!
Ensina-nos
a ler a natureza com um olhar contemplativo!
quinta-feira, novembro 26, 2020
5ª feira da 34ª semana do Tempo Comum
Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. (cf. Lc 21,20-28)
A vida
nasce em dores de parto.
A devastação
do mal revela a nossa libertação.
Por isso,
não temamos, o tempo não é eternidade,
o Amor é
paciente e fiel, o Oleiro refaz a sua obra.
O Juiz da
história é o nosso Bom Pastor!
É crítico o
equilíbrio ecológico da criação.
É frágil a
paz entre os povos e nações.
É precária
a economia, a política e a saúde…
O pecado e
a graça fazem toda a diferença!
O
importante é saber compreender os sinais dos tempos
e empreender
conversões adequadas e oportunas!
Senhor,
ajuda-nos a começar algo novo, segundo o teu projeto,
neste tempo
de paragem, neste retiro forçado.
Fortalece
a nossa fé, alarga a tenda da nossa comunhão,
e eleva a
nossa esperança, para que sejamos flor de amendoeira,
que,
durante o Inverno, anuncia a proximidade da libertação!
Dá-nos a
graça de sermos felizes
por podermos
participar nas núpcias do Cordeiro!
quarta-feira, novembro 25, 2020
4ª feira da 34ª semana do tempo Comum
Assim
tereis ocasião de dar testemunho.
(cf. Lc 21,12-19)
Deus é a
primeira e a última palavra da história.
No teatro
do tempo parece que vencem os arrogantes,
os violentos,
os mentirosos, os injustos…
e os
justos são perseguidos e injuriados.
Mas esta é
a oportunidade de os cristãos darem testemunho,
de mostrarem
em quem acreditam e colocam a sua esperança!
Nesta
pandemia fomos invadidos por uma grande impotência.
A casa foi
o nosso refúgio e o distanciamento a nossa salvação.
Gostaríamos
que Deus tivesse premiado os justos
com uma
especial proteção contra o vírus,
mas este vírus
contagia a todos, de forma indiscriminada.
O Senhor
só nos pede que aproveitemos esta crise mundial
para darmos
testemunho da nossa bondade e fidelidade,
e
entrarmos numa verdadeira conversão ao seu Evangelho!
Senhor,
obrigado porque viajas connosco, neste barco de todos,
como Mestre
e como Companheiro, como Irmão e como Médico.
Ensina-nos
a ser presença amiga e bálsamo na desesperança,
junto dos
que viajam no porão da solidão e da dependência,
da doença
e do desemprego, regelados pela falta de fé e de amor.
Ajuda-nos
a ser uma Igreja perseverante no testemunho de Cristo,
profética na
prática da justiça, missionária no anúncio da esperança.
terça-feira, novembro 24, 2020
3ª feira da 34ª semana do Tempo Comum – S. André Dung-Lac e companheiros
Comentavam alguns que o templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. (cf. Lc 21,5-11)
Nós
viajamos no tempo de volante na mão.
Pensamos
que somos senhores, donos de tudo,
mas há
Alguém que nos dá a vida,
nos
ilumina os passos e nos há de avaliar os frutos.
Então as
seguranças desnudam-se inseguranças,
a arrogância
dá lugar ao medo e à humildade,
e o
encontro ou é um reconhecimento esperado
ou um
desencontro solitário num estranho vazio!
Aquilo que
eram títulos de glória antes da pandemia,
são agora valor
sem valor num desespero lamentado.
Os
santuários, as maravilhas do mundo, os paraísos terrestres,
as viagens
de sonho, as experiências excêntricas,
os
deficits vencidos, as economias de sucesso…
tudo ficou
paralisado por um vírus invisível!
E numa
manhã de nevoeiro espera-se ansiosamente
por uma vacina
ou um medicamento milagroso!
Senhor,
estamos apreensivos e estonteados,
nesta paragem
abrupta da dança em que andávamos.
