sábado, agosto 31, 2024

 

Sábado da 21ª semana do Tempo Comum

 



Cristo Jesus tornou-se para nós sabedoria de 

Deus, justiça, santidade e redenção.(cf. 1 Cor 1, 26-31)

 

Jesus é o Cristo e Senhor que encarnou e se fez servo.

A sabedoria e santidade de Deus revestiu-se de periferia,

com sotaque galileu e mãos calejadas de carpinteiro.

A sua justiça é fazer a vontade do Pai

e a sua redenção foi aberta e conquistada numa cruz.

Aceitou o lugar do cordeiro pascal

e fez da morada dos mortos gruta do paraíso.

Somos discípulos deste Caminho de loucura de amor,

que se esvazia para ter lugar para Deus e para o outro,

com a humildade de servo e a fortaleza da aliança incondicional.

 

O bebé quer ser grande e poderosos,

o fraco quer ser forte e dominador,

o enfermo quer ser são e resistente,

e idoso quer ser jovem e eterno.

Tentamos conquistar tudo isto com dinheiro

e algum elixir milagroso, mas a realidade é dura

e escapa-nos pelos dedos da fragilidade inata.

Por mais pedestais que compremos,

seremos sempre fragilidade alimentada,

pecadores perdoados, criaturas elevadas

pela graça d’Aquele que se fez fraco para nos salvar.

 

Senhor, obrigado por seres a vida do nosso nada,

a graça que nos santifica, a porta que nos abre a esperança.

Obrigado pelos dons que nos dás e a confiança de os poder a render,

como colaboradores da tua missão

e porta-vozes do teu Evangelho, gaguejado por boca louca,

com a ousadia de ser ministro da graça e do perdão.

Apesar do medo de ser discípulo e missionário,

não queremos guardar a tua graça e enterra-la num buraco,

por isso, eis-nos aqui, esvazia a nossa vaidade e egoísmo,

e faz de nós servos da tua graça, de forma humilde e fiel.



sexta-feira, agosto 30, 2024

 

6ª feira da 21ª semana do Tempo Comum

 



Pregamos Cristo crucificado, poder de Deus e sabedoria de Deus. (cf. 1 Cor 1, 17-25)

 

Deus salva-nos pelo seu Filho crucificado,

que, pela não violência e pela misericórdia,

retifica a aliança nupcial de Deus com as criaturas.

Dar a vida pela salvação daqueles que O matam

é uma loucura e fraqueza de Quem só sabe amar.

Ser discípulo de Cristo crucificado é assumir

que a vida que gera vida é servir e amar,

cuidar e partilhar, orar e louvar, perdoar e reconciliar.

 

A boa nova que bebemos na sociedade em que vivemos

é ser poder tecnológico, científico, económico, militar.

A inteligência artificial é mais um instrumento de poder apetecível.

Tudo isto se compra com dinheiro: educação e investigação,

investimentos e inovação, comunicação e armas…

Daí a deificação da segurança do ter e do dominar.

Mas a sabedoria da vida supõe ter tempo para estar e escutar,

a paciência e a ternura de cuidar, a força de perdoar e dialogar,

a arte de acolher e parar, o silêncio que escuta o sentido…

De que adianta ter dinheiro se não se tem amigos e se está só?

 

Bendito sejas Senhor crucificado que continuas vivo

com as marcas da fragilidade do amor e a sabedoria da misericórdia.

Que mistério que nos desarma e inquieta,

quando a vida é insensata e só vive o instante,

dormitando sem esperança com lâmpadas sem combustível!

Ensina-nos a viver de forma prudente e vigilante,

como quem espera o Amado amando,

cuidando de cada coisa e de cada pessoa como dom

e reconhecendo que a maior riqueza e poder é saber amar sempre.

Faz de nós missionários confiantes do caminho do Crucificado.



quinta-feira, agosto 29, 2024

 

5ª feira da 21ª semana do Tempo Comum, Martírio de S. João Batista

 



Levanta-te, para ires dizer tudo o que Eu te ordenar. Não temas diante deles. (cf. Jer 1, 17-19)

 

O profeta não se ajoelha perante o poder e a força,

mas submete-se à vontade de Deus e faz-se sua Palavra.

A verdade toca feridas e incomoda injustiças e mentiras,

por isso, a resposta dos visados na denúncia

é tentar subornar o profeta ou calar a sua voz,

ameaçando-o, prendendo-o, desacreditando-o e matando-o.

