sábado, novembro 30, 2024
Sábado, S. André, apóstolo (30 novembro)
A fé vem da pregação e a pregação é o anúncio da
palavra de Cristo. (cf. Rom 10, 9-18)
Jesus busca colaboradores para a sua missão,
pessoas que sejam a sua boca, os seus olhos,
as suas mãos, os seus pés, o seu coração de fé.
Chama pescadores a serem apóstolos,
pescadores de homens que levem a sua mensagem
até aos confins da terra
e aos rincões mais profundos do ser humano.
André e o seu irmão Simão são dos primeiros a dizer sim,
mas outros mais foram
e continuam a ser chamados a ser apóstolos.
A Igreja é por natureza missionária.
Ela vive para ser a porta-voz de Cristo
e levar a sua mensagem a toda a humanidade
no espaço e no tempo, até que todos conheçam
e confiem a sua salvação em Cristo.
Um batizado que se preocupe apenas com a sua salvação
e esconda para si a alegria da fé e a riqueza do Evangelho,
ainda não compreendeu verdadeiramente o que é ser cristão.
Senhor Jesus, obrigado elo dom do Batismo e do Crisma.
Obrigado pelo dom da Eucaristia e da misericórdia.
Obrigado pelo dom da vocação ao matrimónio e ao sacerdócio.
É bom saber que confias em nós,
apesar de conheceres as nossas fragilidades e inconstâncias.
S. André, apóstolo configurado com Cristo,
intercede por cada um de nós e pela Igreja,
para que a nossa vida seja anúncio da palavra de Cristo.
sexta-feira, novembro 29, 2024
6ª feira da 34ª semana do Temo Comum
E abriram-se os livros. Abriu-se também um livro, que era o livro da vida. (cf. Ap 20, 1-4.11--21, 2)
Hoje é o dia de escrever algo mais no livro da minha vida.
Quanto mais belo e verdeiro for o capítulo de hoje,
mais belo e apresentável será o livro da minha vida.
Este livro será publicado diante do Cordeiro,
após ter sido corrigido e embelezado
pela graça e misericórdia do Senhor da vida.
É um livro escrito a três mãos: a de Jesus,
a do Espírito Santo e a de cada um.
A beleza de um livro não se mede pela quantidade de páginas,
mas pelo estilo, pela harmonia, pelo conteúdo, pela mensagem,
pela apresentação gráfica e ilustração.
Há vários estilos: romance histórico, histórico cientifico,
novela, poema, didático, cientifico, académico, biográfico,
filosófico, teológico, espiritual, reportagem, político…
O que escrevo no meu livro da vida é um passatempo,
uma maquilhagem da verdade, um trapalhada sem nexo
ou relações a aprender a amar e a perdoar,
a escutar e a corrigir, alicerçadas na fé e na esperança?
Senhor, noto na minha vida muitos erros repetidos,
muitas promessas não cumpridas,
muita mistura de atos nobres e belos
interrompidos por atos de mentira e ensimesmamento.
Ensina-me a passar a vida a fazer o bem,
a semear esperança e a desatar nós de divisão e guerra,
a deixar-me podar e cuidar pela graça e misericórdia
e alimentar pelo zelo do aperfeiçoamento do livro de todos.
quinta-feira, novembro 28, 2024
5ª feira da 34ª semana do Tempo Comum, B. Maria Helena Stollenwerk (28 novembro)
Felizes os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro. (cf. Ap 18, 1-2.21-23; 19, 1-3.9a)
Deus quer apaixonadamente festejar a aliança com o seu povo.
Pelo caminho tem a resistência do pecado,
as perseguições e provações dos seus inimigos,
as indiferenças e traições daqueles que Ele ama.
Mas Deus não desiste, está atento
e concorre em tudo para o bem daqueles que o Amam.
Felizes os corações que O amam e respondem ao seu convite,
e, no meio das provações, purificam a sua fidelidade
e participam no banquete eterno das núpcias do Cordeiro.
Cada Eucaristia é o alimentar de um desejo
do banquete pelo e definitivo,
porque o vemos face a face e estaremos todos juntos,
em multidão de pecadores perdoados
a celebrar a alegria da comunhão e identificação com Cristo.