Ajuda-nos
a aproveitar esta paragem para aprendermos,
de novo, a
valorizar o real invisível,
a escutar
a sede do encontro e a saciar a fome da verdade.
S. André
Dung-Lac e companheiros mártires do Vietname,
rezai por
uma Igreja que seja resposta profética nestes dias parados!
segunda-feira, novembro 23, 2020
2ª feira da 34ª semana do Tempo Comum
Na sua
penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver. (cf. Lc 21,1-4)
O olhar de
Deus é penetrante; não vê quantidade, mas qualidade.
Oferecer a
vida é mais do que oferecer coisas;
imitar Jesus
na sua entrega é mais do que cumprir ritos.
O verdadeiro
discípulo traz gravado na fronte
o Nome do
Cordeiro e do seu Pai,
e em tudo
o que faz e é, anuncia o Evangelho da vida.
Estamos em
tempos de penúria e de insegurança.
Todos
vamos no mesmo barco, mas uns viajam na 1ª classe,
outros na
2ª, outros na 3ª, outros na 4ª classe
e outros vão
no porão do navio.
Uns vão
como turistas, outros como empregados.
A solidariedade,
a bondade, o diálogo, o respeito,
a amizade,
o perdão e a justiça é que fazem de todos irmãos.
Senhor
Jesus, bendito sejas porque Te deste todo por todos,
numa entrega
de vida e sacrifício por uma aliança eterna.
Ensina-me
a seguir-Te por onde quer que fores,
com a
mesma entrega de amor, com a mesma radicalidade.
Ajuda-nos
a fazer desta crise mundial um testemunho de fraternidade,
de globalização
dum amor sem fronteiras,
de redescoberta
duma comunhão que vai para além da proximidade!
domingo, novembro 22, 2020
34º Domingo do Tempo Comum – Jesus Cristo, Rei do Universo
Senhor,
quando é que Te vimos com… e Te demos…
(cf. Mt 25,31-46)
Deus é Rei
do Universo servindo a vida,
alimentando
a harmonia, curando o doente,
fortalecendo
o débil, perdoando e salvando o perdido.
Ele é o
Bom Pastor que vai à procura das ovelhas tresmalhadas,
fala-lhes
ao coração e convida-as a segui-Lo.
Reinar
assim, fazendo dos súbditos reis em dignidade,
filhos em
liberdade e com a mansidão do amor,
acaba
sempre por dar-se totalmente, como Cristo na cruz!
O Senhor
quer fazer de nós poder de serviço,
anjo da
guarda do débil e perdido,
restaurador
de dignidades enxovalhadas,
por isso
vem ao nosso encontro como pobre,
como
estrangeiro, como doente, como condenado.
É difícil ver
o nosso Rei nestes andrajos da humanidade!
Bom
Pastor, obrigado pelas vezes sem conta em que me procuraste,
me carregaste
ao colo, me curaste as feridas e me alimentaste!
Desculpa
as vezes em que não fui a tua missão de bom pastor,
surpresa fraterna
que acolhe e anima, pão de esperança,
por
egoísmo, comodismo, medo ou preconceito.
Vem Senhor
e reina no nosso coração
e ensina-nos
a servir a todos com alegria e amor!
sábado, novembro 21, 2020
Sábado, Apresentação de Nossa Senhora
Todo
aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é minha mãe. (cf. Mt 12,46-50)
A Mãe de
Jesus é a discípula da Palavra.
A sua vida
é uma consagração a Deus,
livre e
confiante, que se deixa fecundar e dá frutos.
A “Cheia
de Graça” é o “Hoje” da obediência,
o Sim
permanente ao projeto Daquele que a chama a ser Mãe
do Filho
eterno de Deus, Menino salvador da criação!
A
fecundidade de vida é hospitalidade paciente,
que deixa
o outro ser, numa colaboração sem posse.
