quinta-feira, abril 24, 2008

 

Oração de S. Anselmo (1033-1109)


Eu te peço, meu Deus: faz com que te conheça, que te ame, para que a minha alegria esteja em ti.

E, se isso não for plenamente possível nesta vida, faz ao menos que eu progrida todos os dias, até atingir a plenitude.

Que nesta vida o teu conhecimento cresça em mim e que ele esteja completo no último dia; que o teu amor cresça em mim e que ele seja perfeito na vida futura, para que a minha alegria, já grande em esperança cá na terra, seja então acabada na realidade.

Senhor Deus, através do teu Filho deste-nos a ordem, ou melhor, aconselhaste-nos a pedir; e prometeste que seríamos atendidos, para que a nossa alegria seja perfeita (Jo 16,24).

Faço-te, Senhor, a oração que nos sugeres pela boca daquele que é o nosso "Conselheiro Admirável" (Is 9,5). Que eu possa receber o que prometeste pela boca daquele que é a Verdade, para que a minha alegria seja perfeita.

Deus verdadeiro, faço-te esta oração; atende-me para que a minha alegria seja perfeita.

Que doravante seja esta a meditação do meu espírito e a palavra dos meus lábios. Seja este o amor do meu coração e o discurso da minha boca, seja a fome da minha alma, a sede da minha carne e o desejo de todo o meu ser, até ao dia em que eu entre na alegria do Senhor (Mt 25,21), Deus único em três Pessoas, bendito pelos séculos. Amen.

sábado, abril 19, 2008

 

Quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo! (Jo 14,13)


Que me vê, vê o Pai

Jesus é a transparência do Pai.
Pai e Filho parecem-se um com o outro desde sempre.
Precisamos olha-los mais frequentemente, expor-nos à sua luz e calor, às suas radiações, para que mostremos com as nossas palavras e acções que somos a imagem e semelhança de Deus.


(Cf. Agenda Bíblica, Verbo Divino, Espanha)

sexta-feira, abril 18, 2008

 

Bento XVI: oração no Ground Zero


Oh, Deus de amor, compaixão e cura,
olha para nós, pessoas de muitos credos e de diferentes tradições,
que se reúnem hoje neste lugar,
cenário de incrível violência e dor.
Pedimos-Te, na tua bondade,
que concedas luz eterna e paz
a todos os que morreram aqui,
começando pelos que o fizeram heroicamente:
Os bombeiros, policias,
trabalhadores dos serviços de emergência,
junto com todos os homens e mulheres inocentes
que foram vítimas desta tragédia,
simplesmente porque o seu trabalho ou serviço
os conduziu aqui a 11 de Setembro de 2001.

Pedimos-Te, em tua compaixão,
que concedas a cura àqueles que, devido à sua presença aqui, naquele dia,
sofrem feridas e doenças.
Cura, também, a dor das famílias que ainda estão a sofrer
e todos aqueles que perderam entes queridos nesta tragédia.
Concede-lhes força para continuar as suas vidas
com coragem e esperança.

Recordamos também aqueles que sofreram morte, feridas e perdas
no mesmo dia no Pentágono e em Shanksville, Pennsylvania,
E na nossa oração abraçamos a sua dor e sofrimento.

Deus de paz, concede a tua paz ao nosso mundo violento:
paz aos corações de todos os homens e mulheres
e paz entre as nações da terra.
Orienta para o teu caminho de amor
aqueles cujos corações e mentes
estão consumidos pelo ódio.

Deus de compreensão,
Constrangidos pela magnitude desta tragédia,
buscamos a tua luz e guia
para enfrentar tão terríveis eventos.

Concede que aqueles cujas vidas se perderam
possam viver de maneira que as vidas perdidas aqui
não se tenham perdido em vão.
Conforta-nos e consola-nos,
fortalece-nos na esperança,
e da-nos a sabedoria e a coragem
para trabalhar sem descanso por um mundo
onde a verdadeira paz e amor reinem
entre as nações e nos corações de todos.

(Oração do Papa Bento XVI no Ground Zero, New York, Domingo 20 de Abril)

quinta-feira, abril 17, 2008

 

Semear a Palavra de Deus!


Que feliz nos deveria fazer, ser-nos permitido ajudar, de alguma forma, na sementeira da Palavra Divina. Porém, antes que aquela Palavra nos seja confiada, o Jardineiro Divino exige que soframos uma espécie de prova: que primeiro cultivemos uma pequena parcela, o nosso coração.”