Este foi o destino dos grandes profetas,

de João Batista, do Filho de Deus e dos seus discípulos.

 

A voz da verdade e da justiça, umas vezes peca pela omissão

outras pelo falso testemunho e denúncia com segundas intensões.

Há compromissos partidários e interesses eleitoralistas

que desacreditam a denúncia e acentuam o silêncio.

E quando alguém, como o Papa, clama por justiça e pela paz,

e se coloca ao lados dos mais frágeis e inocentes,

é visto com admiração pela sua ousadia,

mas os seus alertas não são levados a sério no concreto.

 

Senhor, reconhecemos que, ontem como hoje,

queres salvar o mundo e contas com a nossa colaboração.

Chamas cada um de nós a ser profetas, teus porta-vozes,

mas o medo entranha-se na vontade e acobarda-nos,

deixando-nos indiferentes e apáticos

como espetadores da destruição e da corrupção,

da idolatria e da iniquidade,

refugiando-nos num espiritualismo desencarnado e atos de piedade.

S. João Batista, profeta de uma só palavra, a da verdade,

intercede por nós, para que não temamos o poder e a morte,

quando o Senhor nos envia em seu nome e somos rejeitados.



quarta-feira, agosto 28, 2024

 

4ª feira da 21ª semana do Tempo Comum, S. Agostinho

 



A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com 

todos vós. (cf. 2 Tes 3, 6-10.16-18)

 

Deus quer estar connosco, dar-nos a sua graça,

conduzir-nos com a sua Palavra, trabalhar pela nossa salvação.

O Emanuel, o Deus connosco, fez-se Pão que alimenta,

e deu-nos o seu Espírito que fortalece a fé e a ilumina,

para que demos frutos de paz, de serviço e de missão.

Nós fomos chamados a ser colaboradores de Jesus,

imitando-O em Nazaré pelo trabalho e a humildade,

no deserto e no templo pela oração e escuta da Palavra,

nos caminhos da Galileia e da Judeia fazendo o bem

e anunciando o Evangelho, em Jerusalém dando a vida.

 

Investir na aparência de santidade e na incoerência

é trair a verdade e negar-se a viver na graça de Jesus.

O espiritualismo ocioso que espera de Deus

o que podemos alcançar com o nosso trabalho,

é sobrecarregar outros que com a sua generosidade nos suportam.

Nem sempre é fácil o equilíbrio necessário,

entre trabalhar como louvor a Deus pelas forças e saúde que nos dá

e o trabalhar por ambição que suga a vida e vive para acumular.

Quando perdemos o sentido da fé, da partilha e da missão,

resta a segurança do trabalhar para possuir para si e dominar.

 

Senhor, bendito sejas por sermos graça e misericórdia.

Perdoa as vezes em que usamos o teu Nome e a tua Palavra

para encobrirmos a nossa hipocrisia e comodismo

num espiritualismo desencarnado e cheio de rituais e preceitos.

S. Agostinho, caminho longo de conversão a Jesus,

intercede por cada um de nós, para que também nós nos convertamos,

e amemos verdadeiramente a Jesus, que nos salvou

e continua a trabalhar pela nossa salvação.

S. Agostinho, ensina-nos a meditar na Palavra de Deus

e a anuncia-la com o mesmo ardor e adesão de coração.



terça-feira, agosto 27, 2024

 

3ª feira da 21ª semana do Tempo Comum, S. Mónica

 



Não vos deixeis alarmar por qualquer 

manifestação profética, pretendendo que o dia do 

Senhor está iminente. (cf. 2 Tes 2, 1-3a.14-17)

 

A boa nova de Deus é o seu amor por nós:

a graça, a misericórdia, a aliança e a salvação.

Deus chamou-nos por meio do Evangelho

a possuir a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.

A nossa resposta, não deve ser medo ou evasão da realidade,

mas empenho e compromisso, fidelidade e justiça,

humildade de conversão, alegria e gratidão.

Cristo está no meio de nós, está em nós,

faz-se alimento, é Palavra amiga e dá-nos o seu Espírito,

para que nos torne firmes em boas obras e palavras.

 

Em tempos de crise e de insegurança,

proliferam notícias de profecias apocalíticas

de que o fim de o mundo está próximo

e o juízo de Cristo vai ser implacável.

