segunda-feira, junho 30, 2014
2ª feira da 13ª semana do Tempo Comum
Confundem o caminho aos pequenos.
(cf. Am 2,6-10.13-16)
Deus é
a força do Seu povo e a luz dos Seus caminhos.
Aproxima-se
do pobre para o proteger
e do
solitário para o acompanhar com o calor da Sua sombra.
Faz
uma aliança de vida com a humanidade desnorteada
e
promove a justiça que impede a exploração do mais fraco.
Deus é
nossa rocha e proteção, salva-vidas de náufragos.
E nós,
humanos, como atuamos? Cuidamos dos mais fracos?
A
realidade revela-se desequilibrada e injusta:
os
ricos emprestam aos pobres a juros impagáveis,
os
poderosos compram a justiça e a riqueza com corrupção,
os
mercadores aliciam os consumidores com elixires de felicidade,
os
adultos confundem os pequenos com mimos e ilusões,
a
natureza é explorada sem sustentabilidade...
É a
negação do projeto de Deus e do Seu agir para connosco!
Senhor,
Deus Pai e Anjo da Guarda dos mais fracos,
ensina-nos
a viver, promovendo a vida para todos.
Jesus,
nosso Irmão salvador, que Te fazes pequeno e servo,
da-nos
o dom do seguimento que nos alegra em ser irmãos,
profetas
da ternura e denúncia da injustiça instalada.
Espírito
de Verdade, ensina-nos a educar os mais novos
para
serem cuidadores da vida e suporte dos mais fracos.
domingo, junho 29, 2014
Solenidade de S. Pedro e de S. Paulo
O Senhor esteve a meu lado e deu-me
força. (cf. 2 Tim 4,6-8.17-18)
A fraqueza de Pedro e a violência de
Paulo foram visitadas
pela luz de Jesus, na noite da traição
e na estrada da perseguição.
Surpreendidos pela misericórdia dum
amor desconhecido,
deixaram-se seduzir e colocaram-se a
anunciar
a mensagem da Boa Nova que a todos quer
salvar.
Pelo caminho, os desafios brotaram
espinhos,
mas o Emanuel fez-se companheiro,
servido em Pão que fortifica.
O martírio coroou as suas vidas, como
colunas da Igreja,
e que força o seu testemunho continua
a dar a quem peregrina!
O cristão, praticante da fé, respira
e transpira, naturalmente,
anúncio da Boa Nova da salvação de
Jesus para todos.
Cada dia, faz a experiência da sua
fragilidade e inconstância,
e de como Cristo é força e graça,
revelada pelo Espírito Santo.
Por isso, o que anuncia não são
conceitos e verdades teóricas,
mas uma história de salvação
pessoal, feita de pedaços de vida,
onde o pecado e a graça se vão
entrelaçando,
guiados pela mão dAquele venceu o
mundo.
É um combate que já está vencido, na
tempestade adversa,
se Jesus for o barco e o Espírito
Santo o leme que nos conduz!
Senhor, nossa força e salvação,
cura-nos do medo que esconde o
testemunho
e do zelo apostólico que gera
redemoinho destruidor.
Com Pedro, ensina-nos a ser pedra que
suporta na fé.
Com Paulo, ensina-nos a ser carta que
anuncia Boas Novas.
S. Pedro e S. Paulo, intercedei por
nós, peregrinos do Caminho,
e ajudai-nos a colocar como prioridade
da nossa vida
a partilha da salvação de Jesus aos
que andam perdidos e iludidos.
FESTA CONJUNTA DE S. PEDRO E S. PAULO
Celebrarmos
Pedro e Paulo,
Pedra viva e
chama ardente,
Da Igreja de
Cristo nascente,
É ver a
acção do Espírito,
Actuante e
bem presente,
Porque embora
diferentes,
Se sentiam
irmanados,
Em Jesus
Nosso Senhor
E ambos
sempre unidos,
Na mesma fé
e amor,
Seduzidos e
apaixonados
Pelo Mestre
e Bom Pastor.
E quando se
ligam a fé,
O amor e a
união,
Formando um
só coração,
Se vence
ameaças e medo,
Agarrados ao
rochedo
Que Jesus,
para nós, é.
Como Pedro e
como Paulo,
Nós também
somos chamados,
A confiar e a
remar,
Com Cristo,
até ao alto-mar.
Apoiados na
Palavra,
Deixemos as
redes e a barca,
Para, livres,
avançar
E,
confiantes, vogar,
Sem deixar
cair os braços,
Por crermos
que o Timoneiro,
Que, na
pesca, é o primeiro,
Nos livrará
de embaraços.
Façamo-nos,
pois, ao largo
E rasguemos
horizontes,
Na nossa vida
interior,
À luz da fé
e do amor,
Buscando
sentido novo
Para nós e
para o povo,
Que Deus ama,
sem medida,
Como, em
Jesus, revelou,
Ao dar, por
nós, Sua vida.
VAI,CONFIANTE,
AMIGO,
PORQUE JESUS
VAI CONTIGO.
CORTA AS
ONDAS E AVANÇA,
NA ÁGUA DA
ESPERANÇA.
