domingo, fevereiro 16, 2014
6º Domingo do Tempo Comum
Se quiseres,
guardarás os mandamentos: ser fiel depende da tua vontade. (cf.
Sir 15,16-21)
Deus
criou-nos livres e com a capacidade de fazer escolhas.
A
vida está cheia de encruzilhadas e de propostas de felicidade.
Cada
segundo é uma opção entre a vida e a morte,
entre
o curto prazo sem horizonte e a longa eternidade.
Os
mandamentos são uma carta de amor, escrita por Deus,
que
aponta prioridades a escolher e alertas de perigos a evitar.
A
fidelidade nasce dum amor agradecido e correspondido
e
não do medo do castigo e da letra sem coração.
A
liberdade é um dos direitos sagrados do ser humano.
É
a capacidade de fazer escolhas e de expressar o que pensa,
que
nos faz semelhantes a Deus e nos afirma como seres únicos.
No
entanto, a massificação, o medo de ser diferente, a ideologia,
as
pressões económicas, sociais, religiosas e políticas,
a
miséria, o marketing, a má formação da consciência...
ameaçam
gravemente a capacidade de fazer escolhas livres.
Às
vezes é difícil de saber se somos marionetas telecomandadas
ou
pessoas livres para escolher o que compramos e valorizamos.
Senhor
Jesus, que nos chamas a subir à montanha da vida,
desperta-nos
para as pequenas-gandes opções do dia-a-dia:
a
palavra que falamos ou silenciamos, o olhar que cobiça ou perdoa,
o
escutar que acolhe ou despreza, a mão que acarinha ou agride,
o
coração que ama ou que mata, o amor que constrói ou divide.
Dá-nos
o Teu Espírito de liberdade para amar e servir a vida,
e
liberta-nos de tudo o que nos cega o discernimento,
adormecendo
ou hipnotizando a raiz da nossa vontade.
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