(J. Freinadmetz, As Wine Poured Out, p. 41)

 

ORAÇÃO EM FRENTE AO COMPUTADOR


SENHOR,

Agradeço-te a noite maravilhosa que tive,

O cobertor que me aqueceu,

O alimento que recebi,

Mais um dia de trabalho,

E principalmente

Por mais um dia de vida...


Abençoa, Senhor,

Todos os homens e mulheres do mundo

porque quiseste que todos fossem meus irmãos.


Perdoa os meus inimigos,

Porque eles também precisam de Ti...


Abençoa Senhor

O que está lendo esta mensagem

E derrama sobre ele muitas bençãos!

Amén!

quarta-feira, abril 16, 2008

 

A Luz do Mundo!


«Eu sou a luz, vim ao mundo para que aquele que crê em mim não permaneça nas trevas» (Jo 12,44)

Cristo é «a luz do mundo» (Jo 8, 12) e Ele ilumina a Igreja com a sua luz. E, tal como a lua recebe a sua luz do sol a fim de iluminar a noite, assim também a Igreja, recebendo a luz de Cristo, ilumina todos aqueles que se encontram na noite da ignorância... É pois Cristo que é «a verdadeira luz que ilumina todo o homem vindo a este mundo» (Jo 1,9), e a Igreja, recebendo a sua luz, torna-se, ela própria, luz do mundo, «iluminando aqueles que caminham nas trevas» (Rom 2,19), de acordo com esta palavra de Cristo aos seus discípulos: «Vós sois a luz do mundo» (Mt 5,14). Do que se conclui que Cristo é a luz dos apóstolos, e os apóstolos, por sua vez, a luz do mundo.


Orígenes (c.185-253), padre e teólogo Homilias sobre o Génesis, 1, 5-7

domingo, abril 13, 2008

 