Faltar à Eucaristia dominical é esquecer o projeto de Deus
e não querer alimentar o amor e o desejo de união plena,
de seguimento humilde e de colaboração apaixonada na sua missão.
Não levar isto a sério, é mau para nós e para toda a comunidade.
Senhor Jesus, salvador apaixonado pelas criaturas,
aumenta a nossa confiança em Ti
e sustenta-nos com a esperança de um seguimento fiel e ardoroso,
apesar das nossas fragilidades e dificuldades no caminho.
Ajuda-nos a rezar pela paz, a santidade de vida
e a resposta generosa daqueles que chamais a colaborar na tua missão.
Bem-aventurada Maria Helena Stollenwerk,
cofundadora das Missionárias Servas do Espírito Santo,
rogai para que sejamos uma Igreja missionária e santa.
quarta-feira, novembro 27, 2024
4ª feira da 34ª semana do Tempo Comum
Tinham na mão harpas divinas e cantavam o cântico de Moisés, o servo de
Deus, e o cântico do Cordeiro.
(cf. Ap 15, 1-4)
Os reis desta terra são barulhentos e atemorizadores,
mas a última palavra é a do Rei dos reis,
do Senhor dos senhores, do Santo dos santos.
A esperança está encoberta de nuvens escuras,
de urgências enganadoras, de ameaças atemorizadoras.
Só quem vive da fé e confia incondicionalmente no Senhor,
aprende o cântico novo do Cordeiro
no seguimento do cântico de Moisés ao Senhor libertador.
Qual o cântico que a minha vida entoa?
É o cântico clubista e partidarista,
um cântico de protesto ou conformista,
um cântico à corrupção e à anarquia
ou um cântico à verdade e à justiça?
Um cântico à paz e à reconciliação
ou um cântico à guerra e à violência?
Um cântico de submissão idolátrica
ou um cântico de louvor ao Deus da libertação?
Senhor Jesus, mestre da alegria que entoa harmonia,
ensina-nos a felicidade da fé e da esperança
que vê mais longe que o sofrimento do momento.
Espírito Santo, música suave que pacifica o medo,
instrui-nos na arte de carrega a cruz sem fugas,
de perdoar as ofensas como quem toma banho todos os dias,
de partilhar os dons como a árvore que oferece os seus frutos,
de seguir a Cristo como discípulo e missionário convencido.
Ensina-nos o cântico do Cordeiro em sinfonia eclesial,
como coro onde todos cantam a sua voz,
sem desafinar nem sobressair por cima de ninguém.
terça-feira, novembro 26, 2024
3ª feira da 34ª semana do Tempo Comum (26 novembro)
Semelhante a um filho do homem, com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice
afiada na mão. (cf. Ap 14, 14-19)
Jesus, pela sua fidelidade ao projeto do Pai,
foi-lhe dado o reino e o poder de julgar o universo.
A sua missão é encher-nos com o mesmo amor
e a mesma fidelidade, para que Ele seja tudo em todos.
Só então a seara e a vinha estará madura para colher.
Apressamos a sua vinda pela nossa conversão,
porque Ele a todos quer salvar e ninguém quer perder.
O reino de Deus está dentro de nós quando lhe abrimos a porta
e o deixamos entrar e reinar como reinou em Jesus.
A justiça na terra deixa muito a desejar:
é tardia e lenta, nem sempre acessível todos,
cega de provas e pressionada por poderes,
que, em nome da lei, acabam por impedir o seu cumprimento.
Julgar é perigoso quando o mistério da verdade nos escapa
e o ónus da prova é difícil de fundamentar.
O que é certo é que a injustiça e a violência
crescem como erva daninha em campo não cultivado.
A presunção de inocência caminha lado a lado
com a presunção de culpabilidade e malvadez.
Bom Jesus, Rei e Juiz das nossas vidas,
confiamos as nossas vidas nas tuas mãos,
porque sabemos que nos amas dos pés à cabeça.