ELE AMA O
BARCO QUE ÉS TU;
DOS TEUS
BRAÇOS, ELE FAZ VELAS;
DO TEU
CORAÇÃO, O LEME
E DA TUA FÉ,
O FAROL,
GARANTINDO A
SEGURANÇA
DA SUA FIEL
ALIANÇA,
DE PAZ E DE
SALVAÇÃO,
A TODO O POVO
E NAÇÃO.
Maria Lina da
Silva, fmm
Lisboa,
28.6.2014
sábado, junho 28, 2014
Sábado da 12ª semana do Tempo Comum – Imaculado Coração de Maria
Exulto de alegria no Senhor. (cf.
Is 61,9-11)
Alegrar-se
no Senhor é encontrar-se com a saudade perdida
duma
felicidade inaudita que se enraíza no coração.
Alegrar-se
no Senhor é encontrar-se com o Amado,
sempre
desejado, na intimidade do mistério e da confiança.
Alegrar-se
no Senhor é surpreender-se com uma graça tão imensa
que
fecunda a vida de divino e a faz brotar justiça e caridade.
É
esta a alegria de Maria, borbulhante e permanente,
concebida
da alegria do Espírito e da Boa Nova da salvação,
iluminada
pela fé, na noite escura da promessa em concretização.
Há muitas alegrias em leilão, no
marketing da felicidade:
a alegria emborrachada ou alucinada,
a alegria da sorte grande tão
desejada,
a alegria da vitória dum clube ou
partido,
a alegria do sucesso no poder, na
empresa ou no desporto,
a alegria da conquista dum objetivo ou
de um projeto,
a alegria de possuir e consumir as
últimas novidades,
a alegria de aparecer na glória dum
ecrã...
Todas estas alegrias acabam quando se
alcançam,
só a alegria do enamorar-se pode
permanecer para sempre!
Senhor, fonte de toda a alegria que
permanece,
dá-nos um coração confiante e
acolhedor como o de Maria.
Jesus, Palavra de Deus encarnada no
seio da humildade,
configura o nosso coração e reveste-o
de amor pascal.
Espírito, sombra de fogo que fecundou
a Serva de Nazaré,
unge-nos com o óleo da alegria que
brota do Eterno
e nos faz correr, como gazela, ao
encontro do próximo
e em peregrinação permanente para o
Templo do reencontro.
sexta-feira, junho 27, 2014
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Deus é amor: quem permanece no amor
permanece em Deus, e Deus permanece nele. (1
Jo 4,7-16)
O
coração aberto de Jesus, na cruz, é uma janela
para
contemplarmos o amor da Santíssima Trindade por nós.
Nele
encontramos o motivo duma criação
que
enche de poesia inebriante o poeta,
sacia
de vida todo o ser vivente,
extasia
o místico que aprendeu a ler pela contemplação.
Tudo
respira amor e beleza numa surpresa gratuita.
E a
maior prova de amor é o Filho de Deus querer ser Emanuel
e o
Espírito de Deus querer palpitar, em nós, coração novo.
Tudo é
permanecer por amor, liberdade paciente e misericordiosa.
A vida anda fragmentada de excertos de
permanecer:
permanecemos em casa, apenas para
dormir e feriados,
permanecemos no trabalho, apenas no
horário determinado,
permanecemos com os amigos, apenas na
horas vagas,
permanecemos com a família, apenas
quando temos tempo.
No resto, compramos “permaneceres”
em serviços avulsos:
infantários, escolas, bares, hotéis,
viagens, “spas”, ginásios...
E com Deus... fazemos o mesmo, sempre
de relógio na mão!
Senhor, Deus fonte e meta de todo o
amor,
derrama sobre nós o Teu Espírito de
aliança,
para que aprendamos a descansar em Ti
e a permanecer na comunhão do coração
com os irmãos.
Ensina-nos a seguir o Teu Filho com os
pés do coração,
para que a fé nasça da intimidade do
encontro
e a prática cristã seja um perfume de
amor natural e generoso.
Recria, Senhor, o nosso coração
semelhante ao Teu.
quinta-feira, junho 26, 2014
5ª feira da 12ª semana do Tempo Comum
Ele praticou o que desagradava ao
Senhor, como tinha feito seu pai. (cf. 2 Reis 24,8-17)
Deus criou-nos incompletos e
dependentes:
precisamos que nos ensinem a andar,
a falar, a comer, a vestir, a proteger,
a relacionar...
São os nossos pais ou aqueles a quem
somos confiados,
que formam a coluna vertebral que nos
sustenta na vida:
critérios, sonhos, medos, crenças,
comportamentos, saberes.
Jeconias cresceu longe de Deus e
conduziu o povo sem Deus,
por isso, o templo ficou vazio de
peregrinos e de sentido,
deixou de ser o sinal da presença de
Deus no coração do povo.
Foram deportados para a Babilónia,
pois esse era já o seu país.
Hoje, em muitos países, os templos
estão vazios,
tornaram-se museus ou venderam-se para
outros fins.
São a manifestação exterior do vazio
de fé
que redemoinha a vida de famílias e
pessoas.
A última novidade da moda, do
eletrodoméstico ou da eletrónica,
ocupam o lugar de altar na casa e no
coração.
Deus, a sua mensagem de amor
libertador,
a sua presença misteriosa e fundante
na vida,
a sua palavra servida na mesa da
Eucaristia...
tudo é subestimado e deixado para uns
ritos fragmentados.