Bispos do Brasil ameaçados de morte




Dilemas da relação Igreja-Estado
José de Souza Martins*

Em nota distribuída durante sua assembléia desta semana, a CNBB se solidariza com três de seus bispos, ameaçados de morte: Dom Erwin Krautler, da Prelazia do Xingu, Dom José Luiz Azcona Hermoso, da Prelazia do Marajó, e Dom Flávio Giovenale, da Diocese de Abaetetuba. Termina exigindo “das autoridades competentes investigações sérias e proteção para os ameaçados”. Esse manifesto da Conferência Episcopal brasileira trata de grave e persistente problema na região amazônica, ao mesmo tempo em que evidencia uma vez mais o desencontro entre a Igreja e o Estado, mas sobretudo uma enigmática falta de sintonia entre o governo do PT e Lula, de um lado, e a Igreja Católica, de outro.
As ameaças a bispos não são novas nem mesmo em relação a esses bispos. Não só bispos têm sido ameaçados, mas também religiosos e religiosas têm sido ameaçados e até mortos, condenados e executados pela justiça privada dos que se entendem, ao que parece com razão, acima da lei e da ordem. O assassinato da Irmã Dorothy Stang, em 2005, foi o marco indicativo de que a lógica perversa do massacre de Eldorado de Carajás, em 1996, estendeu-se pelo tempo e atravessou o governo Lula.
Dom Erwin Krautler, bispo de uma das mais violentas regiões da Amazônia, vem há anos denunciando as ameaças de morte que recebe. Tem reclamado contra a anômala situação em que se encontra, a de ter que fazer visitas pastorais em sua vasta Prelazia acompanhado de dois policiais que lhe servem de guarda-costas, como se fossem seus acólitos.
Ele tem sido ameaçado pelo conjunto das forças e personagens que enriquecem com uma economia predatória e violenta, no fundo, anti-capitalista porque nega a liberdade e os valores relativos aos direitos da pessoa. Desmatamentos ilegais, grilagem de terras, expulsão violenta de posseiros de sua terra de trabalho, legitimamente possuída, violência contra populações indígenas, trabalho escravo, em que o cativeiro inclui o açoite e a morte. Darcy Ribeiro, num estudo clássico sobre a ocupação das frentes de expansão brasileiras, diz que o Brasil é representado, no contato com o índio, pelo pior tipo de brasileiro que pode haver, violento e desumano. As populações nativas e caboclas do Brasil profundo não têm mais sorte do que os índios: o Brasil das instituições a elas se apresenta para negar as instituições; a lei se apresenta como escárnio da lei; e não raro as autoridades como cúmplices ou omissas em face de violações da lei e do direito que negam o Estado e a própria civilização.
Foi o que se viu no caso da menina, detida por roubo, e colocada numa cela junto com homens adultos, em 2007, que a violentaram sistematicamente durante longos e humilhantes dias, em troca de alimentos. Foi notória a cumplicidade ou, no mínimo, a omissão de autoridades que deveriam zelar para que a condição humana se sobrepusesse à animalidade que degrada qualquer sociedade. A lei e o funcionário não a reconheceram como sujeito de direito, para protegê-la, fazendo-o somente quando violada na sua condição de pessoa. Por ter denunciado a violência e a aberração, juntamente com duas catequistas que são conselheiras tutelares, o bispo de Abaetetuba, Dom Flávio Giovenale, tem sido ameaçado de morte, até descaradamente na rua por desconhecidos. A remoção de policiais e de autoridades pela governadora petista do Estado do Pará foi inócua porque não removeu a ameaça de morte que os alcança.
Dom José Hermoso, da Prelazia do Marajó, tem denunciado as condições miseráveis em que vive a população da ilha. A denúncia da devastação ambiental e da pesca predatória de arrastão na desembocadura do Amazonas, o descarte criminoso de peixes que deixarão de alimentar suas populações pobres, apenas para recolher o rendoso camarão que vai para o prato dos ricos, tem atraído sobre o bispo a ira desses agentes de uma economia que destrói e empobrece em nome do lucro irresponsável de poucos.
O que a CNBB denuncia é, no fundo, a barbárie contra a civilização. Não são apenas os três bispos os ameaçados, mas todos nós, fictícios cidadãos de uma república inacabada, como só pode ser essa com que nos defrontamos todos os dias em diferentes cantos do País.
Foi o presidente Juscelino Kubistschek quem teve a lucidez de chamar a CNBB, nos anos cinqüenta, para um seminário que estabelecesse as bases de grande e maciça intervenção econômica federal no Nordeste, para quebrar o que Gunnar Myrdal chamou de círculo vicioso do subdesenvolvimento. Era o modo de contrabalançar com o carisma dos bispos as oposições oligárquicas e conservadoras à criação da Sudene e sua política de modernização econômica do Nordeste. Desde então, a CNBB tem sido fiel à missão de suplência que é a de atuar como consciência crítica das iniqüidades sociais na demanda de políticas públicas.
Mas esse percurso acabou por lhe tolher, justamente, a liberdade de crítica, pressão e reivindicação. A canalização partidária das demandas das pastorais sociais, que desembocaram na formação e sustentação do PT e de Lula, na esperança de que seu governo concretizaria prioritariamente as demandas urgentes de justiça social e de ordem social, deu no contrário do almejado. Um novo populismo manipulador e continuísta, um novo clientelismo fisiológico em que o governo tem como aliados decisivos justamente muitos dos beneficiários das iniqüidades que a Igreja denuncia, transformaram-se em bloqueios a que a nota da CNBB tenha a veemência civil e a eficácia política urgente e necessária. A partidarização das pastorais sociais restringiu extensamente o alcance da ação da Igreja no terreno das demandas sociais e dos questionamentos morais, despolitizando-os e neutralizando-os. É pouco provável que o governo se sinta desafiado, por uma nota como essa, a tomar as providências radicais que o caso pede. Ele tem demonstrado que, em face da Igreja, mesmo quando erra e se omite por conveniência política, com razão ou sem, está seguro do respaldo que não lhe tem faltado.

*José de Souza Martins, professor de Sociologia da Faculdade de Filosofia da USP, é autor de A Sociabilidade do Homem Simples ( 2a. edição revista e ampliada, Contexto, 2008) e A Aparição do Demônio na Fábrica ( Editora 34, 2008)

 

13 de Abril: Dia de Oração pelas Vocações


Somente num terreno espiritualmente bem cultivado brotam as vocações para o sacerdócio ministerial e para a vida consagrada. De fato, as comunidades cristãs, que vivem intensamente a dimensão missionária do mistério da Igreja, jamais serão levadas a fechar-se em si mesmas. A missão, como testemunho do amor divino, se torna particularmente eficaz quando é partilhada comunitariamente, “para que o mundo creia” (cfr Jo 17,21). A graça das vocações é o dom que a Igreja invoca diariamente ao Espírito Santo. (Bento XVI)

quinta-feira, abril 10, 2008

 

FICA CONNOSCO, SENHOR!



Fica connosco, Senhor,
Não só agora mas sempre!
Sê nossa Luz permanente
A iluminar nosso olhar
A fim de bem perscrutar
Anseios, medos e dor
Que atormentam tanta gente
Sem consciência real
Dos males que estão por trás
De promessas sedutoras,
Traiçoeiras, mentirosas,
Que oferecem espinhos
A quem suspira por rosas.