Agora sentimos que és mais pastor e servo,
pão e luz, palavra de aviso que conduz,
remédio misericordioso para as nossas fragilidades.
Dá-nos do pão e vinho maduro da Eucaristia,
para que em nós cresçam frutos bons e maduros do Espírito,
nesta aventura de cada dia optar pelo Evangelho
e renunciar ao mal e à tentação do pecado.
segunda-feira, novembro 25, 2024
2ª feira da 34ª semana do Tempo Comum (25 novembro)
São aqueles que seguem o Cordeiro para onde
quer que Ele vá. (cf. Ap 14, 1-3.4b-5)
Os cristãos são aqueles que seguem o Cordeiro
para onde quer que Ele vá.
São pessoas de Deus à maneira do Cordeiro
e cantam em coro eclesial o cântico novo do amor.
Não dão o que sobra a Deus, mas dão-se totalmente,
chegando a dar a vida pela fé em Jesus e a salvação da humanidade.
Há cristãos de nome, mas que têm gravado na fronte outros mestres.
Há cristãos sem nome, mas que são inspirados pelo mesmo Espírito.
Há cristãos cuja vida fala de Deus e do Cordeiro,
pela ternura do acolhimento, a abertura ao diálogo,
a capacidade de perdão e o desejo de reconciliação,
a partilha de vida e de pertences pelo mais necessitado,
a fé e a esperança que respira nas encruzilhadas da vida.
Há cristãos que se nota que o são pela coerência natural da fé.
Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo,
tem piedade de nós e dá-nos a graça da fé e do amor.
Ensina-nos a cantar o cântico novo da fidelidade,
que sabe ser alegre e manter a esperança
nos caminhos escarpados da vida,
nesta aventura de ser fonte de amor incondicional
e confiar no Invisível que nos habita e alimenta.
Ajuda-nos a ser dom do dom que recebemos!
domingo, novembro 24, 2024
34º Domingo do Tempo Comum, Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, Dia Mundial da Juventude (24 novembro)
Jesus Cristo é a Testemunha fiel, o Primogénito
dos mortos, o Príncipe dos reis da terra. (cf. Ap 1, 5-8)
O Filho de Deus, cheio de glória e pleno de amor,
foi enviado pelo Pai, como Filho do Homem,
servo da salvação, cordeiro manso e humilde,
oferecendo-se na cruz para fazer de nós um reino de sacerdotes,
filhos de Deus purificados dos pecados,
para oferecerem a Deus sacrifícios espirituais de louvor ao Pai.
Ele reina pelo amor e pela fidelidade,
o seu poder é serviço e o seu juízo é verdade e misericórdia.
O reino de Jesus não é deste mundo,
nem se afirma pela força das armas destrutivas,
nem pelo medo com que ameaça os desobedientes.
O seu reino é verdade na caridade,
proposta de aliança e remédio na doença,
reconciliação na traição e purificação da cegueira,
escola de serviço e escolha e chamamento dos humildes.
O seu reino é gratuitidade e liberdade paciente,
animado pelo Espírito de santidade que brota do coração.
Senhor Jesus, bendito sejas, nosso Rei e Senhor,
que és, fostes e serás sempre aliança de amor.
Bendito sejas porque nos elevaste à condição de príncipes,
lavados dos nossos pecados no teu sangue livremente entregue.
Bendito sejas, Príncipe da paz e Pão da vida,
que Te abaixas à nossa condição para nos elevar à tua,
batendo à nossa porta com a ternura de um Irmão humilde.
Faz de nós, sacerdotes santos e humildes,
que com fidelidade e mansidão agem como servos deste Rei.
sábado, novembro 23, 2024
Sábado da 33ª semana do Tempo Comum (23 novembro)
Passados, porém, três dias e meio, entrou neles um sopro de vida, que veio
de Deus, e eles puseram-se de pé.
(cf. Ap 11, 4-12)
A profecia da missão anda de mãos dadas com o martírio.
A verdade e a justiça são belas e resplandecentes,
mas incómodas para os que andam nas trevas
da mentira e da injustiça, e não gostam de vozes dissonantes.