As crianças crescem sem aprenderem a
ajoelhar,
nem a pedir perdão, nem a pensar no
irmão.
Senhor, Deus da aliança viva e
dinâmica,
ensina-nos a ser pais que geram para a
fé e o amor.
Senhor Jesus, Rocha firme que alicerça
a coerência feliz,
cura-nos da birra que nos faz amuar e
sofrer de egoísmo.
Espírito Santo, Sabedoria que leva à
eternidade,
ajuda-nos a limpar o templo do nosso
coração
das ervas daninhas do consumismo e da
idolatria,
para que possa crescer a aliança e
florescer a fé.
quarta-feira, junho 25, 2014
4ª feira da 11ª semana do Tempo Comum
Leu-lhes as palavras do Livro da
Aliança, encontrado no templo do Senhor. (cf.
2 Reis 22,8-13;23,1-3)
Israel fez do templo um arquivo morto
do Livro da Aliança.
Isso levou-os ao esquecimento do templo
e de Deus.
O reinado de Josias semeou a
inquietação da renovação
e despertou a atenção para o livro
perdido da aliança.
Tal achado, aberto como Palavra de Deus
dirigida a eles,
fez luz sobre as trevas em que viviam
e levou-os a renovarem a aliança, em
assembleia penitencial.
A Palavra de Deus não morre nem perde
a validade,
mesmo quando a arrumamos no sótão do
esquecimento.
Procura-se o “reality show” como
uma espécie de voyeurismo:
na televisão, nas notícias, nas redes
sociais, na vida...
É uma busca, quase mórbida, que duma
curiosidade
que quer confirmar que o outro não é
muito diferente de mim.
O que se procura é a “normalidade”
cultural da moda
e não aprender a viver com renovada
esperança,
alegria sustentada e contagiante,
justiça com com bata de oleiro,
horizonte aberto à eternidade e ao
amor construtivo.
Isso só nos pode ser dado pela
autoridade duma palavra divina,
que provoque conversão, crescimento
dignificante e aliança de amor.
Senhor, Deus-Palavra, em comunicação
de vida para todos,
cura-nos das distrações egocêntricas
que ensurdecem a Tua voz.
Jesus, Palavra salvadora, com coração
de médico e bordão de peregrino,
batiza os nossos sonhos e desejos para
vivermos em comunhão contigo
e darmos frutos de fidelidade, servida
em caridade quotidiana.
Espírito Santo, farol dos nossos
passos e voz da consciência,
ajuda-nos a redescobrir a força
renovadora da Palavra de Deus
e a medita-la cada dia, com a
sofreguidão tranquila,
de quem quer ser discípulo da arte de
viver feliz e livre,
com todos, com Deus e para sempre!
terça-feira, junho 24, 2014
Nascimento de S. João Batista
João dizia: Eu não sou quem vós
julgais, mas depois de mim, vai Alguém. (cf. At 13,22-26)
João Batista é a voz profética da
penitência e da conversão,
porque o tempo, grávido da promessa,
está prestes a dar à luz
o Messias que todos esperam,
adormecidos nos seus sonhos.
Nasce da esterilidade dum culto
ritualista e anémico de esperança,
como um dom na velhice dum casal,
envergonhado de nada dar.
Vem anunciar o novo de Deus que brota
duma Virgem,
fecundada pelo Sim, na humildade
confiante da fé.
Esse sim, é “Alguém”, Aquele que
era, que é e que há-de vir.
João não quer ser o que parece: o Messias;
mas apenas - e que tanto! - a voz que
aponta a Palavra do Altíssimo.
A humildade profética retira-se do
centro e vai para o deserto.
Veste-se de traje simples e pobre e
come da providência.
Aponta o Caminho com o testemunho de
vida e a palavra,
denuncia vaidades e mentiras de vida em
ostensório,
e convida à conversão, preparando o
batismo do Espírito.
Recusa-se a ser aparência e aponta
para a essência.
Anda em busca de Alguém, com sandálias
de Boa Nova
e coração de Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo.
Senhor, sonho eterno duma
humanidade-aliança renovada,
obrigado pela confiança que colocas em
cada um de nós,
para sermos, como João Batista,
profetas do Altíssimo.
Obrigado, Pai Santo, porque nos
chamais, desde o seio materno,
para sermos os maiores no serviço de
preparar caminhos
que dêem as mãos e sintonizem o
louvor agradável ao Amor.
Ensina-nos a ser fieis à nossa missão,
como João,
sem laivos de vaidade nem tentações
de aparência.
segunda-feira, junho 23, 2014
2ª feira da 12ª semana do Tempo Comum
Desprezaram os preceitos do Senhor,
bem como a aliança e as advertências que lhes tinha feito. (cf.
2 Reis 17, 5-8.13-15a.18)
A história está cheia da bondade do
Senhor:
a criação bela, criativa e
harmoniosa,
a proposta de aliança, com os seus
mandamento de amor,
o envio de profetas a despertar para a
revisão e conversão,
a oferta da Sua misericórdia e perdão
que refaz a aliança...
O povo de Israel responde com
indiferença, desprezo e altivez,
preferindo seguir o rebanho da
idolatria.
O resultado é a perda da liberdade e a
dispersão de um povo.
O desprezo pela Palavra de Deus ganhou
direitos de maturidade.
