terça-feira, outubro 07, 2008

 

Papa no Sínodo: Crise financeira mostra a importância da Palavra de Deus


CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 6 de Outubro de 2008 (ZENIT.org).- As atuais crises financeiras mostram a importância de construir a vida sobre o fundamento firme da Palavra, explicou Bento XVI, ao começar a primeira jornada do Sínodo dos Bispos.
«Vemos isso agora na queda dos grandes bancos: este dinheiro desaparece, não é nada. E assim todas estas coisas, que parecem a verdadeira realidade com a qual contar, e que são realidades de segunda ordem», explicou o Papa.
Sentado na parte central da Sala do Sínodo, o Papa ofereceu uma meditação durante a oração da hora terça aos 244 padres sinodais presentes sobre o Salmo 118 (119).
«A Palavra de Deus é fundamento de tudo, é a verdadeira realidade. E para ser realistas, devemos contar com esta realidade», assegurou o pontífice.
«Devemos mudar nossa ideia de que a matéria, as coisas sólidas, que tocamos, sejam a realidade mais sólida, mais segura», exortou.
Recordou que no final do Sermão da Montanha, Jesus fala das duas possibilidades de construir a casa de nossa própria vida: sobre a areia e sobre a rocha.
«Sobre a areia constrói quem só constrói sobre as coisas visíveis e tangíveis, sobre o êxito, sobre a carreira, sobre o dinheiro. Aparentemente, estas são as verdadeiras realidades. Mas tudo isso um dia passará», assegurou.
«E assim todas estas coisas, que parecem a verdadeira realidade com a qual contar, e que são realidades de segunda ordem. Quem constrói a vida sobre estas realidades, sobre a matéria, sobre o êxito, sobre tudo o que parece ser, constrói sobre a areia», explicou.
«Só a Palavra de Deus é o fundamento de toda a realidade, é estável como o céu e mais que o céu, é a realidade. Portanto, devemos mudar nosso conceito de realismo. Realista é quem reconhece na Palavra de Deus, nesta realidade aparentemente tão frágil, o fundamento de tudo.»
O arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, explicou depois aos jornalistas que a Palavra convida a ver a economia e as finanças como «uma realidade penúltima».
«É inegável que as demais realidades, quando comparadas com a Palavra, revelam seus limites. São verdades penúltimas, mas não são a verdade última», explicou em uma coletiva de imprensa concedida após a primeira congregação geral do Sínodo.«O tema de fundo que o Papa tratou não era a atual situação económica, era a importância da Palavra de Deus no caminho do homem. E, a partir desta luz, as demais dimensões são como névoa e demonstram sua inconsistência», concluiu o arcebispo.

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