É assim no
nascimento biológico,
na pedagogia
da educação, no nascimento para a fé,
na
profecia que evangeliza, nas sementeiras da vida.
Querer apropriar-se
do fecundado, gera aborto,
controle infantilizado
de quem precisa de aprender a voar!
Senhor,
bendito sejas pela liberdade e pela Mão disponível
a conduzir-nos
no caminho da maternidade e paternidade responsável.
Maria,
ensina-nos a ser fecundos, pela abertura e acolhimento
à Palavra
de Deus, surpresa sempre nova, certeza experimentada!
Roga por
nós, ó Mãe, para que a consagração do nosso Batismo
e as
outras consagrações que vamos fazendo ao longo da vida,
sejam um
sim discernido e renovado ao projeto e missão de Deus.
sexta-feira, novembro 20, 2020
6ª feira da 33ª semana do Tempo Comum
A minha casa é casa de oração; e vós fizestes dela um covil de ladrões. (cf. Lc 19,45-48)
Deus é a
casa do diálogo e da aliança,
encontro
do amor e da misericórdia.
A casa de
Deus é o Céu que desce à nossa morada,
pois o seu
Espírito encheu a terra inteira e o Filho é Emanuel.
O templo
sinaliza esta presença e este encontro,
que sacraliza
o tempo e o espaço, o quotidiano e o corpo.
Deus dá à
pessoa humana a possibilidade de ser oração,
dom gratuito,
aliança eterna, diálogo com o Invisível!
A forma
como nos comportamos no templo,
manifesta a
forma como vivemos a relação na vida.
Fazer do templo
uma praça coberta,
com conversas,
comentários, murmurações, internets…
é revelar
a forma trivial, superficial e excêntrica
com que
vivemos a rotina dos dias.
O templo
deve convidar-nos à relação com o Infinito,
a subir o
horizonte, a olhar para dentro, a sair puro!
Senhor,
eis-me aqui perante o Inefável,
maravilhado
com Hóspede tão grande e tão silencioso,
que me
oferece a paz no rodar ruidoso da vida!
Purifica
esta morada em que habito,
para que
possa honrar e habitar
a relação
que tenho com o Altíssimo e o vizinho!
Não passo
de uma criatura aperfilhada e cuidada,
enviada em
missão desta vida em oração sem comércio!
quinta-feira, novembro 19, 2020
5ª feira da 33ª semana do Tempo Comum
Ao ver
a cidade, chorou sobre ela.
(cf. Lc 19,41-44)
Deus sofre
as nossas dores, as costas voltadas,
os desatinos
sem rumo, a cegueira da fé.
Jesus,
sofre com o Pai, uma missão desapercebida,
uma Porta
não atravessada, um Caminho não seguido,
um Médico
não acolhido, um Pastor não ouvido.
Foram
visitados pela Paz, mas a ambição não vê o Dom!
Perante
esta pandemia, muitos choram sem esperança.
Buscam a
luz ao fundo do túnel, mas recusam viver o presente.
A economia
perde força quando diminui a velocidade.
E que faço
eu quando tudo se paralisa à minha volta?
Continuo a
rodopiar, estonteado pela paragem e o silêncio,
ou aproveito
a paragem para descobrir quem sou,
para onde
vou, como está a temperatura do meu amor,
o que é
que realmente permanece quando o mercado perde valor?
Senhor,
dá-nos o dom das lágrimas da compaixão
e do
compromisso empenhado com os que choram desesperados.
Obrigado,
porque o teu Amor pelas criaturas
Te
continua a fazer chorar por nos veres perdidos!
Viestes à
nossa condição como Messias e Salvador,
mas nós,
na teimosia da arrogância, não Te acolhemos!