Ser moderno, adulto e culto é sinónimo
de desprezo,
afastamento e indiferença a tudo o que
é prática religiosa.
Os ritos de passagem introduzem os
jovens:
na religião secular da busca do
sucesso e do prazer,
oferecem-se sacrifícios de vigílias
de trabalho e diversão,
incensam o ego com fumos de droga e
bebidas pesadas,
fazem campeonatos de quem é mais
tristemente só e infiel!
Todos se lamentam dos outros e de Deus,
ninguém quer construir o bem comum e
despertar a esperança.
Senhor, Pai de bondade e paciência
eterna e misericordiosa,
obrigado porque continuas à nossa
espera,
tentando despertar-nos para a conversão
à fé e ao amor.
Jesus, nosso Salvador, que continuas a
bater-nos à porta,
como peregrino de irmãos perdidos e
hipnotizados,
obrigado porque Te fazes alimento e
fortaleza dos desanimados.
Espírito Santo, luz de libertação,
cura-nos das ilusões que arrastam
multidões,
e abre-nos à aliança que nos salva,
cura e eterniza a vida.
domingo, junho 22, 2014
Domingo, Festa do Corpo e Sangue de Cristo
Formamos um só corpo, porque
participamos do mesmo pão. (cf.
1 Cor 10,16-17)
Os
sacramentos são sinais-memória que atualizam a graça.
Jesus
escolheu como sinal da Sua presença o pão e o vinho,
alimento
base das culturas mediterrânicas.
Se não
comermos diariamente da Sua palavra e da sua vida,
se não
respirarmos o alento divino do Seu Espírito,
a
nossa fé emagrece e o nosso amor arrefece.
Alimentar-nos
de Cristo na mesa universal da Igreja,
não
só fortalece a identificação pessoal com Jesus,
como
constrói a comunhão e a unidade da Igreja, Seu Corpo.
A
Igreja celebra a Eucaristia e a Eucaristia constrói a Igreja!
O
“fast food” e os ritmos desencontrados da família,
retiraram
o caráter sagrado do comer em comum,
do
saber esperar pelo que se atrasou
e
adiantar o passo para chegar a horas da refeição.
Cada
um come para si, come apenas do que gosta,
alimentando
assim o egoísmo e o capricho associal.
O
reflexo, na prática da fé, é ir à Eucaristia quando apetece,
assistir
à missa na televisão do quarto, enfronhado na cama,
privatizar
a fé e descomprometer-se com Igreja e o bem comum.
Senhor,
Pai de bondade, obrigado pelo Pão-Filho,
que
nos envias do seio do Teu amor-aliança eterna.
Senhor
Jesus, Cordeiro pascal que encarnas a aliança do Pai,
dá-nos
a sabedoria do Teu Espírito
para
sabermos nutrir a nossa vida com o alimento da vida eterna.
Sacia-nos
com o Pão da vida para podermos comungar os irmãos
e
fazer do mundo uma mesa grande e acolhedora,
onde
todos possam sentar-se e brindar à fraternidade.
BANQUETE DOS POBRES
Neste mundo, onde uns se
queixam
De carência, fome e
miséria,
Mas onde existe abundância
Para os filhos da ganância
E da injustiça
organizada,
Julgando calar a
consciência,
A distribuir migalhas
Às vítimas das leis
canalhas,
Ouçamos Jesus dizer:
“EU SOU O PÃO DA VIDA
PLENA
E DA VIDA EM ABUNDÂNCIA”,
RAZÃO PORQUE VIM À
TERRA,
PARA ACABAR COM A FOME,
A INJUSTIÇA E A GUERRA.
E ei-lo feito alimento,
De verdadeiro sustento,
Banquete de vida eterna,
Aberto a toda a gente
Que O ame, de verdade,
E, sem medo, O testemunhe,
Com fé e fidelidade,
Revelando a paz e alegria
De quem não entra na
corrente
Da busca incessante do
ter,
Com tal inquietação,
Que sufoca, de aflição,
A mente e o coração.
Felizes os corações
livres,
Para acolher o convite
De Jesus ao Seu banquete!
Todos vós que tendes
fome,
De verdade, paz e amor,
Vinda à mesa do Senhor,
Tomai e comei, sem
dinheiro,
Sem chantagem nem despesa,
Saciando a vossa fome
E sede interior,
Graças ao pão oferecido,
Amassado e cozido
Pelo próprio Deus
bondade,
Sempre atento ao nosso
grito,
Para propor, a todo o
aflito,
O Pão da felicidade.
É que não há bem maior,
Que comer o Pão sagrado
E, por milagre de amor,
Em Cristo ser
transformado,
Para dizer, com são
Paulo:
“ JÁ NÃO SOU EU QUE
VIVO,
MAS CRISTO QUE VIVE E MIM!
MAS CRISTO QUE VIVE E MIM!
sábado, junho 21, 2014
EUCARISTIA, ALIMENTO E VIDA NOVA!
Com a bênção
de mais um dia,
Para uma vida
de harmonia,
Preparemos
nossa mente,
Nossa alma e
coração,
Para a Deus
agradecer,
Em perene
adoração,
A presença
de Cristo oculta,
Por um amor,
sem igual,
Como força e
alimento
Divino ao
pobre mortal.
Jesus, na
Eucaristia,
Sendo rico,
se fez pobre.