Estas mesmas profecias vindas de visões duvidosas,

metem medo aos incautos e reduzem a conversão

à ida para determinado lugar, seguir um tal guru,

colocar uma cruz no alto de um monte,

vestir e comer de determinada maneira,  

rezar umas palavras milagrosas e poderosas,

comungar na boca e condenar os que não os seguem.

 

Bom Deus, coração de Pai-Mãe, que nos criaste

e adotaste como bom pastor, fazendo connosco aliança,

enviando o teu Filho e o teu Espírito

como remédio de salvação e graça que perdoa,

luz que ilumina o caminho e traz a paz e a justiça.

Cada instante é um ponto de encontro

entre o tempo e a eternidade, a humanidade e a divindade,

a fragilidade e a misericórdia, neste enamoramento

que tende, não para o juízo, mas para a comunhão de amor.

Liberta-nos do medo e da superficialidade

e enche-nos da alegria humildade de ser salvos.

S. Mónica, ora por como rezaste pelo teu filho Agostinho.



segunda-feira, agosto 26, 2024

 

2ª feira da 21ª semana do Tempo Comum

 



A vossa fé faz grandes progressos e o amor de uns 

pelos outros vai aumentando em todos vós. (cf. 2 Tess 1, 1-5.11b-12)

 

Deus é graça e misericórdia que, por meio da sua Palavra

e do seu Espírito, atua na evangelização e nos evangelizados,

gerando a fé, a esperança e a caridade que glorificam a Deus.

A fé é um dom semeado no coração do ouvinte da Palavra,

que cresce e se fortalece perante as adversidades e com o Pão da vida,

e dá frutos de amor fraterno e louvor eclesial,

não como quem faz um teatro religioso,

mas vive uma aventura de amor no mistério da vida.

 

Quando a fé se reduz ao conhecimento de umas doutrinas

e à participação nuns ritos religiosos

e cumprimentos de umas normas morais,

perde-se a dinâmica de crescimento e aprofundamento,

de busca e humildade, de alegria e iniciativa missionária.

Muitos acham que basta a fé infantil da catequese

para enfrentar os desafios dos questionamentos da adolescência,

e da realização profissional e familiar que nos ocupa o coração.

E quando se fala em cursos de preparação para os sacramentos

ou em catequese de adultos ou na meditação da Palavra,

acham que a Igreja é que está a complicar as coisas.

 

Senhor, obrigado pelo dom da fé,

pela graça de ter nascido numa família cristã,

pela generosidade das catequistas e da professora primária,

pelo chamamento a entrar no seminário,

pelos estudos teológicos e o testemunho dos formadores,

pelo dom da missão que fez dom mundo a minha casa,

pelo dom da Palavra e dos sacramentos que me fortalece,

por tanta gente boa que vou encontrando e por mim intercede.

Também quero colocar no teu coração e pedir

por tanta gente perdida na fé, no coração e nos sentidos,

por tanta gente fragilizada pela doença e pela solidão,

por aqueles que se enganam e fazem a guerra.

Dai-nos, Senhor um coração bom e fortalece a nossa fé.


domingo, agosto 25, 2024

 

21º Domingo do Tempo Comum




É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja. (cf. Ef 5, 21-32)

 

Deus é um mistério de amor eterno que nos envolve

e, uma vez reconhecido pela fé, gera uma comunhão

semelhante à união nupcial, que exige fidelidade e amor mútuo.

Nós somos peregrinos e vamos contatando com outros credos,

assim como os cônjuges vão encontrando outras afetividades,

que, ou criam identidade e fortalecem a sua união esponsal,

ou criam divisão e a turbulência de corações divididos.

Trata-se de estar atento àquilo que nos faz afastar

e já não andar com Jesus, com o cônjuge ou com o amigo.

 

Vivemos num mundo aberto, multicultural e multirreligioso.

A fé precisa de ter raízes mais profundas,

pois os desafios são maiores.

O mais fácil é o sincretismo subjetivista

que procura petiscar um pouco de cada espiritualidade

mas que não tem um sentido de pertença com nenhuma religião.

É algo indefinido e subjetivo,

dependente da circunstância e da necessidade.

O mesmo pode acontece com os casais,

onde ambos têm percursos académicos e profissionais diferentes,

e que passam juntos apenas o tempo restante: pós laboral,

fins de semana, feriados e as férias.