Aumenta,
Senhor a nossa fé e ensina-nos a acolher a tua paz!
quarta-feira, novembro 18, 2020
4ª feira da 33ª semana do Tempo Comum – Dedicação das basílicas de S. Pedro e de S. Paulo
Entregou-lhes
dez minas, dizendo: ‘Fazei-as render até que eu volte’. (cf. Lc 19,11-28)
A
vida é um dom que deve crescer como dom.
É
como uma semente que deve ser semeada,
cuidada,
podada, regada e alimentada para dar flor e fruto,
para
se tornar dom concriador que dá continuidade ao dom.
Fazer
render a vida é arriscar, é buscar o caminho certo,
é
fazer da vida uma missão, uma fonte de vida e de esperança.
O
que fizemos ao longo deste ano litúrgico que está a terminar?
O
que significa fazer render o dom da vida?
Conseguir
muito poder e riqueza?
Constituir
uma grande família ou empresa?
Escrever
muitos livros e ganhar fama internacional?
Tudo
isto é fazer render a vida no tempo,
mas
o que é que disto podemos apresentar na eternidade?
Senhor,
obrigado pelo dom da vida e da vocação!
A
vida é uma maravilhosa aventura, cheia de surpresas,
desafios,
riscos, conquistas, partilha de sonhos…
Perdoa
as vezes em que desbaratei a vida,
me
acomodei ao já conquistado e fugi da missão.
S.
Pedro e S. Paulo, apóstolos de grande rendimento,
terça-feira, novembro 17, 2020
3ª feira da 33ª semana do Tempo Comum – S. Isabel da Hungria
Todos
murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». (cf. Lc 19,1-10)
Jesus é a
Palavra de Deus que se faz presença
e fala
pela graça, hospedando-se na casa de pecadores!
A sua
santidade não julga nem humilha,
mas eleva
e dignifica, abre o coração ao amor,
a mão à
partilha e o olhar ao louvor!
É uma
santidade que purifica e salva pelo excesso de dom!
Para
combater um cancro podem-se usar métodos abrasivos,
que matam
localmente ou em todo o corpo todas as células novas,
ou
podem-se usar outros métodos mais positivos,
como a
hormonoterapia e imunoterapia.
Acolher
Jesus na nossa vida funciona como uma imunoterapia,
um
estímulo que reforça o bem e combate o mal,
a partir
de dentro, como iniciativa livre do pecador.
Senhor,
Fonte que vem ao encontro de sede,
Palavra
que se faz ouvir no silêncio,
Mesa que
se serve para quem tem fome de paz… podes entrar!
Contigo a
meu lado terei coragem para a vida arrumar,
as janelas
da esperança abrir, as mãos da generosidade estender,
os pés da
missão percorrer, o ombro da consolação disponibilizar.
S. Isabel
da Hungria, rainha da generosidade,
ensina-nos
a amar Cristo nos pobres e marginalizados!
segunda-feira, novembro 16, 2020
2ª feira da 33ª semana do Tempo Comum – S. Margarida da Escócia e S. Gertrudes
«Que
queres que Eu te faça?». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, que eu veja» (cf. Lc 18,35-43)
Jesus,
Sol da Justiça, caminha com a sua Igreja.
A
Ele recorremos nas nossas angústias,
clamando:
“Jesus, Filho de David, tem piedade de nós”!
O
Senhor nos escuta e interroga: “que queres que Te faça?”
e
nós respondemos: “dá-nos isto e aquilo”!
E
Jesus responde-nos: “Eu sou a Luz. Vê. Caminha na fé!”
O
cego habituou-se a pedir esmola,
porque
sabe que não pode ver nem trabalhar.
No
entanto, a Jesus pede mais, pede-lhe que o cure,
para
que possa trabalhar e deixar de pedir esmola.
Louis
Braille, compreendendo o ato de Jesus,
criou
a linguagem tátil para os cegos lerem,
e
poderem participar na escola e na sociedade.
Senhor,
Luz da vida e alimento para o caminho,
faz
com que eu Te veja, Te escute e Te siga!