Por amor, se
silencia,
Ele que é
Palavra viva,
Num silêncio
que cativa,
Inspira paz e
alegria,
E a todo o
pobre enriquece,
Com a celeste
harmonia,
Que sacia e
plenifica
A alma que
n’Ele acredita.
Que eu saiba,
em Ti, aprender
A só, no
Pai, confiar,
A servir e a
amar
Quem, por
mim, triste, passar,
Olhando os
lírios do campo
E as
avezinhas do céu,
Que não
cessam de cantar,
Louvar e
agradecer,
Eles, no
perfume e cor,
Elas, no
harmonioso canto,
A graça que
o Criador,
Gratuitamente,
lhes deu.
Que o vinho e
o pão,
Consagrados
no altar,
A minha fome
saciem,
E a minha
vida renovem,
Para melhor
Te louvar
E adorar, em
cada rosto
Maria Lina da
Silva, fmm
Lisboa,
21.6.2014
Sábado da 11ª semana do Tempo Comum
Por que razão transgredis os
mandamentos do Senhor, atraindo a desgraça sobre vós? (cf.
2 Cr 24, 17-25)
Deus propõe um caminho de vida para
todos,
fundado na aliança que nasce e perdura
na eternidade,
mas o rei arrasta o povo para o
esquecimento e o desvario.
À infidelidade do povo, Deus responde
palavras de aviso,
profecia de conversão, promessa de
misericórdia.
À fidelidade de Deus, o povo responde
teimosia no pecado,
combate e morte dos profetas, injustiça
idolatrada.
O resultado é uma desgraça para
todos!
O rei Joás cresceu no templo e foi
educado pelo sacerdote Joiadá,
no entanto, quando este morreu,
esqueceu o que aprendeu,
deixou secar a sua fé no Deus vivo e
subiu-lhe o poder à cabeça.
Uma pessoa não é apenas aquilo que
aprendeu no passado,
mas, acima de tudo, aquilo que são os
seus mestres hoje.
Daí a necessidade constante de
vigilância e discernimento,
para vermos se a nossa vida hoje é uma
bênção ou uma desgraça.
Senhor, Deus da aliança e da
misericórdia,
cura-nos das nossas infidelidades e
ilusões idolátricas.
Senhor Jesus, Palavra encarnada a
despertar corações,
liberta-nos do sonambulismo e da
voragem da violência
que faz deste jardim sonhado, um
pesadelo de vale de lágrimas.
Espírito de Verdade, ilumina-nos o
entendimento
e conduz os nossos passos pela defesa
da vida para todos.
Faz de nós uma memória vigorosa e
fiel da Tua aliança.
sexta-feira, junho 20, 2014
6ª feira da 11ª semana do Tempo Comum
Joiadá concluiu uma aliança entre
o Senhor, o rei e o povo. (cf.
2 Reis 11, 1-4.9-18.20)
O sacerdote é guarda da vida e memória
da fé.
No templo do Senhor cresce oculto o
filho do rei Ocozias, Joás,
enquanto Atalia, sua avó, promove a
idolatria e o assassínio.
Mas mais importante do que a pessoa de
Joás, proclamado rei,
é o retorno à aliança entre Deus, o
rei e o povo.
Não são as instituições que nos
salvam, estas são apenas mediações.
O que salva Israel e este mundo é a
vida em aliança,
regida pela fidelidade do rei e do povo
à fé no Amor de Deus.
O mundo segue o seu caminho e perde a
memória de Deus e do irmão,
mas cada um de nós, em Igreja, deve
guardar a fé,
promover a vida, ser memória da
esperança, viver em aliança.
Cada família
cristã deve ser um templo a criar e educar filhos do Rei,
livres para amar,
capazes de contemplar o Céu, construtores da paz.
As comunidades
religiosas têm a missão de ser um oásis de aliança,
onde o povo pode
refrescar a fé e recuperar a memória de Deus.
Senhor, promessa
fiel em deserto árido à espera das chuvas,
faz de nós
colaboradores da Tua vinha, arroteando a esperança.
Jesus, Rei que se
faz servo para libertar os escravos inconscientes,
liberta-nos da
corrupção do mal por contágio mimético.
Faz de nós
guardiãs da aliança, mesmo quando reina o egoísmo.
Concentra todo o
nosso coração no tesouro do louvor e do amor.
quinta-feira, junho 19, 2014
5ª feira da 11ª semana do Tempo Comum
A sua palavra queimava como um facho
ardente. (cf. Sir 48, 1-15)
A Palavra de Deus
queima o egoísmo no crisol da conversão.
É um facho terno e
misericordioso que revela a verdade,
sob a maquilhagem
da retórica e da arte de representar.
O profeta é uma
presença que incomoda e desacomoda,
recordando-nos o
essencial que alicerça a vida
e permanece para
sempre quando o relógio parar.
A palavra tem
sempre a força de queimar,
depende do fogo que
a anima e a faz falar.
Há o fogo do ódio
que a transforma em espada
que fere, rebaixa,
agride, acusa, condena, calunia...
Há o fogo do
Espírito divino que a faz da voz um abraço,
da admoestação
uma mão que levanta,
do anúncio uma
salvação que converte,
do silêncio uma
bênção que perdoa.
Que fogo nos anima
quando distribuímos palavras?