 

Senhor, só Tu és amor eterno e gerador de vida,

envolvido no mistério da fé e da esperança,

que não se impõe e se esconde com a ternura duma aliança.

Perdoa as nossas infidelidades e desejo de experimentar,

devido à pressa de ter, gozar e dominar,

trocando o pássaro a voar da fé e do amor a alimentar,

pelo pássaro na mão do prazer e do poder efémero do instante.

Aumenta a nossa fé e o nosso amor por Ti, Senhor da vida,

e faz dos nossos casais sinais visíveis desse amor eterno que nos tendes.



sábado, agosto 24, 2024

 

Sábado, S. Bartolomeu

 



Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro. (cf. Ap 21, 9-14)

 

O Noivo desceu do Céu e nasceu Cordeiro,

cresceu em Nazaré como galileu

e esperou a sua hora para manifestar o seu amor,

chamou discípulos a segui-Lo

e foi criando a sua noiva, cidade santa, feita de pessoas de fé,

que aprenderam a ver para além do que se vê.

Bartolomeu e os outros apóstolos

são as bases desta esposa, a Igreja de Jesus Cristo,

que com o Esposo formam um só corpo.

 

A missão da Igreja é cuidar do amor esponsal com o Cordeiro

e fecundar a terra com muitos filhos, nascidos do Batismo

e concebidos na fé que brota do Evangelho anunciado.

Na Igreja todos devem ser fecundos espiritualmente:

crianças, jovens, adultos, doentes e idosos.  

Como numa família, a vida da Igreja é feita de ritos

para criar comunhão, purificar as debilidades,

fortalecer os laços e iluminar o rumo.

A Igreja sem Cristo como Esposo e referencia,

é apenas uma associação clubista,

condenada a esmorecer, a viver para si mesma e a morrer.

 

Obrigado, Senhor, porque me adotaste como membro

da tua Igreja, esposa por Ti criada e amada

com um amor sempre renovado na sua fragilidade.

Bendito sejas por Bartolomeu e os outros apóstolos,

que nos inícios e ao longo da história,

têm sido alicerce que fortalece a união,

memória viva que pastoreia os cordeiros,

referência de fé iluminada pelo Espírito.

S. Bartolomeu, intercede para que sejamos

pedras vivas desta cidade e continuadores da missão de Cristo.


sexta-feira, agosto 23, 2024

 

6ª feira da 20ª semana do Tempo Comum, S. Rosa de Lima

 



Assim fala o Senhor Deus: Abrirei os vossos 

túmulos e deles vos farei ressuscitar. (cf. Ez 37, 1-14)

 

Há momentos em que nos sentimos ossos ressequidos,

esperança desvanecida, sensação de morte antecipada.

Deus, fonte da vida, não fica indiferente a esta situação,

por isso, anima o profeta a proclamar a esperança,

a reanimar a fé no Deus dos impossíveis.

Esta esperança não vem da força das armas

nem dos cofres pesados de riquezas,

mas vem da força da profecia, da luz da Palavra,

do vento suave do Espírito e da fidelidade do Filho,

que encarna Servo e Filho do homem.

A esperança nasce da fé e exprime-se no amor.

 

O egoísmo cria palácios-prisão de consumo e solidão.

O medo cria bunkers ou muralhas que impedem a relação.

A ambição e o ressentimento criam situações de guerra

que projetam morte e semeiam destruição do outro,

que se vê com óculos de inimigo a vencer por exaustão.

A fragilidade de saúde, pessoal ou institucional, deprime a esperança,

e cria a sensação de morte antecipada e funeral adiado.

O sonhos tornam-se pesadelos e a vida sem horizontes.

 

Senhor da vida e da ressurreição,

eu creio em Ti, mas aumenta a minha fé.

Apesar da falta de respostas vocacionais ao sacerdócio

e à vida consagrada, eu creio que continuas a chamar.

Apesar da descristianização crescente nos países de tradição cristã,

eu creio que continuas a animarmo-nos para a evangelização,

para o anúncio do Evangelho e o testemunho do amor.

Faz-nos sair dos nossos túmulos de desânimo e de medo,

temperados com ar condicionado e sonhos virtuais,

para podermos respirar esperança e fecundar o presente,

renovados pela tua graça e fortalecidos pelo Pão da vida.