Quando
me perco nos labirintos da aventura,
cego
de ambição,
tem
piedade de mim, dá-nos a tua mão
e
guia-me pelos caminhos da vida e da responsabilidade.
S.
Margarida da Escócia e S. Gertrudes,
rogai
para que possamos fazer do amor a nossa prioridade!
domingo, novembro 15, 2020
33º Domingo do Tempo Comum – Dia Mundial do Pobre
Confiou-lhes
os seus bens, conforme a capacidade de cada qual. (cf. Mt 25,14-30)
Cristo, o
Esposo, entrega a sua casa à sua Igreja.
A Igreja
confia este tesouro divino aos seus filhos,
conforme a
capacidade e a vocação de cada um.
A todos
nos é pedido que façamos render estes dons,
que sejamos
fiéis nas coisas pequenas
para que
possamos entrar na alegria do nosso Deus.
Faz parte
da nossa missão entender a mão ao pobre!
A vida é
um dom de Deus que devo cuidar,
proteger, promover,
multiplicar, curar e alegrar.
O bem
comum depende das pequenas coisas,
das escolhas
pessoais e locais, do olhar inclusivo,
da prática
da justiça, da promoção da paz, da mão generosa.
Cada noite
devemos interrogar-nos:
hoje demos
algum contributo para que o mundo seja melhor?
Valeu a
pena tanto investimento de Deus em nós!
Senhor,
obrigado porque me fizeste dom e missão,
acolhimento
e partilha, pessoa única e fraternidade amiga.
Liberta-nos
do medo e do comodismo que enterra dons,
e dá-nos a
ousadia de fazer da vida fonte de vida para todos.
Faz da
minha vida mão estendida para o pobre e o marginalizado,
ombro amigo
e hospitaleiro para as lágrimas disfarçadas,
irmão de
todos com quem antecipa o Céu em promessa!
sábado, novembro 14, 2020
Sábado da 32ª semana do Tempo Comum
A
necessidade de orar sempre sem desanimar. (cf. Lc 18,1-8)
Pela
oração buscamos o encontro com Deus.
O
diálogo na fé com tão grande Coração,
deixa-nos
muitas vezes sem palavras
ou
a falar sozinhos em busca de Quem nos faça a vontade.
A
pressa do desejo e do capricho desespera-nos,
e
às vezes fazemos birra e amuamos, desanimamos.
Mas
o mais importante é a transformação que faz o encontro!
Puseram-nos
um comando na mão (da TV, o rato do computador,
a
internet do telemóvel, o cartão de crédito, a chave do carro…)
e
pensamos que tudo está aos nossos pés, ao toque de um dedo.
Nas
relações humanas usamos a chantagem e a ameaça,
para
que nada nos seja recusado quando a ambição desperta.
E
a oração desarma-nos, pois Deus não vai na fita
de
nos encher de coisas que nos engorda o egoísmo
e
alimenta o desatino, fazendo da vida um consumismo!
Senhor,
eis-me aqui, como pecador amado,
num
distanciamento inquieto e abraçado,
buscando
uma Palavra, uma luz, um perdão!
Envolvido
no mistério da fé, sinto-me encontrado,
e
de olhos fechados busco o teu Rosto de Pai e de Irmão.
E
no teu Coração chagado falo-Te dos necessitados,
dos
desesperados, dos deprimidos, dos invisíveis…
e
contagiado por esse amor interessado, pergunto-Te:
que
queres que eu faça para que se sintam amados?
sexta-feira, novembro 13, 2020
6ª feira da 32ª semana do Tempo Comum
Como
sucedeu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. (cf. Lc 17,26-37)
O
Deus do Filho do homem é uma surpresa.
Foi
uma surpresa quando encarnou no seio de Maria,
viveu
em Nazaré e foi morto em Jerusalém.
Foi
uma surpresa quando O procuraram morto no sepulcro
e
Ele se fez ver vivo no meio de nós.
