quarta-feira, abril 16, 2008
A Luz do Mundo!
«Eu sou a luz, vim ao mundo para que aquele que crê em mim não permaneça nas trevas» (Jo 12,44)
Cristo é «a luz do mundo» (Jo 8, 12) e Ele ilumina a Igreja com a sua luz. E, tal como a lua recebe a sua luz do sol a fim de iluminar a noite, assim também a Igreja, recebendo a luz de Cristo, ilumina todos aqueles que se encontram na noite da ignorância... É pois Cristo que é «a verdadeira luz que ilumina todo o homem vindo a este mundo» (Jo 1,9), e a Igreja, recebendo a sua luz, torna-se, ela própria, luz do mundo, «iluminando aqueles que caminham nas trevas» (Rom 2,19), de acordo com esta palavra de Cristo aos seus discípulos: «Vós sois a luz do mundo» (Mt 5,14). Do que se conclui que Cristo é a luz dos apóstolos, e os apóstolos, por sua vez, a luz do mundo.
Orígenes (c.185-253), padre e teólogo Homilias sobre o Génesis, 1, 5-7
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O escopo do amor é ilimitado; sua obra jamais termina. Qualquer dever que possamos esperar concluir e dar por terminado não é um dever moral. Aquele cujo único conhecimento consiste de tarefas finitas não alcançou ainda a vida interior e a liberdade de uma mentalidade moral. A realização de qualquer coisa que o amor entenda ser seu dever conduz a novas obrigaçőes, maiores que as anteriores.
Se alguém, buscando comunhão com aqueles entre os quais foi colocado, imagina poder estabelecer quaisquer limites para os seus esforços, sua vontade não possui ainda uma natureza moral. Se a comunhão genuína com outros for realmente o único objeto da nossa vontade, não nos contentaremos com menos do que uma infinita capacidade para o serviço. Estaremos então preparados para a possibilidade de termos de desconsiderar todas as fronteiras que delimitam nossos direitos, se for para sermos capazes de cumprir nosso propósito de servir a comunidade.
Se for nosso o verdadeiro amor, estaremos prontos para qualquer sacrifício que possa estabelecer um elo comum de afinidade entre nós mesmos e aqueles ao nosso redor. É essa a autonegação para a qual somos chamados por Jesus: não um abandono sem sentido dos nossos poderes individuais, mas o exercício máximo deles, a disposição de entregá-los todos a uma grande causa. O que se ergue desse fundamento não é mera “disposição de espírito construída como um castelo de cartas” – pois, onde o serviço é dessa natureza, o indivíduo é construído sobre um reconhecimento aberto de necessidade. Se for cristã, essa pessoa se alegrará na promessa de que seu sacrifício é a chave para as riquezas do mundo que despertam o coração do homem para suas riqueza mais profundas.
A mente que está viva em Jesus, a mente que ele requer de nós, está enraizada e fundamentada no conhecimento de que uma única coisa é boa, uma vontade direcionada à comunhão de seres conscientes de si mesmos – em outras palavras, amor. Essa mente, de acordo com a explicação que Jesus fornece do amor, é vontade uniforme, independente e inesgotável. Seu ponto culminante é a percepção de que esta vontade é poder sobre todas as coisas: é Deus.
Adolf Harnack, em Ensaios sobre o Evangelho Social (1907)
Se alguém, buscando comunhão com aqueles entre os quais foi colocado, imagina poder estabelecer quaisquer limites para os seus esforços, sua vontade não possui ainda uma natureza moral. Se a comunhão genuína com outros for realmente o único objeto da nossa vontade, não nos contentaremos com menos do que uma infinita capacidade para o serviço. Estaremos então preparados para a possibilidade de termos de desconsiderar todas as fronteiras que delimitam nossos direitos, se for para sermos capazes de cumprir nosso propósito de servir a comunidade.
Se for nosso o verdadeiro amor, estaremos prontos para qualquer sacrifício que possa estabelecer um elo comum de afinidade entre nós mesmos e aqueles ao nosso redor. É essa a autonegação para a qual somos chamados por Jesus: não um abandono sem sentido dos nossos poderes individuais, mas o exercício máximo deles, a disposição de entregá-los todos a uma grande causa. O que se ergue desse fundamento não é mera “disposição de espírito construída como um castelo de cartas” – pois, onde o serviço é dessa natureza, o indivíduo é construído sobre um reconhecimento aberto de necessidade. Se for cristã, essa pessoa se alegrará na promessa de que seu sacrifício é a chave para as riquezas do mundo que despertam o coração do homem para suas riqueza mais profundas.
A mente que está viva em Jesus, a mente que ele requer de nós, está enraizada e fundamentada no conhecimento de que uma única coisa é boa, uma vontade direcionada à comunhão de seres conscientes de si mesmos – em outras palavras, amor. Essa mente, de acordo com a explicação que Jesus fornece do amor, é vontade uniforme, independente e inesgotável. Seu ponto culminante é a percepção de que esta vontade é poder sobre todas as coisas: é Deus.
Adolf Harnack, em Ensaios sobre o Evangelho Social (1907)
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