Fica connosco, Senhor,
Na noite das armadilhas
E perigos insuspeitos
Que destroçam tantas vidas
Sedentas de pão e de amor,
Da confiança que acaba
Em opressão e terror.

Fica connosco, Senhor!
Contigo, seremos capazes
De projectos mais audazes
E atentos ao clamor
Do coração esmagado
Por se sentir explorado,
Clamor que é silenciado
Por um clima de terror,
Mas reflectido no rosto
De quem vive angustiado,
Sonhando poder gritar
Por justiça e liberdade,
Para toda a humanidade.

Fica connosco, Senhor,
Para darmos voz à sperança
Que devolva a confiança
Ao irmão desiludido,
Agindo como quem sente
Que amar é arriscar
A vida para ajudar
A encontrar solução
Para cada ser humano
Que também é meu irmão.

Maria Lina da Silva,fmm
Lisboa, 09.04.08

segunda-feira, abril 07, 2008

 

Encontro dos Amigos do Verbo Divino - Lisboa

A casa dos Missionários do Verbo Divino, em Lisboa, acolheu durante a tarde de Domingo, 6 de Abril, cerca de 250 pessoas para a celebração do Encontro dos Amigos do Verbo Divino. Este acontecimento procurou motivar os participantes para a responsabilidade missionária de todos os cristãos, enquadrando a vivência do dia na temática do Ano Centenário (29 de Janeiro de 2008-15 de Janeiro de 2009) da morte de S. Arnaldo Janssen (fundador da Congregação dos Missionários do Verbo Divino, das Missionárias Servas do Espírito Santo e das Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua), e de S. José Freinademetz, missionário na China.
Durante algum tempo foram apresentadas as causas pelas quais estes dois homens deram a sua vida e o que pode significar tudo isso para nós hoje na procura da vivência do lema escolhido para este Ano Centenário: preciosa é a vida dada à missão. Foi ainda dedicado algum tempo para falar da beatificação da Madre Josefa e tudo o que a vida desta mulher significa particularmente para a vida das Missionárias Servas do Espírito Santo. Não faltou ainda a motivação para a participação na Peregrinação nacional, assim como para o Congresso missionário.
A Eucaristia foi presidida pelo Superior Provincial, P. José Antunes, que animou os participantes para a missão vivida no quotidiano e em comunhão com toda a Igreja, procurando acentuar a responsabilidade pela missão aqui e em todo o mundo. Afirmou que a dimensão da pertença é fundamental, seja em relação à geografia, às pessoas, mas essencialmente a pertença a Jesus Cristo.
Depois da celebração seguiu-se o jantar partilhado e a continuação de alegre convívio com um bonito acento missionário.



P. António Leite, svd

sábado, abril 05, 2008

 

DEUS É AMOR!

Se todas as Bíblias do mundo, dizia Santo Agostinho, por algum cataclismo, fossem destruídas e sobrasse uma só cópia, e desta já não fosse legível mais que uma página, e de tal página só uma linha, se esta linha é a da primeira Carta de João, onde está escrito: «Deus é amor», toda a Bíblia teria sido salva, porque ela se resume nisso.

sexta-feira, abril 04, 2008

 

Milagre da Vida

Governar o universo é um milagre maior do que saciar a fome a cinco mil homens com cinco pães. E, contudo, ninguém se espanta com isso, ao passo que as pessoas se extasiam perante um milagre de menor importância, porque sai do habitual. De facto, quem é que, ainda hoje, alimenta o universo, a não ser aquele que, com alguns grãos, criou as colheitas? Cristo fez, pois, aquilo que Deus faz. Recorrendo ao poder que tem de multiplicar as colheitas a partir de alguns grãos, multiplicou os cinco pães nas mãos deles. Porque o poder se encontrava nas mãos de Cristo e estes cinco pães eram como que sementes que o Criador da terra multiplicava, sem chegar a confiá-las à terra.

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África) e doutor da Igreja Sermões sobre São João, 24, 1.6.7

quinta-feira, abril 03, 2008

 

O MAIOR HOMEM DA HISTÓRIA


Jesus não tinha servo,
mas chamavam-lhe Senhor.
Não tinha estudos,
mas chamavam-lhe Mestre.
Não tinha medicamentos,
Mas chamavam-lhe Curador e Médico.
Não tinha exército,
Mas era temido pelos reis.
Não ganhou batalhas,
Mas conquistou o mundo.
Não cometeu nenhum crime,
Mas foi crucificado.
Foi sepultado num túmulo,
MAS HOJE ESTÁ VIVO!

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