S. Rosa de Lima, intercede por cada um de nós!



quinta-feira, agosto 22, 2024

 

5ª feira da 20ª semana do Tempo Comum, Virgem santa Maria, Rainha

 



Infundirei em vós o meu espírito e farei que vivais 

segundo os meus preceitos. (cf. Ez 36,23-28)

 

Deus cria por amor e ama as suas criaturas.

E o amor só deseja o bem do amado e a comunhão total,

por isso, o Filho de Deus aparece como esposo

e a meta da história como banquete nupcial.

Maria acolheu este ser de Deus e disse sim,

deixando-se fecundar pelo Espírito de Deus e gerar o Messias.

São as bodas de Nazaré que antecipam as bodas da Nova Jerusalém,

onde Maria participa como Rainha e Mãe do Noivo.

 

A religião não é um conjunto de preceitos que é preciso cumprir,

mas o aprender a ver Aquele que nos ama e se esconde,

e a deixar-se conduzir pelo Espírito divino,

na oração e no conjugar os tempos com a alegria de amar.

O cristianismo é descobrir a aventura de passar do Eu

para um Nós em relação, sem guerras nem pressões,

apenas movidos pelo desejo de comunhão e de vida para todos.

É um namoro que dura toda a vida até o comer juntos

ser mais importante do que comer só e apressado para si!

 

Bendito sejas, meu bom Senhor,

que cada manhã me acordas com o beijo do sol

e me segredas baixinho no coração: “Eu Te amo”!

Bendito sejas, Esposo da Igreja e Filho de Maria,

que em cada Eucaristia nos repetes:

“na cruz me ofereci para vos salvar

e neste altar me ofereço para vos alimentar e fortalecer

até à Páscoa definitiva, o banquete eterno”.

Bendita sejas Maria, humilde Rainha exaltada por Deus,

Mãe de misericórdia e alegria dos banquetes,

cujo júbilo é ter-nos a todos unidos e felizes

no banquete nupcial do teu Filho.

Ajuda-nos, Mãe, a revestir de Cristo e a pulsar segundo o Espírito,

para podermos participar com o traje de cerimónia da santidade.


quarta-feira, agosto 21, 2024

 

4ª feira da 20ª semana do Tempo Comum, S. Pio X

 



As minhas ovelhas andam errantes por toda a 

parte. Ninguém se interessa por elas, ninguém as 

procura. (cf. Ez 34 1-11)

 

O Senhor vê-nos a todos como filhos

e, por isso, preocupa-se com cada um de nós,

procura-nos quando estamos perdidos,

cura-nos quando estamos feridos ou doentes,

ensina-nos o caminho da vida e incute em cada um de nós

o zelo compassivo pela salvação de todos.

O Senhor chama-nos a ser pastores uns dos outros.

Somos companheiros do caminho, não peregrinos solitários,

que se preocupam apenas consigo mesmo,

e dos outros pretendem apenas ter proveito para os seus interesses.

Jesus veio do Céu para ser pastor do rebanho disperso do Pai.

 

A cultura individualista gera indiferença e egoísmo.

Na cidade vivem multidões que se acotovelam,

mas que são mónadas indiferentes e impassíveis,

cada um no seu mundo, partilhando apenas o seu suor

ou um perfume intenso que tenta disfarçar outros odores.

Dentro de um conceito de tolerância desculpabilizadora,

não há uma palavra, um olhar, uma oração, uma saudação,

um sorriso, uma escuta, uma pergunta, uma oferta de ajuda…

O egoísmo, o preconceito, o medo do desconhecido,

o receio do compromisso sustentado… geram vidas paralelas.

E quando isso acontece no campo da fé e do sentido da vida?

 

Bom Deus e bom Pastor, obrigado porque cuidais de cada um,

e Te preocupas com a nossa salvação e felicidade eterna.

Bendito sejas pela paciente misericórdia, pela Palavra luz,

pelo teu Filho companheiro, pelo teu Espírito da verdade,

que docemente nos conduzem e buscam com o olhar bom do amor.

Ajuda-nos a ser bons pastores de todos os que andam errantes e feridos,

para que a nossa vida não seja míope nem indiferente,

mas seja respeitosa e interessada pela salvação de todos, todos, todos.

S. Pio X, pastor empenhado em instaurar tudo em Cristo,

ora por nós, Igreja, para que sejamos mais missionários

e ativos no zelo pelo rebanho de Deus, que nos compete cuidar.



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