Senhor, Palavra
criadora e redentora,
encarna no nosso
coração e acende nele o amor,
para que a palavra
que damos à luz seja bendita.
Cristo, Palavra de
Deus com pés de peregrino,
faz de nós eco da
tua missão em testemunho e anúncio.
Espírito Santo
reza em nós com a intimidade filial
e a verdade
fraterna de quem se sente membro uns dos outros.
quarta-feira, junho 18, 2014
4ª feira da 11ª semana do Tempo Comum
Elias disse a Eliseu: «Pede-me o
que quiseres». (cf. 2 Reis 2, 1.6-14)
Eliseu passou algum tempo como
discípulo de Elias.
A prova para saber se está pronto para
o substituir
está na prioridade e no objeto dos
seus desejos e sonhos.
O essencial de um profeta é o espírito
de profecia e de fé
que o capacita para ser instrumento e
boca de Deus:
“Possa eu herdar uma dupla porção
do teu espírito”.
O
manto e a túnica de Elias são apenas sinais
dessa
herança espiritual de valor incalculável.
O que
pedimos, como herança, a alguém querido?
Terras,
casas, dinheiro, carros...
ou o
seu espírito empreendedor, generoso e justo,
a sua
capacidade de amar e construir comunhão na família?
Quais
são os sonhos que ocupam o coração do sacerdote?
Coração
de pastor, fé de Maria, ânimo apostólico de Paulo...
ou
poder eclesiástico, sucesso social e ostentação material?
Quais
são os ideais que fervilham no coração do jovem?
Capacitar-se
para ajudar o mundo a ser melhor
ou
gozar a vida, experimentar sensações, viver ilusões?
Senhor,
sonho de vida plena e permanente para todos,
ensina-nos
a viver como agricultores da esperança.
Senhor
Jesus, vida descentrada de si e de amor concentrada,
purifica
os nossos desejos e evangeliza os nossos sonhos.
Espírito
divino que penetras até ao núcleo do nosso ser,
liberta-nos
dos ideais encaracolados e ensimesmados,
para
que possamos ser profetas dum mundo mais justo
e
continuar a missão de Jesus, com os mesmos sentimentos.
terça-feira, junho 17, 2014
3ª feira da 11ª semana do Tempo Comum
Acab disse a Elias: «Conseguiste
apanhar-me, ó meu inimigo». (cf.
1 Reis 21,17-29)
Deus
observa, com a luz da verdade, o coração transparente
e o
mal que se pratica, às escondidas, nas trevas do pecado.
Escuta
o gemido impotente do injustiçado
e
envia o profeta da denúncia a apanhar o agressor na sua falta.
Para
Acab, Elias é um inimigo que o persegue
e o
confronta com a corrupção e a intriga com que governa.
Para
Deus, é um enviado da Palavra da Verdade
que
convida à penitência e ao arrependimento.
Quem
vive na mentira ganha tiques de toupeira:
esconde-se
da luz, trabalha no subterrâneo, mina a confiança.
Quando
alguém o chama à atenção e o anima à conversão,
considera-o
inimigo e procura calar ou comprar essa voz.
É
assim com as máfias, com os quartéis de droga,
com os
bandos organizados, com as escapadelas adúlteras,
com os
administradores ou políticos corruptos...
O
adicto não gosta que lhe falem dos malefícios do vício!
Senhor,
Verdade que ilumina e radiografia a nossa vida,
obrigado
porque não desistes de nós e nos convidas à conversão.
Senhor
Jesus, Caminho, Verdade e Vida, nas veredas do mundo,
dá-nos
a Tua mão de amor fontal e ensina-nos a amar os irmãos,
fazendo
tudo para que se convertam, com a ternura da misericórdia.
Espírito
de santidade, que nos falas no escondido
e
visitas as nossas trevas pecaminosas,
ajuda-nos
a preparar para o encontro com a Verdade salvadora.
segunda-feira, junho 16, 2014
2ª feira da da 11ª semana do Tempo Comum
Porque estás tão perturbado que
nem queres comer? (cf. 1 Reis
21,1-16)
Deus
tem um projeto para a humanidade,
mas
não o impõe pela força do Seu poder.
Propõe
uma aliança, faz ouvir a Sua voz na profecia,
desperta
o pecador pela surpresa dos acontecimentos,
mas
jamais obriga alguém a cumprir os Seus mandamentos.
O rei
Acab usou esse método, mas não aguentou o não.
Ficou
doente e amuado porque não lhe satisfizeram o capricho.
Sua
esposa, Jezabel, usa o poder, a mentira e o falso testemunho
para
destruir quem se opõe aos caprichos do rei.
Quem
não sabe obedecer também não sabe mandar.
A
autoridade supõe respeito pelo outro, diálogo,
confiança
mútua, reta intenção, verdade e justiça.
A
autoridade conquista-se pelo amor e não pelo medo.
Há
pessoas que socialmente usam o método do diálogo,
mas
interiormente não aguentam um não, como Acab,
por
isso, agridem-se a si mesmos: depressão, desmotivação,
amuos,
insónias, falta de apetite, úlceras, tristeza...
O que
é que nos tira a paz, o sono, o apetite e a alegria de viver?
