domingo, abril 13, 2014

 

Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor


Obedecendo até à morte e morte de cruz. (cf. Fil 2,6-11)

Jesus é o Filho de Deus enviado a todos, mesmo aos invisíveis.
Desceu do Amor, encarnou na carne limitada e de dor,
na periferia viveu, as mãos calejou, companheiro se mostrou.
Foi filho do carpinteiro e de Maria, foi nazareno e galileu,
profeta, mestre, filho de David, acusado de ser possuído de Belzebu,
ternura gratuita em oferta aos pecadores, amigo dos marginalizados...
Aclamaram-no rei e acusaram-no de ser revolucionário e blasfemo...
Em tudo, Jesus não buscou o que lhe apraz e a glória humana,
mas apenas obedecer ao Pai de revelar um Deus-Amor
que quer salvar a todos numa aliança incondicional e eterna.

A vida às vezes parece uma fuga da dor.
A evasão soluciona-se com analgésicos, anestésicos e drogas.
A fidelidade a um projeto ou a uma pessoa amada
entra em stresse quando surgem problemas de saúde,
económicos, de desemprego, de diálogo, de rotina...
A fidelidade a Deus e aos compromissos do Batismo
é esquecida ou desvalorizada quando exige ascese,
verdade, dedicação, suportar o silêncio na oração,
acreditar na recompensa só visível em promessa,
responder ao mal com o bem, oferecer perdão a sangrar.

Senhor Jesus, Rocha firme dum amor a toda a prova,
ensina-nos a amar como nascente sempre a brotar,
seja primavera esperançada de paixões enamoradas,
seja verão cálido de diálogos ressequidos,
seja outono maduro de beleza enrugada,
seja inverno frio das relações amortecidas e congeladas.
Ajuda-nos a ser sujeitos cireneus nesta Semana Santa
e não meros espetadores da injustiça a atuar e da fé a florir.


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