De tempos a tempos parece que a maldade vence
e a voz de Deus é calada e crucificada.
mas ao terceiro dia e meio, o martírio dá o seu fruto,
pois Jesus é o Vivente, Filho do Deus da Vida.
A raiva e a vingança estão ao rubo.
É uma guerra de armas e de ameaças
que trazem nuvens escuras e incertas
e geram o medo e a desesperança no coração humano.
Já não se fala em comida, saúde e educação,
mas apenas em armas e destruição
como se todos estivéssemos possuídos pelo espírito do mal.
O cristão dá a vida pela vida de todos
e não pela vingança da honra nem por um pedaço de terra.
Senhor, em Vós está a fonte da vida e para Vós,
até os que são mortos escondem o gérmen da ressurreição.
Aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade,
para que não sejamos possuídos pela idolatria do poder,
a raiva da vingança e a desesperança no amanhã.
Fazei de nós pedras vivas da Igreja
que sabem dar testemunho da vida e do amor,
reconstruindo pontes, lavrando caminhos,
habitando cidades, plantando jardins,
cuidando a vida frágil e maturando infantilidades.
sexta-feira, novembro 22, 2024
6ª feira da 33ª semana do Tempo Comum, S. Cecília (22 novembro)
Toma-o e come-o: no estômago, ele será amargo,
mas na boca, ele será doce
como o mel. (cf. Ap 10, 8-11)
Ter fé é pôr-se à escuta da vontade de Deus.
A escuta é um diálogo orante que precisa de purificação.
É preciso que o médico da verdade no retire a cera da teimosia
e a surdez da avareza e do desejo de poder,
para podermos fazer silêncio de coração aberto,
assimilarmos a doçura da sua Palavra
e sentirmos o incómodo de a interiorizarmos,
anunciando a vontade de Deus com fidelidade.
Todos somos chamados a ser profetas de Deus.
A formação que for só encher os alunos de saberes
que devem ser decorados, está condenada ao esquecimento
após o estresse dos exames,
onde se deve mostrar ser bom gravador.
Mesmo os trabalhos de investigação,
pela quantidade de informação presente na internet,
podem criar simples coletores que plagiam
e não novos cientistas, filósofos, teólogos, pesquisadores.
Só o saber que se assimila e compreende o porquê,
pode gerar novos mestres, inovadores e comprometidos.
Senhor, eis-me aqui a tentar comer a tua Palavra,
saboreando a novidade do sempre igual
e a fortalecer o desafio de ser Cristo,
presença profética que anuncia a paz da justiça
e denuncia a normalidade do egoísmo e da mentira.
Perdoa as vezes em que me reduzo a ser cassete que reproduz,
e a cumprir deveres e ritos para que os outros vejam,
sem assimilar a tua Palavra na minha vida com ardor profético
e comprometer totalmente com a verdade que anúncio.
S. Cecília, virgem e mártir, orai por nós.
quinta-feira, novembro 21, 2024
5ª feira da 33ª semana do Tempo Comum, Apresentação de Maria (21 novembro)
Vi então um Cordeiro de pé, que parecia ter sido
imolado. (cf. Ap 5, 1-10)
Jesus está no Céu, crucificado ressuscitado
cordeiro manso e humildade de coração,
salvando a criação dando a sua vida no altar da cruz.
É Ele que nos há de julgar segundo a justiça e a misericórdia,
abrindo o livro da vida como paráclito da humanidade.
Ele é a cabeça desta humanidade redimida em promessa,
tendo em Maria o modelo da Igreja fiel, serva e humilde,
que se apresenta no mundo para fazer a sua vontade.
O nosso salvador tem um rosto e tem um nome:
Jesus de Nazaré, o Verbo Divino encarnado em Maria.
Não é uma energia invisível e abstrata,
nem um ser divino superior sem corpo
sobre o qual podemos projetar o que a nossa imaginação quiser.
Também não é o um rei impiedoso e justiceiro,
que castiga e destrói o pecador,
mas o Cordeiro de Deus que nos lava no seu sangue,
pelas entranhas de amor, paciente e respeitoso,
com que nos toca de leva à nossa porta até que a abramos.