Senhor,
Deus omnipotente e todo-poderoso,
obrigado
porque és tão grande que Te fazes pequeno
e nos
propões a aliança como caminho de felicidade,
sem
nos retirares a liberdade de seguirmos por outros caminhos.
Verbo
Divino, que sendo Filho de Deus Te fazes Filho do Homem,
para
que, pelo serviço e entrega paciente às ovelhas perdidas,
possas
revelar a força impotente do Teu infinito amor.
Dá-nos,
Senhor, um coração pedagogo para saber propor
e
entranhas de misericórdia para saber aguentar uma recusa,
sem
desistências, nem vinganças, nem violências tirânicas,
mas
sustentados por um amor criativo e paciente.
sábado, junho 14, 2014
ADORAR UM DEUS TRINDADE
Hoje, a
Igreja nos convida
A adorar um
Deus Trindade
E a viver no
amor,
Gerador de
nova vida,
Na comunhão
da Trindade,
Com o Pai, o
Filho e o Espírito,
Que anima e
dinamiza
A alma da
humanidade
A se recriar
no Bem,
Na Justiça e
na Verdade,
Com a luz que
d’Ele vem
Sobre quem
busca a Verdade.
Os meus olhos
não Te vêem,
Deus Pai,
bondoso e clemente,
Mas os
ouvidos do coração,
Que entra em
oração,
Te sentem
vivo e presente,
Se atentos à
Palavra,
Escutada e
meditada,
Ouvem Tua voz
falar,
Já não na
nuvem escondido,
Mas através
do Teu Filho,
Que ao mundo
nos veio salvar,
Revelando-Te
um Deus vivo,
Clemente e
compassivo,
Sempre pronto
a perdoar,
Nossos erros
e fracassos,
E, para nos
abraçar,
Mantém abertos Seus braços.
Com a graça
de Jesus Cristo,
O poder do
amor do Pai
E a comunhão
no Espírito,
Nos ensinas a
caminhar,
Nos animas e
orientas,
Para viver e
trabalhar,
Em ordem à
perfeição,
À paz e à
união,
De todos num
só coração,
Graças à
diversidade,
Riqueza da
unidade.
Maria Lina da
Silva, fmm
Lisboa,
14.6.2014
Sábado da 10ª semana do Tempo Comum
Eliseu abandonou os bois, correu
atrás de Elias. (cf. 1 Reis
19,19-21)
O
Senhor chama cada pessoa a ser Seu colaborador.
Uns
passam pela escola de carpintaria, outros da pesca,
outros
da pastorícia, outros da agricultura, outros do templo,
outros
das atividades domésticas, outros do comércio...
Elias
chamou Eliseu a continuar a sua missão profética
e
este, deixou tudo, fazendo a festa de despedida,
para
seguir Elias e aprender a lavrar corações bravios,
a
purifica-los do mato da idolatria e a semear a Palavra de Deus.
Uma
vocação supõe sempre um antes e um depois!
A
insistência na formação teórica desvalorizou a prática.
Sabe-se
responder no exame, mas gatinha-se na prática da vida!
Por
outro lado, torna-se difícil fazer cortes de crescimento:
a
criança quer ser adulta sem deixar de ser infantil,
o
jovem quer casar sem deixar de viver como solteiro,
o
casado quer constituir família e sonha ser um “Don Juan”,
o
consagrado quer entregar-se ao Senhor e viver para si mesmo,
o
idoso quer estar aposentado e continuar a ser jovem,
o
cristão quer seguir a Cristo e a viver como toda a gente...
É
preciso aprender a matar os bois e a queimar o arado
para
poder começar uma nova etapa na vida!
Senhor,
Deus Pai que nos queres envolver a todos na Tua missão,
abre o
nosso coração ao Teu projeto de salvação.
Senhor
Jesus, enviado pelo Pai no Espírito de Amor,
liberta-nos
do umbigocentrismo que nos ensurdece aos Teus apelos.
Senhor,
Espírito de fortaleza, enraíza o nosso compromisso
para
que saibamos encerrar capítulos com festa
e
iniciar seguimentos e missões com fidelidade.
sexta-feira, junho 13, 2014
Festa de S. António
A sua glória estará na lei da
aliança do Senhor. (cf. Sir 39, 8-14)
A Palavra de Deus introduz-nos na
sabedoria da vida
e semeia aliança em tudo o que
fazemos: oração,
trabalho, relação, investigação,
descanso, missão...
A meditação permite que a vida fique
fecundada
por uma Palavra que vem do amor e
orienta para o eterno.
É uma sabedoria que inspira cada
instante
e faz do profano um sagrado peregrino.
S. António continua a falar do Céu,
em diversas línguas e culturas da
Terra.
Todos o adoptam como seu, porque é de
Deus.
Ao colo apresenta o Verbo Divino
encarnado.
No coração traz a aliança e os
pobres abandonados.
A sua missão quantifica-se em
qualidade de testemunho
e não em anos de vida acumulada.
Senhor, Pai de bondade e fonte de
aliança eterna,
fecunda-nos com a Tua Palavra de amor
verdadeiro.
Senhor Jesus, Palavra feita Pão de
Vida,
sacia a nossa fome de felicidade
sustentada
e faz de nós continuadores da Tua
missão salvadora.
Espírito de sabedoria e entendimento,
faz-nos entrar nos mistérios de Deus
e frutificar testemunho de vida
evangelizador.