Será
uma surpresa quando se revelar face a face
e
romper a rotina dos dias num encontro prometido!
A
rotina dos dias cria em nós a sensação de posse.
Fazemos
projetos como se o amanhã fosse nosso,
processo
de continuidade e progresso controlado por nós.
E
até fazemos projeções a longo prazo
e
criamos objetivos a alcançar a curto e médio prazo.
No
entanto, há fatores que alteram a rotina normal,
como
foi o caso do atual coronavírus que parou quase tudo.
Senhor
da vida e do tempo, surpresa sempre nova,
ajuda-nos
a estar atentos à rotina do mal
e
a buscar a conversão que espera o Salvador.
Ensina-nos
a introduzir nos nossos projetos
a
condicionante libertadora do “se Deus quiser”!
Espírito
Santo, ensina-nos a viver na espera ativa do encontro!
quinta-feira, novembro 12, 2020
5ª feira da 32ª semana do Tempo Comum – S. Josafat
Hão de
dizer-vos: ‘Está ali’, ou ‘Está aqui’. Não queirais ir nem os sigais. (cf. Lc 17,20-25)
O Emanuel,
o Deus connosco, trouxe-nos o Reino de Deus.
Não são
acontecimentos extraordinários que sinalizam o Reino,
mas a
caridade, a fé e a esperança no mistério Pascal de Jesus.
O Reino de
Deus é fermento silencioso que evangeliza
e gera células
vivas do Corpo de Cristo,
que
testemunham a fraternidade e o amor,
a paz e a
justiça, a misericórdia e o louvor!
Estes
tempos de pandemia meteu-nos a todos numa tempestade,
sem fim à
vista, contagiados por um inimigo invisível.
O confinamento
faz-nos ouvir o frágil que somos,
a solidão
da desconfiança, a insegurança do futuro.
É tempo propício
para messianismos e milenarismos,
por isso,
andam por aí promessas de salvação milagrosas,
visões,
ditas do Céu, que anunciam o fim do mundo e o castigo!
Senhor,
obrigado porque vais na nossa barca,
enquanto a
tempestade nos assola e atemoriza.
Contigo ao
nosso lado, sabemos que nada tememos!
Ajuda-nos
a ter um medo prudente e ativo,
solidário e
animador, cuidador e fraterno.
S,
Josafat, bispo da comunhão das Igrejas,
reza para
que demos passos para a fraternidade ecuménica!
quarta-feira, novembro 11, 2020
4ª feira da 32ª semana do Tempo Comum – S. Martinho de Tours
Conservando-se
a distância, disseram em alta voz: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós» (cf. Lc 17,11-19)
O
distanciamento não impede a fé e a súplica.
A
esperança fala mais alto, a palavra aproxima
e o
coração misericordioso de Jesus cura pela Palavra.
A gratidão
supera a lei do dever e dos direitos.
Um coração
agradecido é uma flor oferecida,
com um
sorriso ajoelhado perante o Amigo!
Esta
pandemia veio-nos recordar o distanciamento social,
para evitar
o contágio das lepras que nos habitam.
A
distância física não deve implicar uma distância afetiva,
nem de
confiança, nem duma palavra amiga.
Os novos
meios de comunicação possibilitam a comunicação,
o encontro
virtual, a visualização do rosto, a lágrima sem sal.
Senhor,
Bom Pastor que passas nas veredas da nossa vida,
e, embora
à distância, escutas as nossas súplicas,
curas as
nossas lepras e nos devolves a dignidade da comunhão.
Ajuda-nos
a encontrar-Te na tua Palavra e nos irmãos,
e a dar-Te
graças pelo dom que és de dia e de noite.
S. Martinho,
bispo evangelizador e mestre da caridade,
ensina-nos
a viver o nosso Batismo
como
pessoas novas em Cristo e pedras vivas da Igreja!