Senhor Jesus, manso que humilde de coração,
cura-nos da nossa intolerância e cansaço perante a fragilidade
daqueles que procuramos amar e servir como irmãos.
Cordeiro crucificado que vive de pé, vitorioso ao lado do Pai,
sustenta-nos com a tua oração e guia-nos com a tua Palavra,
para que também sejamos capazes de viver na esperança
e vencermos as tentações que nos afastam de Ti
e nos fazem cair no pecado que mata a alegria e a graça.
Santa Maria, que te consagraste ao Senhor
e foste achada cheia de graça pelo Anjo Rafael,
reza por nós, para que também sejamos um sim fiel ao Senhor.
quarta-feira, novembro 20, 2024
4ª feira da 33ª semana do Tempo Comum (20 novembro)
Sobe até aqui e eu te mostrarei o que vai acontecer
depois disto. (cf. Ap 4, 1-11)
O Céu está aberto pelo Verbo Divino encarnado.
Só pela fé em Jesus podemos ultrapassar as nuvens da tribulação
e subir até à verdade da existência, ouvindo a esperança do amor.
Perante o Santo, Aquele que é, que era e que há de vir,
podemos sentir a consolação na tribulação e na perseguição,
pois compreendemos que o reino do mal é transitório.
Só Aquele que está sentado no trono é para sempre.
A ambição de poder gera a guerra e a tentativa de assalto.
O ruído das bombas e das sirenes ensurdecem a esperança.
Parece que a história está cheia de nuvens atemorizadoras
que fazem da vida insónias agonizantes
e impedem a paz de poder olhar o Céu com fé
e os irmãos com confiança e o aconchego da fraternidade.
Quem ganha com isso é a indústria das armas
e os traficantes de seres humanos
que se aproveitam da desgraça para enriquecer.
Haja alguém que nos ajude a ver o Céu aberto
e nos console com a esperança no Santo dos Santos.
Senhor, louvado sejas pelo dom da vida
e pelo dom da fé, do amor e da inteligência.
Dá-nos sabedoria e gozo interior
para fazermos render tantos dons
e assim nos tornarmos participantes ativos da tua missão.
Perante as guerras interiores e exteriores,
consola-nos com a esperança do teu auxílio
e fortalece-nos com o Pão da vida e a luz do Espírito.
Ajuda-nos a ver o mundo atual com esperança
e a fazer de nós obreiros da justiça e da paz.
terça-feira, novembro 19, 2024
3ª feira da 33ª semana do Tempo Comum (19 novembro)
Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta,
entrarei em sua casa. (cf. Ap 3, 1-6.14-22)
Deus caminha no meio de nós,
não como observador curioso ou antropólogo,
nem muito menos como polícia e fiscal.
Ele aparece como necessitado de guarida,
como estrangeiro ou refugiado,
que bate à nossa porta e nos chama a abrir a porta.
Jesus entra como visitador
e enriquece a nossa morada de salvação,
despertando a partilha e a fraternidade,
purificando o passado e abrindo a esperança do futuro.
Muitas vezes tratamos Deus como um necessitado,
que precisa da esmola das nossas orações e de rituais,
ofertas e sacrifícios, louvores e publicidade.
Mas Jesus prefere entrar na nossa vida
e que lhe demos todo o nosso ser e vontade,
para se sentar à nossa mesa
e iluminar-nos com a sua palavra
e alimentar-nos com o pão da esperança.
Abrir a porta a Jesus é descer dos nossos pedestais
e reconhecer a nossa indignidade, escolhida e amada por Ele,
que veio para salvar e não para cobrar impostos.
Senhor, na minha solidão, sinto-me visitado por Ti,
e bendigo-Te por não desprezares a minha morada,
só porque não sou perfeito nem verdadeiramente santo.
Entra, Senhor, e cura a minha condição de pequenez espiritual,
dá novo alento à minha existência e novo rumo ao que tenho,
para que a salvação possa entrar na minha casa e na minha vida.
Tira-me desta vida morna, sem compromisso com a tua missão,
numa mediocridade que se arrasta na rotina da vida.