S. António, rogai por nós, para que a
nossa glória,
seja apenas, a Lei da Aliança do
Senhor.
quinta-feira, junho 12, 2014
5ª feira da 10ª semana do Tempo Comum
Elias foi ao cimo do monte Carmelo,
prostrou-se em terra. (cf. 1
Reis 18,41-46)
O rei
Acab come e bebe, indiferente à fome do seu povo.
Elias
sobe ao Carmelo e pede ao Senhor a chuva da salvação.
O amor
a Deus caminha lado a lado com o amor ao seu povo.
É uma
oração insistente, persistente e confiante:
“volta
sete vezes e verás a pequena nuvem da esperança,
pois
já ouço o ruído da chuva e sinto o odor da terra regada.”
Quem
vive da fé e confia na oração, anticipa a esperança.
Quem
vive idolatrado não chora pelos outros.
Esta
crise mostrou o pior e o melhor da humanidade:
a
solidariedade e a insensibilidade ao sofrimento do outro.
O
aumento da pobreza tem sido proporcional
ao
aumento da venda de carros de alta gama.
O mar,
estrada de comunicação,
tornou-se
cemitério de desesperados.
A
globalização aproximou distâncias,
mas
não aproximou corações nem criou fraternidades.
Só o
amor a Deus pode alargar horizontes de solidariedade.
Senhor,
Pai de bondade e ternura misericordiosa,
dá-nos
um coração grande e confiante,
que de
si se desapegue, a Ti se entregue,
e
pelos irmãos reze com o coração reconciliado.
Jesus,
água da vida que desce do Céu para nos salvar,
fecunda
o nosso olhar com a força da Tua Palavra
e
fortalece os nossos joelhos no caminho da paz.
Espírito
de caridade e médico das almas,
desperta
em nós o ardor por Deus e pelos irmãos.
quarta-feira, junho 11, 2014
4ª feira da 10 semana do Tempo Comum – S. Barnabé
Quando este chegou e viu a acção
da graça de Deus, encheu-se de alegria.
(cf. At 11, 21b-26; 13, 1-3)
Ao ser enviado
pelos Apóstolos de Jerusalém,
Barnabé não se
sente um fiscal em busca de heresias,
mas parte aberto à
novidade de Deus,
como contemplativo
da ação da graça de Deus em Antioquia.
É um homem bom e
cheio do Espírito Santo,
por isso, alegra-se
com a nova comunidade cristã
e lidera um
processo de formação e estruturação da mesma.
No momento certo,
aceita ser enviado, em missão, pela Igreja,
livre de apegos ao
poder, disponível para servir apenas a Cristo.
Uma Igreja
missionária e universal
supõe diversidade
cultural, litúrgica e ministerial.
O grande desafio é
fazer o discernimento
entre o que é de
Deus, revelado por Jesus Cristo,
e o que é da
cultura, envernizado por um batismo adaptativo.
O discernimento dos
sinais dos tempos supõe:
abertura à
novidade do Espírito, fé inquieta e humilde,
contemplação
mística das pepitas da graça divina,
diálogo aberto e
fraterno entre a vida e a Palavra.
Senhor Jesus,
Palavra viva na simplicidade da Igreja,
faz de nós Teus
discípulos, em conversão permanente.
Espírito Divino,
verdadeira alma da Igreja,
faz de nós velas
disponíveis aos ventos do Teu sopro,
numa Igreja cada
vez mais missionária e serva de Deus.
Santíssima
Trindade, união amorosa da diversidade,
faz de nós uma
Igreja viva, rica na diversidade
e unida na comunhão
de fé e de caridade.
terça-feira, junho 10, 2014
3ª feira da 10ª semana do Tempo Comum – Anjo de Portugal
Eu ordenei a uma viúva que te dê
alimento. (Cf. 1 Reis 17,7-16)
Elias
sente a força da fé em Deus e na Sua Palavra,
mas
também a dependência perante a natureza:
o rio
Jordão onde se refugiara secou!
Deus
mostra-lhe a riqueza dos pobres: a partilha!
É a
viúva de Serepta que o irá alimentar no tempo da fome!
Ela
será o seu anjo da guarda ao serviço de Deus!
A
divina providência serve-se na panela da solidariedade,
amassa-se
com o azeite da confiança no Deus dos impossíveis
e
coze-se no fogo da fragilidade partilhada e hospitaleira.
As
crises revelam a precariedade e a riqueza dos pobres.
A que
porta batem os necessitados, vazios de esperança?
À
porta dos pais e dos avós que vivem da sua reforma,
à
porta da Igreja que promove e distribui a partilha,
à
porta dos conventos que fazem voto de pobreza,
à
porta das instituições de solidariedade, á porta da fé...
É
esta a força dos pobres que sustenta o mundo fraterno.
Senhor,
Deus de bondade e providência mediada,
faz de
cada um de nós o anjo da guarda do nosso próximo.
Jesus,
que sacias a compaixão, multiplicando o alimento,
dá-nos
a graça de sermos Teus discípulos,
empenhados
na generosa distribuição e partilha.
Espírito
de caridade divina, gerador de comunhão fraterna,
ensina-nos
a fazer da humanidade uma fraternidade universal.
Dá-nos
um coração de anjo e guarda-nos do mal.